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Deficiencia Auditiva

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Prévia do material em texto

Educação Inclusiva
Deficiência Auditiva
Material elaborado com base no texto de Mirlene Ferreira Macedo Damázio
Conceito
A deficiência auditiva, comumente chamada de surdez, consiste na perda parcial ou total da capacidade de ouvir.
É considerado surdo todo o individuo cuja audição não é funcional no dia-a-dia, e considerado parcialmente surdo todo aquele cuja capacidade de ouvir, ainda que deficiente, é funcional com ou sem prótese auditiva
A deficiência auditiva é uma das deficiências contempladas e integradas nas necessidades educativas especiais.
Graus de surdez
Classificação BIAP (Bureau International d’Audiophonologic)
Leve – entre 16 e 40 dB - Nesse caso a pessoa pode apresentar dificuldade para ouvir o som do tic-tac do relógio, ou mesmo uma conversação silenciosa (cochicho).
Moderada – entre 41 e 55 dB - Com esse grau de perda auditiva a pessoa pode apresentar alguma dificuldade para ouvir uma voz fraca ou o canto de um pássaro.
Acentuada – entre 56 e 70 dB - Com esse grau de perda auditiva a pessoa poderá ter alguma dificuldade para ouvir uma conversação normal.
Graus de surdez
Classificação BIAP (Bureau International d’Audiophonologic)
Severa – 71 a 90 dB - Nesse caso a pessoa poderá ter dificuldades para ouvir o telefone tocando ou ruídos das máquinas de escrever num escritório. 
Surdez profunda – acima de 91 dB. Nesse caso a pessoa poderá ter dificuldade para ouvir o ruído de caminhão, de discoteca, de uma máquina de serrar madeira ou, ainda, o ruído de um avião decolando. 
A surdez pode ser, ainda, classificada como unilateral, quando se apresenta em apenas um ouvido e bilateral, quando acomete ambos ouvidos.
Graus de surdez e o desenvolvimento infantil
Surdez leve: a criança é capaz de perceber os sons da fala; adquire e desenvolve a linguagem oral espontaneamente; o problema geralmente é tardiamente descoberto; dificilmente se coloca o aparelho de amplificação porque a audição é muito próxima do normal. 
Surdez moderada: a criança pode demorar um pouco para desenvolver a fala e linguagem; apresenta alterações articulatórias (trocas na fala) por não perceber todos os sons com clareza; tem dificuldade em perceber a fala em ambientes ruidosos; são crianças desatentas e com dificuldade no aprendizado da leitura e escrita.
Graus de surdez e o desenvolvimento infantil
Surdez severa: a criança terá dificuldades em adquirir a fala e linguagem espontaneamente; poderá adquirir vocabulário do contexto familiar; existe a necessidade do uso de aparelho de amplificação e acompanhamento especializado. 
Surdez profunda: a criança dificilmente desenvolverá a linguagem oral espontaneamente; só responde auditivamente a sons muito intensos como: bombas, trovão, motor de carro e avião; frequentemente utiliza a leitura orofacial; necessita fazer uso de aparelho de amplificação e/ou implante coclear, bem como de acompanhamento especializado.
Terminologia
Surdo / surda 
Comunidade surda 
Libras – Língua Brasileira de Sinais (não use “linguagem”) 
Jamais use surdo-mudo 
Podem ser oralizados e podem não falar Libras 
Pessoa com deficiência auditiva
Tendências Educacionais
Existem três tendências educacionais: oralista, a comunicação total e a abordagem por meio do bilinguismo.
Oralismo: visam à capacitação da pessoa com surdez para que possa utilizar a língua da comunidade ouvinte na modalidade oral, como única possibilidade linguística, de modo que seja possível o uso da voz e da leitura labial, tanto na vida social, como na escola.
Tendências Educacionais
Bilinguismo: visa capacitar a pessoa com surdez para a utilização de duas línguas no cotidiano escolar e na vida social, quais sejam: a Língua de Sinais e a língua da comunidade ouvinte. 
As experiências escolares, de acordo com essa abordagem, no Brasil, são muito recentes e as propostas pedagógicas nessa linha ainda não estão sistematizadas. 
Tendências Educacionais
Comunicação total: considera as características da pessoa com surdez utilizando todo e qualquer recurso possível para a comunicação, a fim de potencializar as interações sociais, considerando as áreas cognitivas, linguísticas e afetivas dos alunos. 
Os resultados obtidos com a comunicação total são questionáveis quando observamos as pessoas com surdez frente aos desafios da vida cotidiana. A linguagem gestual visual, os textos orais, os textos escritos e as interações sociais que caracterizam a comunicação total parecem não possibilitar um desenvolvimento satisfatório e esses alunos continuam segregados, permanecendo agrupados pela deficiência, marginalizados, excluídos do contexto maior da sociedade. 
Aprendizagem da Língua Portuguesa
O desafio frente à aprendizagem da Língua Portuguesa é uma questão escolar importante. 
A Língua Portuguesa é difícil de ser assimilada pelo aluno com surdez. Segundo Perlin (1998,p.56), os surdos não conseguem dominar os signos dos ouvintes, por exemplo, a epistemologia de uma palavra, sua leitura e sua escrita. 
Aprendizagem da Língua Portuguesa
No processo de escrita o aluno surdo tenta buscar em seu “arquivo mental” imagens que se relacionam com o que está lendo, mas certamente não encontrará todas as imagens de que precisa. Boa parte daquelas que ele lembrar não mais saberá como escrevê-las, visto que o seu contato com aquela palavra pode não ter sido suficiente para registrá-la em sua mente, principalmente aqueles sinais com os quais não tem contato usual rotineiro, o que ocasiona textos curtos e bastante limitados. Fica fácil imaginarmos essa situação se fizermos a analogia de que o surdo não vê uma palavra, mas sim uma espécie de desenho.
Alfabetização dos surdos
O surdo grava todas as imagens que vê, mas não as ouve, portanto, não sabe as denominações. Quando vai para a escola, não adianta apenas mostrar-lhe o sinal ou a escrita sem lhe apresentar o objeto correspondente e vice-versa. Portanto, não se obtém êxito somente escrevendo uma palavra pois ele tem que associá-la a um sinal que conheça. Como pondera Perlin (2010, p.510), “a escrita do surdo não vai se aproximar da escrita do ouvinte”. 
Para Lessa-de-Oliveira (2012), as crianças surdas podem levar até seis anos em média para serem alfabetizadas e, em muitos casos, essa alfabetização não é suficiente para elas aprenderem o português fluentemente. 
Texto produzido pelo aluno “R1”, aos dez anos de idade, quando cursava a 4ª série, em maio/2005. 
Trabalho. Eu idade 17 trabalhar mecânico. Eu trabalhar muito ganhar dinheiro. Eu ter cor carro cinza. Eu gosto muito menina bonita namorar. Eu feliz ver banco praça sentar cansado. Eu gosto muito beijar! Ter filho um menina. Ter casa cor branca grande Estados Unidos. Eu família praia linda grande mar azul.
Extraído do texto: Análise da produção escrita de surdos alfabetizados com proposta bilíngue: implicações para a prática pedagógica
Língua de Sinais
Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS
É o idioma utilizado pelos surdos. Língua de modalidade gestual-visual (porque utiliza a visão para captar a mensagem e movimentos das mãos e expressões corporal e facial para se comunicar) que possui estrutura e gramática própria, tendo a mesma denominação e status da língua oral-auditiva (sistema fonológico representado pelos fonemas de uma língua, concretizados pela articulação dos sons da fala). 
A Língua de Sinais não é uma língua universal.
O papel do Intérprete de LIBRAS:
Sua função é facilitar a comunicação entre o estudante surdo, o professor e os outros estudantes da turma, interpretando a mensagem recebida em Língua Portuguesa oral e/ou escrita e convertendo-a em LIBRAS e vice-versa.
A presença, em sala de aula, do intérprete de LIBRAS / Português tem aspectos favoráveis e desfavoráveis que precisam ser observados:
O papel do Intérprete de LIBRAS:
Aspectos favoráveis:
O aluno surdo aprende de modo mais fácil o conteúdo de cada disciplina e sente-se mais seguro, tendo mais chances de compreender e ser compreendido.
O processo de ensino-aprendizagem, se tratando de uma sala de aulainclusiva, fica menos exaustivo e mais produtivo para o professor e para todos os alunos.
O professor fica com mais tempo para atender aos demais alunos.
O papel do Intérprete de LIBRAS:
Aspectos desfavoráveis:
O intérprete pode não conseguir passar o conteúdo da mesma forma que o professor.
O intérprete necessita ter formação escolar adequada para conseguir acompanhar o ritmo e o nível do conteúdo da aula.
O aluno foca a sua atenção no intérprete e não no professor regente; 
O professor não interage diretamente com o aluno, sendo necessário que o professor regente e o intérprete planejem suas funções e limites. 
Trabalho Pedagógico
O trabalho pedagógico com os alunos com surdez nas escolas comuns, deve ser desenvolvido em um ambiente bilíngue, ou seja, em um espaço em que se utilize a Língua de Sinais e a Língua Portuguesa. 
Um período adicional de horas diárias de estudo é indicado para a execução do Atendimento Educacional Especializado. Nele destacam-se três momentos didático-pedagógicos:
Momentos didático-Pedagógicos
 Momento do Atendimento Educacional Especializado em Libras na escola comum, em que todos os conhecimentos dos diferentes conteúdos curriculares, são explicados nessa língua por um professor, sendo o mesmo preferencialmente surdo. Esse trabalho é realizado todos os dias, e destina-se aos alunos com surdez.
Momentos didático-Pedagógicos
 Momento do Atendimento Educacional Especializado para o ensino de Libras na escola comum, no qual os alunos com surdez terão aulas de Libras, favorecendo o conhecimento e a aquisição, principalmente de termos científicos. 
Este trabalhado é realizado pelo professor e/ou instrutor de Libras (preferencialmente surdo), de acordo com o estágio de desenvolvimento da Língua de Sinais em que o aluno se encontra. 
O atendimento deve ser planejado a partir do diagnóstico do conhecimento que o aluno tem a respeito da Língua de Sinais.
Momentos didático-Pedagógicos
Momento do Atendimento Educacional Especializado para o ensino da Língua Portuguesa, no qual são trabalhadas as especificidades dessa língua para pessoas com surdez. 
Este trabalho é realizado todos os dias para os alunos com surdez, à parte das aulas da turma comum, por uma professora de Língua Portuguesa, graduada nesta área, preferencialmente. 
O atendimento deve ser planejado a partir do diagnóstico do conhecimento que o aluno tem a respeito da Língua Portuguesa.
Planejamento
O planejamento do Atendimento Educacional Especializado é elaborado e desenvolvido conjuntamente pelos professores que ministram aulas em Libras, professor de classe comum e professor de Língua Portuguesa para pessoas com surdez. 
O planejamento coletivo inicia-se com a definição do conteúdo curricular, o que implica que os professores pesquisem sobre o assunto a ser ensinado. 
Em seguida, os professores elaboram o plano de ensino individualizado. Eles preparam também os cadernos de estudos do aluno, nos quais os conteúdos são inter-relacionados.
Recursos didáticos
A organização didática desse espaço de ensino implica o uso de muitas imagens visuais e de todo tipo de referências que possam colaborar para o aprendizado dos conteúdos curriculares em estudo, na sala de aula comum.
Os materiais e os recursos para esse fim precisam estar presentes na sala de Atendimento Educacional Especializado, quais sejam: mural de avisos e notícias, biblioteca da sala, painéis de gravuras e fotos sobre temas de aula, roteiro de planejamento, fichas de atividades e outros.
Tradutor e/ou Intérprete
É a pessoa que, sendo fluente em Língua Brasileira de Sinais e em Língua Portuguesa, tem a capacidade de verter em tempo real (interpretação simultânea) ou, com um pequeno espaço de tempo (interpretação consecutiva), da Libras para o Português ou deste para a Libras. A tradução envolve a modalidade escrita de pelo menos uma das línguas envolvidas no processo. 
Como Avaliar
O MEC publicou em 02/12/99 a portaria 1679 que recomendava o seguinte: 
Disponibilidade de intérpretes; 
Flexibilidades na correção de provas escritas; 
Priorizar a escrita com o vocabulário ligado ao curso do aluno; 
Materiais de apoio aos professores; 
Sala de recursos multifuncional; 
Recursos didáticos
Aparelhos Auditivos
APPs de tradutores de LIBRAS
Hand Talk 
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