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FENÔMENOS DE TRANSPORTE Transferência de calor Prof. Clarice Steffens 1 Profe. Clarice Steffens A ciência de transferência de calor considera a troca de energia entre dois sistemas devido à diferença de temperatura entre eles. Na Termodinâmica Clássica, a transferência de calor éc considerada como uma das formas de interação energética entre dois sistemas, sendo o trabalho a outra forma. 1a Lei: ∆U = Q – W Contudo, as 1a e 2a Leis da Termodinâmica não consideram o problema de determinar a transferência de calor a partir do conhecimento das temperaturas e naturezas dos sistemas envolvidos. 2 Profe. Clarice Steffens O Que É e Como se Processa? Transferência de Calor (ou Calor) é energia em trânsito devido a uma diferença de temperatura. Sempre que existir uma diferença de temperatura em um meio ou entre meios ocorrerá transferência de calor. Por exemplo, se dois corpos a diferentes temperaturas são colocados em contato direto, ocorrera uma transferência de calor do corpo de temperatura mais elevada para o corpo de menor temperatura até que haja equivalência de temperatura entre eles. Dizemos que o sistema tende a atingir o equilíbrio térmico. 3 Profe. Clarice Steffens Sólido •Forma rígida; •Arranjo compacto, ordenado; • Volume definido; •Movimento molecular restrito. Líquido •Forma indefinida; • Arranjo desordenado; • Volume definido; •Partículas movem-se umas entre as outras MEIOS Gás •Forma indefinida; •Arranjo totalmente desordenado; • Volume indefinido; •Partículas livres para se moverem. 4 Profe. Clarice Steffens Grandeza física que indica o estado (grau de agitação) das partículas de um corpo, caracterizando o seu estado térmico. TEMPERATURA: NOÇÃO INTUITIVA 5ENERGIA TÉRMICA SOMATÓRIO DAS ENERGIAS CINÉTICAS das partículas do sistema. Profe. Clarice Steffens https://www.google.com/url?sa=i&source=imgres&cd=&cad=rja&uact=8&ved=2ahUKEwj2ot7O3OHgAhUQLLkGHb1nDIoQjRx6BAgBEAU&url=http://www.wikiwand.com/pt/Calor_espec%C3%ADfico&psig=AOvVaw3VfIgEIlKCSnDo-aAeOdnJ&ust=1551556426813028 TEMPERATURA: T1 T2 T1 > T2 T T contato T1 > Teq > T2 5 Profe. Clarice Steffens http://www.if.ufrgs.br/cref/leila/calorgif.gif CALOR E SUA PROPAGAÇÃO Calor (uma definição): “Calor é a energia térmica em trânsito, devido a uma diferença de temperatura entre os corpos”. Há transferência líquida de calor, espontaneamente, do corpo mais quente para o corpo mais frio. 6 Profe. Clarice Steffens 7 SISTEMAS DE UNIDADES As dimensões fundamentais são: tempo, comprimento, massa e temperatura. Unidades são meios de expressar numericamente as dimensões. Na tabela 1.1 estão as unidades fundamentais para os três sistemas citados : Profe. Clarice Steffens 8 Lei de Newton : Força é igual ao produto de massa pela aceleração ( F = m.a ), então : 1 Newton ( N ) é a força que acelera a massa de 1 Kg a 1 m/s2 Trabalho ( Energia ) tem as dimensões do produto da força pela distância ( = F.x ), então : 1 Joule ( J ) é a energia dispendida por uma força de 1 N em 1m Potência tem dimensão de trabalho na unidade de tempo ( P= / t ), então : 1 Watt ( W ) é a potência dissipada por uma força de 1 J em 1 s Profe. Clarice Steffens 9 UNIDADES DE MEDIDA DE CALOR caloria – cal Joule – J British thermal unit – Btu O Btu é a quantidade de calor pra elevar 1 lb de água de 63°F para 64°F. Joule - unidade adotada pelo SI para energia. A caloria é definida como a quantidade de calor necessária para se elevar de 14,5°C para 15,5°C uma quantidade de 1g de água. 9 Profe. Clarice Steffens 10 Profe. Clarice Steffens 4segundos segundo 10centímetros centímetros 2,5 5 quilogramas + 3 calorias Não tem significado, pois as dimensões dos dois termos são diferentes !!! 1 kg + 500 gramas Pode ser executada apenas após as unidades serem transformadas em iguais, sejam libras, gramas, kg, onças e assim por diante. 1 kg =1000 gramas, então, 1000 g + 500 g pode ser somado, resultando em 1500g Multiplicação ou divisão também podem ser realizadas: Importância das dimensões 11 Profe. Clarice Steffens Transformando unidades 1 hp + 300 W As dimensões são as mesmas (energia por unidade de tempo = potência), porém as unidades são diferentes. Precisam ser transformadas em unidades iguais para depois somar os termos: 1 hp = 746 W (caderno de dados ou outras tabelas) 746 W + 300 W = 1046 W 12 Profe. Clarice Steffens Exemplo: Transforme 400 in^3/dia em cm^3/min min 400 cm3 4,56 cm 3 1dia 1h 2,54 dia in 24h 60 min in3 Caderno de dados ou outra fonte Muitas unidades possuem nomes especiais: Força = Newton = N F = m.a mN kg. s2 Outros exemplos: J = Joule W = Watt 13 Profe. Clarice Steffens Energia = Força * Distância Energia = (Kg*m/s^2) * (m) Energia = kg*m^2/s^2 = J (Joule) 14 Profe. Clarice Steffens TROCA DE CALOR Q3 ...Qn 0Q1 Q2 Corpos em desequilíbrio térmico trocam calor para alcançar o equilíbrio. Em um sistema isolado, a quantidade total de calor trocado entre os corpos é nula, ou seja, o calor total recebido pelos corpos mais frios é igual ao calor total retirado dos corpos mais quentes. 18 Profe. Clarice Steffens Termodinâmica: Estuda as interações (trocas de energia) entre um sistema e suas vizinhanças. Transferência de calor: Indica como ocorre e qual a velocidade com que o calor é transportado. 19 Profe. Clarice Steffens O QUE OCORRE COM A TEMPERATURA DE UM CORPO QUANDO SE TRANSFERE CALOR A ELE? A temperatura pode aumentar ou não. 20 Profe. Clarice Steffens CALOR SENSÍVEL Quando o calor é utilizado pela substância apenas para variar sua temperatura, sem alterar seu estado físico. Ex.: aquecimento da água numa panela antes da fervura. Q = C T = m c T Q = quantidade de calor trocado [J, cal, kcal, BTU etc]; C = capacidade calorífica do corpo [J/ºC]; m = massa do corpo [g, kg]; c = calor específico da substância [J/(kg ºC)]; T = variação da temperatura (Tfinal - Tinicial) [K, ºC]. 21 Profe. Clarice Steffens H2O Barra de ferro Calores específicos (a 25ºC e 1 atm) [J/(kg ºC]: H2O = 4200; Gelo (0ºC) =2040 Etanol = 2400; Alumínio = 900; Cobre = 390; Ferro = 450; Latão = 380; Vidro = 840. CALOR ESPECÍFICO E CAPACIDADE CALORÍFICA 22 Profe. Clarice Steffens VALORES DE C (25ºC E 1 ATM) Calor Específico Calor Específico Molar Substância cal/(g.K) J/(kg.K) J/(mol.K) Sólidos Elementares Chumbo Tungstênio Prata Cobre Alumínio 0,0305 0,0321 0,0564 0,0923 0,215 128 134 236 386 900 26,5 24,8 25,5 24,5 24,4 0,092 0,19 0,20 0,530 380 790 840 2.220 Outros Sólidos Latão Granito Vidro Gelo (-10°C) Líquidos Mercúrio Álcool etílico Água do mar Água doce 0,033 0,58 0,93 1,00 140 2.430 3.900 4.190 Fonte: Halliday 23 Profe. Clarice Steffens CALOR ESPECÍFICO PARA GASES Calor sensível a pressão constante: ∆H = Qp = m cp (Tfinal – Tinicial) - cp é o calor específico do material a pressão constante; - ∆H variação de entalpia do corpo (J, kcal etc.). Calor sensível a volume constante: ∆U = Qv = m cv (Tfinal – Tinicial) - cv é o calor específico do material a volume constante; - ∆U variação de energia interna do corpo (J, kcal etc.). 24 Profe. Clarice Steffens CALOR LATENTE Quando o calor trocado é utilizado pela substância para mudar de estado físico, sem variação de temperatura e sob pressão constante, ele é chamado de calor latente. Ex.: fornecimento de calor à água fervente. 25 Profe. Clarice Steffens O calor latente de mudança de estado pode ser: endotérmico (Q > 0): As transformações de fusão, vaporização e sublimação são endotérmicas pois a matéria precisa absorver calor. exotérmico (Q < 0): As transformações de liquefação, solidificação e sublimação inversa são exotérmicas, pois a matéria precisa liberar calor. MUDANÇA DE FASE 26 Profe. Clarice Steffens Q = m L - Q (J) quantidade de calor trocado;- L (J/kg) calor latente da transformação física; - m (kg) a massa que mudou de estado físico. Como a pressão é constante: Q = ∆H → L = h - ∆H variação de entalpia da transformação física (J); - h entalpia específica da transformação física (J/kg). CÁLCULO DA TROCA DE CALOR LATENTE 27 Profe. Clarice Steffens QUAL A VELOCIDADE DE UMA TROCA DE CALOR? Fluxo de calor Intervalo de tempo Quantidade de calor que atravessa uma área A Q t q No SI, o fluxo de calor é dado em J/s ou Watt. A T1 >T2 Q 28 Profe. Clarice Steffens FORMAS DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR Condução Convecção Radiação Profe. Clarice Steffens CONDUÇÃO Transferência de energia de partículas mais energéticas para partículas menos energéticas por contato direto. Necessita obrigatoriamente de meio material para se propagar. Característico de meios estacionários. 31 MECANISMO DE PROPAGAÇÃO Energia é transferida por impacto elástico nos fluidos, por difusão de elétrons livres no metais e vibração em outros sólidos. 1 2 Ocorre em todas os estados físicos, mas PRINCIPALMENTE EM SÓLIDOS. Profe. Clarice Steffens Condução de Calor 32 Profe. Clarice Steffens https://www.google.com/imgres?imgurl=https://thumbs.gfycat.com/AssuredJovialJaeger-size_restricted.gif&imgrefurl=https://gfycat.com/gifs/tag/tomo&docid=8xHcgVgCxjCwoM&tbnid=kbgjuldqejWeXM:&vet=1&w=640&h=368&bih=576&biw=1366&ved=2ahUKEwiQ3dGJ3OHgAhWFLLkGHcc1ARoQxiAoBXoECAEQGQ&iact=c&ictx=1#h=368&imgdii=rB82MMJgrAr1RM:&vet=1&w=640 CONDUÇÃO Calor Condução de calor ao longo de uma barra. T1 > T2 Condução de calor ao longo de gás confinado. A transmissão de calor ocorre, partícula a partícula, somente através da agitação molecular e dos33 choques entre as moléculas do meio. Profe. Clarice Steffens 34 A lei fundamental que descreve a condução térmica é a lei de Fourier. Q= fluxo de calor por condução ( Kcal/h no sistema métrico); K= condutividade térmica do material; A=área da seção através da qual o calor flui, medida perpendicularmente à direção do fluxo ( m2); dT/dx= razão de variação da temperatura T com a distância, na direção x do fluxo de calor ( oC/h ). A razão do sinal menos na equação de Fourier é que a direção do aumento da distância x deve ser a direção do fluxo de calor positivo. Profe. Clarice Steffens 35 A razão do sinal menos na equação de Fourier é que a direção do aumento da distância x deve ser a direção do fluxo de calor positivo. Como o calor flui do ponto de temperatura mais alta para o de mais baixa (gradiente negativo), o fluxo só será positivo quando o gradiente for positivo multiplicado por -1). O fator de proporcionalidade k ( condutividade térmica ) que surge da equação de Fourier é uma propriedade de cada material e vem exprimir maior ou menor facilidade que um material apresenta à condução de calor. Profe. Clarice Steffens FLUXO DE CALOR NA CONDUÇÃO “Lei de Fourier”: L A (T1 T2) qcond k k é a condutividade térmica [W/(m ºC)] k (Fe a 300K) = 80,2 W/(m ºC) k (água a 300K) = 5,9 x 10-1 W/(m ºC) k (ar a 300K) = 2,6 x 10-2 W/(m ºC) 38 Profe. Clarice Steffens CONDUTIVIDADE TÉRMICA (W/m.K) DE ALGUNS MATERIAIS A 300 K 15,1 Aço 401,0 Cobre 0,16 Madeira 0,72 Tijolo Obs.: Esses valores são dependentes da temperatura do material Para melhor entender o significado da equação consideremos um exemplo prático. Suponhamos que o engenheiro responsável pela operação de um forno necessita reduzir as perdas térmicas pela parede de um forno por razões econômicas. Considerando a equação, o engenheiro tem, por exemplo, as opções listadas na tabela : Trocar a parede ou reduzir a temperatura interna podem ações de difícil implementação; porém, a colocação de isolamento térmico sobre a parede cumpre ao mesmo tempo as 39 ações de redução da condutividade térmica e aumento de espessura da parede. Profe. Clarice Steffens EXEMPLO 1 Um equipamento condicionador de ar deve manter uma sala, de 15 m de comprimento, 6 m de largura e 3 m de altura a 22 oC. As paredes da sala, de 25 cm de espessura, são feitas de tijolos com condutividade térmica de 0,14 Kcal/h.m.oC e a área das janelas podem ser consideradas desprezíveis. A face externa das paredes pode estar até a 40 oC em um dia de verão. Desprezando a troca de calor pelo piso e pelo teto, que estão bem isolados, pede-se o calor a ser extraído da sala pelo condicionador ( em HP ). 4400 Profe. Clarice Steffens EXEMPLO 2 As superfícies interna e externa de uma parede de 5 x 6 m e 30 cm de espessura e condutividade térmica de 0,69 W/mºC são mantidas as temperaturas de 20ºC e 5ºC respectivamente. Determine o calor transferido pela parede. 4400 Profe. Clarice Steffens Assume-se: 1 Regime permanente pois a temperatura da parede mantêm-se constante nos valores especificados. 2 As propriedades térmicas da parede são constantes. Propriedades: A condutividade térmica da parede é dada e o valor é k = 0,69 W/m⋅C EXEMPLO 3 A parede de um forno industrial é construída de um tijolo de 0,15 m de espessura, com condutividade térmica de 1,7 W/m.K. As temperaturas nas faces interna e externa da parede são respectivamente 1400 e 1150 K. Qual é a perda de calor através de uma parede de 0,5 m por 3 m? 4400 Profe. Clarice Steffens EXEMPLO 4 Uma face de uma placa de cobre de 3 cm de espessura é mantida a 400 °C, e a outra face é mantida a 100 °C. Qual o fluxo de calor através da placa? A condutividade térmica do cobre é de 401 W/m.K 4400 Profe. Clarice Steffens EXEMPLO 5 Deseja-se que o fluxo de calor através de um bloco de amianto ( k = 0,74 W/m.K ) seja de 5000 W/m², para uma diferença de temperatura de 200 °C entre as faces do bloco. Qual deve ser a espessura do bloco? 4400 Profe. Clarice Steffens EXEMPLO 6 Através de uma placa de aço carbono ( k = 60,5 W/m.K ) de 50 por 75 cm, com 2 cm de espessura, existe uma taxa de transferência de calor da ordem de 2500 W. A temperatura de uma face da placa é 250 °C. Calcule a temperatura da outra face da placa. 4400 Profe. Clarice Steffens 41 Condutividade Térmica de diversas substâncias 41 Profe. Clarice Steffens CONVECÇÃO Transporte de calor e massa pelo movimento de um fluido devido à sua DIFERENÇA DE DENSIDADE, especialmente por meio de calor. MECANISMO DE PROPAGAÇÃO Energia é transferida por DIFUSÃO aleatória de partículas e por ADVECÇÃO, pelo movimento das correntes no fluido. 1 2 Ocorre em LÍQUIDOS E GASES, com o princípio do menos denso sobe e mais denso desce. Profe. Clarice Steffens CONVECÇÃO Movimento de partículas mais energéticas por entre partículas menos energéticas; É o transporte de calor típico dos meios fluidos. 42 Profe. Clarice Steffens http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/08/Convection.gif CONVECÇÃO NATURAL E FORÇADA Na convecção natural, ou livre, o escoamento do fluido é induzido por forças de empuxo, que vem de diferenças de densidade causadas por variação de temperatura do fluido. Transporte natural de fluidos Convecção natural 43 Profe. Clarice Steffens CONVECÇÃO NATURAL E FORÇADA Na convecção forçada o fluido é forçado a circular sobre a superfície por meios externos, como uma bomba, um ventilador, ventos atmosféricos. 44 Profe. Clarice Steffens FLUXO DE CALOR NA CONVECÇÃO “Lei de Newton do Resfriamento”: qconv h A (Ts T ) Área A - h é o coeficiente de transferência convectiva de calor ou coeficiente de película [W/(m2 ºC)] 45 𝑨 𝒒 𝑻∞𝒉 𝑻𝒔 Profe. Clarice Steffens COEFICIENTE DE TRANSFERÊNCIA DE CALOR POR CONVECÇÃO - H Processo h [W/(m2 K)] Convecção natural Gases Líquidos 2 – 25 50 – 1.000 Convecção forçada Gases Líquidos 25 – 250 50 – 20.000 Convecção com mudança de fase Ebulição ou condensação 2.500 – 100.000 Fonte: Incropera 46 Profe. Clarice Steffens COEFICIENTE CONVECTIVO (W/m2.K) DE ALGUNS SUBSTÂNCIAS 2 a 25 Gás em Convecção Natural25 a 250 Gás em Convecção Forçada 50 a 1.000 Líquido em Convecção Natural 1.000 a 20.000 Obs.: Esses valores são dependentes das propriedades das substâncias e as condições do meio Líquido em Convecção Forçada 47 CONVECÇÃO - APLICAÇÕES E CONSEQÜÊNCIAS • Conforto ambiental; • Refrigeração de circuitos elétricos. 47 Profe. Clarice Steffens IRRADIAÇÃO OU RADIAÇÃO TÉRMICA -Toda a matéria que se encontra a uma temperatura acima do Zero Absoluto (0 K) irradia energia térmica. -Não necessita de meio material para ocorrer, pois a energia é transportada por meio de ondas eletromagnéticas. - É mais eficiente quando ocorre no vácuo. 48 Profe. Clarice Steffens RADIAÇÃO Propagação do calor por meio de ONDAS ELETROMAGNÉTICAS emitidas por um corpo em qualquer temperatura. MECANISMO DE PROPAGAÇÃO Gerada pelo movimento de partículas carregadas na matéria que oscila as cargas que compõem os átomos gerando radiação eletromagnética. 1 2 TODA SUBSTÂNCIA com temperatura maior do que 0 K (Zero absoluto) emite radiação térmica. Profe. Clarice Steffens http://www.essaseoutras.com.br/wp-content/uploads/2012/04/sol2.gif 3 4 Cada corpo possui uma taxa de emissão diferente de energia. Não necessita de um meio de propagação. Ocorrendo com MAIS EFICIÊNCIA NO VÁCUO. MECANISMO DE PROPAGAÇÃO 5 O emissividade máxima ocorre no chamado CORPO NEGRO IDEAL. 6 O olho humana detecta uma cor especifica para cada emissão em um corpo negro . Profe. Clarice Steffens COR OBSERVADA PELO OLHO HUMANO EMITIDA POR UM CORPO NEGRO °C (K) COR 480 °C (753,15 K) Brilho avermelhado fraco 580 °C (853,15 K) Vermelho escuro 730 °C (1003,15 K) Vermelho brilhante 930 °C (1203,15 K) Laranja brilhante 1100 °C (1373,15 K) Laranja amarelado pálido 1300 °C (1573,15 K) Amarelo claro > 1400 °C (1673,15 K) Branco Profe. Clarice Steffens LEI DE STEFAN-BOLTZMANN 𝒒 = 𝜺𝝈𝑨(𝑻𝒔 𝟒 − 𝑻𝒗𝒊𝒛 𝟒 ) Onde: : Fluxo de Calor (W ou J/s) 𝒒 : Emissividade : Área de troca térmica (m2) : Temperatura da superfície (K) : Temperatura da vizinhança (K) 𝜺 𝑨 𝑻𝒔 𝑻𝒗𝒊𝒛 : Const. de St.-Boltz. (5,67.10-8 W/m2.K4)𝝈 𝒒 𝑻𝒗𝒊𝒛 𝜺 𝑻𝒔 𝑨 Profe. Clarice Steffens EMISSIVIDADE DE ALGUNS TIPOS DE CORPOS A 300 K 1 Corpo Negro Ideal 0,88 a 0,95 Rocha 0,90 Areia 0,17 Obs.: Esses valores são dependentes das temperatura dos corpos Aço Inox Polido Profe. Clarice Steffens ONDAS ELETROMAGNÉTICAS 50 Profe. Clarice Steffens TRANSMISSÃO DE CALOR POR RADIAÇÃO Qa Qr Qt Qi Qi a Qa (absorvidade) Qi r Qr (refletividade) Qi a r t 1 t Qt (transmissividade) 51 Profe. Clarice Steffens REFLEXÃO • O refletor perfeito (espelho ideal), r = 1. Absorção • Um corpo negro (absorvedor perfeito), a = 1. • Um corpo cinzento, a < 1. Transmissão • Um corpo transparente, t ≠ 0 (zero). • Um corpo opaco, t = 0 (zero). a r t 1 Modelos adotados na radiação térmica 52 Profe. Clarice Steffens TRANSMISSÃO DE CALOR POR RADIAÇÃO Lei dos Intercâmbios: Todo bom absorvedor é um bom emissor de radiação térmica e todo bom refletor é um mau emissor de radiação térmica. Corpo negro é também o emissor ideal de radiação térmica (radiador ideal)!!!! Corpos Escuros: bons absorvedores e emissores de radiação térmica. Ex.: fuligem (a = = 0,94). Corpos claros e polidos: maus absorvedores e emissores de radiação térmica. Ex.: prata polida (a = = 0,02). 53 Profe. Clarice Steffens FLUXO DE CALOR NA RADIAÇÃO “Lei de Stefan-Boltzmann”: A E qrad T4 (corpos reais) T4 (corpo negro) máxima A E (corponegro) qrad E – Poder emissivo [W/m2]; – emissividade (0 ≤ ≤ 1); σ – Constante de Stefan-Boltzmann [5,7 x 10-8 W/(m2 K4)]; T – Temperatura absoluta do corpo (K). 54 Profe. Clarice Steffens MECANISMOS COMBINADOS Nos problemas da engenharia, quando um dos mecanismos domina quantitativamente, soluções aproximadas podem ser obtidas. Quais os mecanismos estão envolvidos no exemplo abaixo Profe. Clarice Steffens
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