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1 Olá alunos e alunas, nesta primeira aula de planejamento e contabilidade tributária, vamos ver de forma geral o que é tributo, sua forma e sua divisão. Conceito de tributo conforme art. 3º do Código Tributário Nacional – CTN: “Art. 3º. Tributo é toda prestação pecuniária compulsória, em moeda ou cujo valor nela se possa exprimir, que não constitua sanção de ato ilícito, instituída em lei e cobrada mediante atividade administrativa plenamente vinculada.” Podemos dividir o tributos em três categorias: 1. Impostos; 2. Taxas; 3. C0ntribuição de Melhorias IMPOSTO Conforme art, 160 d0 CTN, imposto é classificado como um tributo não vinculado, por possuir uma hipótese de incidência cuja materialidade independe de qualquer atividade estatal. TAXAS Conforme art.77 do CTN taxa é um tributo vinculado diretamente, por possuir a sua hipótese de incidência consistente numa ação estatal diretamente referida ao contribuinte. As taxas estão relacionadas a prestação de serviço público ou exercício do poder de polícia, elas beneficiam os próprios contribuintes e a sua cobrança aparece como uma contraprestação, elas podem aparecer com outros nomes, como: tarifas, contas, preços públicos entre outros. CONTRIBUIÇÃO DE MELHORIA Conforme art. 81 do CTN é um tributo vinculado indiretamente, por possuir uma hipótese de incidência consistente numa atuação estatal indiretamente referida ao contribuinte. Está relacionada a realização de obras públicas, que traz DISCIPLINA PLANEJAMENTO E CONTABILIDADE TRIBUTÁRIA PROFESSOR CARLOS DONIZETE DA SILVA 2 benefício para o público em geral e não apenas o contribuinte dessa contribuição. Conceitos fundamentais de direito tributário DIREITO TRIBUTÁRIO Direito Tributário ou Direito Fiscal, é um conjunto de leis ou normas que regulamentam a arrecadação dos tributos assim como a sua fiscalização. É uma parte jurídica que estabelece suas relações entre o Estado e os contribuintes com relação à arrecadação dos tributos. A Constituição Federal de 1.988, trata da questão tributária de forma geral. A melhor compreensão está na lei complementar, conhecida como Código Tributário Nacional. Na Constituição Federal o sistema tributário está no Título VI – da tributação e do orçamento – esclarecidos pelos artigos 145 a 169. O Direito Constitucional e o Direito Tributário possuem uma ligação muito forte, principalmente quando se refere aos direitos individuais. Mas o princípio fundamental do sistema tributário está sobre a sua legalidade, que pode ser melhor apreendido no artigo 150 do Código Tributário Nacional. “Art. 150. O lançamento por homologação, que ocorre quanto aos tributos cuja legislação atribua ao sujeito passivo o dever de antecipar o pagamento sem prévio exame da autoridade administrativa, opera-se pelo ato em que a referida autoridade, tomando conhecimento da atividade assim exercida pelo obrigado, expressamente a homologa.” Assim sendo, o Direito Tributário é responsável com exclusividade sobre a figura jurídica e os efeitos presentes no Código Tributário Nacional, assim como a seu aproveitamento. Tem como função dar explanações corretas e aplicabilidades para com a sociedade, de maneira a solucionar problemas resultantes da sua explanação para os sujeitos físicos e jurídicos, jamais se esquecendo dos direitos e garantias individuais. É dividido em: DIREITO NATURAL São os princípios universais, permanentes, superiores ou normas jurídicas; proveniente da própria condição humana; anterior ao homem e situa-se acima dele; é eterno; não é racional; é fundamento do Direito Positivo. DIREITO POSITIVO 3 É criação humana; conjunto de normas e leis reconhecidas e aplicadas pelo poder público com o objetivo de regular a convivência social humana; é racional; é formalizado através do processo legislativo respectivo; sua função é proteger o Direito Natural; está dividido em Público e Privado. DIREITO PRIVADO – é o conjunto de regras jurídicas que regem as relações dos indivíduos entre si ou pessoas jurídicas de Direito Público, quando agem como particulares; inclui: direito civil, comercial, internacional privado. DIREITO PÚBLICO – é o conjunto de regras jurídicas relativas à atividade financeira das entidades públicas. NORMA INSTITUIDORA DE TRIBUTO O CTN - Código Tributário Nacional - é a lei que dá norte, no Brasil, para a aplicabilidade dos tributos, extensão, alcance, limites, direitos e deveres dos contribuintes, atuação dos agentes fiscalizadores e demais normas tributárias. É a norma instituidora de tributos e reguladora do sistema tributário nacional. A aplicabilidade atual do CTN, sob a proteção da Constituição de 1988 decorre do fenômeno, teoria ou princípio da recepção (art. 34, §5 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias). Através do princípio da recepção, todas as normas jurídicas em vigência anteriores a um ordenamento constitucional e que não entrem em conflito com este último, são absorvidas pelo sistema jurídico, permanecendo em vigor. REGRA-MATRIZ DE INCIDENCIA TRIBUTÁRIA É uma norma de conduta que visa orientar e disciplinar a relação jurídico tributária entre o fisco e o contribuinte Se existir um fato jurídico tributário com incidência tributária previsto em lei, se ocorrido o fato, existe a relação jurídica entre o sujeito ativo e o sujeito passivo, caso se concretize os fatos, ocorre a consequência, e por sua vez, uma obrigação patrimonial, com um sujeito passivo com obrigação a cumprir uma prestação em dinheiro. A regra matriz tem como elementos a hipótese e a consequência, que se desdobram em critérios, sendo: Critérios da Hipótese: Critério Material 4 Por exemplo: Ser proprietário de veículo automotor. Em outras palavras o critério material é justamente o enunciado que delimita o núcleo do acontecimento a ser promovido à categoria de fato jurídico Critério Espacial O critério espacial é justamente o critério que delimita o espaço físico em que a norma incidirá. Critério Temporal O critério temporal é o que delimita o tempo em que a norma ocorrerá. Por exemplo: "Primeiro dia do ano", "Todo mês", "A cada trinta dias”, A cada trimestre", etc Os critérios da consequência: Critério pessoal Que nos mostra quem é os sujeitos da relação, que são: Sujeito Ativo O sujeito ativo é sempre o credor, ou seja, sujeito direto, o Estado, temos também o sujeito ativo indiretos que são outros credores que não os entes federados. Por exemplo: as entidades de classes (CRC, CRM...). Sujeito Passivo É o devedor do tributo. Critério quantitativo Que se subdivide em: Base de cálculo É o valor sobre o qual se aplica a alíquota para calcular a quantia a pagar. Alíquota É o percentual ou valor fixo que será aplicado para cálculo do valor de um tributo. 5
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