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Higiene aplicada a instalações agropecuárias

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▪ Sanidade = tornar são, produzir saúde; 
▪ O bem estar humano, animal e ambiental estão 
relacionados; 
▪ Objetivo das práticas médicas→vida saudável e 
produtividade; 
▪ Saúde pública se faz com defesa sanitária animal; 
▪ Os fatores ambientais estão ligados aos fatores de 
saneamento; 
▪ Os fatores ambientais devem ser de conhecimento do 
médico veterinário para que ele tenha uma compreensão 
da doença e aplique métodos de saúde e biossegurança. 
FATORES AMBIENTAIS COMO 
DETERMINANTES DE DOENÇA 
Manifestam-se com igual intensidade tanto com relação ao 
agente como ao hospedeiro e respectivos vetores, 
favorecendo ou desfavorecendo a atuação desses no 
processo saúde-doença (principal foco); 
▪ Constituído por um certo número de elementos que o 
caracterizam: temperatura, precipitação, isolação, 
umidade, nebulosidade, pressão atmosférica, vento; 
▪ É determinado por um certo número de fatores que o 
condicionam → latitude, umidade, altitude, 
proximidade ao mar (continentalidade), correntes 
marítimas, orientação das massas do relevo, a natureza 
do solo, tipo de vegetação e a exposição geográfica das 
vertentes; 
▪ São os mais importantes determinantes físicos dos 
padrões de ocorrência de doenças; 
▪ Determinados patógenos e parasitos não sobrevivem em 
locais frios ou quentes a depender do seu local de 
predileção→ saneamento adequado do local; 
▪ Os fatores climáticos são determinantes dos padrões de 
ocorrência e transmissão de doenças; 
▪ Podem afetar o hospedeiro, o agente e o vetor; 
▪ Afetam os hospedeiros, populações de vetores e de 
agentes biológicos de doenças quando em vida livre; 
▪ Podem acarretar agravos a saúde de indivíduos jovens e 
recém-nascidos, por serem sensíveis ao frio, ao calor e à 
desidratação; 
▪ Ex.: Vento → pode carregar agentes infecciosos como o 
vírus da aftosa, bem como vetores infectados por 
agentes de doenças, esporos, ovos de parasitas, ácaro, 
etc. por longas distâncias; 
▪ Ex.: Raios solares → inativação de agentes infecciosos 
como o vírus da gastroenterite suína. 
▪ É afetado por fatores climáticos e organismos que 
atuam no seu material de origem; 
▪ Capacidade de retenção de água, pH e porosidade → 
fatores que interferem na sobrevivência dos agentes na 
natureza; 
▪ Contribuem para inanição quando escasso de vegetação 
ou quando elementos nutricionais não se encontram em 
equilíbrio adequado; 
▪ Ex.: carência de fósforo e cobre diminui a fertilidade 
em ovinos; 
▪ O solo pode conter agentes químicos causadores de 
doenças sejam através do solo, água ou plantas 
forrageiras; 
▪ Pode oferecer excelente meio de crescimento de fungos, 
agentes da criptococose, Histoplasmose, formas 
esporuladas dos clostrídios e bacilos, favorecem a 
evolução de ovos e larvas de helmintos ou de oocistos 
de eimerídeos; 
▪ Substância importante para a sobrevivência do 
ecossistema; 
▪ Microorganismos→ bactérias, vírus, parasitas 
▪ Contaminantes→ toxinas naturais, produtos químicos, 
agrotóxicos, metais pesados, etc; 
▪ a contaminação se dá pelo consumo de água 
contaminada e falta de higiene desencadeada pela falta 
de água → doenças e vetores que se desenvolvem na 
água; 
▪ ex.: água parada é um criador de mosquito em 
ambientes que favorece a disseminação de doenças cujo 
mosquito é vetor e outras como a peste bovina, febre 
aftosa, helmintoses, etc. 
 
▪ Pode contribuir para manutenção de determinadas 
doenças; 
▪ Montanhas → possuem grutas cavernosas→ moradia 
para morcegos hematófagos→ raiva dos herbívoros; 
▪ Florestas com vetores flebotomíneos e reservatórios 
silvestres → leishmaniose; 
▪ Planície dos pampas → Hidroatidose favorece a 
manutenção dos ovos de Echinococcus granulosus 
eliminados pelos cães, preservados pela radiação solar; 
▪ Pântanos, lagos, açudes, represas e paisagens hídricas 
são verdadeiros criadouros de invertebrados artrópodes 
e moluscos hospedeiros intermediários (Fasciola 
hepática\Shistossoma mansoni); 
▪ Elementos que compõem um ecossistema: 
o Elementos bióticos→ seres vivos 
▪ Produtores – autótrofos 
▪ Consumidores primários – herbívoros 
▪ Consumidores secundários – 
carnívoros 
▪ Consumidores mistos – onívoros 
▪ Decompositores – heterofitos 
▪ Bactérias e protozoários que se 
alimentam de materiais residuais 
o Elementos abióticos→ matéria inorgânica ou 
sem vida ex.: água, ar, solo. 
O HOMEM COMO FATOR INTERFERENTE 
NAS INTERAÇÕES DO ECOSSISTEMA 
▪ É o determinante do processo saúde-doença 
▪ Alterando o meio ambiente, pode promover o 
aparecimento de condições para o desenvolvimento de 
doenças; 
▪ o homem pode prevenir ou controlar situações perigosas 
introduzindo o uso de vacinas, drogas, quarentena, 
eutanásia, controle de movimentação de animais e 
produtos, etc. 
▪ pode influenciar a frequencia ou ocorrencia de doenças 
dos animais (ZOONOSES) → introdução ou 
disseminação de seus agentes nas propriedades onde 
transita; 
▪ o homem é responsável pela degradação do ecossistema 
se tornando a principal fonte poluidora; 
▪ consequências das ações fundamentais de sobrevivência 
do indivíduo e seu grupo familiar na sociedade 
▪ destinação do esgoto doméstico→lançado “in natura” 
polui solos e mananciais; 
▪ lixo→proliferação de vários animais nocivos, animais 
sinantrópicos como roedores, baratas, moscas, etc. 
▪ uso de equipamentos poluidores→veículos motorizados 
(poluição do ar) que liberam monóxido de carbono, 
material particulado e poluição sonora; 
▪ lazer predatório. 
▪ agressões ao ambiente em nome do desenvolvimento → 
desmatamento, queimadas, emprego desordenado de 
pesticidas. 
▪ Atividade industrial indispensável ao progresso → 
poluição do ar e dos campos, tornando áreas inteiras 
inóspitas à vida humana e animal; 
▪ Lixo químico → tragédias ecológicas. 
SANEAMENTO APLICADO 
▪ Medidas sanitárias e programas de imunoprofilaxia, que 
tem por objetivo prevenir a instalação de doenças, 
protegendo a saúde pública; 
▪ Conjunto de programas e medidas com o objetivo de 
diminuir a inevitável exposição dos animais a agentes 
infecciosos e predadores naturais; 
▪ Um bom programa visa orientar a cadeia de produção 
animal sugerindo programas sanitários eficazes e 
seguros para a eliminação, controle e redução 
significativa da inevitável exposição da população 
animal aos agentes causadores de enfermidades; 
▪ O manejo animal está diretamente ligado à prevenção 
da transmissão de doenças, independente da capacidade 
do patógeno que causam medo no setor produtivo 
nacional e internacional; 
▪ É o foco de atenção da maioria dos produtores de 
animais nas indústrias de alimentos; 
▪ Problemas sanitários graves podem comprometer a 
exportação e o consumo interno dos produtos derivados; 
▪ O produtor diminui o risco da introdução de 
enfermidades veiculadas por roedores e insetos, 
melhora o status sanitário do plantel e aumenta seus 
lucros na produção; 
▪ Componentes de um programa de biossegurança: 
Isolamento, controle de tráfego, refluxo; higienização; 
Quarentena, Medicação, Vacinação; 
Monitoramento,registro e comunicação de resultados, 
Erradicação de doenças, Auditorias (técnicas de 
qualidade total), Atualização, Educação continuada, 
plano de contingência. 
▪ Parte integrante da biossegurança que tem como 
objetivo reduzir os riscos de contaminação através do 
controle de patógenos no ambiente que irá reduzir a 
ocorrência de doenças permitindo que potencial 
genético dos animais se expressem corretamente; 
▪ Redução dos patógenos com potencial zoonótico, 
garantindo segurança alimentar e redução de gastos 
decorrentes do uso de medicações e perdas de animais 
doentes; 
▪ limpeza→ remove sujidade através de processo 
mecânico diminuindo a população microbiana; 
▪ descontaminação→ elimina total ou parcialmente a 
carga microbiana tornando seguro o ambiente; 
▪ desinfecção→ destrói microorganismos na forma 
vegetativa existentesem superfícies inertes; 
1. Identificação do problema →inspeção cuidadosa das 
unidades de produção que avalia o grau de sujidade em 
todo o ambiente de criação, incluindo as partes 
superiores das instalações, a área externa e todos os 
equipamentos. Quando bem realizada, pode indicar a 
presença de roedores e insetos, como também na 
identificação de pequenos danos estruturais. 
2. Identificação dos pontos críticos de higienização 
3. Limites críticos de segurança 
4. Monitoramento 
5. Ações corretivas 
6. Registro dos dados 
7. Procedimentos de verificação da condução do programa 
8. Capacitação do pessoal

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