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PESQUISA NA ÁREA
Relato de experiência profissional com aluno com autismo.
Professora Aline Aparecida Pizoni Tomasi.
Prefeitura Municipal de Serra, 2016.
Minha experiência com o aluno Eduardo (autista) começou no início do ano de 2016 quando juntamente com a Auxiliar de Desenvolvimento Infantil Maria Aparecida recebemos na sala de grupo 5 este aluno que, juntamente com os demais, necessitava de nosso carinho, dedicação, atenção e ensinamentos.
O Eduardo era diferente dos demais do grupo, pois, apesar dos seus 5 anos falava pouco e quase não conseguíamos compreender, fugia da sala e não interagia com os demais colegas, mostrando uma extrema agitação.
Ao longo do ano letivo eu e a Maria Aparecida fomos juntas construindo saberes, pesquisando e conquistando o Eduardo para que pudesse avançar, dentro de suas potencialidades. Nossa prioridade era que ele aprendesse a brincar, a interagir com os colegas e também que compreendesse as regras sociais e a rotina da sala e da escola e desenvolvesse a oralidade.
Durante este tempo fui dialogando com a mãe sobre a importância da integração da família com a escola e ela pôde me dar importantes dicas de como melhor agir com o Eduardo.
Os demais alunos se tornaram pequenos professores do Eduardo e colaboravam conosco, ensinando e estimulando o aluno a se envolver nas brincadeiras e demais atividades e ele a cada dia apresentava progressos e se integrava com as atividades e a rotina da escola.
Ao longo do ano, pudemos colher de fato os frutos de um árduo trabalho, envolvendo as pessoas que criaram vínculos, as ações às vezes intuitivas, às vezes pesquisadas, muitas observações transformadas em ações, oferecendo ao aluno caminhos para o seu desenvolvimento. Atualmente o Eduardo fala com mais clareza, interage melhor com os colegas e funcionários, participou da festa junina, dançando com a turma, o que emocionou a todos, reconhece seu nome e conta até 10.
Sua família é muito participativa.
Enfim, Eduardo é um aluno que nos desafiou, mas que também nos trouxe a chance de perceber o quanto é possível oferecer a estes alunos, que por tantas vezes são discriminados. O aluno não só nos ofereceu a condição de   acreditar na inclusão como também nos fez sentir educadores inclusivos, pois, como educadores somos tão capazes que muitas vezes desconhecemos nosso potencial inclusivo.

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