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Apostila EJA- Paulo Freire e a Metodologia na EJA

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PAULO FREIRE E A METODOLOGIA NA EJA 
 
Especialização em Educação de Jovens e Adultos 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Pós-graduação 
Educação de Jovens e 
Adultos 
Paulo Freire e a 
Metodologia na EJA 
 60 horas 
PAULO FREIRE E A METODOLOGIA NA EJA 
 
Especialização em Educação de Jovens e Adultos 
 
 
DIRETORA GERAL 
Prof.ª Esp. Suzana Karling 
 
 
VICE-DIRETORA GERAL 
Prof.ª Me. Daniela Caldas Acosta 
 
 
 
DIRETOR PEDAGÓGICO 
Prof. Me. Argemiro Aluísio Karling 
 
 
 
COORDENADOR GERAL DE PÓS-GRADUAÇÃO 
Prof.ª Me. Nelci Gonçalves Dorigon 
 
 
ELABORAÇÃO DO MATERIAL 
Prof.ª Me. Maria Eliza Spineli 
 
 
 
REVISÃO DO MATERIAL, FORMATAÇÃO E ARTE FINAL 
Prof.ª Me. Nelci Gonçalves Dorigon 
 
 
 
Nenhuma parte deste fascículo pode ser reproduzida sem autorização expressa do IEC e dos autores. 
 
Direitos reservados para: 
 
INSTITUTO PARA O DESENVOLVIMENTO DA EDUCAÇÃO E DA CIDADANIA 
Av. Cerro Azul, 1411, Jardim Novo Horizonte - CNPJ – 02.684.150/0001-97 
CEP: 87.010-055 - Maringá – PR – Fone: (44) 3034-4488 
e-mail: fainsep@fainsep.edu.br
mailto:fainsep@fainsep.edu.br
PAULO FREIRE E A METODOLOGIA NA EJA 
 
Especialização em Educação de Jovens e Adultos 
 
 
Sumário 
Sumário ................................................................................................ 3 
PROGRAMA DO MÓDULO ............................................................................ 2 
Apresentação ......................................................................................... 2 
Ementa do módulo .................................................................................. 3 
Objetivo geral ......................................................................................... 3 
Objetivos específicos ............................................................................... 3 
Orientações didáticas ............................................................................... 3 
Estratégias de estudo a serem utilizadas ...................................................... 3 
Avaliação............................................................................................... 4 
UNIDADE I .......................................................................................... 5 
Paulo Freire ........................................................................................... 5 
Cidadão do mundo .................................................................................. 5 
Introdução ............................................................................................. 5 
Breve Biografia de Paulo Freire .................................................................. 5 
Aspectos Metodológicos da Alfabetização Freireana .................................................. 8 
Para pôr em prática ....................................................................................................... 10 
Síntese ........................................................................................................................... 10 
Saiba mais ..................................................................................................................... 11 
UNIDADE II ....................................................................................... 11 
Educação Bancária “versus” Educação Libertadora ..................................... 12 
Introdução ........................................................................................... 12 
Educação Bancária ................................................................................ 12 
Educação Libertadora ............................................................................ 13 
Para pôr em prática ................................................................................ 14 
Síntese ................................................................................................ 14 
Saiba mais ........................................................................................... 15 
UNIDADE III ..................................................................................... 16 
Paulo Freire e suas Contribuições ............................................................. 16 
Para a Educação na Atualidade ................................................................ 16 
Introdução ........................................................................................... 16 
Para pôr em prática ................................................................................ 16 
Saiba Mais ........................................................................................... 17 
Síntese ................................................................................................ 17 
Considerações Finais ............................................................................. 19 
Referências Básicas .............................................................................. 20 
Referências Complementares .................................................................. 20 
 
 
2 
 
 
 
PROGRAMA DO MÓDULO 
Apresentação 
Nos dias atuais, a educação ainda é vista pelo sistema econômico, como algo 
utilizado para preparar o indivíduo como se fosse produto de capital humano, ou seja, 
pessoas capazes de atender às necessidades do capital econômico e produtivo. Os 
indivíduos são preparados para serem produtos de mercado, cumprindo a exigência 
de obter uma formação pelas competências exigidas para a aquisição de um 
emprego. 
 Nesse sentido, é necessário pensar numa educação que venha na direção 
contrária a essa ideologia e que atenda os princípios da formação de cidadãos 
conscientes, críticos e construtores da sua própria história. Paulo Freire procurou 
resgatar e conscientizar as pessoas menos favorecidas da sociedade. Para tanto, 
ele desenvolveu um modelo de alfabetização que o tornou conhecido no mundo 
inteiro. 
O autor tinha uma preocupação com as pessoas desprovidas das 
oportunidades sociais, as pessoas humildes e que não tiveram condições para se 
alfabetizarem. Ele via a alfabetização como processo de conscientização que 
oportuniza aos desfavorecidos não só a aquisição dos instrumentos de leitura e 
escrita, mas também, a libertação e a promoção da “cidadania”, por meio da maior 
participação do povo, ainda que restrita. 
Neste módulo vamos trazer algumas reflexões quanto as ideias difundidas por 
Paulo Freire e seguirá o seguinte formato: 
Na Unidade 1 você irá conhecer um pouco mais sobre a trajetória do autor, a 
sua biografia e alguns apontamentos sobre os aspectos metodológicos referentes 
ao processo de alfabetização idealizado por Paulo Freire. 
Na Unidade 2 faremos uma abordagem no que diz respeito a crítica que, 
figuradamente, Paulo Freire faz à educação quando a denomina de educação 
“bancária”, fazendo um contraponto com a educação libertadora. 
Na unidade 3 veremos as contribuições de Paulo Freire para a educação, na 
atualidade, e os pressupostos de uma educação humanizadora por meio da ação 
cultural libertadora, priorizando o conceito crítico de educação como diálogo entre 
educando e educador, num encontro de consciências. 
3 
 
 
 
Ementa do módulo 
Paulo Freire e suas contribuições para a educação. A dimensão teórica em 
Paulo Freire. Educação Bancária e Educação Libertadora. Pedagogia do Oprimido. 
Processo de conscientização. Aspectos metodológicos da alfabetização freireana: 
investigação, tematização e problematização. Educação e afetividade. 
 
Objetivo geral 
Conhecer a metodologia freireana como fonte de construção do próprio 
saber, bem como, a importância do envolvimento do aluno no processo de 
aprendizado de maneira ativa, superando a ideologia das aulas expositivas e 
com pouca interação do processo de ensino e aprendizagem. 
 
Objetivos específicos 
 Compreender a relevânciade uma metodologia que considera a experiência do 
aluno com ponto de partida para a alfabetização; 
 Conhecer a concepção humanista problematizando a educação; 
 Exercer a reflexão crítica do processo de ensino e aprendizagem; 
Orientações didáticas 
Diferentemente do ensino presencial, o aluno que opta pela Educação a 
Distância precisa conhecer as características desta modalidade. O próprio aluno é o 
sujeito do processo, ou seja, ele é o principal agente da aprendizagem, e seu próprio 
professor. Para que isso ocorra, é importante que você faça uso correto das 
estratégias e recursos utilizados em EaD. Visando promover tal autonomia 
intelectual, você tem à disposição as ferramentas disponíveis no Moodle: material 
didático (textos, livros, filmes, vídeos e atividades); tutor a distância e fórum. 
 
Estratégias de estudo a serem utilizadas 
 Leitura, pesquisa, discussões, debates, resumos. 
 Utilização de diferentes recursos pedagógicos ofertados pela FAINSEP: 
4 
 
 
 
biblioteca virtual (hemeroteca) e o Ambiente Virtual de Aprendizagem 
(MOODLE). 
 Realização das atividades do dossiê e do exame, a fim de aprofundar e 
consolidar os conhecimentos desenvolvidos no módulo. 
 Utilização de ferramentas síncronas e assíncronas para a interação com os 
tutores. 
 Leitura de textos complementares. 
 
Avaliação 
A avaliação final consistirá na nota da atividade avaliativa on-line, que valerá 
de 0,0 a 10,0, com peso 4 e a da nota do exame on-line que valerá de 0,0 a 10,0, 
com peso 6. A média final para aprovação é 7,0 (sete). 
 Atividade avaliativa on-line constituída de 20 questões objetivas, com direito a 
2 tentativas, sem limite de tempo. Apenas realize as atividades no Moodle, 
quando tiver estudado todas as unidades e se sentir seguro e preparado. 
 O exame on-line, com 10 questões objetivas, estará à disposição, na 
plataforma Moodle, durante este período de oferta do módulo, fica a critério do 
aluno escolher o melhor horário para iniciar o exame, tendo o prazo de uma hora 
para sua conclusão. Logo após a conclusão do exame, o sistema apresentará 
automaticamente a nota do aluno. 
 Fique atento(a)! O exame de segunda oportunidade abrirá automaticamente 
dentro do período de oferta do módulo, caso não seja atingida a nota 7,0 na 
atividade avaliativa ou no exame. 
No caso de não atingir a média após as tentativas no período de oferta do 
módulo, ou não conseguir fazer o exame no período estipulado, o aluno deverá 
requerer 3.ª oportunidade no período estipulado, tendo como referência o 
cronograma do referido curso. Para maiores informações consulte o guia acadêmico. 
 
 
https://moodle.fainsep.edu.br/moodle35/course/view.php?id=47
5 
 
 
 
UNIDADE I 
Paulo Freire 
Cidadão do mundo 
 
 
Introdução 
Nesta unidade, você terá a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre o 
conceituado educador e pedagogo brasileiro, Paulo Reglus Neves Freire, conhecido 
por Paulo Freire. Autor de várias obras, entre elas a "Pedagogia do Oprimido", na 
qual defendia que o objetivo da escola era ensinar o aluno a "ler o mundo" para 
poder transformá-lo. 
Vamos conhecer os aspectos metodológicos de Paulo Freire, que 
basicamente, consiste em uma maneira de educar na qual leva em consideração 
o cotidiano dos alunos e as suas experiências. Freire trabalhou com a alfabetização 
de adultos e a sua filosofia baseia-se no diálogo entre professor e aluno, buscando 
transformar o estudante. 
O autor fazia uma crítica aos métodos de ensino nos quais o professor era 
tido como o detentor do saber e o aluno apenas um receptor de conteúdo, o que ele 
chamava de “educação bancária”. Para Paulo Freire o aluno deve ser um aprendiz 
ativo. “Transformar os alunos em objetos receptores é uma tentativa de controlar o 
pensamento e a ação, leva homens e mulheres a ajustarem-se ao mundo e inibe o 
seu poder criativo.” (FREIRE, 1997, p. 16) 
 
Breve Biografia de Paulo Freire 
 
Paulo Reglus Neves Freire nasceu no dia 19 de setembro de 1921, em 
Recife. Filho de uma sargento do exército e de uma dona de casa e bordadeira. 
Paulo Freire aprendeu a ler “(...)com os pais, à sombra das árvores do quintal da 
casa onde nasceu (GADOTTI, 2004, p. 20)” 
Apesar de viver uma infância tranquila, Paulo conheceu desde cedo o 
significado da fome e da miséria, principalmente com os reflexos da crise econômica 
de 1929 e com a morte de seu pai, quando tinha 13 anos. Vivenciando estes 
6 
 
 
 
problemas, precisou adiar os estudos e só entraria no ginásio, atual 6º ano do Ensino 
,Fundamental, com 16 anos, quando seus colegas tinham 11 ou 12 anos. No relato 
de Freire: 
Queria muito estudar, mas não podia porque nossa condição econômica 
não o permitia. Tentava ler ou prestar atenção na sala de aula, mas não 
entendia nada por que a fome era grande. Não é que eu fosse burro. Não 
era falta de interesse. Minha condição social não permitia que eu tivesse uma 
educação. A experiência me ensinou, mais uma vez, a relação entre classe 
social e conhecimento. Então, devido aos meus problemas, meu irmão mais 
velho começou a trabalhar e nos ajudar, e eu comecei a comer mais. 
Naquela época, estudava no segundo ou terceiro ano do colegial, sempre 
com dificuldades. À medida que comia melhor, comecei a compreender 
melhor o que lia. Foi aí, precisamente, que comecei a estudar gramática, 
porque adorava os problemas da linguagem. Eu estudava filosofia da 
linguagem por conta própria, preparando-me, aos 18 ou 19 anos, para 
entender o estruturalismo e a linguagem. Comecei, então, a ensinar 
gramática portuguesa, com amor pela linguagem e pela filosofia, e com a 
intuição de que deveria compreender as expectativas dos estudantes e 
fazê-los participar do diálogo. Em algum momento, entre os 15 e 23 anos, 
descobri o ensino como minha paixão (FREIRE, 1987, p. 40). 
 
Depois, prosseguiu com os estudos e formou-se em Direito, mas não seguiu a 
carreira, encaminhando a vida profissional para o magistério, onde passou a maior 
parte da sua vida. 
De acordo com Gadotti (2004, p. 24), no ano de 1946 Paulo Freire começou 
a trabalhar no SESI – Serviço Social da Indústria – onde permaneceu durante oito 
anos. Foi durante este período que ele aprendeu a dialogar com a classe 
trabalhadora e a compreender sua forma de apreender o mundo. E foi aí, 
aprendendo na prática, que se tornou um educador, aprendendo algo do qual nunca 
mais se afastaria: a pensar sempre na prática. 
Durante este período, outra experiência que marcou sua vida foi o 
Movimento de Cultura Popular do Recife, pois: 
 
Quando jovem, aprendi que a beleza e a criatividade não podiam viver 
escravas da devoção à correção gramatical. Essa compreensão me ensinou 
que a criatividade precisava de liberdade. Então, mudei minha pedagogia, 
como jovem professor, no sentido de educação criativa. Isto foi um 
fundamento, também, para que eu soubesse, depois, como a criatividade na 
pedagogia está relacionada com a criatividade política. Uma pedagogia 
autoritária, ou um regime político autoritário, não permite a liberdade 
necessária à criatividade, e é preciso criatividade para se aprender 
(FREIRE, 1987, p. 31). 
 
Já no ano de 1962, na cidade de Angicos (RN), Paulo freire chefiou um 
programa de alfabetização, onde 300 trabalhadores rurais foram alfabetizados em 
45 dias. No ano seguinte, Freire foi convidado, pelo então presidente João Goulart 
7 
 
 
 
para chefiar o Plano Nacional de Alfabetização. De acordo com Gadotti (2004, p. 
51), tal plano consistia em “criar, na capital de cada estado, equipes centrais que 
multiplicariam os quadros e em seguida poriam o método [de alfabetização proposto 
por Freire] em prática”. Ainda de acordo com este autor, estava previsto a instalação 
de 20 mil círculos de cultura para dois milhões de analfabetos por todo o Brasil. 
Seria, sem dúvida, uma das maiores ações planejadas para erradicar e combater o 
analfabetismo no país. Entretanto, o GolpeMilitar de 1964 interrompeu os trabalhos 
e reprimiu toda a mobilização já conquistada. 
Não tardou e Paulo Freire foi preso. Foi considerado pelas autoridades da 
época um “subversivo internacional, um traidor de Cristo e do povo brasileiro” 
(GADOTTI, 2004, p. 53). 
Esta experiência durou setenta dias e tão logo alcançou a liberdade, optou 
por ficar exilado no Chile. Lá “trabalhou na formulação do Plano de Educação em 
Massa e como professor da Universidade Católica de Santiago, além de ser 
consultor especial da UNESCO (GADOTTI, 2004, p. 55). Paulo Freire também deu 
aula nos Estados Unidos e na Suíça e organizou planos de alfabetização em países 
africanos. 
Na visão de Gadotti (2004, p. 56), o exílio foi profundamente pedagógico para 
Freire pois “ele começou a questionar o Brasil, a compreender melhor o que havia 
feito e a melhor se preparar para fazer algo fora de seu país de origem, oferecendo 
sua contribuição a outro povo”. 
Durante o período em que ficou exilado, Paulo Freire escreveu seus livros 
mais conhecidos: Educação como Prática da Liberdade; Pedagogia do 
Oprimido; Extensão ou Comunicação? 
Em 1979, com a anistia, Paulo retorna ao Brasil depois de 15 anos de exílio. 
De acordo com Gadotti (2004, p 82), “o exílio não o marcou com mágoa ou com uma 
nostalgia doentia. Sua volta representou um momento importante na história da 
educação no Brasil, pois reanimou-se os debates em torno dos problemas 
educacionais, sufocado pelo obscurantismo imposto pela oligarquia governamental”. 
Paulo Freire integrou-se à vida universitária, foi secretário municipal de 
Educação de São Paulo. Foi nomeado doutor honoris causa de 28 universidades em 
vários países e teve obras traduzidas em mais de 20 idiomas. Freire foi casado duas 
vezes e teve cinco filhos. Morreu em 1997, de enfarte. 
 
8 
 
 
 
Aspectos Metodológicos da Alfabetização Freireana 
Antes de mais nada, é importante afirmar que Paulo Freire não é um 
metodólogo, ou seja, não criou um método de alfabetização (não era sua intenção), 
mas, sim, apresentou uma crítica à educação brasileira e nesta criticou o formalismo 
mecanicista das práticas de alfabetização. Em muitas de suas entrevistas ele afirma 
isso. “O que é original em Paulo Freire é a ótica pela qual ele enxerga esse 
processo, que é a ótica libertadora (GADOTTI, 2004, p. 40). 
Na proposta de Paulo Freire o processo educativo acontece e está centrado 
na relação de mediação estabelecida entre educador e educando. A função do 
educador é mostrar ao educando que ele traz consigo um conjunto de 
conhecimentos que são frutos de suas experiências. Cabe ao educador a tarefa de 
auxiliar o aluno na organização desses conhecimentos, estabelecendo a ligação 
entre os conhecimentos do aluno com os saberes escolares. Este procedimento 
auxilia o educando a melhorar gradualmente a autoestima, estimulando a sua 
participação no processo de aprendizagem, o que por sua vez, lhe dará maior 
autonomia o que resultará em uma participação mais ativa na sociedade. 
Para Paulo Freire, a educação é diálogo. Neste sentido, não é possível aos 
educadores pensarem apenas nos procedimentos didáticos e nos conteúdos a 
serem ensinados: 
 
Os próprios conteúdos a serem ensinados não podem ser totalmente 
estranhos àquela cotidianidade. O que acontece, no meio popular, nas 
periferias das cidades, nos campos – trabalhadores urbanos e rurais 
reunindo-se para rezar ou para discutir seus direitos - , nada pode escapar à 
curiosidade arguta dos educadores envolvidos na prática da educação de 
jovens e adultos (FREIRE, 1997, p.16). 
 
O modelo Paulo Freire de alfabetização é dividido em três 
etapas: investigação, tematização e problematização. 
 
Investigação: o professor auxilia o aluno na identificação de quais são as palavras 
que pertencem ao seu universo de vocabulário e os temas centrais da sua vida. As 
palavras encontradas são consideradas como “palavras geradoras”. 
A investigação temática se faz a partir do esforço com um para a tomada de 
consciência da realidade e para a autoconsciência. Isso a caracteriza como 
ponto de partida do processo educativo ou da ação cultural libertadora 
[…] investigar o tema gerador é investigar o pensar do homens situados na 
realidade, que é sua práxis. Isso não significa que seus homens sejam coisas 
que, numa pureza objetiva, existam fora dos homens, mas nos homens, em 
suas relações com o mundo, referidas aos fatos (TORRES, 1981, p. 101). 
https://www.infoescola.com/psicologia/autoestima/
9 
 
 
 
Tematização: depois da escolha das palavras o professor deve buscar o significado 
social dessas palavras e dos temas. Essa etapa leva o aluno a tomar consciência do 
mundo em que vive, esse é o momento no qual o educador faz a associação das 
palavras com alguma situação da vida cotidiana do aluno. Exemplo: A palavra 
“enxada” que é acompanhada de uma imagem com um homem capinando o “mato”, 
assim os estudantes associam as palavras com algo que é comum para eles (o 
trabalho na roça). 
Os temas geradores são codificados e decodificados, elaborando-se fichas 
com as palavras mais significativas do universo vocabular: 
 
[…] Aqui, as palavras não são só um instrumento de leitura da língua; são 
também instrumentos de releitura coletiva da realidade social onde a língua 
existe; e existe os homens que a falam e as relações entre os homens. 
Portanto, as palavras precisam servir para as duas leituras, e o seu critério 
de escolha são três: a riqueza fonética da palavra geradora, as dificuldades 
fonéticas da língua e a densidade pragmática do sentido (BRANDÃO, 1981, 
p. 31). 
 
Problematização: este é momento o no qual o aluno e o professor devem superar 
a visão “mágica” do mundo em que vivem e desenvolver uma visão crítica, capaz de 
transformar o contexto vivido. Neste momento os educandos exteriorizam seus 
modos de ver a realidade ao responderem às diversas situações 
codificadas/decodificadas. O educador problematiza a situação existencial 
codificada/decodificada e as respostas que vão aparecendo no decorrer do diálogo. 
Para Gadotti: 
 
Nesta ida e vinda do concreto para o abstrato e do abstrato para o concreto, 
volta-se ao concreto problematizado. Descobrem-se os limites e as 
possibilidades das situações existenciais concretas captadas na primeira 
etapa. Evidencia-se a necessidade de uma ação concreta cultural, social, 
política, visando a superação de situações-limites, isto é, de obstáculos à 
hominização. Saber ler e escrever torna-se instrumento de luta, atividade 
social e política (GADOTTI, 2004, p. 42). 
 
Conforme nos mostra Gadotti (2004), no pensamento de Paulo Freire, alunos 
e professores são transformados em pesquisadores críticos. Devemos considerar 
que os alunos não são um pote vazio que deva ser preenchido pelo professor, temos 
que compreender que os alunos chegam, em sala de aula, trazendo seus 
sentimentos, suas experiências, suas histórias, suas motivações pessoais, seus 
preconceitos, entre outros. O aluno traz a sua vida para dentro da escola. 
Assim, como afirma Torres (1981, p. 107), […] em uma metodologia 
libertadora e em uma educação dialógica, em vez de escola, discute-se e trabalha-
se em Círculos de Cultura. Em vez de aula narrativa, diálogo. Em vez de alunos 
10 
 
 
 
Caro cursista, 
Para aprofundamento destes conceitos e dos aspectos metodológicos que 
envolvem a metodologia utilizada por Freire para a alfabetização de Adultos, vamos 
ler o texto sugerido nesta unidade temática e assistir os vídeos sugeridos. 
 
 
 
 
 
 
(sem luz própria), participantes do grupo. Em vez de pontos e programas alienados, 
programação “codificada” em unidades de aprendizagem. 
 
 
 
Para pôr em prática 
 
 
 
 
 
Síntese 
Nessa unidade, você teve a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre 
a biografia e de Paulo Freire e a relevância para a educação, da metodologia por ele 
idealizada. Reafirmamos que o autor tinhapreocupação e interesse pelas pessoas 
humildes e menos favorecidas que não tiveram oportunidade de se alfabetizar. 
O autor percebia a alfabetização como processo de conscientização que 
oportuniza aos desfavorecidos uma educação como prática da liberdade, na qual 
substitui o autoritarismo presente na escola tradicional pelo diálogo. A educação 
libertadora tem como objetivo o desenvolvimento da consciência crítica na qual seria 
possível dialogar, problematizar e construir o conhecimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
 
 
 
Caro cursista, 
Antes de você prosseguir nos seus estudos, é necessário que assista aos vídeos e e 
leia os textos elencados nas unidades. A finalidade é ilustrar e colaborar com a melhor 
compreensão do assunto em questão. 
ANEXO 1 - BEISIEGEL, C. de R. Paulo Freire. Recife: Editora Massangana, 2010. 
Capítulo “O método de alfabetização: a proposta de uma educação 
“conscientizadora”” (p. 41 – 71). 
 
ANEXO 2 – GADOTTI, M. O legado de Paulo Freire. Centro de referência Paulo 
Freire. Instituto Paulo Freire, 2004. 
 
 
 
Paulo Freire: história e método 
https://www.youtube.com/watch?v=s-UC5zMNAwc 
 
Pensadores na educação: Paulo Freire e a educação para o mundo. 
https://www.youtube.com/watch?v=4M69rga5ENo 
 
Saiba mais 
https://www.youtube.com/watch?v=s-UC5zMNAwc
https://www.youtube.com/watch?v=4M69rga5ENo
12 
 
 
 
UNIDADE II 
 
Educação Bancária “versus” 
Educação Libertadora 
 
Introdução 
 Nesta unidade faremos uma abordagem no que diz respeito a crítica que, 
figuradamente, Paulo Freire faz à educação quando a denomina de educação 
“bancária”. Esse tipo de educação parte do princípio de que o aluno não sabe nada e 
o professor é detentor do saber. 
 Fazendo um contraponto a este modelo de educação, o autor descreve a 
educação libertadora ou problematizadora na qual o professor não é apenas o que 
educa, mas aquele que, enquanto educa, é educado estabelecendo uma relação de 
troca com o educando que, ao ser educado, também educa o professor. “Ninguém 
educa a ninguém, ninguém educa a si mesmo, os homens se educam entre si, 
mediatizados pelo mundo (FREIRE, 1987, p. 30). 
 
Educação Bancária 
A concepção de educação “bancária” pressupõe uma relação vertical entre o 
professor e o aluno, na qual o diálogo entre ambos é negado, “o educador é o que 
diz a palavra; os educandos, os que a escutam docilmente; o educador é o que 
disciplina; os educandos, os disciplinados” (FREIRE, 1987, p. 68). 
Nesta perspectiva o professor é o indivíduo que detêm o conhecimento, pensa 
e dá o direcionamento, enquanto o aluno é o objeto que recebe o conhecimento, não 
pensa e segue as orientações do professor. Neste modelo o professor “bancário” 
realiza os "depósitos" no aluno e, estes, recebem sem contestar ou questionar. Este 
tipo de educação tem como finalidade, com ou sem intenção, de formar indivíduos 
acomodados, que não realizam questionamentos e submetem-se ao poder em vigor. 
São indivíduos que não transformam e não almejam ser mais do que já são. 
Na concepção “bancária” que estamos criticando, para a qual a educação é 
o ato de depositar, de transferir, de transmitir valores e conhecimentos, não 
13 
 
 
 
se verifica nem pode verificar-se esta superação. Pelo contrário, refletindo a 
sociedade opressora, sendo dimensão da “cultura do silêncio a “educação” 
“bancária” mantém e estimula a contradição. Daí, então, que nela: 
a) o educador é o que educa; os educandos, os que são educados; 
b) o educador é o que sabe; os educandos, os que não sabem: 
c) o educador é o que pensa; os educandos, os pensados; 
d) o educador é o que diz a palavra; os educandos, os que a escutam 
docilmente; 
e) o educador é o que disciplina; os educandos, os discipli. nados; 
f) o educador é o que opta e prescreve sua opção; os educandos, os que 
seguem a prescrição: 
g) o educador é o que atua; os educandos, os que têm a ilusão de que 
atuam, na atuação do educador; 
h) o educador escolhe o conteúdo programático; os educandos, jamais 
ouvidos nesta escolha, se acomodam a ele; 
i) o educador identifica a autoridade do saber com sua autoridade funcional, 
que opõe antagonicamente à liberdade dos educandos; estes devem 
adaptar-se às determinações daquele; 
j) o educador, finalmente, é o sujeito do processo: os educandos, meros 
objetos (FREIRE, 1987, p. 56) . 
 
 
Em síntese, a educação bancária não é libertadora, mas, sim, opressora, pois 
não busca a conscientização de seus educandos, uma educação libertadora deveria 
conscientizar a humanidade e promover a cidadania. 
 
Educação Libertadora 
 
Em contrapartida Paulo Freire chama de educação libertadora ou 
problematizadora aquela na qual o educador já não é o que apenas educa, mas o 
que, enquanto educa, é educado. É a educação em que não existe uma separação 
permanente entre educador e educando, abrindo espaço para o diálogo, o 
levantamento de problemas, a comunicação, o questionamento, a reflexão e, 
sobretudo, a busca pela transformação. 
 
Quanto mais se problematizam os educandos, como seres no mundo e com 
o mundo, tanto mais se sentirão desafiados. Tão mais desafiados, quanto 
mais obrigados a responder ao desafio. Desafiados, compreendem o 
desafio na própria ação de captá-los. Mas, precisamente por que captam o 
desafio como um problema em suas conexões com outros, num plano de 
totalidade e não como algo petrificado, a compreensão tende a tornar-se 
crescentemente crítica, por isto, cada vez mais desalienada (FREIRE, 1987, 
p. 98). 
 
Na Educação Libertadora o aprender é um ato de conhecer a realidade, 
oportunizando que a aprendizagem venha da realidade concreta, assim, o professor 
e aluno possuem papeis importantes no processo pedagógico. Para Paulo Freire 
essa é uma prática política, que pode libertar o homem e a mulher de sua ignorância 
14 
 
 
 
Caro cursista, 
Para o aprofundamento dos conhecimentos, é de grande relevância que os 
textos e os vídeos sugeridos, sejam contemplados ao longo dos seus estudos. 
 
 
 
 
 
 
social e, assim, favorecer a luta pelos direitos básicos, tornando os indivíduos 
capazes de pensar e analisar o mundo, na busca do crescimento pessoal, social e 
coletivo. 
Por esta razão, é necessário que se os espaços escolares sejam renovados e 
que seja um ambiente motivador que oportunize a convivência respeitosa entre as 
diferenças e os diferentes. Para que este processo se concretize se faz necessária a 
interferência na prática pedagógica do professor, nos currículos, nos programas, nos 
sistemas educacionais, e na sociedade. O professor deve ter claro os seus objetivos 
e ser comprometido. 
 
Para pôr em prática 
 
 
 
 
 
 
 
Síntese 
Nesta unidade você conheceu um pouco mais sobre a temática trabalhada 
por Paulo Freire a educação “bancária” e a educação libertadora. As concepções do 
autor deixam explícito o quanto o autor lutou por uma educação popular e 
humanizadora. 
 Por meio das suas obras Paulo Freire demonstra o quanto o foi 
comprometido com uma educação transformadora dos homens e das mulheres, em 
qualquer que fosse o contexto educativo, considerando a leitura e a interpretação de 
mundo como ponto de partida para o entendimento da realidade. 
 
 
 
 
 
 
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Caro cursista, 
Abaixo seguem alguns anexos que são imprescindíveis a leitura para que você 
tenha um conhecimento mais aprofundado do tema abordado nessa unidade. Não 
deixe de ler! 
ANEXO 3 - Revista da FAEEBA – Faculdade de Educação do Estado da Bahia. 
Ano 6 número 7, janeiro a junho de 1997, - Edição de Homenagem a 
 
Paulo Freire . Salvador - BA ISSN 0104-7043 – UNEB – p. 9-32. 
ANEXO 4 - Freire, Paulo. Pedagogia do oprimido, 17ª. ed. Rio de Janeiro, Paz e 
Terra,1987. 
 
 
Documentário - Paulo Freire Contemporâneohttps://www.youtube.com/watch?v=5y9KMq6G8l8 
 
 
 
 
 
 
 avaliação na p 
Saiba mais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
https://www.youtube.com/watch?v=5y9KMq6G8l8
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Caro cursista, 
A educação de jovens e adultos vem como um alento para aquelas pessoas que não 
conseguiram ter acesso a educação no seu período ofertado. Paulo Freire, dedicou-
se a este público. Agora reflita! O que você pode fazer para tornar a EJA um espaço 
que possibilite o verdadeiro acesso à informação? 
 
 
 
 
UNIDADE III 
Paulo Freire e suas Contribuições 
para a Educação na Atualidade 
 
Introdução 
Nesta unidade veremos as contribuições de Paulo Freire para a educação na 
atualidade no anexo e no vídeo que está disponível para sua leitura. Lembrando que 
o autor defende uma forma de educação interdisciplinar, cujo principal objetivo é o 
de libertação dos oprimidos. 
Freire pressupõe uma educação de humanização do mundo por meio da ação 
cultural libertadora, priorizando o conceito crítico de educação como diálogo entre 
educando e educador, num encontro de consciência. O educador deve ter a noção 
crítica de seu papel, possuindo, antes de tudo, a reflexão sobre o significado de sua 
missão profissional. 
A proposta de Freire é por uma educação pautada na afetividade, sem deixar 
de lado o cumprimento ético e o dever do professor, na qual a participação do 
educando é fundamental, levando em conta a sua autonomia e estabelecendo uma 
prática dialógica na escola. Cabe ao professor mediar a aprendizagem sempre 
priorizando as experiências de vida e os conhecimentos trazidos pelo aluno, assim 
como, auxiliar o educando a transpor esse conhecimento prévio para o 
conhecimento letrado. 
 
 
Para pôr em prática 
 
 
 
 
 
 
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Caro cursista, 
A leitura anexa é imprescindível para que você tenha um conhecimento mais 
aprofundado do tema abordado nessa unidade. Não deixe de ler! 
 
ANEXO 5 - Por que continuar lendo Paulo Freire? Artigo de Moacir Gadotti, 
professor titular da USP e diretor do Instituto Paulo Freire em artigo para o jornal O 
Estado de S. Paulo, 27-05-2007. 
 
A Atualidade de Paulo Freire 
https://www.youtube.com/watch?v=zcLjKGXZUh4 
 
 
 
 
 
 
 
 avaliação na p 
 
 
Saiba Mais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Síntese 
Nessa unidade, você pode observar alguns apontamentos referentes a 
importância das ideias de Paulo Freire para a educação na atualidade. O modelo de 
Paulo Freire parte do princípio da humanização do ensino e do reconhecimento da 
história e da cultura do aluno que, junto com o professor, vai construindo o processo 
de aprendizagem. 
Devemos ter claro, que não basta ser revistos os materiais didáticos, é 
necessário que o educador repense o seu papel enquanto mediador de uma 
aprendizagem que priorize a bagagem de conhecimento trazido por seus alunos, 
mas também a flexibilidade das instituições em permitir a realização de um bom 
trabalho diferenciado. 
Nesta unidade você conheceu um pouco mais sobre a temática trabalhada 
por Paulo Freire a educação “bancária” e a educação libertadora. As concepções do 
autor deixam explícito o quanto o autor lutou por uma educação popular e 
https://www.youtube.com/watch?v=zcLjKGXZUh4
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humanizadora. Por meio das suas obras Paulo Freire demonstra o quanto o foi 
comprometido com uma educação transformadora dos homens e das mulheres, em 
qualquer que fosse o contexto educativo, considerando a leitura e a interpretação de 
mundo como ponto de partida para o entendimento da realidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
19 
 
 
 
Considerações Finais 
Paulo Freire é um autor de grande relevância para a educação, da postura 
que o autor tinha a preocupação e o interesse pelas pessoas humildes e menos 
favorecidas que não tiveram oportunidade de se alfabetizar. Ele via a alfabetização 
como processo de conscientização que seria capaz de oportunizar aos alunos 
desfavorecidos uma educação como prática da liberdade, uma educação que 
conduzisse ao desenvolvimento da consciência crítica na qual seria possível 
dialogar, problematizar e construir o conhecimento. 
Devemos lembrar que o autor defende uma forma de educação 
interdisciplinar, cujo principal objetivo é o de libertação dos oprimidos. Freire 
pressupõe uma educação de humanização do mundo, pautada na afetividade. 
 
 
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Referências Básicas 
 
 
BRANDÃO, C. R. O que é método Paulo Freire. 7. ed., São Paulo: Brasiliense 
(Coleção Primeiros Passos, v. 38), 1981. 
 
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido, 17ª. ed. Rio de Janeiro, Paz e 
Terra,1987. 
 
FREIRE, Paulo - Pedagogia da esperança: um reencontro com a Pedagogia do 
oprimido. Paz e Terra; 1997. 
 
GADOTTI, M. O legado de Paulo Freire. Centro de referência Paulo Freire. Instituto 
Paulo Freire. 
 
TORRES, Carlos Alberto. Leitura Crítica de Paulo Freire. São Paulo: Loyola, 1981. 
 
 
Referências Complementares 
 
BEISIEGEL, C. de R. Paulo Freire. Recife: Editora Massangana, 2010. Capítulo “O 
método de alfabetização: a proposta de uma educação “conscientizadora”” (p. 
41 – 71). 
 
Por que continuar lendo Paulo Freire? Artigo de Moacir Gadotti, professor titular da USP e 
diretor do Instituto Paulo Freire em artigo para o jornal O Estado de S. Paulo, 27-05-2007. 
 
Revista da FAEEBA – Faculdade de Educação do Estado da Bahia. Ano 6 número 
7, janeiro a junho de 1997, - Edição de Homenagem a Paulo Freire . Salvador - BA 
ISSN 0104-7043 – UNEB – p. 9-32. Acesso em 20/07/2020 - Disponível em: 
http://www.projetomemoria.art.br/PauloFreire/obras/artigos/6.html 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
http://www.projetomemoria.art.br/PauloFreire/obras/artigos/6.html
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