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resumo da rafa P1

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O SISTEMA NERVOSO Rafaela Correia - Monitora
O sistema nervoso divide-se em sistema nervoso central e periférico. O sistema nervoso central é formado pelo encéfalo e pela medula. O encéfalo divide-se em cérebro, cerebelo e tronco encefálico. O cérebro é formado pelo telencéfalo e pelo diencéfalo. O tronco encefálico divide-se em mesencéfalo, ponte e bulbo. O Sistema Nervoso Periférico é formado pelos nervos espinhais e cranianos, gânglios e receptores. 
Os nervos são estruturas especializadas em conduzir impulsos para o Sistema Nervoso Central (impulsos aferentes) e para o Sistema Nervoso Periférico (impulsos eferentes). São formados por células altamente especializadas, os neurônios, possuindo um corpo celular com projeções denominadas dendritos e um prolongamento principal, o axônio. O impulso nervoso propaga-se no sentido dendrito-axônio. 
Os gânglios são aglomerados de corpos de neurônios encontrados no Sistema Nervoso Periférico. Receptores são estruturas que se encontram nas terminações dos neurônios e que captam informações do ambiente levando-as ao SNC através dos nervos.
ORGANIZAÇÃO DO SISTEMA NERVOSO 
O Sistema Nervoso controla as funções do nosso organismo. É através dele que recebemos informações do meio, muitas vezes nos recordamos dessas informações e até mesmo respondemos de maneira específica interagindo assim com o ambiente que nos envolve de forma precisa e altamente elaborada. 
Os impulsos nervosos seguem através dos neurônios em sentido anterógrado, indo no sentido do dendrito para o axônio. O axônio, por sua vez, leva esse impulso aos dendritos do neurônio subseqüente ou a uma célula efetuadora como, por exemplo, uma célula muscular. 
Entre um neurônio e outro existe um espaço denominado sinapse. A sinapse estabelece a ligação funcional entre dois neurônios, sendo importante para a modulação dos impulsos que aí seguem; além de ser considerada o ponto de união entre esses neurônios. Poder-se-ia considerar a sinapse como uma união mais funcional que física entre neurônios uma vez que a ligação física fica relegada a um plano aparentemente "virtual". As sinapses atuam de forma seletiva na transmissão do impulso nervoso, além de direcionar cada um desses impulsos para o local de atuação. 
Cabe ressaltar que a árvore dendrítica de um neurônio pode receber diversas conexões sinápticas enquanto o axônio transmite o impulso de uma maneira centralizada.
O axônio possui ramificações que se propagam a várias regiões do sistema nervoso periférico em direção aos efetuadores, além de propagar o impulso aos dendritos do neurônio seguinte. 
Os neurônios do Sistema Nervoso podem ser divididos de acordo com sua função, que pode ser sensitiva, integradora ou motora. Logo, existem:
Neurônios sensitivos (ou Aferente): recebem informações provenientes dos receptores e as levam aos neurônios integradores ou de associação, localizados no córtex cerebral.
Neurônios de associação: selecionam as informações sensitivas e elaboram a resposta, a qual deve seguir pelos neurônios motores ou efetuadores. A maior parte das informações sensitivas que têm acesso ao nosso sistema nervoso não é utilizada na elaboração de uma resposta. Grande parte das informações restantes é armazenada para poder depois ser reutilizada nos processos de pensamento ou de resposta através do processo conhecido como memória. A maior parte deste armazenamento ocorre no córtex cerebral.
Neurônio Motor (ou Eferente): possui como função conduzir o impulso nervoso ao órgão efetuador, que, nos mamíferos, trata-se de um músculo ou glândula. O impulso eferente determina, assim, uma contração ou uma secreção. O corpo do neurônio eferente surgiu dentro do sistema nervoso central e a maioria deles permaneceu nesta posição durante toda a evolução. No entanto, os neurônios eferentes que inervam os músculos lisos, músculos cardíacos ou glândulas têm seus corpos fora do sistema nervoso central, em estruturas que são os gânglios viscerais. Estes neurônios pertencem ao sistema nervoso autônomo e são tidos como neurônios pós-ganglionares. Já os neurônios eferentes que inervam músculos estriados esqueléticos têm seu corpo sempre dentro do SNC e recebem várias denominações, dentre elas a de neurônio motor primário, neurônio motor inferior ou via motora final de Sherrington.
A função do sistema nervoso central pode ser classificada de acordo com três níveis principais. São eles o nível da medula espinhal, o nível cerebral inferior e o nível cerebral superior ou cortical. 
O nível da medula espinhal está relacionado não apenas com a transmissão de impulsos do centro para a periferia e desta para o centro, mas também com a realização de reflexos motores em resposta a um determinado estímulo.
O nível cerebral inferior está relacionado com a grande maioria das atividades subconscientes.
O nível cerebral superior armazena a grande maioria da nossa memória e é o responsável pelos complexos processos mentais que envolvem o pensamento. Costuma-se dizer que é o córtex que abre o mundo para nossa mente. É importante ressaltar que o córtex não funciona por si, dependendo, por exemplo, do estímulo da formação reticular para a manutenção do estado de vigília. 
 Embriologia DO SISTEMA NERVOSO 
O Sistema Nervoso origina-se de um espessamento do ectoderma (folheto embrionário externo) situado acima da notocorda denominado placa neural. A placa neural cresce progressivamente e adquire um sulco longitudinal, o sulco neural, que se aprofunda para formar a goteira neural, cujos lábios fundem-se para formar o tubo neural.
De cada lado do tubo neural interpondo-se entre este e o ectoderma embrionário forma-se uma crista neural, que irá dar origem aos elementos sensitivos do sistema nervos periférico, como gânglios sensitivos, os gânglios do sistema autônomo (viscerais), medula da supra-renal, melanócitos, células de Schwann, dentre outras, com a dura-máter e a aracnóide. Já o tubo neural forma elementos do sistema nervoso central.
EMBRIOLOGIA DO SISTEMA NERVOSO - TUBO NEURAL
Durante o fechamento do tubo neural, persistem dois orifícios em suas extremidades superior e inferior: o neuróporo rostral e o neuróporo caudal. Essas partes são as últimas do sistema nervoso a se fecharem.
As paredes do tubo neural originam:
Duas lâminas alares;
Duas lâminas basais;
Uma lâmina do assoalho; 
Uma lâmina do tecto.
Das lâminas alares e basais derivam os neurônios e grupos de neurônios (núcleos), ligados, respectivamente, à sensibilidade e à motricidade, situados na medula e no tronco encefálico, sendo que das alares surgem conexões aos neurônios sensitivos e das basais surgem os neurônios motores. Entre essas duas lâminas há o sulco limitante que separa no sistema nervoso do adulto as formações motoras das sensitivas.
A lâmina do tecto origina o epêndima da tela corióide e dos plexos corióides, os quais que produzem líquor. A lâmina do assoalho pode originar o sulco mediano do assoalho do IV ventrículo.
A parte cranial do tubo neural sofre uma dilatação que origina o encéfalo primitivo ou arquencéfalo. A parte caudal não passa por nenhuma dilatação significativa e origina a medula no adulto, que corresponde à medula primitiva do embrião. 
IMPORTANTE: DIVISÃO DO SISTEMA NERVOSO COM BASE EMBRIOLÓGICA
O encéfalo primitivo ou arquencéfalo dá origem a três vesículas encefálicas primárias, que são: prosencéfalo, mesencéfalo e rombencéfalo. 
O prosencéfalo dá origem ao telencéfalo e ao diencéfalo. 
O mesencéfalo continua com a mesma denominação.
O rombencéfalo origina o metencéfalo e o mielencéfalo. O metencéfalo origina o cerebelo e a ponte. O mielencéfalo origina o bulbo ou medula oblonga.
O telencéfalo compreende uma parte mediana, da qual se evaginam duas porções laterais chamadas vesículas telencefálicas laterais, as quais crescem para formar os hemisférios cerebrais. O diencéfalo apresenta quatro divertículos, que são dois laterais ou vesículas ópticas, um dorsal que forma a glândula pineal e um ventral ou infundíbulo,que forma a neuro-hipófise.
A luz do tubo neural permanece no sistema nervoso adulto, sofrendo várias modificações. A luz da medula primitiva origina o canal central da medula (contém líquor); as cavidades do diencéfalo e da parte mediana do telencéfalo formam o III ventrículo. A luz do mesencéfalo origina o aqueduto de Sylvius ou aqueduto cerebral que une o III ao IV ventrículos. A luz das vesículas telencefálicas forma, de cada lado, os ventrículos laterais, unidos ao III ventrículo pelos forames intervertriculares ou de Monro.
DIVISÕES DO SISTEMA NERVOSO
DIVISÃO COM BASE EM CRITÉRIOS ANATÔMICOS
	
Consiste em dividir o sistema nervoso em central e periférico. 
O sistema nervoso central se localiza dentro do esqueleto axial (cavidade craniana e canal vertebral) e o sistema nervoso periférico se localiza fora desse esqueleto. O SNC é formado pelo encéfalo (cérebro: telencéfalo e diencéfalo, cerebelo e tronco encefálico) e medula espinhal. O tronco é formado pela ponte, bulbo e mesencéfalo e é a parte do SNC situada dentro do crânio neural e medula a que se localiza dentro do canal vertebral. Ambos, encéfalo e medula constituem o neuro-eixo.
Os nervos são cordões esbranquiçados que se unem o SNC aos órgãos periféricos. Se a união é com o encéfalo são os nervos cranianos; se com a medula são nervos espinhais. Caso os nervos ou raízes nervosas constituam dilatações constituídas principalmente de corpos de neurônios, estas serão os gânglios, que, por sua vez, poderão ser sensitivos ou viscerais. 
DIVISÃO COM BASE EM CRITÉRIOS FUNCIONAIS
O sistema nervoso é formado pelo sistema nervoso da vida de relação ou somático e sistema nervoso da vida vegetativa ou visceral. O primeiro se trata do relacionamento do organismo com o meio ambiente e o segundo se relaciona com a inervação e controle das estruturas viscerais e é importante para a integração das diversas vísceras no sentido da manutenção da constância do meio interno. Esse segundo possui, ainda, um componente aferente e outro eferente, como o somático, sendo que o componente eferente é o sistema nervoso autônomo, dividido em simpático e parassimpático. 
DIVISÃO COM BASE NA SEGMENTAÇÃO OU METAMERIA
O sistema nervos pode se dividido em segmentar ou supra-segmentar, de acordo com a conexão com os nervos.
Ao sistema nervoso segmentar pertence todo o sistema periférico, mais a parte do sistema nervoso central que não estão em contato direto com a medula espinhal ou o tronco encefálico. É subordinado ao sistema supra-segmentar, uma vez que surgiu antes na evolução. Consiste em não possuir córtex e a substância cinzenta corre por dentro da branca, como ocorre na medula O sistema nervoso supra-segmentar compreende o cérebro e o cerebelo e consiste em substância por fora da substância branca, formando uma camada fina, o córtex, que reveste todo o órgão.
ANATOMIA MACROSCÓPICA DA MEDULA ESPINHAL E SEUS ENVOLTÓRIOS
Medula significa, etimologicamente, miolo e indica o que está dentro. No caso da medula espinhal, ela é uma massa cilindróide de tecido nervoso situada dentro do canal vertebral, sem, entretanto, ocupá-lo completamente. A medula mede, aproximadamente, 45 cm em um homem adulto, sendo um pouco menor nas mulheres.
IMPORTANTE:
Cranialmente a medula limita-se com o bulbo ao nível do forame magno do osso occipital. O limite caudal da medula tem importância clínica e situa-se geralmente na segunda vértebra lombar (L2). Ela termina afilando-se para formar um cone, o cone medular (ele encontra-se ao nível de T12) que continua com um delgado filamento meníngeo, o filamento terminal.
FORMA E ESTRUTURA DA MEDULA ESPINHAL
A medula apresenta forma aproximadamente cilíndrica, sendo ligeiramente achatada no sentido ântero-posterior. Seu calibre não é uniforme, pois apresenta duas dilatações denominadas intumescência cervical e intumescência lombar, que correspondem às áreas em que fazem conexão com a medula, ou seja, as grossas raízes nervosas que formam o plexo braquial e lombossacral. A formação destas intumescências se deve à maior quantidade de neurônios e, portanto, de fibras nervosas que entram ou saem destas áreas e que são necessárias para a inervação dos membros superiores e inferiores. 
 Na medula, a substância cinzenta localiza-se por dentro da branca e apresenta a forma de um H (forma de borboleta). , distinguimos de cada lado três colunas que aparecem nos cortes como cornos e que são as colunas anterior, posterior e lateral. A coluna lateral, entretanto, só aparece na medula torácica e parte da medula lombar. No centro da substância cinzenta localiza-se o canal central da medula ou canal do epêndima, resquício da luz do tubo neural do embrião. A substância branca é formada por fibras, a maioria delas mielínicas, que sobem e descem na medula e que podem ser agrupadas de cada lado em três funículos ou cordões:
Funículo anterior: entre a fissura mediana anterior e o sulco lateral anterior;
Funículo lateral: entre os sulcos laterais anterior e posterior;
Funículo posterior: entre o sulco lateral posterior e o sulco mediano posterior, este último ligado à substância cinzenta pelo septo mediano posterior. Na parte cervical da medula, o funículo posterior é dividido pelo sulco intermédio posterior em fascículo grácil e fascículo cuneiforme. 
 
Nos sulcos laterais anterior e posterior fazem conexão pequenos filamentos nervosos denominados filamentos radiculares, que se unem para formar, respectivamente, as raízes ventral e dorsal dos nervos espinhais, ocorrendo a união em um ponto situado distalmente ao gânglio espinhal que existe na raiz dorsal, de modo a formar os nervos espinhais.
Considera-se segmento medular de um determinado nervo a parte da medula onde fazem conexão os filamentos radiculares que entram na composição deste nervo. 
 
IMPORTANTE:
Existem 31 pares de nervos espinhais medulares: 8 cervicais (porém, há 7 vértebras), 12 torácicos, 5 lombares, 5 sacrais, geralmente, 1 coccígeo. O primeiro par cervical (C1) emerge acima da primeira vértebra cervical (entre ela e o osso occipital), justificando porque se tem 8 nervos cervicais e apenas 7 vértebras cervicais. Já o oitavo par (C8) emerge abaixo da sétima vértebra, o mesmo acontecendo com os nervos espinhais abaixo de C8, que emergem, de cada lado, sempre abaixo da vértebra correspondente.
No adulto, a medula não ocupa todo o canal vertebral, pois termina ao nível da Segunda vértebra lombar (L2). Abaixo deste nível o canal vertebral contém apenas as meninges e as raízes nervosas dos últimos nervos espinhais que, dispostas em torno do cone medular e filamento terminal, constituem, em conjunto, a chamada cauda eqüina. A diferença de tamanho entre a medula e o canal vertebral, assim como a disposição das raízes dos nervos espinhais mais caudais, formando a cauda eqüina, resultam de ritmos de crescimento diferentes, em sentido longitudinal, entre a medula e a coluna vertebral. Até o quarto mês de vida intra-uterina, medula e coluna crescem no mesmo ritmo. Por isso, a medula ocupa todo o comprimento do canal vertebral, e os nervos, passando pelos respectivos forames intervertebrais, dispõem-se horizontalmente formando com a medula um ângulo reto. Entretanto, a partir do quarto mês, a coluna começa a crescer mais do que a medula, especialmente em sua porção caudal. Como as raízes nervosas mantêm suas relações com os respectivos forames intervertebrais, há o alongamento das raízes e diminuição do ângulo que elas fazem com a medula.
Ainda, como conseqüência da diferença de ritmos de crescimento entre coluna e medula, há um afastamento dos segmentos medulares das vértebras correspondentes. Logo, no adulto, as vértebras T11 e T12 não estão relacionadas com os segmentos medulares de mesmo nome, mas com os segmentos lombares. Para saber a correspondência entre vértebra e medula, há a seguinte regra, que, embora não seja muito exata, funciona bem:
Entre os níveis de C2 e T10, adicionar 2 ao número do processo espinhoso da vértebra. O resultado fornecerá o segmentocorrespondente. Exemplo: o processo espinhoso de C6 está sobre o segmento medular 8. (6 + 2).
Aos processos espinhosos de T11 e T12, correspondem os cinco segmentos lombares;
Ao processo espinhoso de L1 correspondem os cinco segmentos sacrais.
ENVOLTÓRIOS DA MEDULA
Como todo sistema nervoso central, a medula é envolvida por membranas fibrosas denominadas meninges (dura-máter, aracnóide e pia-máter). A meninge mais externa é a dura-máter, formada por abundantes fibras colágenas, que a tornam espessa e resistente, sendo, por isso, chamada, paquimeninge. A aracnóide e a pia-máter constituem a leptomeninge.
 A dura-máter espinhal envolve toda a medula formando o saco dural, cranialmente a dura-máter espinhal se continua com a dura-máter craniana e caudalmente termina em um fundo-de-saco ao nível de S2. Prolongamentos laterais da dura-máter embainham as raízes dos nervos espinhais, continuando-se com o tecido conjuntivo (epineuro) que envolve estes nervos.
 A aracnóide espinhal se dispõe entre a dura-máter e a pia-máter. Compreende um folheto justaposto à dura-máter e um emaranhado de trabéculas, as trabéculas aracnóideas, que une este folheto à pia-máter.
A pia-máter é a meninge mais delicada e mais interna. Ela adere-se intimamente ao tecido nervoso da superfície da medula e penetra na fissura mediana anterior. Quando a medula termina no cone medular, a pia-máter continua caudalmente, formando um filamento esbranquiçado denominado filamento terminal. Este filamento perfura o fundo-de-saco dural e continua caudalmente até o hiato sacral. Ao atravessar o saco dural, o filamento terminal recebe vários prolongamentos da dura-máter e o conjunto passa a ser denominado filamento da dura-máter espinhal. Este, ao inserir-se no periósteo da superfície dorsal do cóccix constitui o ligamento coccígeo.
A pia-máter forma de cada lado da medula uma prega longitudinal denominada ligamento denticulado, que se dispõe em um plano frontal ao longo de toda a extensão da medula. A margem medial de cada ligamento continua com a pia-máter da face lateral da medula ao longo de uma linha contínua que se dispõe entre as raízes dorsais e ventrais. A margem lateral apresenta cerca de 21 processos triangulares, que se inserem firmemente na aracnóide e na dura-máter em pontos que se alternam com a emergência dos nervos espinhais. Os dois ligamentos denticulados são elementos de fixação da medula. 
IMPORTANTE: 
Em relação com as meninges que envolvem a medula existem três cavidades ou espaços, epidural, subdural e subaracnóideo.
 O espaço epidural ou extradural situa-se entre a dura-máter e o periósteo do canal vertebral. Contém tecido adiposo e um grande número de veias que constituem o plexo venoso vertebral interno, cujas veias não possuem válvulas e têm comunicação com veias das cavidades torácica, abdominal e pélvica. 
O espaço subdural é o espaço virtual entre a dura-máter e a aracnóide é uma fenda estreita contendo uma pequena quantidade de líquido, suficiente apenas para evitar aderência das paredes. 
O espaço subaracnóideo é o mais importante, está entre a aracnóide e a pia-máter e contém uma quantidade razoavelmente grande de líquor.
ANESTESIA NOS ESPAÇOS MENÍNGEOS
Podem ser:
Anestesias Raquidianas: anestésico introduzido no espaço subaracnóideo após o nível de L2;
Anestesias Epidurais ou Peridurais: feitas geralmente na região lombar, onde o anestésico é introduzido no espaço epidural.
 HEMATOMAS
Refere-se ao acúmulo de sangue nas meninges sob a forma de hematomas. Podem ser de três tipos:
Hematoma Extradural: acomete as artérias meníngeas, em especial a a. meníngea média, resultando em acúmulo de sangue entre a dura-máter e os ossos do crânio. Pode levar à morte em poucas horas;
Hematoma Subdural: sangramento no espaço subdural, geralmente por causa de uma ruptura de uma veia cerebral. O crescimento do hematoma é lento e a sintomatologia aparece tardiamente;
Hematoma Subaracnóideo: não ocorre, porque o sangue se espalha no líquor. Pode ser visualizado em punção lombar.
ANATOMIA MACROSCÓPICA DO TRONCO ENCEFÁLICO
O tronco encefálico interpõe-se entre a medula espinhal e o diencéfalo, localizando-se ventralmente ao cerebelo. Na sua constituição entram corpos de neurônios que se agrupam em núcleos e fibras nervosas, que, por sua vez, se agrupam em feixes denominados tractos, fascículos e leminiscos. Muitos dos núcleos do tronco encefálico recebem ou emitem fibras nervosas que entram na constituição dos nervos cranianos, sendo que dos 12 pares deles, cercas de dez fazem conexão com o tronco encefálico.
O tronco encefálico divide-se em:
Bulbo, situado caudalmente; 
Mesencéfalo, situado cranialmente; 
Ponte, situada entre ambos.
BULBO
O bulbo raquídeo também é chamado medula oblonga e tem origem do mielencéfalo (MACETE: Correlacionar medula oblonga a mielencéfalo).
O bulbo continua caudalmente com a medula espinhal; considera-se que o limite entre eles está em um plano horizontal que passa acima do filamento radicular mais cranial do primeiro nervo cervical, o que corresponde ao nível do forame magno do osso occipital. O limite superior do bulbo se faz no sulco bulbo-pontino, que corresponde à margem inferior da ponte. O bulbo é percorrido longitudinalmente por sulcos que continuam com os sulcos da medula e delimitam áreas anterior (ventral), lateral e posterior (dorsal) do bulbo. A fissura mediana anterior termina cranialmente no forame cego. De cada lado dessa fissura há uma pirâmide, formado por um feixe compacto de fibras nervosas descendentes que ligam as áreas motoras do cérebro aos neurônios motores da medula com o nome de tracto córtico-espinhal ou tracto piramidal.
 Na parte caudal do bulbo, fibras desse tracto cruzam obliquamente o plano mediano, obliterando a fissura mediana anterior e constituindo a decussação das pirâmides. Então, a decussação refere-se ao cruzamento de grande parte de fibras nervosas. Entre os sulcos laterais anterior e posterior, observa-se a oliva, que é formada por uma grande massa de substância cinzenta, o núcleo olivar inferior. Ventralmente à oliva emergem do sulco lateral anterior os filamentos radiculares do nervo hipoglosso. Do sulco lateral posterior emergem os filamentos radiculares que se unem para formar os nervos glossofaríngeo e vago, além dos filamentos que constituem a raiz craniana ou bulbar do nervo acessório, a qual se une com a raiz espinhal, proveniente da medula.
A parte caudal ou fechada do bulbo é percorrida por um canal, que é continuação direta do canal central da medula, que se abre para formar o IV ventrículo, cujo assoalho é formado em parte pela metade rostral ou porção aberta do bulbo. Entre o sulco mediano posterior e o sulco lateral posterior, está situada a área posterior do bulbo, continuação do funículo posterior da medula e, assim, dividida em fascículos grácil e cuneiforme pelo sulco intermédio posterior. Os núcleos grácil e cuneiforme situam-se na parte mais cranial dos respectivos fascículos, onde determinam o aparecimento do tubérculo do núcleo grácil, medialmente, e do tubérculo do núcleo cuneiforme, lateralmente. Esses tubérculos afastam-se lateralmente e continuam para cima com o pedúnculo cerebelar inferior.
PONTE
A ponte é a parte do tronco encefálico interposta entre o bulbo e o mesencéfalo e que se situa ventralmente ao cerebelo e repousa sobre a parte basilar do osso occipital e o dorso da sela túrcica do esfenóide. Numerosos feixes de fibras transversais percorrem sua base e convergem de cada lado para formar o pedúnculo cerebelar médio ou braço da ponte. 
O limite entre a ponte e o braço da ponte é o ponto de emergência do nervo trigêmeo. O sulco basilar aloja a artéria basilar. A parte ventral da ponte é separada do bulbo pelo sulco bulbo-pontino, de onde emergem de cada lado, a partir da linha mediana, os pares de nervos cranianos VI, VII e VIII. O nervo abducente emerge entre a ponte e a pirâmide do bulbo; o nervo vestíbulo-coclear emerge lateralmente, próximo ao flóculo do cerebelo;o nervo facial emerge medialmente ao VIII par. Entre os dois emerge o nervo intermédio, que é raiz sensitiva do VII par.
Quarto Ventrículo
O quarto ventrículo é uma cavidade de losango do rombencéfalo situada entre o bulbo e a ponte ventralmente, e o cerebelo dorsalmente. Continua caudalmente com o canal central do bulbo e cranialmente com o aqueduto cerebral, cavidade do mesencéfalo, através da qual o IV ventrículo se comunica com o III ventrículo. A cavidade do IV ventrículo se prolonga de cada lado para formar os recessos laterais, situados na superfície dorsal do pedúnculo cerebelar inferior. Estes recessos se comunicam de cada lado com o espaço subaracnóideo por meio das aberturas laterais do IV ventrículo. Há também uma abertura mediana do IV ventrículo no meio da metade caudal do IV ventrículo. Por meio dessas cavidades o líquor, que enche a cavidade ventricular, passa para o espaço subaracnóideo. 
O assoalho do IV ventrículo é formado pela parte dorsal da ponte e da porção aberta do bulbo. Limita-se ínfero-lateralmente pelos pedúnculos cerebelares inferiores e pelos tubérculos dos núcleos grácil e cuneiforme. Súpero-lateralmente limita-se pelos pedúnculos cerebelares superiores. 
O assoalho é percorrido pelo sulco mediano, que se perde cranialmente no aqueduto cerebral e caudalmente no canal central do bulbo. De cada lado do sulco mediano há a eminência medial, limitada lateralmente pelo sulco limitante, o qual se alarga para constituir a fóvea superior e a fóvea inferior (nas metades cranial e caudal do IV ventrículo). Medialmente à fóvea superior a eminência medial se dilata para constituir de cada lado o colículo facial, formado por fibras do nervo facial, que nesse nível contornam o núcleo do nervo abducente. Na parte caudal da eminência medial observa-se de cada lado o trígono do nervo hipoglosso. Lateralmente a esse trígono e caudalmente à fóvea inferior existe o trígono do nervo vago, que corresponde ao núcleo dorsal do vago. Lateralmente ao sulco limitante e estendendo-se de cada lado em direção aos recessos laterais há a área vestibular, correspondendo aos núcleos vestibulares do nervo vestíbulo-coclear. Estendendo-se do fóvea superior em direção ao aqueduto cerebral, lateralmente à eminência medial, encontra-se o locus ceruleus, cuja função se relaciona com o mecanismo do sono.
 A metade cranial do tecto do IV ventrículo é o véu medular superior que se estende entre os dois pedúnculos cerebelares superiores. Na metade caudal do tecto do IV ventrículo, temos: nódulo do cerebelo, véu medular inferior, tela corióide do IV ventrículo. 
 Essa última, a tela corióide, é formada pela união do epitélio ependimário, que reveste internamente o ventrículo, com a pia-máter, que reforça internamente esse epitélio. A tela corióide emite projeções irregulares, e muito vascularizadas, que se invaginam na cavidade para formar o plexo corióide do IV ventrículo, que, nesse caso, tem a forma de um T.
Os plexos corióides produzem o líquor, que se acumula na cavidade ventricular passando ao espaço subaracnóideo através das aberturas laterais e da abertura mediana do IV ventrículo.
Mesencéfalo
O mesencéfalo interpõe-se entre a ponte e o cérebro, do qual é separado por um plano que liga os corpos mamilares, pertencentes ao diencéfalo, à comissura posterior. É atravessado pelo aqueduto cerebral, que une o III ao IV ventrículo. 
O tecto do mesencéfalo localiza-se dorsalmente ao aqueduto; ventralmente, os dois pedúnculos cerebrais se dividem em uma parte dorsal (tegmento) e outra ventral (base). O tegmento é separado da base pela substância negra, a qual possui 2 sulcos longitudinais: sulco lateral do mesencéfalo e sulco medial do pedúnculo cerebral (marcam o limite entre base e tegmento). Do sulco medial emerge o nervo óculomotor. O tecto do mesencéfalo apresenta os colículos superiores e inferiores. Caudalmente a cada colículo inferior emerge o nervo troclear, que é o único dos pares cranianos que emerge dorsalmente, contorna o mesencéfalo para surgir ventralmente entre a ponte e o mesencéfalo. O colículo inferior se liga ao corpo geniculado medial pelo braço do colículo inferior (relacionado à audição) e o colículo superior (relacionado à visão) se liga ao corpo geniculado lateral pelo braço do colículo superior.
Os pedúnculos cerebrais surgem na borda superior da ponte e divergem cranialmente para penetrar profundamente no cérebro. A fossa interpeduncular é limitada anteriormente pelos corpos mamilares.
Estrutura e Funções do Cerebelo
O cerebelo está localizado na parte posterior do tronco encefálico, abaixo da tenda do cerebelo (uma prega de dura-máter que o separa do lobo occipital), encontrando-se preso ao tronco encefálico pelos pedúnculos cerebelares e dividido pela foice do cerebelo em 2 lobos ou hemisférios, um direito e outro esquerdo.
Aspectos Anatômicos
1- Língula		A- Fissura prima (2ª)
2- Lóbulo Central B- Fissura horizontal
3- Culmen		C- Fissura póstero-lateral (1ª)
4- Declive
5- Folium
6- Túber
7- Pirâmide
8- Úvula (corresponde à tonsila do hemisfério)
9- Nódulo
Divisão Ontogenética
Esta divisão baseia-se no fato de que a primeira fissura que aparece durante o desenvolvimento do cerebelo é a póstero-lateral, dividindo-o em duas partes bem desiguais: o lobo flóculo-nodular e o corpo do cerebelo (formado pelo resto). A seguir surge a fissura prima, divide o corpo do cerebelo em lobo anterior e lobo posterior.
	
Divisão Filogenética
Arquicerebelo: surge com o aparecimento dos seres mais primitivos, com foi o caso da lampréia.
Funções
Ligado à manutenção do equilíbrio;
Relacionado com motricidade reflexa;
Corresponde ao lobo flóculo-nodular.
Paleocerebelo: surge com os peixes.
Funções
Recebe informações que o ajudam na regulação do tônus muscular e da postura.
Relacionado com motricidade automática.
Corresponde ao lobo anterior (língula, central, cúlmen) e porções mais mediais da pirâmide e úvula.
Neocerebelo: surge com os mamíferos que desenvolvem movimentos mais delicados e assimétricos.
Funções
 Coordena os movimentos voluntários, 	comparando a intenção e a execução dos 	mesmos, podendo ajustá-los se necessário.
 A função de coordenação dos movimentos 	feita pelo cerebelo chama-se Taxia.
Corresponde ao lobo posterior (declive, folium, túber e porções mais laterais da pirâmide e úvula).
Núcleos Centrais do Cerebelo
São massas de substância cinzenta presentes no centro medular do cerebelo, deles saem as fibras eferentes do cerebelo e chegam os axônios das células de Purkinje, vindas de partes especificas da superfície cerebelar. Dividem-se em quatro pares:
Núcleo denteado: é o maior dos núcleos centrais do cerebelo e localiza-se mais lateralmente. Pelo tracto córtico-espinhal o núcleo denteado participa da via motora, agindo sobre a musculatura distal no planejamento dos movimentos delicados. 
Núcleo fastigial: localizado em posição medial, recebe os axônios das células de Purkinje da zona medial. Influencia na atividade motora dos neurônios do grupo medial da coluna anterior, controlando a musculatura axial e proximal dos membros, a fim de manter o equilíbrio e a postura.
Núcleo interpósito (emboliforme + globoso): localizado entre o denteado e o fastigial. A ação deste núcleo faz com que os neurônios do grupo lateral da coluna anterior controlem os movimentos delicados dos músculos distais dos membros, sobretudo na correção destes movimentos.
 Enquanto os neurônios da zona lateral planejam os movimentos delicados e o tônus da musculatura distal, os da zona intermédia os corrigem.
Função do cerebelo
A função básica do cerebelo é coordenar os movimentos.Logo, coordena:
 Força;
 Sinergismo;
 Antagonismo;
 Harmonia;
 Ritmo;
 Seqüência.	
Principais Funções Cerebelares
Manutenção do equilíbrio e da postura;
 Feitas basicamente pelo arquicerebelo e pela zona medial.
 Promovem a contração adequada dos músculos dos membros, de modo a manter o equilíbrio e a posturanormal.
Controle do tônus muscular;
Controle dos movimentos voluntários;
 O controle dos movimentos envolve duas etapas:
Planejamento do movimento através da zona lateral;
Correção do movimento já em execução através da zona intermédia.
Aprendizagem motora.
Síndromes cerebelares
	
Síndrome do Arquicerebelo
Ocorre com certa frequência em crianças de menos de 10 anos.
Causa: Tumores que comprimem o nódulo e o pedúnculo do flóculo.
 Sintomas: 
Perda de equilíbrio. 
Não há alteração do tônus muscular
Deitadas, a coordenação dos movimentos é praticamente normal.
Síndrome do Paleocerebelo
 Ocorre no homem como consequência da degeneração do córtex do lobo anterior no alcoolismo crônico.
 Sintomas: 
Perda do equilíbrio – Distasia;
Paciente anda com a base alargada – Disbaisa;
Afasia dos membros inferiores.
Síndrome do Neocerebelo
As lesões do neocerebelo causam como sintoma fundamental uma incoordenação motora (ataxia), que pode ser testada por vários sinais. São eles:
Dismetria: execução defeituosa de movimentos que visam atingir um alvo, pois o indivíduo não consegue dosar exatamente a ‘quantidade’ de movimentos necessários para isso.
Quando se ultrapassa o ponto desejado ao se fazer um movimento.
Decomposição: movimentos complexos que normalmente são feitos simultaneamente por várias articulações.
São decompostos, ou seja, realizados em etapas sucessivas por cada uma das articulações.
Disdiadococinesia: dificuldade de fazer movimentos rápidos e alternados
Exemplo: tocar rapidamente a ponta do polegar com os dedos indicador e médio, alternadamente.
Adiadococinesia: incapacidade de efetuar rapidamente um movimento seguido de seu inverso.
Rechaço: verifica-se esse sinal mandando o paciente forçar a flexão do antebraço contra uma resistência que se faz no pulso.
Indivíduo normal: resistência retirada, a flexão pára;
Doente: músculos custam a agir e o movimento é violento.
Tremor: característico que se acentua ao final do movimento ou quando o paciente está prestes a atingir um objetivo.
Exemplo: apanhar um objeto (tremor intencional).
Nistagmo: movimento oscilatório rítmico dos olhos, que ocorre especialmente em lesões do sistema vestibular e do cerebelo.
Importante:
 As fibras concernentes ao cerebelo são ipsilaterais ou homolaterais, o que significa que, em caso de lesão, a mesma se refletirá no membro do mesmo lado do que foi lesado. Ressalta-se, ainda, que o cerebelo possui função exclusivamente motora.
Anatomia Macroscópica do Diencéfalo
O diencéfalo faz parte do Cérebro, juntamente com o telencéfalo (correspondem ao Prosencéfalo) e ocupam 80% da cavidade craniana.
Divide-se em: 
Subtálamo;
Epitálamo;
Hipotálamo;
Tálamo.
 Estão em relação com o III Ventrículo.
Terceiro Ventrículo
	 É a cavidade do diencéfalo, ou seja, uma fenda ímpar e mediana que se comunica com o IV ventrículo pelo aqueduto cerebral e com os ventrículos laterais pelos forames interventriculares ou de Monro. Existe uma depressão que vai do forame de Monro até o aqueduto cerebral, sulco hipotalâmico. Acima desse sulco está o tálamo e abaixo o hipotálamo. Observa-se uma trave de substância cinzenta, que une os dois tálamos, a aderência intertalâmica.
	No assoalho observamos o quiasma óptico, infundíbulo, túber cinéreo e corpos mamilares, pertencentes ao hipotálamo. 	 	
	A parede posterior do ventrículo é formada pelo epitálamo, acima do sulco hipotalâmico, saindo de cada lado do epitálamo, na porção superior do ventrículo, saem às estrias medulares do tálamo onde se insere a tela corióide que forma o tecto do III ventrículo e de onde saem os plexos corióides e são contíguos com os plexos corióides dos ventrículos laterais pelos forames interventriculares.
	O subtálamo não se relaciona com a luz do III ventrículo.	
	A parede anterior é formada por uma fina lâmina de tecido nervoso, lâmina terminal, disposta entre o quiasma óptico e a comissura anterior (ligando os dois hemisférios – lobos temporais - e os bulbos olfatórios, pertence ao telencéfalo). 
	Possui quatro recessos: 	
Infundibular;
Óptico;
Pineal;
Suprapineal.
Subtálamo
 É uma pequena área limitada superiormente com o tálamo, lateralmente com a cápsula interna e medialmente com o hipotálamo e inferiormente com o mesencéfalo. 
 O subtálamo apresenta partes do núcleo rubro, substancia negra e formação reticular (zona incerta).
 Tem função motora pertencendo ao sistema extrapiramidal.
 Lesão: Hemibalismo que são movimentos anormais das extremidades e que às vezes não desaparece com o sono levando a exaustão.
Epitálamo
 Situado superior e posterior do diencéfalo. Contém formações endócrinas e não endócrinas.
 Não endócrinas: núcleos da habênula, comissura das habênulas e estrias medulares (pertencem ao sistema límbico e regulam o comportamento emocional) e comissura posterior.
As estrias medulares contêm fibras principalmente da área septal e terminam no núcleo da habênula ipsi ou contra-lateral (cruzam na comissura das habênulas)
	Os núcleos da habênula ligam-se ao núcleo interpeduncular do mesencéfalo pelo fascículo retroflexo conectando o sistema límbico ao mesencéfalo.
 A comissura posterior marca o limite entre mesencéfalo e diencéfalo, constituída de fibras variadas. Destacam-se fibras pré-tectal de um lado que cruzam para o núcleo de Edinger Westphal oposto intervindo no reflexo consensual. Tumores no corpo pineal podem abolir o reflexo consensual e permanecer o reflexo fotomotor direto.
Endócrinas: corpo pineal e órgão subcomissural.
 Corpo Pineal (glândula pineal ou epífise) vem de um divertículo ependimário no teto do III ventrículo entre a comissura posterior e habenular. São abundantes os mastócitos (histamina), ainda astrócitos, oligodendrócitos e o pinealócito. Tem, ainda, concreções calcárias que aumentam com a idade. É muito vascularizada (perde apenas para o rim). Está relacionada com as gônadas, ação inibitória. Produz melatonina através da serotonina abundante na pineal e sua produção tem ritmo circadiano.
Estudos mostram que a luz exerce efeito inibidor da pineal, através do sistema nervoso simpático.
 O órgão subcomissural é uma saliência abaixo da comissura posterior, ativamente secretora, relacionada com o controle de secreção da aldosterona pela adrenal.
Nervos Cranianos
 I - Nervo olfatório
Origem aparente no encéfalo: bulbo olfatório; 
Origem aparente no crânio: lâmina crivosa do osso etmóide; 
Fibras: aferentes viscerais especiais; 
Função: Sensitivo (conduz impulsos olfatórios). 
II - Nervo óptico
Origem aparente no encéfalo: quiasma óptico; 
Origem aparente no crânio: canal óptico; 
Fibras: aferentes somáticas especiais; 
Função: sensitivo; conduz impulsos visuais. 
III - Nervo óculomotor 
Origem aparente no encéfalo: sulco medial do pedúnculo cerebral; 
Origem aparente no crânio: fissura orbital superior; 
Fibras: eferente somíticas e eferentes branquiais; 
Função: Motor; inerva os músculos levantador da pálpebra, reto superior, reto inferior, reto medial e oblíquo superior (somíticos) e ciliar e esfíncter da pupila (lisos – branquiais). 
IV - Nervo troclear (único nervo craniano que emerge dorsalmente)
Origem aparente no encéfalo: véu medular superior; 
Origem aparente no crânio: fissura orbital superior; 
Fibras: eferentes somíticas; 
Função: Motor; inerva o músculo oblíquo superior. 
 V - Nervo trigêmeo
Origem aparente no encéfalo: entre a ponte e o pedúnculo cerebelar médio; 
Origem aparente no crânio: fissura orbital superior (oftálmico); forame redondo (Maxilar); forame oval (mandibular); 
Fibras: aferentes somáticas gerais (raízes sensitivas) e eferentes braquiais (raiz motora); 
Gânglios: trigeminal, que dá os três ramos – oftálmico, maxilar e mandibular; 
Função:
Sensitivo; responsável pela sensibilidade somática geral de grande parte da cabeça; conduz impulsos exteroceptivos (temperatura, dor, pressão e tato) e propiceptivos. 
Motor;inerva os músculos da mastigação, o milo-hióide e o ventre anterior do digástrico. 
Nevralgia: crises dolorosas muito intensas no território de um dos ramos do nervo. Exige tratamento cirúrgico – termocoagulação – destruindo-se as fibras sensitivas.
 VI - Nervo abducente
Origem aparente no encéfalo: sulco bulbo-pontino; 
Origem aparente no crânio: fissura orbital superior; 
Fibras: eferentes somíticas; 
Função: motor; inerva o músculo reto lateral. 
 VII - Nervo facial
Origem aparente no encéfalo: raiz motora (nervo facial propriamente dito) e raiz sensitiva (nervo intermédio); sulco bulbo-pontino, lateralmente ao VI; 
Origem aparente no crânio: forame estilomastóideo; 
Fibras: aferentes somáticas gerais, viscerais especiais e gerais (nervo intermédio) e eferentes branquiais e viscerais (nervo facial); 
Gânglios: geniculado, sensitivo, no joelho externo do nervo facial. 
Função: Misto
Gustação nos 2/3 anteriores da língua (aferente visceral especial); 
Inerva a parte posterior das fossas nasais e face superior do palato mole (aferente visceral geral); 
Inerva parte do pavilhão auditivo e do meato acústico externo (aferente somático geral); 
Inervação pré-ganglionar das glândulas submandibular, sublingual (terminam no gânglio submandibular) e lacrimal (nervo petroso maior, do canal pterigóideo e gânglio pterigopalatino - eferente visceral). 
Inervação dos músculos da mímica, estilo-hióideo e ventre posterior do digástrico (eferente branquial). 
 VIII - Nervo vestíbulo-coclear
Origem aparente no encéfalo: sulco bulbo-pontino, lateralmente ao VII; 
Origem aparente no crânio: penetra no osso temporal, pelo meato acústico interno, mas não sai do crânio; 
Fibras: aferentes somáticas especiais; 
Função: Sensitivo 
Parte vestibular; conduz impulsos relacionados com o equilíbrio; 
Parte coclear; conduz impulsos relacionados com a audição. 
 IX - Nervo glossofaríngeo 
Origem aparente no encéfalo: sulco lateral posterior do bulbo; 
Origem aparente no crânio: forame jugular; 
Fibras: aferentes somáticas gerais, viscerais especiais e gerais e eferentes branquiais e viscerais; 
Gânglios: possui dois, um superior, ou jugular, e um inferior, ou petroso, formados por neurônios sensitivos. 
Função: Misto 
Gustação no 1/3 posterior da língua (aferente visceral especial); 
Inervação do 1/3 posterior da língua, faringe, úvula, tonsilas, tuba auditiva, seio e corpo carotídeos (aferente visceral geral); 
Inerva parte do pavilhão auditivo e do meato acústico externo (aferente somático geral); 
Fibras parassimpáticas terminam no gânglio ótico e dele saem fibras do nervo aurículo-temporal que inerva a glândula parótida (eferente visceral); 
Inerva o músculo constrictor da faringe e o músculo estilofaríngeo (eferente branquial). 
 X - Nervo vago
Origem aparente no encéfalo: sulco lateral posterior caudalmente ao IX; 
Origem aparente no crânio: forame jugular; 
Fibras: aferentes somáticas gerais, viscerais especiais e gerais e eferentes branquiais e viscerais; 
Gânglios: possui dois, um superior, ou jugular, que origina as fibras sensitivas somáticas, e outro inferior, ou nodoso, que origina as fibras sensitivas viscerais. 
Função: Misto 
Gustação na epiglote (aferente visceral especial); 
Inervação de parte da faringe, laringe, traquéia, esôfago e vísceras torácicas e abdominais (aferente visceral geral); 
Inervação de parte do pavilhão auditivo e do meato acústico externo (aferente somático geral); 
Inervação parassimpática das vísceras e abdominais (eferente visceral); 
Inervação de músculos da faringe e da laringe (eferente branquial). 
 XI - Nervo acessório
Origem aparente no encéfalo: 
Raiz craniana: sulco lateral posterior do bulbo caudalmente ao X; 
Raiz espinhal: medula; 
Origem aparente no crânio: forame jugular (raiz craniana) e forame magno (raiz espinhal).
Fibras: eferentes viscerais especiais e gerais;
Função: Misto 
Ramo interno; une-se ao vago; inerva os músculos da laringe através do nervo laríngeo recorrente (especiais) e as vísceras torácicas (gerais) juntamente com fibras vagais; 
Ramo externo; inerva os músculos esternocleidomastóideo e trapézio (especiais). 
 XII - Nervo hipoglosso 
Origem aparente no encéfalo: sulco lateral anterior do bulbo, anteriormente à oliva; 
Origem aparente no crânio: canal do hipoglosso; 
Fibras: eferentes somíticas; 
Função: Motor; inerva a musculatura extrínseca e intrínseca da língua 
Inervação da língua
Nervo trigêmeo: é responsável pela sensibilidade geral (temperatura, dor, pressão e tato) nos 2/3 anteriores;
Nervo facial: é responsável pela sensibilidade gustativa nos 2/3 anteriores;
Nervo glossofaríngeo: é responsável pela sensibilidade geral e gustativa no terço posterior;
Nervo hipoglosso: é responsável pela motricidade.
Obs.: o nervo trigêmeo chega à língua através do ramo lingual do nervo mandibular. O nervo corda do tímpano, ramo do facial, anastomosa-se com o nervo lingual e chega, assim, à língua.
C
B

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