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ATOS ADMINISTRATIVOS - OAB

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ATOS ADMINISTRATIVOS
REQUISITOS DO ATO→ constituem condições que devem ser observadas para sua válida
edição
- Competência: é o poder legal conferido ao agente público para o desempenho
específico das atribuições de seu cargo; é um elemento sempre vinculado.
O vício de competência nem sempre obriga à anulação do ato, ele admite convalidação,
exceto nos casos de competência em razão da matéria ou de competência exclusiva.
OBS: Delegação ou avocação: não há a transferência da titularidade da competência,
apenas o seu exercício.
→ Delegação: só é permitida a delegação de competência nos casos que não houverem
impedimento legal. A delegação deve ser apenas de parte da competência do órgão ou
agente, mas não de todas as suas atribuições. É um ato discricionário e é revogável a
qualquer tempo. No ato delegado deve-se mencionar expressamente que há delegação,
sendo este ato adotado pelo delegado, que assume a responsabilidade.
>>> Não pode ser objeto de delegação: (a) a edição de atos de caráter normativo; (b) a
decisão de recursos administrativos; (c) as matérias de competência exclusiva do órgão ou
autoridade.
→ Avocação: é o ato mediante o qual o superior hierárquico traz para si o exercício
temporário de determinada competência atribuída por lei a um subordinado, deve ser
medida excepcional e fundamentada.
- Finalidade: é o elemento mais conectado com o princípio da impessoalidade. É um
elemento sempre vinculado. O desatendimento de qualquer uma dessas finalidades
acarreta em um vício insanável do ato, provocando obrigatoriamente a sua anulação.
OBS: O Abuso de poder possui duas espécies: (a) excesso de poder, caso em que o agente
público atua além de sua competência legal; (b) desvio de poder, em que o agente público
atua contrariamente ao interesse público, desviando-se da finalidade pública.
@marialaurarosado
- Forma: é o modo de exteriorização do ato administrativo. O vício de forma é passível de
convalidação, exceto nos casos em que a lei determina expressamente a forma como
essencial à validade do ato. A regra geral é de que os atos tenham forma escrita, porém há
exceções.
- Motivo: é a causa imediata do ato administrativo, é a situação de fato e de direito que
determina o autoriza a prática do ato. O ato pode ser vinculado ou discricionário.
O vício do motivo sempre acarreta a nulidade do ato, há duas hipóteses: motivo
inexistente ou motivo ilegítimo.
-Motivação: é a declaração escrita do motivo que determinou a prática do ato. Portanto,
se o ato deve ser motivado e não é feita a motivação, será um vício de forma e não de
motivo. Pois a motivação é elemento da forma.
- Objeto: é o próprio conteúdo do material do ato.
OBS: Nos atos vinculados a um motivo correspondente a um único objeto, verificado o
motivo, a prática do ato é obrigatória. Sendo assim, objeto e motivo são vinculados. Nos
atos discricionários há liberdade de valoração do motivo e como resultado a escolha do
objeto, dentre os possíveis autorizados na lei. Portanto, objeto e motivo são
discricionários.
ATRIBUTOS DOS ATOS→ características inerentes aos atos administrativos:
- Presunção de legitimidade: é o único atributo presente em todos os atos
administrativos. É uma presunção relativa, ou seja, admite prova contrária. O ônus da
prova da existência de vício é de quem alega. (a) Presunção de legitimidade ou legalidade:
são corretas a interpretação e a aplicação da norma jurídica pela administração. (b)
Presunção de veracidade: os fatos alegados pela administração existem, ocorreram, são
verdadeiros.
- Imperatividade: é a possibilidade de a administração, unilateralmente, criar obrigações
para os administrados, ou impor-lhe restrições. É um atributo que não está presente em
todos os atos.
@marialaurarosado
- Autoexecutoriedade: são os atos que podem ser materialmente implementados pela
administração, diretamente, inclusive mediante o uso da força, se necessária, sem que a
administração precise obter autorização judicial prévia.
Ocorre em dois casos: (a) quando a lei expressamente prevê; (b) em situações de urgência,
quando for necessária a adoção imediata de medida destinada a evitar um prejuízo maior
para o interesse público.
- Tipicidade: o ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela
lei como aptas a produzir determinados resultados.
CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Ato nulo: é aquele que já nasce com vício insanável, não pode produzir efeitos e a
declaração de nulidade opera ex tunc, desfazendo os efeitos que dele tenham decorrido,
ressalvados os efeitos já produzidos em relação a terceiros de boa-fé.
Ato inexistente: é aquele que possui apenas aparência de manifestação de vontade da
administração pública, mas que não se origina de um agente público, e sim de alguém que
se passa por tal condição.
Ato anulável: é o ato que contém vício sanável e por isso poderá ser objeto de
convalidação, desde que não acarrete lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros.
OBS: São sanáveis o vício de competência quanto à pessoa, desde que não se trate de
competência exclusiva; e o vício de forma, a menos que se trate de forma exigida pela lei
como condição essencial à validade do ato.
Ato simples: é o que decorre de uma única manifestação de vontade de um único órgão,
unipessoal (ato simples singular) ou colegiado (ato simples colegiado).
Ato complexo: é o que necessita para sua formação, da manifestação de vontade de dois
ou mais diferentes órgãos ou autoridades.
Ato composto: é aquele cujo conteúdo resulta da manifestação de um só órgão, mas a sua
edição ou a produção de seus efeitos depende de outro ato que o aprove.
@marialaurarosado
Atos vinculados: são os que a administração pratica sem margem alguma de liberdade de
decisão, pois a lei previamente determinou o único comportamento possível a ser
obrigatoriamente adotado sempre que se configure a situação objetiva descrita na lei.
Atos discricionários: são aqueles que a administração pode praticar com certa liberdade
de escolha, nos termos e limites da lei, quanto ao seu conteúdo, seu modo de realização,
sua oportunidade e sua conveniência administrativa.
O Mérito do ato→ É o poder conferido pela lei ao agente público para que ele decida sobre
a oportunidade e conveniência de praticar determinado ato discricionário.
O mérito administrativo não está sujeito ao controle judicial. O controle de mérito é
sempre controle de oportunidade e conveniência e resulta sempre em revogação ou não
do ato.
O Poder Judiciário não revoga atos administrativos, somente anula, se houver ilegalidade.
EXTINÇÃO DO ATO
Cassação: É a extinção do ato administrativo quando o seu beneficiário deixe de cumprir
os requisitos que deveria permanecer atendendo, como exigência para a manutenção do
ato e de seus efeitos.
Caducidade: uma nova norma jurídica que contraria a norma que respaldava a prática do
ato, extingue o ato administrativo.
Anulação: quando há vício no ato, relativo à legalidade ou legitimidade. Quando for
insanável deve obrigatoriamente ser anulado. Devem, entretanto, ser resguardados os
efeitos já produzidos em relação aos terceiros de boa-fé.
Revogação: é a retirada de um ato válido, mas que segundo critério discricionário da
administração, tornou-se inoportuno ou inconveniente. A revogação só se aplica aos atos
discricionários.
TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES
@marialaurarosado
É a explicitação de que a administração pública está sujeita ao controle
administrativo e judicial relativo à existência e à pertinência dos motivos (fático e legal)
que ela declarou como causa determinante da prática de um ato.
Caso seja comprovada a não ocorrência da situação declarada, ou a inadequação
entre a situação ocorrida e o motivo descrito na lei, o ato será nulo.
Só se aplica essa teoria nos atos em que houve motivação, sejam eles vinculados e
discricionários.
CONVALIDAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO
A regra geral é que os vícios de legalidade ou legitimidade acarretarem sua
nulidade. Entretanto, dão origem, em algumas hipóteses, aatos meramente anuláveis, isto
é, são atos que apresentam defeitos sanáveis que poderão ser anulados ou convalidados.
A convalidação é a correção ou regularização desses atos anuláveis.
Os defeitos sanáveis são:
(a) vícios relativos à competência quanto à pessoa, desde que não se trate de competência
exclusiva;
(b) vício de forma, desde que a lei não considere a forma elemento essencial à validade
daquele ato.
Convalidação por omissão→ o prazo de decadência do ato administrativo é de cinco anos,
se nesse prazo ninguém julgar o ato ilegal (qualquer que seja o seu vício), nada mais poderá
ser feito, o ato será dado como válido, tornando-se definitivos seus efeitos.
@marialaurarosado

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