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Plano de Contas

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Prévia do material em texto

www.portaldecontabilidade.com.br 
ELABORAÇÃO DO PLANO DE CONTAS  
 
Autor: Reinaldo Luiz Lunelli 
 
Distribuição exclusiva: Portal Tributário® Publicações 
 
 Atenção: esta obra é atualizável. Recomendamos baixá-la periodicamente em seu 
computador, utilizando a mesma senha, no endereço 
www.portaltributario.com.br/downloads 
 
Os assuntos desta obra estão catalogados num sumário e o usuário poderá ter acesso à 
respectiva ficha, consultando a página relacionada ao tópico. 
 
Dica: para localizar rapidamente uma palavra, tecle CTRL + L 
 
SOBRE O AUTOR E A OBRA 
 
Reinaldo Luiz Lunelli é Contabilista, Especialista em Planejamento e Gestão de 
Negócios, Auditor, Consultor de empresas com experiência contábil, tributária e 
societária. Experiência acumulada em controladoria, planejamento tributário e 
recuperação de créditos tributários extemporâneos, é professor universitário e consultor 
empresarial. Autor de outras obras técnicas, tais como o ISS - Incidências e Retenções, 
Análise das Demonstrações Financeiras e Contabilidade Pública. 
 
 Direitos autorais REGISTRADOS. A cópia, reprodução, distribuição ou 
comercialização por qualquer meio somente será permitida mediante autorização POR 
ESCRITO do detentor de direitos autorais. Permitida a reprodução de apenas 1 (uma) 
cópia para uso exclusivo e pessoal do adquirente. 
 
 Observar que todos os exemplos são meramente ilustrativos. Em situações reais, 
verificar a adequação dos dados à efetiva realidade societária da empresa e legislação 
vigente à época. 
 
LEGISLAÇÃO 
 
A maioria dos dispositivos legais citados está linkada para páginas da internet. Caso 
deseje pesquisar, especificamente, determinada legislação ou ato legal, acesse o site 
www.normaslegais.com.br (a pesquisa é gratuita e não exige cadastramento). 
 
http://www.portaltributario.com.br/downloads
http://www.portaltributario.com.br/obras/iss.htm
http://www.portaldecontabilidade.com.br/obras/analisedemonstracoesfinanceiras.htm
http://www.portaldecontabilidade.com.br/obras/contabilidade_publica.htm
http://www.normaslegais.com.br/
Plano de Contas © - 2 
 
www.portaldecontabilidade.com.br 
SIGLAS UTILIZADAS 
 
CFC: Conselho Federal de Contabilidade 
CLT: Consolidação das Leis do Trabalho (Decreto-Lei 5.452/43) 
CNAE: Classificação Nacional de Atividades Econômicas 
COFINS: Contribuição Social para o Financiamento da Seguridade Social (Lei 
Complementar 70/1991) 
CSL ou CSLL: Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (Lei 7.689/1988) 
CVM: Comissão de Valores Mobiliários 
DANFE: Documento Auxiliar da Nota Fiscal Eletrônica 
DARF: Documento de Arrecadação de Receitas Federais 
ECD: Escrituração Contábil Digital 
ECF: Escrituração Contábil Fiscal 
EPP: Empresa de Pequeno Porte 
FCPJ: Ficha Cadastral da Pessoa Jurídica 
ICMS: Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (Lei 
Complementar 87/1996) 
GPS: Guia da Previdência Social 
IAS: International Accounting Standard 
IN: Instrução Normativa 
INSS: Instituto Nacional de Seguridade Social 
IPTU: Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana 
IPVA: Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores 
IR: Imposto de Renda 
IRF: Imposto de Renda na Fonte 
IRPF: Imposto de Renda – Pessoa Física 
IRPJ: Imposto de Renda – Pessoa Jurídica 
ISS: Imposto sobre Serviços (Lei Complementar 116/2003) 
ITR: Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural 
LALUR: Livro de Apuração do Lucro Real 
LC: Lei Complementar 
LCMEPP: Lei Complementar do Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de 
Pequeno Porte – Lei Complementar 123/2006 
NBC T – Normas Brasileiras de Contabilidade - Técnica 
NF-e: Nota Fiscal Eletrônica 
ME: Microempresa 
OS: Ordem de Serviço 
PIS: Programa de Integração Social (Lei Complementar 7/70) 
PL: Patrimônio Líquido 
RF: Região Fiscal 
RIPI: Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados (Decreto 7.212/2010) 
RIR/99: Regulamento do Imposto de Renda (Decreto 3.000/1999) 
RPS: Regulamento da Previdência Social (Decreto 3.048/1999) 
S/A: Sociedade Anônima 
SPED: Sistema Público de Escrituração Digital 
SRF: Secretaria da Receita Federal 
SRRF: Superintendência Regional da Receita Federal 
TJLP: Taxa de Juros a Longo Prazo 
http://www.portaltributario.com.br/legislacao/lc70.htm
http://www.portaltributario.com.br/legislacao/lc70.htm
http://www.portaltributario.com.br/guia/escrituracaocontabildigital.htm
http://www.portaltributario.com.br/artigos/ecf-escrituracao-contabil-fiscal.htm
http://www.portaltributario.com.br/legislacao/lc116.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lc123_2006.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/tributario/lc7.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/decreto7212_2010.htm
http://www.portaltributario.com.br/rir.htm
http://www.guiatrabalhista.com.br/rps.htm
Plano de Contas © - 3 
 
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Sumário 
Introdução.................................................................................................................... 5 
 
1. Conceitos Introdutórios ............................................................................................ 6 
1.1. Conceito ............................................................................................................. 6 
1.2. Condições a Serem Observadas na Elaboração ................................................... 6 
1.3. Composição do Plano de Contas ......................................................................... 7 
1.4. Fundamentos de Estruturação ............................................................................. 8 
 
2. Objetivos ................................................................................................................. 10 
2.1. Plano de Contas Próprio ................................................................................... 10 
2.2. Relatórios Padronizados ................................................................................... 11 
 
3. Disposição das Contas ............................................................................................ 12 
3.1. Segundo a Lei 6.404/1976 ................................................................................ 12 
 
4. Normas Brasileiras de Contabilidade ..................................................................... 14 
4.1. Do Balanço Patrimonial.................................................................................... 14 
4.2. Da Demonstração do Resultado ........................................................................ 15 
4.3. Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas ............................................. 16 
 
5. Legislação Fiscal .................................................................................................... 17 
 
6. Estrutura das Contas .............................................................................................. 20 
6.1. Definição de Conta ........................................................................................... 21 
6.2. Codificação das Contas .................................................................................... 22 
6.3. Sistemas de Contas ........................................................................................... 23 
6.4. A Nova Legislação Contábil – Escrituração Contábil Digital ............................ 23 
 
7. Contas Patrimoniais ............................................................................................... 27 
7.1. Contas do Ativo................................................................................................ 27 
7.2. Contas do Passivo............................................................................................. 32 
7.3. Contas do Patrimônio Líquido .......................................................................... 37 
 
8. Contas de Resultado ............................................................................................... 408.1. Contas de Receita ............................................................................................. 40 
8.2. Contas de Despesa ............................................................................................ 41 
8.3. Outras Contas de Resultado .............................................................................. 42 
 
9. Contas Retificadoras .............................................................................................. 44 
9.1. Retificações do Ativo ....................................................................................... 44 
9.2. Retificações do Passivo .................................................................................... 44 
 
10. Contas de Compensação ....................................................................................... 45 
10.1. Previsão Legal ................................................................................................ 45 
10.2. Controle ......................................................................................................... 45 
10.3. Exemplos de Escrituração ............................................................................... 46 
10.4. Reversão das Contas de Compensação ............................................................ 47 
 
11. Classificação Contábil .......................................................................................... 48 
Plano de Contas © - 4 
 
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11.1. Bens, Direitos e Obrigações ............................................................................ 48 
11.2. Origens e Aplicações de Recursos .................................................................. 49 
11.3. Quadro Resumo .............................................................................................. 50 
 
12. Saldo de uma Conta ............................................................................................. 51 
12.1. Contas Devedoras ........................................................................................... 51 
12.2. Contas Credoras ............................................................................................. 51 
12.3. Conciliação Contábil ...................................................................................... 52 
 
13. Histórico Padrão .................................................................................................. 53 
13.1. Forma de Utilização ....................................................................................... 53 
13.2. Listagem Modelo............................................................................................ 54 
 
14. Definições Adicionais ........................................................................................... 56 
14.1. O Livro Diário ................................................................................................ 56 
14.2. O Livro Razão ................................................................................................ 57 
14.3. O Balanço Patrimonial.................................................................................... 57 
14.4. O Balancete de Verificação ............................................................................ 57 
14.5. O Plano de Contas na Contabilidade Pública .................................................. 58 
14.5. O Plano de Contas baseado em Atividades ..................................................... 66 
14.6. O Plano de Contas por Centros de Custo/Resultado ........................................ 67 
 
15. Modelos de Elencos de Contas ............................................................................. 70 
15.1. Atividade Industrial (Geral) ............................................................................ 70 
15.2. Atividade Comercial (Geral) ........................................................................... 78 
15.3. Prestadoras de Serviços (Geral) ...................................................................... 82 
15.4. Atividade Rural .............................................................................................. 83 
15.5. Transportadora ............................................................................................... 93 
15.6. Bar e Restaurante ......................................................................................... 100 
15.7. Indústria Metalúrgica .................................................................................... 104 
15.8. Comercial Importadora ................................................................................. 108 
15.9. Construção Civil ........................................................................................... 113 
15.10. Agremiações Partidárias ............................................................................. 118 
15.11. Entidades de Interesse Social ...................................................................... 127 
15.12. Associações ................................................................................................ 136 
15.13. Clube Esportivo .......................................................................................... 140 
15.14. Atividades Mistas ....................................................................................... 143 
15.15. Atividade Imobiliária .................................................................................. 151 
15.16. Administração Pública ................................................................................ 156 
15.17. Plano de Contas Referencial - SPED ........................................................... 157 
15.18. Instituições do Sistema Financeiro Nacional ............................................... 158 
15.19. Fundos de Investimento .............................................................................. 158 
15.20. Entidades de Capitalização e Previdência Privada ....................................... 159 
15.21. Outras Atividades ....................................................................................... 159 
 
Plano de Contas © - 5 
 
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Introdução 
Mais uma vez tenho o orgulho e a satisfação de prover aos interessados e estudiosos na 
ciência contábil, além dos profissionais que a utilizam diariamente e à comunidade em 
geral, mais uma publicação especial, que oferece conceitos e técnicas para auxiliar na 
elaboração de um Plano de Contas que atenda as necessidades da organização a que se 
destina. 
Os dados constantes neste material estão de acordo com a nova legislação societária e 
alterações promovidas na Lei das Sociedades Anônimas por intermédio da Lei 
11.638/2007, da Lei 11.941/2009 e de todos os pronunciamentos técnicos emitidos após 
sua publicação. 
Neste material são abordados os conjuntos de contas individualizados com seus 
conceitos e principais rubricas analíticas, merecedoras de especial atenção. São objetos 
deste estudo as mais diversas maneiras que se estruturar um Plano de Contas eficaz bem 
como outros relatórios como o “Manual de Contas” e os “Históricos Padrão” que 
auxiliam o contabilista no momento dos lançamentos diários. 
O conjunto de contas é chamado de Plano de Contas, porque, na realidade, ele é criado 
antes do uso de tais rubricas. Para elaborá-lo, o contador necessita planejar e estruturar a 
relação das contas, de maneira a se tornar sua principal ferramenta para o registro dos 
atos e fatos contábeis e lhe possibilite o melhor resultado possível no trato das 
informações contábeis. 
Nenhuma entidade, seja pública ou privada, poderá afirmar que possui um bom serviço 
de contabilidade se não dispuser de um plano de contas próprio e muito bem elaborado. 
É a peça de maior importância dentro da organização contábil. Sem ele não se pode 
sequer dar início aos registros contábeis. É a técnica tradicional da contabilidade de 
ordenação das contas, de forma lógica e estruturada,para melhor compreensão do 
conjunto patrimonial e sistematização do trabalho contábil. 
O principal objetivo das contas é possibilitar o registro dos lançamentos contábeis de 
forma a criar condições ótimas de classificação e acúmulo dos dados. 
Desde já, coloco-me à disposição dos interessados para debater, receber sugestões e 
críticas ou esclarecer eventuais dúvidas, com o objetivo de aperfeiçoar o material e 
agregar conhecimentos correlatos. Jamais ousaria no sentido de buscar o esgotamento 
de tão importante tema do conhecimento contábil e administrativo, restringindo-me, 
apenas, ao básico desta relevante ferramenta da ciência contábil. 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/contabil/lei6404_1976.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11638_2007.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11638_2007.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11941_2009.htm
Plano de Contas © - 6 
 
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1. Conceitos Introdutórios 
É chamado Plano de Contas o conjunto de rubricas criado pelo contador, para atender às 
necessidades de registro dos fatos administrativos, de forma a possibilitar a construção 
dos principais relatórios contábeis e atender a todos os usuários da informação contábil. 
1.1. Conceito 
Os elementos que formam o patrimônio e suas alterações são controlados por meio de 
contas. A função das contas é registrar e expor os bens, os direitos, as obrigações e a 
situação líquida patrimonial, além das receitas e despesas, com base nas quais são 
apurados os lucros ou prejuízos decorrentes das atividades da empresa. 
Existem contas patrimoniais, que representam os bens, os direitos, as obrigações e a 
situação líquida. Há também as contas de resultado, que indicam as variações positivas 
(receitas) e negativas (despesas) ocorridas no patrimônio, em virtude das atividades da 
empresa. As contas de resultado possibilitam a apuração dos lucros ou prejuízos em 
cada exercício. 
Para cada bem ou agrupamento de bens, direitos, obrigações ou situação líquida, há uma 
conta específica. Da mesma forma, as modificações do patrimônio, positivas ou 
negativas, são representadas por contas de resultado. 
Os elementos que compõem o patrimônio e as operações desenvolvidas variam 
significativamente de uma para outra empresa. Elas podem realizar atividades 
industriais, comerciais, agrícolas, extrativas, de serviços. Existem as seguradoras, os 
bancos, as transportadoras, as empresas de telecomunicações, de segurança, de câmbio 
etc. Em razão dessa diversidade, cada empresa pode ter um elenco próprio de contas. 
O plano de contas de uma empresa consiste numa relação padronizada de contas a 
serem utilizadas no registro das operações pelos profissionais da área de contabilidade. 
Como todos eles se sujeitam regras estabelecidas num mesmo plano de contas, a 
conseqüência é a uniformidade nos procedimentos contábeis adotados. 
O plano de contas deve ser flexível, de forma a poder ser adaptado, mediante inclusão 
ou exclusão de contas, em virtude da ocorrência de fatos contábeis inicialmente não 
previstos e da dinâmica própria da atividade empresarial. 
A função das contas é representar os itens patrimoniais e de resultado. Assim, a conta 
pode traduzir um elemento patrimonial (bem, direito ou obrigação, além da situação 
líquida) ou de resultado (receita ou despesa). 
O funcionamento da conta se dá por intermédio do mecanismo de débito e crédito, que 
indica o aumento ou diminuição do saldo. Normalmente o funcionamento é descrito no 
Manual de Contas, onde se estabelece a relação de contas a serem adotadas nos registros 
contábeis das operações da empresa, indicando a função e o funcionamento de cada uma 
delas. 
1.2. Condições a Serem Observadas na Elaboração 
Plano de Contas © - 7 
 
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Foram alinhadas as principais observações a serem seguidas na estruturação do plano de 
contas para um sistema contábil gerencial: 
a) Deve atender primeiramente às necessidades específicas de cada empresa e suas 
segmentações de responsabilidade e às necessidades de informação de todos os 
usuários das informações contábeis; 
b) O ponto de partida das necessidades de informação são os dados e peças contábeis 
requeridas pelo dirigente máximo da empresa, sendo o papel do contador apenas de 
monitoramento e aconselhamento; 
c) Partindo das informações dos dirigentes e seguindo em ordem hierárquica, atender 
aos demais usuários da informação contábil por toda empresa; 
d) A classificação deve partir do geral para o particular; 
e) A classificação deve partir do detalhamento adequado ao Balanço Patrimonial, 
Demonstração de Resultados e Fluxo de Caixa, que são os principais relatórios 
decisórios e os mais importantes em caráter global; 
f) As contas devem ser codificadas dentro do possível, ou conterem elementos claros 
para rápida identificação e assimilação do que representam; 
g) Os agrupamentos devem ser feitos pensando nos relatórios ou telas que deles se 
organizarão; 
h) Os títulos das contas devem refletir imediatamente os elementos patrimoniais que 
representam de forma clara e sucinta; 
i) Deve ter flexibilidade para uma possível ampliação e operacionalidade simplificada. 
1.3. Composição do Plano de Contas 
Um plano de contas tem partes essenciais que estruturam sua composição, sendo elas: 
a) Princípios gerais; 
b) Elenco das contas; 
c) Função das contas; 
d) Funcionamento das contas; 
e) Normas de avaliação e apuração; 
f) Demonstrativos; 
g) Explicações adicionais. 
Alguns destes itens são muito bem destacados na legislação societária vigente, sendo os 
demais desenvolvidos à parte e individualmente para cada empresa, visando 
especialmente seu ramo de atividade e o detalhamento necessário para o processo 
decisório. 
Em um plano de contas o elenco é a relação dos títulos das contas. Costuma-se 
denominá-lo também de Quadro de Contas. 
Podemos estabelecer dois tipos de apresentações principais: 
 Simples, com apenas a descrição das contas: é o estado natural ou típico e foi o 
primeiro a ser adotado; 
 Complexo, com agrupamento e codificação das contas: por ser mais racional, é o 
mais técnico e adotado modernamente. 
Plano de Contas © - 8 
 
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O elenco tem sido apresentado como o próprio Plano e constitui evidentemente, a 
primeira parte do trabalho. Ele é o ponto de partida para a elaboração de um relatório 
com a função e para o funcionamento de cada uma delas, também intitulado Manual de 
Contas. 
O elenco é, assim, uma peça que deve ser flexível, deixando sempre margem para que 
novas contas sejam inseridas a fim de dar ao Plano a maleabilidade necessária. 
1.4. Fundamentos de Estruturação 
Dentro das condições básicas de integração e navegabilidade dos dados, são esses os 
fundamentos para a melhor estruturação dos planos de contas: 
a) A estruturação do plano de contas deve propiciar a apresentação da informação do 
modo automático para os relatórios futuros, para evitar o retrabalho e redundância 
de dados; 
b) Deve propiciar a informação no grau de detalhamento necessário, evitando-se 
informações relevantes de modo aglutinado, que não permita compreensão e 
decisão; 
c) Deve ser estruturada para manter o inter-relacionamento completo entre as contas 
afins do Balanço Patrimonial e da Demonstração de Resultados; 
d) Para tanto, devem ser criados tantas contas adicionais quantas forem necessárias 
para atender aos três fundamentos anteriores. 
O planejamento para elaboração de um Plano de Contas é necessário já que existe a 
necessidade do registro de todos os fatos contábeis ocorridos; desta forma, é necessário 
elaborar uma coleta dos dados para a elaboração padronizada do plano. A execução e 
implantação do sistema de contas padrão devem observar a sistemática de cada conta e 
ajustar as mesmas, quando necessário ao atendimento da legislação vigente. Para isto é 
precisoestudar as técnicas contábeis, para o plano de contas ser um espelho do que 
efetivamente a empresa necessita para sua operacionalização. 
Desta forma, cada entidade terá um plano de contas que lhe foi projetado sob medida, 
isto é, em perfeita harmonia com a sua espécie de atividade, grandeza patrimonial, 
constituição jurídicas e disposições legais às quais se subordina. Isto significa que não 
haverá dois planos de contas exatamente iguais. Existe sim, uma certa tendência de 
padronização estrutural dos planos de contas dentro de grupos de empresas filiadas à 
uma mesma atividade, isto é, os planos de contas das entidades bancárias, por exemplo, 
têm semelhança estrutural, muito embora, ao serem comparados, os planos de todas 
estas entidades, verifica-se que há distinções entre eles em muitos aspectos particulares. 
Cada plano, analisado isoladamente, leva a marca da direção da empresa a que pertence; 
ele está identificado particularmente pelos problemas especiais da empresa e pela 
filosofia do trabalho por ela adotada. Assim acontece nos grupos industriais, comerciais, 
agropastoris, de transportes, comunicações, entidades sem fins lucrativos, entidades 
governamentais, etc. 
Os planos de contas de empresas industriais, por exemplo, têm uma semelhança 
estrutural genérica que caracteriza a atividade fabril; há também uma semelhança 
estrutural específica dentro do setor industrial, que identifica a espécie de indústria; 
Plano de Contas © - 9 
 
www.portaldecontabilidade.com.br 
assim os planos de contas das fábricas de tecidos têm entre si uma semelhança estrutural 
específica diferente da semelhança de estrutura dos planos de contas das indústrias 
automobilísticas, por exemplo. 
A lei, quase sempre interfere na elaboração dos planos de contas de certas entidades que 
desenvolvem atividades sob controle estatal, sendo essas organizações obrigadas a 
adotar planos de contas de estrutura geral padronizada. A padronização legal, às vezes, 
se resume na forma de registrar certas operações, outras vezes na forma de apresentar os 
relatórios, ou no uso compulsório de certas intitulações de contas. É o que acontece, por 
exemplo, com a planificação de contas dos estabelecimentos bancários que, além de 
seguirem as normas usuais de sua atividade, estão sujeitos à legislação das sociedades 
anônimas e às instruções baixadas pelo Banco Central do Brasil. 
Igualmente, as companhias de seguros obedecem na elaboração de seus planos de 
contas; à legislação específica que controla a atividade securitária no país; o mesmo 
acontece com as cooperativas, com as empresas de transportes, companhias de 
comunicações, empresas agropastoris, etc. 
E, como não poderia deixar de acontecer, a administração pública deve organizar suas 
contas de conformidade com o padrão legal estabelecido pela Lei Federal nº 4.320, de 
17 de março de 1964. Essa lei padroniza a estrutura dos balanços patrimoniais, 
financeiro e orçamentário, indicando até as denominações dos grupos de contas e de 
muitas contas de primeiro, segundo e terceiro graus. Assim, tanto o Governo Federal 
como os Governos Estaduais, Municipais e correspondentes autarquias são obrigados a 
estruturar suas contas em rigorosa consonância com a legislação financeira nacional. 
É certo que os planos de contas entre si, em razão da grandeza orçamentária, dos 
problemas específicos de cada região e de cada local do País. Entretanto, todos eles, 
sem exceção, em sua estrutura fundamental, obedecem aos padrões legais que foram 
instituídos. 
É sempre importante salientar que na preparação de um elenco de contas, deve se levar 
em consideração as Normas Brasileiras de Contabilidade, pois estas determinam como 
dever ser apresentado o Balanço Patrimonial. Assim, no ativo os grupos devem ser 
estruturados conforme seu grau de liquidez e de forma decrescente, ou seja, as contas 
que primeiro circulam na empresa devem aparecer antes. No passivo a regra é a mesma, 
no entanto, agora o critério de classificação é o grau de exigibilidade das contas. 
 
As origens e aplicações de recursos devem ser consideradas, sendo as origens 
representadas pelo Passivo da entidade e as aplicações pelos Ativos. Por convenção os 
débitos possuem saldo devedor e são lançados no lado esquerdo dos razonetes, (quando 
utilizados) e os créditos possuem saldo credor, lançados no lado direito. 
Plano de Contas © - 10 
 
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2. Objetivos 
 
O principal objetivo de um bom plano de contas é estabelecer normas de conduta para o 
registro das operações da organização e, na sua montagem, devem ser levados em conta 
três outros objetivos paralelos: 
a) Atender às necessidades de informação da administração da empresa; 
b) Observar formato compatível com os princípios de contabilidade e com a norma 
legal de elaboração do balanço patrimonial e das demais demonstrações 
contábeis (Lei 6.404/76, a chamada "Lei das S/A”); 
c) Adaptar-se tanto quanto possível às exigências dos agentes externos, 
principalmente às da legislação do Imposto de Renda. 
A nova Lei das Sociedades Anônimas; texto consolidado com as alterações introduzidas 
pela Lei 11.638/2007 e pela Lei 11.941/2009; apresenta mudanças significativas às 
sociedades por ações e ao mercado de valores mobiliários, que era aplicado até aquele 
momento, já que havia a necessidade de se unificar os padrões contábeis, a fim de 
evidenciar maior controle e assegurar transparência dos demonstrativos. 
 
Vale lembrar que as sociedades de grande porte deverão seguir as mudanças decorrentes 
desta lei, sendo que se consideram grande porte, as empresas que obterem ativos totais 
superior a R$ 240 milhões ou receita bruta anual superior a R$ 300 milhões, mesmo não 
sendo constituídas sob a forma de Sociedades Anônimas. Tais sociedades deverão 
também, obedecer às normas emanadas pala CVM (Comissão de Valores Mobiliários), 
no que diz respeito às normas contábeis a elas aplicadas, em especial ao padrão 
internacional. 
2.1. Plano de Contas Próprio 
Infelizmente, grande número de empresas utiliza-se da cópia do plano de contas de 
outras sociedades. Ainda que esta cópia seja realizada de uma empresa do mesmo ramo 
de atividade, muitos pontos interferem na tabulação das contas, como o tamanho da 
sociedade, o nível do pessoal da contabilidade, o fluxo de papéis, o sistema de 
pagamentos e recebimentos, dentre outras rotinas internas. 
O ideal seria que cada empresa implantasse o seu próprio elenco de contas, nos moldes 
estabelecidos pela legislação vigente, vislumbrando atender as necessidades internas e 
externas da sociedade e dos usuários que se utilizarão das informações por ela geradas. 
Quando se realiza a cópia de planos de contas, existe a possibilidade de termos contas 
duplicadas ou com nomenclaturas diferentes, mas que se referem à mesma coisa, como 
por exemplo, o grupo “Clientes”, que é também intitulado “Duplicatas a Receber” ou 
ainda “Contas a Receber”. 
Portanto, o plano de contas evidenciando um único título de conta para determinada 
operação evita que cada pessoa registre de uma forma um mesmo fato contábil ou uma 
mesma operação. 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/contabil/lei6404_1976.htm
Plano de Contas © - 11 
 
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Por exemplo, algumas empresas utilizam a conta “Clientes”, somente para registrar as 
vendas de produtos de sua própria fabricação, ou do seu material para revenda, sendo 
todas as demais contas a receber, classificadas em outros grupos previamente definidos. 
Temos então a padronização dos registros contábeis, podendo inclusive, ocorrer a 
natural rotatividade dos profissionais, sem que haja prejuízo na uniformidade das 
nomenclaturas contábeis e dos registros que serão nelas efetuados. 
Um Plano de contas deve ter tantas contas quanto forem necessárias para expressar, com 
a devida clareza, os fatos ocorridos na vida de um patrimônio.Este elenco deve conter um numero de contas que realmente esclareça bem os fatos 
sucedidos em um patrimônio em um período de tempo. O desejo de usar contas 
demasiadas gerais é um dos mais graves erros que se podem cometer contra a técnica. 
A variação do numero de contas depende muito das atividades de cada empresa e de sua 
técnica de negócios. A maior influência que os diversos sistemas de registro exercem é 
quase sempre na técnica de intitular e de agrupar as contas; o maior ou menor numero 
de contas que pode surgir deriva-se mais da importância que se atribui, também, aos 
grupos de contas transitórias, de resultado e especialmente de compensação. 
O plano de contas é então, resumidamente um planejamento do contador, que visa 
controlar as formalidades dos registros das movimentações de entrada e saída ocorridas 
na empresa, para tal são utilizados moldes estabelecidos pela legislação e na própria 
tradição contábil. 
Nenhum plano de contas está livre de, no decorrer do tempo, passar por ajustes ou 
ampliações que visem especificamente o seu aperfeiçoamento e o atendimento às novas 
necessidades e fatos que afetem o patrimônio, antes não vislumbradas. 
2.2. Relatórios Padronizados 
A elaboração de um bom plano de contas é fundamental no sentido de utilizar o máximo 
possível do potencial gerado pela contabilidade em seu valor informativo que através 
dos inúmeros relatórios gerenciais fornecem informes aos usuários destes dados. 
Durante a elaboração e o desenvolvimento de um plano de contas, a empresa deve 
considerar as inúmeras possibilidades de relatórios contábeis e gerenciais que servirão 
tanto para uso externo, quanto para análise interna, e desta maneira, prever a estrutura 
das contas de acordo com as necessidades enumeradas. 
Se anteriormente esta estruturação já era de grande importância, atualmente, com os 
recursos tecnológicos e a necessidade de informações cada vez mais precisas, passou a 
ser essencial, já que estes relatórios propiciarão uma tomada de decisões de forma mais 
ágil e eficaz por parte da administração da sociedade. Todo este processo tem início na 
elaboração de um plano de contas abrangente. 
Plano de Contas © - 12 
 
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3. Disposição das Contas 
 
O Plano de Contas, genericamente tido como um simples elenco de contas, constitui na 
verdade um conjunto de normas do qual deve fazer parte, ainda, a descrição do 
funcionamento de cada conta; o chamado “Manual de Contas”, que contém 
comentários e indicações gerais sobre a aplicação e o uso de cada uma das contas (para 
que serve, o que deve conter e outras informações sobre os critérios de contabilização). 
 
Neste capítulo será tratado especificamente da elaboração de um modelo de Plano de 
Contas voltado exclusivamente ao elenco de contas. Embora de fundamental 
importância, sobretudo para evitar inconsistências na utilização das contas, a descrição 
pode ser suprida, na prática, pelo conhecimento técnico da equipe envolvida em sua 
criação. 
3.1. Segundo a Lei 6.404/1976 
A Lei 6.404 de 15 de dezembro de 1976, com as alterações da Lei 11.638/2007, previa 
em seus artigos 178 a 182 que as contas serão classificadas segundo os elementos do 
patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da 
situação financeira da companhia. Esta realidade não fora alterada pelas alterações 
emanadas da Lei 11.941/2009 que busca a padronização da contabilidade aos padrões 
aceitos internacionalmente. 
Desta forma, no ativo as contas ficam dispostas em ordem decrescente de grau de 
liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos: 
a) Ativo circulante; e 
b) Ativo não circulante, composto pelo ativo realizável a longo prazo, 
investimentos, imobilizado e intangível. 
No passivo, as contas serão classificadas nos seguintes grupos: 
a) Passivo circulante; 
b) Passivo não circulante; e 
c) Patrimônio líquido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de 
avaliação patrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos 
acumulados. 
Os saldos devedores e credores que a companhia não tiver direito de compensar serão 
classificados separadamente. 
No grupo “Ativo”, as contas serão classificadas do seguinte modo: 
a) No ativo circulante: as disponibilidades, os direitos realizáveis no curso do 
exercício social subsequente e as aplicações de recursos em despesas do 
exercício seguinte; 
b) No ativo realizável a longo prazo: os direitos realizáveis após o término do 
exercício seguinte, assim como os derivados de vendas, adiantamentos ou 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/contabil/lei6404_1976.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11638_2007.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/lei11941_2009.htm
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empréstimos a sociedades coligadas ou controladas (artigo 243 da Lei 6.404/76), 
diretores, acionistas ou participantes no lucro da companhia, que não 
constituírem negócios usuais na exploração do objeto da companhia; 
c) Em investimentos: as participações permanentes em outras sociedades e os 
direitos de qualquer natureza, não classificáveis no ativo circulante, e que não se 
destinem à manutenção da atividade da companhia ou da empresa; 
d) No imobilizado: os direitos que tenham por objeto bens corpóreos destinados à 
manutenção das atividades da companhia ou da empresa ou exercidos com essa 
finalidade, inclusive os decorrentes de operações que transfiram à companhia os 
benefícios, riscos e controle desses bens; 
e) No intangível: os direitos que tenham por objeto bens incorpóreos destinados à 
manutenção da companhia ou exercidos com essa finalidade, inclusive o fundo 
de comércio adquirido. 
Na companhia em que o ciclo operacional da empresa tiver duração maior que o 
exercício social, a classificação no circulante ou longo prazo terá por base o prazo desse 
ciclo. 
No “Passivo Exigível”, as obrigações da companhia, inclusive financiamentos para 
aquisição de direitos do ativo não circulante, serão classificadas no passivo circulante, 
quando se vencerem no exercício seguinte, e no passivo não circulante, se tiverem 
vencimento em prazo maior. O grupo “Resultados de Exercícios Futuros” foi 
expressamente revogado pela Lei 11.941/2009. 
No grupo “Patrimônio Líquido”, a conta do capital social discriminará o montante 
subscrito e, por dedução, a parcela ainda não realizada. 
Serão classificadas como reservas de capital as contas que registrarem: 
a) A contribuição do subscritor de ações que ultrapassar o valor nominal e a parte 
do preço de emissão das ações sem valor nominal que ultrapassar a importância 
destinada à formação do capital social, inclusive nos casos de conversão em 
ações de debêntures ou partes beneficiárias; 
b) O produto da alienação de partes beneficiárias e bônus de subscrição. 
Será ainda registrado como reserva de capital o resultado da correção monetária do 
capital realizado, enquanto não capitalizado. 
Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no 
resultado do exercício em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de 
aumentos ou diminuições de valores atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em 
decorrência da sua avaliação a valor justo, nos casos previstos na lei societária ou, em 
normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários. 
Serão classificadas como reservas de lucros as contas constituídas pela apropriação de 
lucros da companhia. 
As ações em tesouraria deverão ser destacadas no balanço como dedução da conta do 
patrimônio líquido que registrar a origem dos recursos aplicados na sua aquisição. 
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4. Normas Brasileiras de Contabilidade 
4.1. – Do Balanço Patrimonial 
O balanço patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, quantitativa e 
qualitativamente,numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da 
Entidade. 
O balanço patrimonial é constituído pelo Ativo, pelo Passivo e pelo Patrimônio Líquido. 
a) O Ativo compreende os bens, os direitos e as demais aplicações de recursos 
controlados pela entidade, capazes de gerar benefícios econômicos futuros, 
originados de eventos ocorridos; 
b) O Passivo compreende as origens de recursos representados pelas obrigações 
para com terceiros, resultantes de eventos ocorridos que exigirão ativos para a 
sua liquidação; 
c) O Patrimônio Líquido compreende os recursos próprios da Entidade, e seu valor 
é a diferença positiva entre o valor do Ativo e o valor do Passivo. 
No caso de Patrimônio Líquido negativo (quando o valor das obrigações para com 
terceiros é superior ao dos ativos) utilizava-se, por força das Resoluções CFC 847/1999 
e CFC 1.049/2005, a expressão “Passivo a Descoberto”. 
Entretanto, a partir de 02.06.2010, a Resolução CFC 1.283/2010 revogou diversos 
dispositivos anteriores, dentre os quais as Resoluções CFC 847/1999 e 1.049/2005. 
Desta forma, para as demonstrações contábeis encerradas a partir da publicação do novo 
texto normativo não mais será necessário alterar a nomenclatura do Patrimônio Líquido, 
quando ele se tornar negativo. 
As contas do ativo são dispostas em ordem crescente dos prazos esperados de 
realização, e as contas do passivo são dispostas em ordem crescente dos prazos de 
exigibilidade, estabelecidos ou esperados, observando-se iguais procedimentos para os 
grupos e subgrupos. 
Os direitos e as obrigações são classificados em grupos do Circulante, desde que os 
prazos esperados de realização dos direitos e os prazos das obrigações, estabelecidos ou 
esperados, situem-se no curso do exercício subsequente à data do balanço patrimonial. 
Os direitos e as obrigações são classificados, respectivamente, em grupos de Realizável 
e Exigível a Longo Prazo, desde que os prazos esperados de realização dos direitos e os 
prazos das obrigações estabelecidas, situem-se após o término do exercício subsequente 
à data do balanço patrimonial. 
Os valores de longo prazo são classificados no grupo “Não Circulante”, de acordo com 
a nova legislação contábil. 
Na Entidade em que o ciclo operacional tiver duração maior que o exercício social, a 
classificação no Circulante ou Não Circulante, terá por base o prazo desse ciclo. 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/resolucaocfc1283_2010.htm
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Os saldos devedores ou credores de todas as contas retificadoras deverão ser 
apresentados como valores redutores das contas ou grupo de contas que lhes deram 
origem. 
Os valores recebidos como receitas antecipadas por conta de produtos ou serviços a 
serem concluídos em exercícios futuros, denominados como resultados de exercícios 
futuros, na legislação, serão demonstrados com a dedução dos valores ativos a eles 
vinculados, como direitos ou obrigações, dentro do respectivo grupo do ativo ou do 
passivo. 
Os saldos devedores e credores serão demonstrados separadamente, salvo nos casos em 
que a Entidade tiver direito ou obrigação de compensá-los. 
Os elementos da mesma natureza e os pequenos saldos serão agrupados, desde que seja 
indicada a sua natureza e nunca ultrapassem, no total, um décimo do valor do respectivo 
grupo de contas, sendo vedada à utilização de títulos genéricos como "diversas contas" 
ou "contas correntes". 
4.2. – Da Demonstração do Resultado 
A demonstração do resultado é a demonstração contábil destinada a evidenciar a 
composição do resultado formado num determinado período de operações da Entidade. 
A demonstração do resultado, observado o princípio de competência, evidenciará a 
formação dos vários níveis de resultados mediante confronto entre as receitas, e os 
correspondentes custos e despesas. 
A demonstração do resultado compreenderá: 
a) As receitas e os ganhos do período, independentemente de seu recebimento; 
b) Os custos, despesas, encargos e perdas pagos ou incorridos, correspondentes a 
esses ganhos e receitas. 
É vedada a compensação de receitas, custos e despesas. 
A demonstração do resultado evidenciará, no mínimo, e de forma ordenada: 
a) As receitas decorrentes da exploração das atividades fins; 
b) Os impostos incidentes sobre as operações, os abatimentos, as devoluções e os 
cancelamentos; 
c) Os custos dos produtos ou mercadorias vendidos e dos serviços prestados; 
d) O resultado bruto do período; 
e) Os ganhos e perdas operacionais; 
f) As despesas administrativas, com vendas, financeiras e outras e as receitas 
financeiras; 
g) O resultado operacional; 
h) As receitas e despesas e os ganhos e perdas não decorrentes das atividades fins; 
i) O resultado antes das participações e dos impostos; 
j) As provisões para impostos e contribuições sobre o resultado; 
k) As participações no resultado; 
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l) O resultado líquido do período. 
4.3. Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas 
Após o início do processo de padronização da contabilidade aos moldes internacionais, 
o Conselho Federal de Contabilidade aprovou a Resolução CFC 1.255/2009, que aprova 
a NBC TG 1000 - Contabilidade para Pequenas e Médias Empresas. 
Este texto legal traz alguns conceitos bastante relevantes para aplicação à contabilidade 
como ciência e menciona dados importantes para a elaboração e classificação dos 
elementos patrimoniais, conforme destacado. 
DISTINÇÃO ENTRE CIRCULANTE E NÃO CIRCULANTE 
A entidade deve apresentar ativos circulantes e não circulantes, e passivos circulantes e 
não circulantes, como grupos de contas separados no balanço patrimonial. 
A entidade deve classificar um ativo como circulante quando: 
a) Espera realizar o ativo, ou pretender vendê-lo ou consumi-lo durante o ciclo 
operacional normal da entidade; 
b) O ativo for mantido essencialmente com a finalidade de negociação; 
c) Esperar realizar o ativo no período de até doze meses após a data das 
demonstrações contábeis; ou 
d) O ativo for caixa ou equivalente de caixa, a menos que sua troca ou uso para 
liquidação de passivo seja restrita durante pelo menos doze meses após a data 
das demonstrações contábeis. 
A entidade deve classificar todos os outros ativos como não circulantes. Quando o ciclo 
operacional normal da entidade não for claramente identificável, presume-se que sua 
duração seja de doze meses. 
A entidade deve classificar um passivo como circulante quando: 
a) Espera liquidar o passivo durante o ciclo operacional normal da entidade; 
b) O passivo for mantido essencialmente para a finalidade de negociação; 
c) O passivo for exigível no período de até doze meses após a data das 
demonstrações contábeis; ou 
d) A entidade não tiver direito incondicional de diferir a liquidação do passivo 
durante pelo menos doze meses após a data de divulgação. 
A entidade deve classificar todos os outros passivos como não circulantes. 
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/resolucaocfc1255_2009.htm
http://www.portaldecontabilidade.com.br/nbc/NBC-TG-1000.htm
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5. Legislação Fiscal 
 
É preciso estar atento para as disparidades apresentadas pela lei societária e pela 
legislação fiscal vigente no momento de encerramento dos demonstrativos contábeis. 
Conforme já destacado neste material, as alterações na legislação societária visam tão 
somente à padronização da escrita contábil aos padrões aceitos internacionalmente sem 
de forma alguma representar alterações de cunho tributário ou fiscal. 
O tratamento tributário diferenciado foi amparado pela publicação da Lei 11.941/2009, 
que traz em seu Art. 39 a alteração do Decreto-Lei n° 1.598, de 26 de dezembro de 1977 
e menciona: 
Art. 39. Os arts. 8° e 19 do Decreto-Lei n° 1.598, de 26 de dezembro de 1977, 
passam a vigorar com a seguinte redação: 
“Art. 8°......................................................................... 
........................................................................................ 
§ 2° Para fins da escrituração contábil, inclusive da aplicação do disposto no § 
2° do art. 177 da Lei n° 6.404, de 15 de dezembro de 1976, os registros contábeis 
que forem necessários para a observância das disposições tributárias relativos à 
determinação da base de cálculo do imposto de renda e, também, dos demais 
tributos, quando não devam, por sua natureza fiscal, constar da escrituração 
contábil, ou forem diferentes dos lançamentos dessa escrituração, serão 
efetuados exclusivamente em: 
I – livros ou registros contábeis auxiliares; ou 
II – livros fiscais, inclusive no livro de que trata o inciso I do caput deste artigo. 
§ 3° O disposto no § 2° deste artigo será disciplinado pela Secretaria da Receita 
Federal do Brasil.” (NR) 
........................................................................................ 
A legislação do imposto de renda, através do Decreto 3.000, de 26 de março de 1999, 
prevê em seu Art. 251 que a pessoa jurídica sujeita à tributação com base no lucro real 
deve manter escrituração com observância das leis comerciais e fiscais. 
A escrituração deverá abranger todas as operações do contribuinte, os resultados 
apurados em suas atividades no território nacional, bem como os lucros, rendimentos e 
ganhos de capital, auferidos no exterior e para o atendimento a estes preceitos legais 
faz-se necessária a elaboração de um bom plano de contas a fim de que os registros 
atendam a legislação comercial e societária vigente. 
Com relação à escrituração contábil o Regulamento do Imposto de Renda ainda 
menciona: 
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Art. 268. A escrituração ficará sob a responsabilidade de profissional 
qualificado, nos termos da legislação específica, exceto nas localidades em que 
não haja elemento habilitado, quando, então, ficará a cargo do contribuinte ou de 
pessoa pelo mesmo designada. 
§ 1º A designação de pessoa não habilitada profissionalmente não eximirá o 
contribuinte da responsabilidade pela escrituração. 
§ 2º Desde que legalmente habilitado para o exercício profissional referido neste 
artigo, o titular da empresa individual, o sócio, acionista ou diretor da sociedade 
pode assinar as demonstrações financeiras da empresa e assumir a 
responsabilidade pela escrituração. 
Art. 269. A escrituração será completa, em idioma e moeda corrente nacionais, 
em forma mercantil, com individuação e clareza, por ordem cronológica de dia, 
mês e ano, sem intervalos em branco, nem entrelinhas, borraduras, rasuras, 
emendas e transportes para as margens. 
§ 1º É permitido o uso de código de números ou de abreviaturas, desde que estes 
constem de livro próprio, revestido das formalidades estabelecidas em lei. 
§ 2º Os erros cometidos serão corrigidos por meio de lançamento de estorno, 
transferência ou complementação. 
... 
O Código Comercial determina a obrigatoriedade da escrituração contábil, para todas as 
empresas e impõe punição nos casos de falta da mesma. O fato de não ter escrituração 
comercial completa pode gerar algumas consequências mais graves para o empresário, 
que, por exemplo, mantiver apenas a escrituração do Livro Caixa. 
No Código Comercial existe a previsão de punição por falta da escrituração mercantil, 
que determina de seis meses a três anos de detenção no caso de falência fraudulenta. 
Com a escrituração dos Livros Diário e Razão, as empresa estarão agindo em harmonia 
com as práticas internacionais, trazendo enormes benefícios. 
A escrituração comercial, não só é uma ferramenta gerencial muito importante, como 
também uma base sólida para auditorias, planejamento tributário, acompanhamento de 
resultados operacionais entre outros e para tal faz-se necessária a elaboração de uma 
estrutura de contas organizada para facilitar o trabalho dos contabilistas. 
Com o Novo Código Civil que entrou em vigor em 11 de janeiro de 2003, enfatizou-se, 
a importância da prestação de contas das atividades de negócios das empresas, através 
da contabilidade, criando responsabilidades ilimitadas para todos aqueles que 
descumprirem as leis vigentes. 
Agora não existem mais dúvidas de que todos os empresários precisam prestar contas de 
seus negócios, através da contabilidade e a responsabilidade do contabilista ficou clara 
no novo código civil. 
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Resumidamente podemos afirmar que "O profissional que cometer fraudes, ou exercer 
sua profissão sem zelo e profissionalismo, é responsável pelos erros, junto com a 
empresa que o contratou". 
O Código Civil, além de tratar sobre a responsabilidade dos contabilistas para com as 
sociedades, também obriga a utilização da escrituração contábil para todas as sociedades 
empresárias, tal como prevê o artigo 1.179 e seguintes. 
Art. 1.179. O empresário e a sociedade empresária são obrigados a seguir um 
sistema de contabilidade, mecanizado ou não, com base na escrituração uniforme 
de seus livros, em correspondência com a documentação respectiva, e a levantar 
anualmente o balanço patrimonial e o de resultado econômico. 
... 
Vislumbrando todos os textos legais mencionados e os ditames da legislação societária, 
é de fundamental importância à elaboração de um bom plano de contas, no sentido de 
maximizar o potencial da contabilidade a fim de utilizar todo o seu potencial gerador de 
informações. 
Assim, além de analisar as necessidades dos usuários da escrituração contábil, também é 
aconselhável estudar as várias possibilidades de emanar relatórios gerenciais para uso 
interno e externo, prevendo a estrutura das contas de acordo com os documentos de 
saída das informações tratadas pela contabilidade. 
Antes mesmo da informatização este padrão já era muito relevante, ganhando ainda 
mais espaço com os recursos tecnológicos e os sistemas de informação cada vez mais 
automatizados. 
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6. Estrutura das Contas 
 
Um bom plano de contas deve seguir alguns preceitos básicos para ser funcional e ao 
mesmo tempo completo. Assim podemos afirmar que o plano de contas ideal deve: 
1. Incluir o maior número possível de contas que possam ser utilizadas no ramo 
específico de atividade para o qual foi elaborado. 
2. Ser planejado de forma a permitir a inclusão de qualquer conta nova sem alterar 
a codificação das já existentes. 
3. Facilitar a elaboração de balancetes e balanços, evidenciando o Ativo, o Passivo 
e os resultados, mediante o simples relacionamento das contas, segundo a 
codificação planejada. 
4. Utilizar codificação que facilmente identifique as contas e que exija a menor 
quantidade possível de dígitos. 
5. Distinguir claramente as contas patrimoniais das de resultado, evidenciando as 
características próprias de cada Entidade (comercial, industrial, bancária, de 
serviços, de transportes, social, pública etc.). 
6. Facilitar o levantamento de informações específicas para fins administrativos 
(custos, liquidez financeira, rotação de capitais, investimento específicos etc.), 
para fins fiscais (lucro tributável, impostos recuperáveis ou a recolher etc.), ou 
para fins de divulgação (Lei nº 6.404, de 15/12/1976 – Lei das Sociedades por 
Ações) e dezenas de outros regulamentos específicos para determinados tipos de 
empresas: bancos, seguros, financeiras, corretores, consórcios etc. 
As contas devem ser utilizadas separadamente para representar cada tipo de elemento: 
os patrimoniais são lançados no ativo circulante, ativo não circulante, passivo 
circulante, passivo não circulante e no patrimônio líquido que são os componentes do 
balanço patrimonial da entidade. Já os lançamentos que afetam o resultado são 
realizados nas rubricas de receitas, custos e despesas, componentesda demonstração de 
resultado do exercício, que ao final de cada período são transferidos para o patrimônio 
líquido da empresa. 
Essas contas são os grupos que concentram um grande número de outras contas e são 
obrigatórias em qualquer plano de contas contábil. São elas as responsáveis pela 
elaboração dos relatórios contábeis obrigatórios pela legislação vigente. 
Cada conta também tem uma natureza, que pode ser devedora ou credora. Uma 
característica marcante em algumas contas é a sua estabilidade, ou seja, a natureza de 
determinada conta deverá sempre ser respeitada, como por exemplo, a conta caixa, que 
pode receber lançamentos devedores e credores ao longo de todo o período, mas que ao 
final do exercício, deverá obrigatoriamente apresentar saldo devedor, assim como a 
conta salários a pagar, que pode receber lançamentos devedores e credores, mas que 
sempre deverá manter um saldo credor no encerramento do exercício. 
Existem algumas contas instáveis, como o resultado do exercício, que pode apresentar 
saldo tanto devedor como credor, dependendo da movimentação que ela sofrer no ano. 
Mesmo assim, algumas empresas optam por criar grupos específicos para acumular os 
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lucros e outro para os prejuízos, obedecendo, assim, claramente a natureza de cada 
grupo de contas contábeis. 
Apesar de existirem diversas contas em um plano, apenas algumas recebem 
lançamentos; estas são intituladas contas analíticas, mas também existem as contas 
sintéticas, assim diferenciadas: 
 Conta Analítica: É a conta que expressa o item específico do patrimônio e 
registra a existência dos vários fatos que afetam tal item. Pode ser entendida 
como sendo aquela que representa um tipo mais específico, sendo o objeto do 
lançamento contábil. 
 Conta Sintética: É um tipo de conta mais genérica, envolvendo uma série de 
outras contas correlatas, sendo entendida como sendo o grupo centralizador das 
várias contas que possuem a mesma espécie ou natureza. 
6.1. Definição de Conta 
A escrituração contábil de uma empresa abrange um número bastante elevado de 
procedimentos e estes visam o registro de todos os fatos de forma sistêmica e 
padronizada. Assim, é necessário para que o registro comercial seja realizado, que 
sejam observados alguns pontos primordiais: 
 Identificação dos fatos patrimoniais; 
 Classificação correta; 
 Registro contábil; 
 Geração dos demonstrativos e 
 Estruturação dos fluxos das ocorrências. 
Para que a classificação do fato ocorra corretamente, é necessário atribuí-lo a uma conta 
correspondente que esteja em consonância com a natureza do evento. Desta forma, 
podemos afirmar que conta é o nome técnico imputado a cada elemento patrimonial ou 
do resultado, que seja responsável pelo registro complexo dos fatos que mantém a 
mesma essência. 
Em resumo, a conta tem a função de organizar o patrimônio e evidenciar os fatos que 
alteram sua estrutura qualitativamente ou quantitativamente. A conta é um dos 
instrumentos mais importantes da contabilidade e será utilizada para a efetivação dos 
registros através do método das partidas dobradas. 
Considerando as definições de contas tratadas, podemos facilmente dividi-las em dois 
grandes grupos: As Contas Patrimoniais e as Contas de Resultado. 
As contas patrimoniais representam os bens, os direitos, as obrigações e o patrimônio 
líquido das empresas, já as contas de resultado são responsáveis por demonstrar as 
receitas realizadas e as despesas em cada período. 
Um maior detalhamento das contas patrimoniais e de resultado, o funcionamento de 
cada uma delas e a estrutura proposta de planos de contas, serão assuntos tratados nos 
capítulos seguintes desta obra. 
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6.2. Codificação das Contas 
A codificação das contas, além de aprimorar naturalmente o trabalho de classificação 
dos documentos, e elemento indispensável para efeito do processamento de dados. 
Devido ao uso de sistemas de processamentos de dados e para agilizar a classificação 
contábil e o próprio lançamento contábil; é comum e altamente recomendável a 
utilização de códigos reduzidos das contas, o que normalmente é realizado de forma 
automática pelo próprio sistema. 
As máscaras do plano de contas são personalizáveis e diferem dentre as empresas e os 
ramos de atividade, dependendo do número de contas que se pretende criar e até mesmo 
da necessidade dos controles gerenciais. Como exemplo, podemos imaginar o caso de 
uma empresa industrial que controla todos os seus gastos e receitas separando-os por 
centros de resultado; assim, terá a necessidade de criar um plano mais detalhado e 
consequentemente com um maior número de contas. 
As máscaras poderão ser numerais, decimais ou mistas, conforme demonstrado: 
Tipo Numeral Decimal Mista 
Máscara X.X.X.X.X XX.XX.XX.XX.XX X.X.XX.XX.XXXX 
Código 1.1.1.1.1 01.01.01.01.02 1.1.01.02.0001 
Conta Caixa Matriz Caixa Filial Banco Conta Movimento 
A codificação do Plano de Contas deve ser elaborada utilizando-se de vários níveis de 
detalhamento, de modo a atender aos seus usuários dentro de uma lógica de 
classificação das diversas operações correspondentes aos atos ou fatos contábeis 
realizados. As contas poderão ser codificadas como contas de primeiro grau, segundo 
grau, terceiro grau, quarto grau e quinto grau, conforme detalhado: 
Classificação Máscara Descrição 
1º Grau X Identifica os grandes grupos como: Ativo, 
Passivo, Receitas e Despesas, por exemplo. 
2º Grau X.X Identifica os grupos específicos em que se 
dividem os grandes grupos. 
3º Grau X.X.XX Identifica os subgrupos em que se dividem os 
grupos. 
4º Grau X.X.XX.XX Identifica as contas sintéticas agregadas das 
contas analíticas que representam os elementos 
do patrimônio. 
5º Grau X.X.XX.XX.XXXX Representa as contas analíticas que identificam 
os bens, direitos, obrigações, receitas e despesas. 
É o nível que receberá os lançamentos. 
Assim, se utilizarmos uma máscara mista e uma classificação de quinto grau, o início do 
plano de contas poderia ser demonstrado da seguinte maneira: 
1. Ativo 
1.1. Ativo Circulante 
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1.1.01. Caixa e Equivalentes de Caixa 
1.1.01.01. Caixa 
1.1.01.01.0001. Caixa Matriz 
6.3. Sistemas de Contas 
Um sistema de contas consiste no agrupamento de contas que possuem características 
comuns, com o objetivo de tornar mais fácil e organizado o acompanhamento e estudo 
do patrimônio e de suas mutações. Assim, podemos agrupar em um sistema apenas 
contas patrimoniais, por exemplo. 
Esta divisão em sistemas de contas é comum de ser vista na contabilidade pública, que é 
aplicável às pessoas jurídicas de direito público, como a União, os estados, municípios, 
suas autarquias e fundações. Este tipo de contabilidade é caracterizada pelos diversos 
sistemas de contas contábeis, conforme descrito: 
a) O Sistema Orçamentário é representado pelos atos de natureza orçamentária, 
registrando a receita prevista e as autorizações legais da despesa constantes da 
Lei Orçamentária Anual (LOA) e dos créditos adicionais abertos; 
b) No Sistema Financeiro são registrados todos os ingressos e dispêndios, a 
arrecadação da receita e o pagamento da despesa orçamentária e extra 
orçamentária; 
c) O Sistema Patrimonial é constituído das contas que registram as movimentações 
que concorrem ativa e passivamente para a formação do patrimônio da entidade, 
ou seja, são registrados os bens patrimoniais (móveis, imóveis, estoques, 
créditos, obrigações, valores, operações de crédito, dentre outras), originadas ou 
não da execução orçamentária; 
d) No Sistema de Compensação são efetuados os registros dos atos administrativos 
praticados pelo gestor da entidade, que, direta ou indiretamente, possam a vir 
afetar o patrimônio da entidade, ainda que de imediato, istonão ocorra, mas 
possa implicar em modificação futura. 
6.4. A Nova Legislação Contábil 
Com o advento da Lei n° 11.638/2007 e da Lei n° 11.941/2009, ocorreram algumas 
mudanças significativas na estrutura contábil conhecida no Brasil. 
Para estar de acordo com as normas aceitas internacionalmente, a contabilidade 
brasileira sofreu algumas mudanças legais que impactaram diretamente no plano de 
contas. 
Tendo em vista esta nova conjuntura será necessária a exposição de algumas 
modificações que atendem a esta nova legislação contábil e que afetaram na estrutura e 
usabilidade das contas contábeis. 
No ativo, a Lei n° 11.941/2009 previu a inclusão de dois grandes grupos contábeis: O 
Ativo Circulante, que contém os bens e direitos realizáveis até o exercício seguinte; e o 
Ativo Não Circulante, se tiverem vencimento em prazo maior. 
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Antes desta, o ativo era classificado em circulante, realizável a longo prazo e 
permanente, sendo este último subdividido em investimento, imobilizado e diferido. 
Atualmente o ativo não circulante é dividido em realizável a longo prazo, investimentos, 
imobilizado e intangível. 
No que tange aos investimentos permanentes em participações societárias, a avaliação 
de coligadas pelo método da equivalência patrimonial passa a ser aplicada a todas as 
coligadas em que a investidora tenha influência significativa (dependência econômica, 
tecnológica, administrativa, poder de eleger administradores, etc.). 
A nova lei estabelece que é presumida a influência significativa quando a participação 
for de 20% ou mais do capital votante. Este método será aplicado para as sociedades 
que façam parte de um mesmo grupo ou que estejam sob controle comum. 
Desta forma poderá ocorrer, por exemplo, uma situação em que tenhamos um 
investimento com percentual inferior a 10%, com ações sem direito a voto, mas que 
possuam um investidor ou investida com um controlador comum; e para este caso o 
investimento deverá ser avaliado pelo método da equivalência patrimonial, mesmo que 
esse controlador seja uma pessoa física ou um conjunto de pessoas físicas agindo como 
controladores. 
A Lei n° 11.638/07 modificou a definição do imobilizado, baseada fundamentalmente, 
na análise de riscos e benefícios sobre a propriedade. Com isso a alteração legal, 
promove a convergência às práticas internacionais (IAS 17) qualificando as operações 
que transferem à companhia os benefícios, riscos e o controle desses bens, como ativo 
imobilizado, a exemplo do que ocorre com as operações de leasing financeiro. 
Também é estabelecida a obrigatoriedade das companhias em efetuarem de forma 
periódica o teste de recuperabilidade nos subgrupos do imobilizado e intangível. Desta 
forma, nenhum destes ativos pode existir por valor que não seja recuperável mediante 
venda ou utilização por parte da empresa. Este procedimento é também conhecido como 
teste de impairment. 
O grupo do ativo intangível deverá registrar todos os valores não corpóreos como 
marcas, patentes e direitos autorais, onde sofrerão a amortização baseada em sua 
estimativa de vida útil econômica. 
As contas de ágio gerado nas aquisições de investimentos permanentes por conta de 
expectativas de rentabilidade futura, o chamado goodwill, também será reclassificado 
para o ativo intangível e estarão sujeitos ao impairment, periodicamente. 
No que se refere ao ativo diferido, nova legislação contábil, regulamenta que o mesmo 
não pode receber débito de novos saldos a partir do exercício de 2008, mas ressalva que 
os saldos existentes e que não puderem ser alocados em outro grupo poderão 
permanecer sob esta classificação até a sua completa amortização. 
No passivo, a lei estipulou a segregação entre circulante, não circulante e patrimônio 
líquido. Antes disso, a classificação ficava em circulante, exigível a longo prazo, 
resultado de exercícios futuros e patrimônio líquido. 
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Podemos observar inicialmente que o subgrupo do exigível a longo prazo foi totalmente 
incorporado pelo passivo não circulante e que a conta resultado de exercícios futuros, 
antes utilizada para registrar o recebimento de receitas antecipadas, uma vez que essas 
receitas ainda não haviam sido incorridas se observarmos o regime de competência, 
deixa de existir, sendo seu saldo reclassificado para o passivo não circulante. 
Basicamente, o passivo circulante deve registrar as obrigações a vencer até o exercício 
seguinte e o passivo não circulante as obrigações a vencer após esse período, da mesma 
forma como ocorre no ativo. 
No patrimônio líquido, as principais novidades são a inclusão das contas ajuste de 
avaliação patrimonial, ações em tesouraria, a alteração da conta lucros e prejuízos 
acumulados para prejuízos acumulados e a exclusão da conta reservas de reavaliação. 
Serão classificados como “ajustes de avaliação patrimonial”, enquanto não computadas 
no resultado em obediência ao regime de competência, as contrapartidas de aumentos 
ou diminuições de valores atribuídos a elementos do ativo e do passivo, em decorrência 
de sua avaliação ao preço de mercado. Deste modo, foi extinta a conta de reserva de 
reavaliação. 
Na legislação anterior, os ativos decorrentes do imobilizado poderiam ser reavaliados, 
tendo como contrapartida, a referida reserva de reavaliação. 
Com a nova legislação, poderão ocorrer “ajustes” tanto em contas de ativo quanto em 
contas de passivo. Este subgrupo servirá, essencialmente, para abrigar a contrapartida de 
determinadas avaliações de ativos a preço de mercado, ou “valor justo”, especialmente a 
avaliação de determinados instrumentos financeiros; os ajustes de conversão em função 
da variação cambial de investimentos societários no exterior; efeitos da valorização em 
combinação de negócios a valor de mercado ou valor equivalente de seus ativos e 
passivos; e outros efeitos patrimoniais gerados na adoção de normas específicas pela 
CVM em consonância com as normas internacionais. 
A conta ações em tesouraria visa o registro da compra de ações da própria companhia 
emissora. Este fato é muito comum quando a empresa visa proteger a queda da cotação 
e, em um momento mais favorável, obter rentabilidade com a inserção dessas ações no 
mercado. 
Com a alteração de lucros e prejuízos acumulados para prejuízos acumulados procura 
fazer com que a empresa destine o lucro obtido no exercício, podendo permanecer nesta 
conta somente o prejuízo observado no exercício corrente, ou em alguns casos, o 
acúmulo dos prejuízos ao longo dos exercícios. 
Vale ressaltar que esta obrigatoriedade na destinação do lucro deve ser apenas 
observada por empresas constituídas sob a forma de sociedade anônima de capital 
aberto e para as sociedades tidas como de grande porte. 
ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL DIGITAL (ECD) 
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Na ECD – Escrituração Contábil Digital, em relação ao plano de contas, para 
cumprimento do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED), deve ser observado 
que: 
 
O plano de contas, com todas as suas contas sintéticas e analíticas, deve conter, no 
mínimo, 4 (quatro) níveis e é parte integrante da escrituração contábil da entidade, 
devendo seguir a estrutura patrimonial prevista nos artigos de 177 a 182 da Lei n° 
6.404/1976. 
 
Na transmissão para o Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) do plano de 
contas, juntamente com os livros Diário e Auxiliares, e documentos da escrituração 
contábil digital da entidade, devem constar apenas as contas que tenham saldo ou que 
tiveram movimento no período. 
 
O Livro Diário deve ser autenticado no registro público ou entidade competente, apenas 
quando for exigível por legislação específica. 
Base: 2ª Alteração – NBC - Comunicado Técnico CTG 2001. 
http://www.portaldecontabilidade.com.br/noticias/sped.htmhttp://www.normaslegais.com.br/legislacao/contabil/lei6404_1976.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/contabil/lei6404_1976.htm
http://www.portaltributario.com.br/guia/escrituracao.html
http://www.portaldecontabilidade.com.br/obrigacoes/livrodiario.htm
http://www.normaslegais.com.br/legislacao/NBC-CTG-2001-2-alteracao.htm
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7. Contas Patrimoniais 
 
As contas patrimoniais representam a situação da organização em um determinado 
momento, ou seja, representam o patrimônio total da empresa, subdivididas em bens, 
direitos e obrigações. O Patrimônio Líquido ou situação patrimonial líquida é a 
diferença entre o Ativo e o Passivo. As situações líquidas possíveis são: 
 
Com relação aos recursos que circulam dentro de uma empresa, podemos afirmar que as 
contas patrimoniais representam então, as origens e as aplicações destes recursos, de 
forma que as aplicações estão diretamente relacionadas com o ativo, e as origens 
diretamente relacionadas com o Passivo. Esta visualização será mais bem compreendida 
quando analisadas no capítulo que tange sobre a classificação contábil. 
A título de ilustração, será apresentada uma relação resumida de um pequeno grupo de 
contas patrimoniais com suas funções e forma de funcionamento. 
7.1. Contas do Ativo 
a) Ativo Circulante 
A função deste grupo é registrar os bens e direitos conversíveis no curso do exercício 
social corrente. O Ativo Circulante é composto, da seguinte forma: 
CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA: Este grupo tem como função registrar os 
recursos financeiros que se encontram à disposição de forma imediata pela organização, 
como caixa, depósitos bancários a vista e aplicações financeiras de liquidez imediata. 
Também denominado de “Disponibilidades”. 
CAIXA: Tem como principal função o registro do dinheiro que entra e sai do caixa 
(tesouraria) da empresa. 
A conta Caixa tem natureza devedora e será lançada a débito para registrar a entrada de 
dinheiro no caixa da entidade e a crédito para registrar a saída de dinheiro da tesouraria 
da empresa. 
BANCO CONTA MOVIMENTO: Sua função é registrar a entrada e saída de dinheiro e 
cheques das contas correntes da empresa, através de pagamentos e recebimentos. 
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As contas de bancos possuem natureza devedora e serão lançadas a débito para registrar 
a entrada e recebimento de dinheiro no banco e a crédito para registrar a saída de 
dinheiro e pagamentos da empresa. 
APLICAÇÕES FINANCEIRAS: Registram os valores aplicados através de instituições 
financeiras de curto prazo. 
As contas de aplicações financeiras possuem natureza devedora e serão debitadas para 
registrar as entradas dos investimentos iniciais e dos rendimentos provenientes das 
aplicações e creditadas para registrar o retorno dos valores aplicados. 
CLIENTES: Esta conta tem a função de registrar os valores de créditos com clientes, 
decorrentes das vendas a prazo de mercadorias ou serviços. 
A conta terá sempre natureza devedora e será debitada pelo reconhecimento dos valores 
a serem recebidos e creditada nos pagamentos efetuados pelos clientes. 
Clientes Mercado Interno: Registra os valores de entradas e saídas dos clientes 
no mercado interno, ou seja, clientes dentro do território nacional. 
A conta terá natureza devedora e será lançada a débito na entrada de valores a 
serem recebidos dos clientes e creditada pelo pagamento efetuado por parte dos 
clientes. 
Clientes Mercado Externo: Tem a função de registrar os valores de entradas e 
saídas dos clientes do mercado externo, ou seja, clientes de fora do território 
nacional. Vale lembrar que a contabilização deverá sempre ser realizada em 
moeda corrente, independentemente da moeda utilizada na transação comercial. 
A conta também terá natureza devedora. Será lançada a débito pelo registro dos 
valores a receber dos clientes no exterior e é lançada a crédito no pagamento 
efetuado por estes clientes. 
Duplicatas Descontadas: Tem a função de registrar o desconto de duplicatas que 
é uma operação financeira em que o banco antecipa dinheiro em troca das 
duplicatas que ficam em garantia do empréstimo. 
A natureza do saldo desta conta será sempre credora, ou seja, retificadora. Os 
débitos ocorrerão no momento da liquidação do título pelo devedor ou quando 
há a falta do pagamento pelo mesmo e os créditos são realizados pelo valor de 
face dos títulos no momento da operação financeira. 
Provisão para Crédito de Liquidação Duvidosa: é uma conta que tem por 
função o registro de uma provisão para possíveis não recebimentos da empresa 
em virtude de títulos não pagos pelos clientes. Esta conta também pode ser 
intitulada Perdas Estimadas em Créditos de Liquidação Duvidosa - PECLD. 
A PCLD ou PECLD também é uma conta retificadora e, portanto apresentará 
sempre o saldo credor. Os débitos serão o registro de quando ocorre o 
pagamento do título por parte do cliente, ou pela realização da provisão efetuada 
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e a conta será creditada no momento do registro dos títulos que possuem a 
liquidação duvidosa. 
É importante se atentar para os aspectos fiscais e à dedutibilidade prevista para 
estes valores, de acordo com a legislação vigente. 
ESTOQUES: Registram os valores das entradas e saídas de mercadoria na empresa. 
As contas do grupo estoques têm a natureza devedora e serão lançadas a débito na 
entrada das mercadorias e a crédito na saída dos produtos ou na transferência de 
estoques. 
Estoque de Produtos Acabados: Pretende registrar os valores das entradas e 
saídas de mercadoria prontas para a comercialização. 
A conta Estoques de Produtos Acabados é de natureza devedora. Será lançada a 
débito na entrada de mercadorias prontas para a comercialização e será creditada 
na saída de mercadorias vendidas ou avariadas. 
Estoque de Produtos em Elaboração: Registra os valores das entradas e saídas 
de matéria-prima e mão de obra. 
Esta conta possui natureza devedora, sendo debitada na entrada dos materiais 
utilizados no processo de produção como matéria-prima e mão de obra e 
creditada pela saída dos produtos elaborados do estoque ou na perda de materiais 
no processo de industrialização. 
Estoque de Matéria-Prima: Registra os valores das entradas e saídas das 
matérias-primas. 
A conta também possui natureza devedora e será lançada a débito na entrada de 
matéria-prima. O movimento a crédito servirá para registro da saída dos 
materiais do estoque ou na sua avaria. 
Estoque de Embalagens: A conta irá registrar os valores das entradas e saídas de 
Embalagens. 
Possui natureza devedora, sendo registrada a débito na entrada das embalagens e 
creditada pela saída dos materiais do estoque ou na sua avaria. 
Estoque em Poder de Terceiros: Esta conta tem a função de registrar os valores 
das entradas e saídas de materiais estocados em poder de terceiros, ou seja, são 
estoques da empresa armazenados em outro local que não o utilizado 
normalmente. 
Apesar de a empresa não contar com o estoque físico em seu poder, esta conta 
também possui natureza devedora. Será lançada a débito na entrada das 
mercadorias armazenadas em locar terceirizado; e creditadas na saída dos itens 
deste local, seja para venda ou transferência ao estoque físico da empresa. 
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VALORES A RECEBER: tem a função de registrar os montantes de entrada e saída de 
outros créditos a receber. 
A natureza do saldo deste grupo será sempre devedora. A conta é lançada a débito na 
movimentação de entrada dos valores a serem recebidos e será lançada a crédito no 
pagamento proveniente de cada um dos valores efetivamente recebidos. 
ADIANTAMENTOS: Registra os adiantamentos feitos pela empresa, convertendo estes 
montantes em um direito a receber. 
O grupo de adiantamentos

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