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CCE0200-GNAT II U-1 Gás Natural

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GÁS NATURAL II
Unidade 1. GÁS NATURAL
Plano de Aulas e Avaliações
Prof. Dr. Guillermo Ruperto Martín Cortés
1
APRESENTAÇÃO
UNIDADE 1. Gás Natural: 
Fundamentos 
Regulação 
Transferência de Gás Natural
Transporte de Gás Natural
Controles
2
UNIDADE 1. Gás Natural
Algumas Siglas Frequentes
ANP – Agência Nacional do Petróleo
BEN – Balanço Energético Nacional
BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico
e Social 
CNPE – Conselho Nacional de
 Política Energética 
DNC – Departamento Nacional de Combustíveis
E & P – Exploração & Produção 
Gasbol – Gasoduto Bolívia-Brasil
GLP – Gás Liquefeito de Petróleo
GNC – Gás Natural comprimido
GSA – Gas Supply Agreement
kWh – Quilowatt/hora
LGN – Líquidos de Gás Natural
MF – Ministério da Fazenda
MME – Ministério das Minas e Energia 
MW – Megawatt (1000 watts)
PIB – Produto Interno Bruto
SCG – Superintendência de Comercialização e Movimentação de Gás Natural
SUP - Serviços de utilidade pública
TBG – Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia Brasil S.A.
Tep – Tonelada Equivalente de Petróleo
UPGN – Unidade de Processamento de Gás Natural
UTE – Usina Termelétrica
Fonte: ANP, 2001
3
UNIDADE 1. Gás Natural. Introdução
A presente unidade trata das questões gerais dos gases provenientes de fontes de hidrocarbonetos.
Hoje, a indústria conhece as vantagens destes gases como fornecedores de energia, suas características menos poluidoras do ambiente e sua maior disponibilidade de reservas.
A grande variedade de tipos de estes gases e também suas características e usos, requerem seu estudo em particular, seus fundamentos, regulações, transporte e monitoração, dentre outros aspetos técnico-legais e econômicos.
4
U-1 Gás Natural. Fundamentos
Gás: um dos estados da matéria, sem forma e volume definidos, onde as partículas elementares se movimentam aleatoriamente.
Então os gases são fluidos que o diferem dos líquidos por que, quando colocados em um recipiente, tendem a ocupa-lo totalmente. 
A maior parte dos elementos químicos não-metálicos conhecidos são encontrados no seu estado gasoso, em temperatura ambiente.
5
U-1 Gás Natural. Fundamentos
As moléculas do gás, ao se movimentarem, colidem com as outras moléculas e com as paredes do recipiente onde se encontram, exercendo a chamada pressão do gás.
Esta pressão tem relação com o volume do gás e à temperatura absoluta. Ao ter a temperatura aumentada, as moléculas do gás aumentam sua agitação, provocando mais colisões. Ao aumentar o volume do recipiente, as moléculas tem mais espaço para se deslocar, logo, as colisões diminuem, diminuindo a pressão.
6
U-1 Gás Natural. Fundamentos
Gás perfeito ou ideal
É considerado um gás perfeito quando são presentes as seguintes características:
o movimento das moléculas é regido pelos princípios da mecânica Newtoniana;
os choques entre as moléculas são perfeitamente elásticos, ou seja, a quantidade de movimento é conservada;
não há atração e nem repulsão entre as moléculas;
o volume de cada molécula é desprezível quando comparado com o volume total do gás.
7
U-1 Gás Natural. Fundamentos
Gás real
Os gases reais não se expandem indefinidamente.
O comportamento dos gases reais será mais parecido ou aproximado do comportamento dos gases ideais quanto mais simples seja a sua fórmula química ou menor tendência a formar compostos apresentem, como no caso dos gases nobres.
8
U-1 Gás Natural. Fundamentos
GLP – Gás Liquefeito de Petróleo
Também conhecido popularmente como gás de cozinha, provém da separação das frações mais leves do petróleo. É um combustível gasoso à pressão e temperatura ambientes, inflamável e inodoro. Mais de 90% da população brasileira depende da distribuição de Gás GLP todos os dias.
O GLP é fonte de energia ecologicamente correta e econômica.
Exemplos: propano (C3H8) e butano (C4H10)
9
U-1 Gás Natural. Fundamentos
Gás natural - GN
É um hidrocarboneto combustível, composto predominantemente de metano. Sua composição varia segundo as características do reservatório, P, T e processamento.
Encontra-se na natureza em rochas porosas, podendo ser associado (quando junto ao petróleo) ou não associado (isolado ou junto a pequenas quantidades de petróleo).
10
U-1 Gás Natural. Fundamentos
Principais características:
(Fonte: CIGÁS – Companhia do Gás de Amazonas, 2014. http://www.cigas-am.com.br/gas-natural/o-que-e-gas-natural.html)
O gás natural não é quimicamente tóxico. Sua ingestão ou inalação acidental não provoca danos à saúde. 
Ele é inodoro, sendo seu odor característico conferido pela adição de compostos de enxofre (mercaptanas), com o intuito de ser detectado em um eventual vazamento.
11
U-1 Gás Natural. Fundamentos
Inodoro, incolor e de queima mais limpa que os demais combustíveis, o Gás Natural é resultado da combinação de hidrocarbonetos gasosos, nas condições normais atmosféricas de pressão e temperatura, contendo, principalmente, metano e etano. 26/02/2015
12
U-1 Gás Natural. Fundamentos
Principais características: (continuação)
A densidade relativa é inferior à 1 (0,67 +/-), o que significa que o GN é mais leve que o ar. Assim, sempre que alguma quantidade de gás natural estiver livre no meio ambiente, esta subirá e ocupará as camadas superiores da atmosfera.
Em ambientes internos o gás natural não provoca acúmulos nas regiões inferiores, sendo suficiente para garantir sua dissipação à existência de orifícios superiores de ventilação e evacuação.
13
U-1 Gás Natural. Fundamentos
Principais características: (continuação)
Ainda por sua densidade, o gás natural não provoca asfixia. Como qualquer gás a asfixia ocorrerá se inalado em grande quantidade ou em ambiente fechado impedindo assim a respiração. A asfixia é a privação de oxigênio e independe da toxidade do gás em questão. Como o gás natural não se acumula nas camadas inferiores e se dissipa rapidamente, não oferece risco de asfixia.
14
U-1 Gás Natural. Fundamentos
Principais características: (continuação)
Antes de ser distribuído por gasodutos, o Gás Natural passa por uma unidade de processamento, na qual são retiradas impurezas como água, outros gases e areia, além de componentes condensáveis e mais pesados, como gasolina natural e o gás liquefeito do petróleo (GLP ou “gás de cozinha”).
As reservas de Gás Natural no Brasil são amplas e novas reservas estão sendo descobertas, o que garante o abastecimento em todo o território brasileiro por muito tempo.
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U-1 Gás Natural. Fundamentos
	COMPOSIÇÃO TÍPICA DO GÁS	
	Componente	(%) Volume
	METANO	88,82
	ETANO	8,41
	PROPANO	0,55
	NITROGÊNIO	1,62
	DIÓXIDO DE CARBONO	0,60
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Obs.: essa composição pode variar a partir do reservatório onde o gás é encontrado.
U-1 Gás Natural. Fundamentos
	ALGUMAS PROPRIEDADES	
	DENSIDADE RELATIVA DO AR	0,62
	PODER CALORÍFICO SUPERIOR (Kcal/m³)	9.400
	PODER CALORÍFICO INFERIOR (Kcal/m³)	8.500
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U-1 Gás Natural. Fundamentos
GNV – Gás Natural veicular
Segundo a Wikipédia, (2015):
O GNV é um combustível disponibilizado na forma gasosa, a cada dia mais utilizado em automóveis como alternativa à gasolina e ao álcool.
O GNV diferencia-se do  GLP - gás liquefeito de petróleo, por se constituir de hidrocarbonetos na faixa metano - etano, enquanto o GLP se compõe de hidrocarbonetos na faixa do propano - butano.
18
U-1 Gás Natural. Fundamentos
Dados interessantes do GNV e do GLP são:
1 m3 de GNV equivale a 1,22 litros de gasolina. 
1 m3 de GLP equivale a 1,35 litros de álcool.
O Gás Natural Veicular (GNV), conhecido como combustível do futuro, é uma mistura de hidrocarbonetos leves que, à temperatura ambiente e pressão atmosférica, permanece no estado gasoso. Constituído por 87% de metano (CH4) (teor mínimo). Ele é encontrado acumulado em rochas porosas no subsolo, frequentemente acompanhado por petróleo, constituindo um reservatório. (Petrobrás, 2015)
19
U-1 Gás Natural. Fundamentos
A queima do GNV é reconhecidamente uma das mais limpas, praticamente sem emissão de monóxido de carbono.
Impacto ambiental: A queima do Gás Natural é muito mais completa que a queima da gasolina, do álcool e do diesel. Porisso, os veículos movidos a GNV emitem menos poluentes, tais como óxidos nitrosos (NOX), dióxido de carbono (CO2) e principalmente o monóxido de carbono (CO). 
Por não possuir enxofre em sua composição, a queima do GNV não lança compostos que produzam chuva ácida quando em contato com a umidade atmosférica, contribuindo, assim, para a melhoria da qualidade de vida da população. 					
(Petrobrás, 2015; http://www.br.com.br/wps/portal/portalconteudo/produtos/automotivos/gnv)
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U-1 Gás Natural. Fundamentos
LGN – Líquidos de Gás Natural
Líquido de Gás Natural (LGN) – Parte do gás natural que se encontra na fase líquida em determinada condição de pressão e temperatura na superfície, obtida nos processos de separação de campo, em UPGNs ou em operações de transferência em gasodutos. Fonte: Portaria ANP nº 9, de 21/1/2000.
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U-1 Gás Natural. Fundamentos
LGN – Líquidos de Gás Natural (continuação)
LGN é o gás natural liquefeito por meio de redução de temperatura e/ou aumento de pressão.
As instalações industriais de processamento de gás natural tiveram regulamentações específicas por parte da ANP, constantes no Regulamento Técnico 2/2001, anexo da Portaria ANP 54, de 30/03/2001
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U-1 Gás Natural. Fundamentos
GNC – Gás Natural comprimido
Entre as opções tecnológicas para utilização de gás natural, existe o Gás Natural Comprimido (GNC). 
O gás natural é comprimido e armazenado em cilindros metálicos e transportado por meio de carretas aos centros consumidores. 
A principal vantagem do GNC é a criação de novos mercados em localidades não servidas por gasodutos, possibilitando a utilização do gás natural em substituição a outros combustíveis.
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U-1 Gás Natural. Fundamentos
O gás natural não possuía uma participação significativa na matriz energética na América Latina até a década de 90. 
A ausência de infraestrutura de transporte e distribuição, aliada à recessão na década de 80, desestimulou os investimentos naquele período.
Nos anos 90, a participação do gás natural na matriz energética de alguns países da América Latina passou a crescer significativamente, e nos últimos anos, a região emergiu como o mercado de gás de mais rápido crescimento no mundo. 
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U-1 Gás Natural. Fundamentos
De acordo com a Agência Internacional de Energia (International Energy Agency), a demanda de gás na América do Sul aumentou 5.1% por ano durante os anos 90, um grande salto comparado com o percentual de crescimento da demanda total de energia, da ordem de 3.2%.
A descoberta de novas reservas e a liberalização do mercado nesta região foram os responsáveis por este crescimento.
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U-1 Gás Natural. Fundamentos
Na década de 1990, a expansão econômica refletiu num incremento de demanda por energia. Rápido crescimento na demanda por energia e preocupações ambientais estimularam o desenvolvimento da infraestrutura para o gás natural, inicialmente para atender a indústrias e a termelétricas. 
Eram, portanto necessários altos níveis de investimento para atender à crescente demanda pelo gás natural.
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U-1 Gás Natural. Fundamentos
Nos inicios a indústria de gás se caracteriza pela falta de transporte e distribuição suficientes. Também, depende e muito, dos investimentos dos agentes que operam nos diferentes elos da cadeia. 
Pela incerteza do retorno dos investimentos, é comum as indústrias no seu desenvolvimento se caracterizar pelo monopólio estatal e pela verticalização.
Por isso, os governos em vários países promoveram reformas regulatórias para atrair investimentos estrangeiros e da iniciativa privada.
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U-1 Gás Natural. Fundamentos
A desregulamentação e a reestruturação da indústria de gás natural trouxe o desenvolvimento de novos mercados e alterou o funcionamento da indústria. 
À medida que determinados países liberaram os preços e diminuíram as barreiras de entrada na indústria, o mercado tornou-se mais competitivo, beneficiando todos os agentes por meio de preços mais eficientes e maior possibilidade de escolha dos contratos e energéticos substitutos.
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U-1 Gás Natural. Fundamentos
A abertura do mercado e o aumento da competitividade se traduzem em várias estruturas de mercado existentes. Estas estruturas, refletem os avanços da indústria de gás natural. 
Para qualquer estrutura, o objetivo da regulação é proteger os consumidores finais e os agentes do poder de mercado das empresas monopolistas.
As reformas abrangem dois aspectos: separação do fornecimento e do transporte e promoção da competição no varejo (consumidores finais). O Brasil precisa evoluir nas reformas de suas indústrias para atrair investimentos e melhorar sua eficiência.
(BARROS Jr., 2007) 05/03/2015
29
U-1 Gás Natural. Fundamentos
Não obstante, o mercado brasileiro de gás natural vem crescendo nos últimos anos (14% de 1990 a 2000), e a produção doméstica vem aumentando rapidamente, com o objetivo de atender à crescente demanda e diminuir a dependência das importações bolivianas. 
Entretanto o setor apresenta determinados obstáculos para o seu completo desenvolvimento:
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U-1 Gás Natural. Fundamentos
Falta de um marco regulatório eficiente, o que dificulta a entrada de novos agentes e de novos investimentos;
Forte incerteza em relação à demanda de gás natural, relacionada com a futura demanda de gás para o setor elétrico, e também, problemas de oferta do gás boliviano pela nacionalização das reservas na Bolívia em maio de 2006.
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U-1 Gás Natural. Fundamentos
Antes da década de 1990, a Petrobras exercia o monopólio estatal em todas as atividades da cadeia. Os agentes não tinham acesso à infraestrutura de transporte e nem às atividades de exploração e produção. 
O processo de liberalização do setor, iniciado em 1995 com a Lei do Petróleo, pôs fim ao monopólio da Petrobras nos serviços de distribuição de gás canalizado e permitiu a entrada de agentes na exploração, produção e transporte. 12/03/2015
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U-1 Gás Natural. Fundamentos
Em 1997, foi criada a ANP - Agência Nacional de Petróleo, com o objetivo de regular o mercado brasileiro de gás. 
Após alguns anos de atuação da ANP, percebe-se que ainda há características de uma indústria verticalizada, mesmo após o processo de abertura do mercado.
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U-1 Gás Natural. Fundamentos
LEI Nº 11.909, DE 4 DE MARÇO DE 2009 (Lei do Gás)
DECRETO Nº 7.382, DE 2 DE DEZEMBRO DE 2010
A legislação brasileira visa atrair investimentos e tornar a indústria mais competitiva. Processo de liberalização efetuado já em outros países e que faz parte do processo de amadurecimento do setor.
34
U-1 Gás Natural. Fundamentos
Nesta parte da disciplina se analisa o grau de evolução da regulação atual da indústria de gás natural no Brasil, incluindo a análise da estrutura da indústria, considerando:
A estruturação do mercado brasileiro;
O grau de competição entre os integrantes da cadeia;
A regulamentação de preços; e
O poder de mercado da Petrobras.
35
U-1 Gás Natural. Fundamentos
Na maioria das vezes, o monopólio seria a solução econômica mais viável, significando que a atividade é um monopólio natural.
O monopólio natural está ligado ao tamanho do mercado em relação ao tamanho (ou escala) mínimo de eficiência da firma. 
O monopólio ocorre quando há elevados custos fixos e baixos custos marginais. Neste caso, o mercado não comporta mais de uma firma operando em escala e escopo eficientes, tornando desejável a existência de um só agente monopolista.
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U-1 Gás Natural. Regulação
Princípios Gerais da Regulação
As bases teóricas fundamentais para analisar o marco regulatório no setor de gás natural no Brasil são:
Custos de transação 
Características econômicas dos serviços de utilidade pública 
Princípios e objetivos da regulação
Ambiente regulatório: governança regulatória e incentivos de regulação. a) Objetivos da governança regulatória. b) Estrutura de incentivos de regulação – principais instrumentos de regulação ativa. Tarifação por taxa de retorno. Regulação pelo desempenho. Tarifação pelo preço máximo (price caps). Regulação do acesso. Regulação – controle de qualidade.
37
U-1 Gás Natural. RegulaçãoCustos de transação
A Economia dos Custos de Transação (ECT) introduziu elementos inovadores no raciocínio a respeito da organização da economia e de seus impactos e efeitos sobre a indústria de infraestrutura. 
Até 1937 a teoria econômica abordava apenas os custos de produção, embora reconhecesse a existência dos custos de transação.
Ronald Coase foi um dos pioneiros na abordagem deste tema, quando publicou, em 1937, o artigo The Nature Of The Firm. 
38
U-1 Gás Natural. Regulação
Os custos associados às transações econômicas eram considerados irrelevantes, sendo levados em conta apenas os custos incluídos na transformação dos produtos.
Os custos de transação surgem sempre que os agentes econômicos interagem no mercado, ou seja, negociam, redigem e garantem o cumprimento de um contrato. Segundo esta abordagem, os contratos envolvem custos, pois em qualquer transação sempre há assimetria de informação entre os agentes.
39
U-1 Gás Natural. Regulação
Segundo Williamson (1985), a Teoria dos Custos de Transação suspende a hipótese de simetria de informação e elabora um conjunto de outras hipóteses que tornam os custos de transação significativos: racionalidade limitada, complexidade e incerteza, oportunismo e especificidade de ativos.
Racionalidade Limitada: Ocorre dada a complexidade do ambiente onde os agentes não são capazes de prever e processar todas as contingências futuras relativas ao contrato.
40
U-1 Gás Natural. Regulação
Especificidade de Ativos: Esta característica das transações é definida por Williamson como sendo a perda de valor dos ativos envolvidos em determinada transação, no caso desta não se concretizar, ou no caso do rompimento contratual. Alta especificidade de ativos significa que uma ou ambas as partes envolvidas na transação perderão, caso esta não se concretize, por não encontrarem uso alternativo que mantenha o valor do ativo desenvolvido para determinada transação.
41
U-1 Gás Natural. Regulação
Diante destes pressupostos comportamentais, todas as vezes que os agentes recorrem ao mercado, estão sujeitos aos custos de transação.
Em função do descrito, as transações são um processo complexo e que envolvem custos. Por isso, a elaboração de contratos é tarefa complexa e demorada. Portanto, dentro da abordagem dos custos de transação, a justificativa para que as indústrias de rede assumissem a forma de monopólios verticalmente integrados não era somente devido a economias de escala e de escopo, mas pelo fato de que esta forma de organização reduziria os custos de transação, os riscos de comportamento oportunista e as incertezas.
42
U-1 Gás Natural. Regulação
Estudar os custos de transação tem aplicação direta no caso do gás natural, devido às características do mercado de gás: 
grande volume de investimento, 
altos custos irrecuperáveis, 
necessidade de longo prazo para obter o retorno dos investimentos e 
forte impacto de riscos exploratório e regulatório.
43
U-1 Gás Natural. Regulação
Essas características mostram a necessidade de reduzir os custos de transação, o que pode ser alcançado quando uma única empresa atua de forma verticalmente integrada em todos os setores da indústria, desde a exploração, a produção, o transporte e a distribuição aos consumidores finais de gás natural, ou ainda com a existência de vários agentes na cadeia, com obrigações de investimentos ditadas por contratos de longo prazo entre as partes.
44
U-1 Gás Natural. Regulação
No modelo de integração vertical há a eliminação dos custos de transação intermediários entre as distintas atividades da cadeia. 
A integração das atividades permite maior flexibilidade diante das mudanças repentinas do mercado, como por exemplo, as inovações.
Entretanto, os ganhos derivados do aumento de eficiência organizacional, por meio da redução dos custos de transação, não são necessariamente repassados ao consumidor final. Muitas vezes as firmas se apropriam destes ganhos, mantendo o mesmo preço da mercadoria na ponta da cadeia.
45
U-1 Gás Natural. Regulação
Essa estratégia pode ser prejudicial ao consumidor final, visto que o agente pode subsidiar atividades potencialmente competitivas com recursos oriundos de atividades monopólicas, nas quais não enfrentou concorrência, podendo cobrar preços muito acima dos seus custos.
19/03/2015
46
U-1 Gás Natural. Regulação
Os lucros extraordinários obtidos nas atividades monopolistas seriam utilizados para compensar os baixos preços oferecidos nas atividades concorrenciais. Esses subsídios podem levar a uma concorrência desleal nas atividades potencialmente competitivas, inviabilizando a entrada de novos agentes no mercado (Milgron & Roberts,1992).
47
U-1 Gás Natural. Regulação
Características econômicas dos serviços de utilidade pública
O setor de gás natural é caracterizado como um serviço de utilidade pública.
Segundo Farina et al. (1998), os serviços de utilidade pública possuem algumas características econômicas, dentre as quais: 
suas funções de custo apontam para a existência de monopólios naturais em alguma etapa da cadeia produtiva;
existe uma separação entre as atividades de geração e distribuição dos serviços; e
a provisão de serviços é normalmente caracterizada por uma estrutura de redes.
48
U-1 Gás Natural. Regulação
A aplicação eficiente dos recursos destinados à provisão dos serviços de utilidade pública deve considerar os ganhos nas relações de interdependência entre os investimentos de infraestrutura, de um lado, e o aumento da produtividade e renda real, do outro.
49
U-1 Gás Natural. Regulação
Segundo (Guasch & Spiller,1994; apud Farina et al. 1998), existem outras duas características que devem ser consideradas para se definir um arcabouço institucional eficiente:
os ativos necessários para a provisão de utilidades públicas são específicos e irrecuperáveis, em decorrência, sobretudo, da especificidade locacional; e
seus produtos (ou serviços) apresentam demanda generalizada (consumo praticamente universal) e pouco sensível às variações dos preços.
50
U-1 Gás Natural. Regulação
As cinco características listadas podem acarretar problemas transacionais, como, por exemplo, falhas de mercado, tendo como consequência a alocação ineficiente dos recursos. Para evitar tal situação, é necessário que se estabeleça um mecanismo de regulação.
51
U-1 Gás Natural. Regulação
Princípios e objetivos da regulação
Os agentes econômicos, sejam eles consumidores, trabalhadores ou as próprias empresas, são livres para tomar decisões.
Os consumidores decidem quanto vão gastar ou poupar;
As empresas decidem quanto vão produzir, por quanto vão pagar pelos insumos e por quanto vão vender os seus produtos.
Outro agente econômico essencial na economia é o governo, que por meio da regulação tem o poder de restringir as decisões dos agentes econômicos.
52
U-1 Gás Natural. Regulação
A intervenção estatal deve ocorrer quando não há uma alocação eficiente dos recursos, ou seja, eficiência alocativa e a eficiência produtiva. 
A primeira é obtida quando os preços de mercado de bens e serviços são equivalentes aos seus custos marginais de produção e qualquer desvio a esta situação gera uma perda de excedente do consumidor.
A segunda, classificada como estática, ocorre quando as empresas são levadas a escolher o processo produtivo de menor custo disponível. Pode ser dinâmica quando as organizações de um setor são levadas a buscar e adotar tecnologias mais avançadas, tal vez, envolvendo novos produtos (Farina et al.,1998).
53
U-1 Gás Natural. Regulação
Nos SUP como a indústria de gás natural, o exercício do poder de monopólio tem sido o caso de falha de mercado mais relevante. 
Numa situação extrema, em que uma única firma provê os bens e serviços, na presença de barreiras de entrada e na ausência de regulação, a única restrição sobre os preços que poderia ocorrer seria a disposição a pagar dos consumidores. 
A razão da intervenção estatal na indústria é corrigir estas falhas de mercado.
54
U-1 Gás Natural. Regulação
A regulação representa, portanto, uma limitação àliberdade de atuação dos agentes, principalmente quando esta, por si só, não garante nem o bem estar do consumidor nem a qualidade e a universalização dos serviços.
Existem dois padrões básicos de regulação: a regulação ativa e a regulação reativa. Em ambos os casos, o objetivo da atuação regulatória é a eficiência econômica. (Possas et. Al, 1997) 02/04/2015
55
U-1 Gás Natural. Regulação
Regulação ativa: 
A intervenção não induz a concorrência, mas consiste na sua substituição por mecanismos regulatórios (por exemplo, metas regulatórias). 
É normalmente exercida por agências reguladoras setoriais criadas pelo governo federal ou estadual, as quais devem estabelecer marcos regulatórios que incentivem a eficiência econômica da indústria.
56
U-1 Gás Natural. Regulação
Principais objetivos das agências reguladoras:
Organizar a entrada de novos operadores e promover a competição;
Zelar pela implementação de novos modos de organização industrial;
Defender e interpretar as regras, arbitrar conflitos entre agentes;
Incentivar: a eficiência, ude serviços, a proteção do meio ambiente, a inovação e estimular a distribuição dos ganhos de prso racional odutividade industrial com os consumidores;
Complementar o processo de regulamentação;
57
U-1 Gás Natural. Regulação
Principais objetivos das agências reguladoras:
(Continuação)
Zelar pelas condições de operação coordenada das redes;
Estimular investimentos para garantir fornecimento a longo prazo;
Marcos regulatórios: critérios de fixação e reajuste de preços; padrões de qualidade de prestação de serviço;
Garantir a universalização e o atendimento não discriminatório do consumidor; garantir a transparência das informações e padrões técnicos de prestação de serviço.
58
U-1 Gás Natural. Regulação
Para que a regulação seja eficiente, as agências reguladoras devem ser independentes.
Regulação reativa: é destinada à prevenção e repressão de condutas anticompetitivas, e visa o controle de qualquer conduta que possa gerar infrações de ordem econômica, seja o abuso de poder de mercado de um agente dominante ou atos de concentração (p.ex: fusões e aquisições).
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U-1 Gás Natural. Regulação
Ambiente regulatório: governança regulatória e incentivos de regulação.
Ambiente regulatório: de qualquer indústria abrange a estrutura de governança de regulação e os esquemas de incentivo de regulação.
A estrutura de governança de regulação abrange mecanismos que a sociedade utiliza para restringir o poder na atividade regulatória e resolver conflitos que surgem no exercício da atividade regulatória, ao passo que os incentivos de regulação são um instrumento de regulação ativa que pode abranger regras de preços, subsídio cruzado ou direto, entre outros exemplos.
60
U-1 Gás Natural. Regulação
Objetivos da governança regulatória
Criar mecanismos que garantam a apropriação do retorno pelas empresas privadas reguladas no médio e longo prazos. Essas garantias fazem com que o investimento privado em serviços de utilidade pública seja socialmente desejável. 
Restringir a capacidade de expropriação do governo, dadas as restrições administrativas e políticas de cada país, para evirar o aumento dos custos de todo tipo.
61
U-1 Gás Natural. Regulação
Estrutura de incentivos de regulação – principais instrumentos de regulação ativa
Os instrumentos de regulação ativa contemplam diversos regimes tarifários que são definidos pelas regras de fixação de preços das empresas reguladas e pela estrutura de produtos/serviços oferecidos.
O regime tarifário tem o papel de garantir a rentabilidade do investidor e a preservar o bem-estar do consumidor. A complexidade aumenta quando há um elevado grau de assimetria de informações entre as firmas reguladas e o agente regulador.
62
U-1 Gás Natural. Regulação
As modalidades de regime tarifários mais utilizadas são:
Tarifação pela taxa de retorno
Regulação pelo desempenho
Tarifação pelo preço máximo
63
U-1 Gás Natural. Regulação
Tarifação por taxa de retorno
A tarifação por taxa de retorno consiste na fixação de uma taxa de remuneração de capital investido, objetivando assegurar uma taxa de retorno justa pelo regulador.
A taxa de retorno é calculada por meio da formula a seguir:
Receita – Despesa – Depreciação = r x (Capital Investido)
Onde:
r: taxa de retorno estabelecida pelo regulador;
Capital Investido: total de investimentos em ativos não depreciados;
Receita: produto da quantidade de bens ou serviços vendidos pelo preço médio cobrado por estes;
Despesa: somatória de todos os custos fixos e operacionais diretamente relacionados à produção do bem ou prestação de serviço especifico da firma.
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U-1 Gás Natural. Regulação
Regulação pelo desempenho
Baseia-se na introdução de incentivos à maior eficiência pela eliminação de excessos de assimetria de informações quando há várias empresas reguladas. 
O desempenho das empresas reguladas seriam avaliados por meio de benchmarks das melhores práticas da indústria (produtividade, redução de custos, etc.).
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U-1 Gás Natural. Regulação
Tarifação pelo preço máximo
O ajuste dos preços e tarifas é feito sistematicamente de acordo com um índice de preços previamente estabelecido entre o regulador e o regulado. 
Deste este índice é deduzido um fator representativo dos ganhos de produtividade e acrescido outro fator, representando os custos sobre os quais a empresa não possui controle. Todos estes fatores são medidos para o mesmo intervalo de tempo pré-determinado para a mensuração do índice de preços.
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U-1 Gás Natural. Regulação
O Reajuste é então definido pela relação:
Reajuste = IP – X + Y
Onde:
IP é o índice de preços;
X: fator que representa o ganho de produtividade;
Y: fator indicativo dos custos sem controle.
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U-1 Gás Natural. Regulação
Regulação do acesso
A mesma define as condições de entrada e saída de uma firma em determinada indústria. Este mecanismo de regulação é tido como um dos principais instrumentos para a determinação da estrutura organizacional mais adequada para o desenvolvimento de um setor. 
Existem duas formas de apresentar essa metodologia de regulação: livre acesso regulado e livre acesso negociado.
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U-1 Gás Natural. Regulação
Regulação – controle de qualidade
Existem alguns efeitos negativos da regulação econômica. Se os incentivos não forem concedidos corretamente, existe possibilidade de perda de qualidade do bem ou serviço ofertado. 
O regulador, pode minimizar o aparecimento destas perdas por meio do estabelecimento de padrões de qualidade, tendo como principal objetivo a proteção dos direitos do consumidor.
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U-1 Gás Natural. Regulação
Indústria de gás natural, SUP, é exemplo de indústria de rede, caracterizada pela presença de diferentes atividades constituídas sob a forma de uma rede física, na qual a interconexão é essencial à operação e prestação do serviço.
Entre as diversas atividades desenvolvidas ao longo da cadeia produtiva, algumas são de natureza concorrenciais, enquanto outras são monopolísticas. 
Os ganhos de eficiência obtidos da integração destas atividades advêm principalmente das economias de escala e escopo e da diminuição dos custos de transação.
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U-1 Gás Natural. Regulação
A necessidade de grandes investimentos para a constituição de uma rede física, a escala econômica elevada e o relevante interesse para a sociedade (como todos os serviços de utilidade pública), levaram ao desenvolvimento destas indústrias em diversos países, sob a forma de monopólios públicos regionais verticalmente integrados.
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U-1 Gás Natural. Regulação
As atividades da cadeia produtiva de gás natural se dividem em: 
exploração e produção, 
transporte, 
comercialização e 
distribuição. 
A primeira e a terceira atividade são de natureza concorrencial, enquanto a segunda e a quarta são naturalmente monopolistas.
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U-1 Gás Natural. Regulação
Nas atividades de exploração, produção e comercialização, é possível introduzir diversos agentes, estimulando assim a competição entre eles na busca por clientes que consumam os seus serviços.
Já nas atividades de transportee distribuição, a introdução de pressões competitivas, por meio da inserção de novos agentes no mercado, pode não ser economicamente viável, devido à especificidade dos ativos que trazem elevados custos irrecuperáveis.
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U-1 Gás Natural. Regulação
Indústria de rede: possui atividades dependentes da utilização das redes de transporte e de distribuição. Características: 
necessidade de elevados investimentos, cuja grande parcela apresenta-se como projeto específico, revestindo-se, assim, de custos irrecuperáveis; 
presença de economias de escala, principalmente no transporte e na distribuição; 
existência de custos comuns e conjuntos que resultam em economias de escopo na provisão de múltiplos serviços; 
imprevisibilidade da demanda, o que obriga a manutenção de uma certa capacidade ociosa, que somada à existência de uma descontinuidade técnica na expansão, requer o crescimento da oferta à frente da demanda. 30/04/2015.
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U-1 Gás Natural. Regulação
Custos irrecuperáveis: são custos já realizados, de modo que têm pouca relevância no momento de se considerar se uma operação deve ou não continuar. 
O termo surgiu na indústria do petróleo, onde a decisão de abandonar um poço dependia da expectativa de ganhos futuros, e não dos custos passados.
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U-1 Gás Natural. Transferência
Exploração e Produção
A etapa de exploração do gás natural (Hidrocarbonetos em geral) consiste em localizar e avaliar a existência de bacias sedimentares portadoras de rochas ricas na acumulação de hidrocarbonetos, por meio de trabalhos de prospecção geólogo-geofísicos de todo tipo.
Depois, perfurar poços para comprovar a existência de hidrocarbonetos e nos casos positivos comprovar a viabilidade da extração destes recursos.
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U-1 Gás Natural. Transferência
Semelhante ao petróleo, o gás natural precisa ser tratado antes de sua comercialização. Assim que é retirado de uma jazida, passa por vasos depuradores para separação das partículas líquidas (água e hidrocarbonetos líquidos) e sólidas (pó e produtos de corrosão). Depois, o gás é transferido para as Unidades de Processamento do Gás Natural (UPGN) até estar pronto para a comercialização.
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U-1 Gás Natural. Transferência
Os produtores possuem altos custos fixos para começarem a operar, primeiro na obtenção dos direitos de perfuração e de tecnologia e depois na exploração e perfuração propriamente ditas. Apenas passando por todos esses processos o produtor começará a explorar o gás natural. Portanto, é mais viável economicamente para a firma produtora exercer as atividades de exploração e perfuração, devido à incerteza na busca pelo gás natural.
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U-1 Gás Natural. Transferência
A indústria de gás natural
A indústria de gás natural, assim como outros serviços de utilidade pública, é um exemplo de indústria de rede, que é caracterizada pela presença de diferentes atividades constituídas sob a forma de uma rede física, na qual a interconexão é essencial à operação e prestação do serviço.
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U-1 Gás Natural. Transferência
Entre as diversas atividades desenvolvidas ao longo da cadeia produtiva, algumas são de natureza concorrenciais, enquanto outras são monopolísticas. Os ganhos de eficiência obtidos da integração destas atividades advêm principalmente das economias de escala e escopo e da diminuição dos custos de transação.
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U-1 Gás Natural. Transferência
A necessidade de grandes investimentos para a constituição de uma rede física, a escala econômica elevada e o relevante interesse para a sociedade (como todos os serviços de utilidade pública), levaram ao desenvolvimento destas indústrias em diversos países, sob a forma de monopólios públicos regionais verticalmente integrados.
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U-1 Gás Natural. Transferência
Lei do Gás, Lei no 11.909, de 4 de março de 2009
Alguns termos e definições importantes dessa lei.
V - Carregador: agente que utilize ou pretenda utilizar o serviço de movimentação de gás natural em gasoduto de transporte, mediante autorização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis - ANP;
VI - Carregador Inicial: é aquele cuja contratação de capacidade de transporte tenha viabilizado ou contribuído para viabilizar a construção do gasoduto, no todo ou em parte;07/05/2015
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U-1 Gás Natural. Transferência
VIII - Comercialização de Gás Natural: atividade de compra e venda de gás natural, realizada por meio da celebração de contratos negociados entre as partes e registrados na ANP, ressalvado o disposto no § 2º do art. 25 da Constituição Federal;
IX - Consumo Próprio: volume de gás natural consumido exclusivamente nos processos de produção, coleta, transferência, estocagem e processamento do gás natural;
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U-1 Gás Natural. Transferência
X - Estocagem de Gás Natural: armazenamento de gás natural em reservatórios naturais ou artificiais;
XI - Acondicionamento de Gás Natural: confinamento de gás natural na forma gasosa, líquida ou sólida para o seu transporte ou consumo;
XII - Ponto de Entrega: ponto nos gasodutos de transporte no qual o gás natural é entregue pelo transportador ao carregador ou a quem este venha a indicar;
XIII - Ponto de Recebimento: ponto nos gasodutos de transporte no qual o gás natural é entregue ao transportador pelo carregador ou por quem este venha a indicar;
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U-1 Gás Natural. Transferência
XIV - Gás Natural ou Gás: todo hidrocarboneto que permaneça em estado gasoso nas condições atmosféricas normais, extraído diretamente a partir de reservatórios petrolíferos ou gaseíferos, cuja composição poderá conter gases úmidos, secos e residuais;
XV - Gás Natural Liquefeito - GNL: gás natural submetido a processo de liquefação para estocagem e transporte, passível de regaseificação em unidades próprias;
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U-1 Gás Natural. Transferência
XVI - Gás Natural Comprimido - GNC: todo gás natural processado e acondicionado para o transporte em ampolas ou cilindros à temperatura ambiente e a uma pressão que o mantenha em estado gasoso;
XVII - Gasoduto de Transferência: duto destinado à movimentação de gás natural, considerado de interesse específico e exclusivo de seu proprietário, iniciando e terminando em suas próprias instalações de produção, coleta, transferência, estocagem e processamento de gás natural;
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U-1 Gás Natural. Transferência
XVIII - Gasoduto de Transporte: gasoduto que realize movimentação de gás natural desde instalações de processamento, estocagem ou outros gasodutos de transporte até instalações de estocagem, outros gasodutos de transporte e pontos de entrega a concessionários estaduais de distribuição de gás natural, ressalvados os casos previstos nos incisos XVII e XIX do caput deste artigo, incluindo estações de compressão, de medição, de redução de pressão e de entrega, respeitando-se o disposto no § 2º do art. 25 da Constituição Federal;
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U-1 Gás Natural. Transferência
XIX - Gasoduto de Escoamento da Produção: dutos integrantes das instalações de produção, destinados à movimentação de gás natural desde os poços produtores até instalações de processamento e tratamento ou unidades de liquefação;
XX - Indústria do Gás Natural: conjunto de atividades econômicas relacionadas com exploração, desenvolvimento, produção, importação, exportação, processamento, tratamento, transporte, carregamento, estocagem, acondicionamento, liquefação, regaseificação, distribuição e comercialização de gás natural;
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U-1 Gás Natural. Transferência
XXI - Serviço de Transporte Extraordinário: modalidade de contratação de capacidade disponível, a qualquer tempo, e que contenha condição resolutiva, na hipótese de contratação da capacidade na modalidade firme;
XXII - Serviço de Transporte Firme: serviço de transporte no qual o transportador se obriga a programar e transportar o volume diário de gás natural solicitado pelo carregador até a capacidade contratada de transporte estabelecida no contrato com o carregador;
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U-1 Gás Natural. Transporte
TRANSPORTE
O transporte do gás natural consiste numa série de operações para disponibilizá-lo do produtor até os mercados consumidores. No estado gasoso, o transportedo gás natural é feito por meio de gasodutos de alta pressão, ou em casos muito específicos, em cilindros de alta pressão (como GNC - gás natural comprimido).
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U-1 Gás Natural. Transporte
No estado líquido (como GNL - gás natural liquefeito), pode ser transportado por meio de caminhões a -160ºC, e seu volume é reduzido em cerca de 600 vezes, facilitando o armazenamento.
O segmento de transporte é caracterizado pelo monopólio, visto os altos custos fixos da construção dos gasodutos. A maioria dos custos fixos é irrecuperável, pois não há usos alternativos para os gasodutos. Em compensação, os custos de operação são baixos, uma vez que os custos de movimentação do gás natural são mínimos.
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U-1 Gás Natural. Transporte
Criada em março de 1999, a Superintendência de Comercialização e Movimentação de Gás Natural tem, como principais objetivos, realizar estudos destinados a viabilizar a ampliação da participação do gás natural na matriz energética brasileira, gerir as atividades relacionadas com a importação, a exportação e a movimentação de gás natural e propor requisitos a serem atendidos pelos proponentes interessados em exercer estas atividades.
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U-1 Gás Natural. Transporte
A iniciativa se enquadra dentro de uma ampla reforma institucional iniciada em 1995 com a promulgação da Emenda Constitucional no 9, seguida pela Lei 9.478 aprovada em 1997, que estabelece os princípios e objetivos da Política Energética Nacional, cria o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE), e a Agência Nacional do Petróleo (ANP). 
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U-1 Gás Natural. Transporte
Em se tratando do aproveitamento do gás natural, além da preservação do meio ambiente, a missão do agente regulador inclui a proteção dos consumidores contra eventuais abusos que podem vir a ocorrer em um mercado caracterizado por estruturas naturais de monopólio e oligopólio, e, mais especificamente, o incremento, em bases econômicas, do uso do energético.
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U-1 Gás Natural. Transporte
Em 2001 a ANP declarava: “Historicamente, a utilização de gás natural no Brasil mostrou-se reduzida, sendo bastante recente e estando muito concentrada em alguns poucos estados e em determinados segmentos do setor industrial brasileiro. A transição entre o monopólio da Petrobras e um ambiente no qual vários agentes possam participar reveste-se, portanto, de enorme significado, ainda mais se se considerar que o mercado de gás natural se encontra ainda em formação e que este energético será responsável pelo fornecimento da energia primária para o Programa Prioritário de Termeletricidade (cuja finalidade básica é promover a expansão, no curto prazo, da capacidade instalada de geração de energia elétrica no país)”. 
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U-1 Gás Natural. Transporte
e continuava: “... duas características relevantes do gás natural – seu elevado custo de transporte e a existência de energéticos substitutos – fazem com que sua penetração no mercado seja, em geral, balizada pelo preço desses energéticos (normalmente, derivados de petróleo ou eletricidade) e pelos custos de sua cadeia de produção, transporte, distribuição e comercialização, os quais são relativamente rígidos em função do transporte.”
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U-1 Gás Natural. Transporte
Dentro desse contexto, tornou-se imprescindível organizar o ingresso dos novos participantes no mercado, definir regras, regulamentos e procedimentos, implementação, resolução de conflitos entre operadores, agentes, distribuidores e consumidores, e, estimular a inovação tecnológica e a competição entre os participantes, procurando sempre sinalizar os benefícios da utilização do gás natural e os obstáculos existentes para sua franca expansão na matriz energética nacional.
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U-1 Gás Natural. Transporte
Nas últimas duas décadas, a indústria de gás natural passou por uma série de transformações significativas. Primeiramente, ocorreram avanços tecnológicos significativos na transformação e no consumo de energia, com destaque para as tecnologias baseadas no consumo de gás natural (Viswanathan et alii., 2000). Consequentemente, os custos de substituição entre energéticos caíram, o que aumentou a flexibilidade dos sistemas energéticos em vários, abrindo margem para a existência de empresas que atuam em diversos serviços energéticos, independente da fonte primária de energia que utilizem – a empresas do tipo multisserviço (Finon, 1998).
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U-1 Gás Natural. Transporte
Lei do gás, Lei no 11.909, de 4 de março de 2009
Art. 3º A atividade de transporte de gás natural será exercida por sociedade ou consórcio cuja constituição seja regida pelas leis brasileiras, com sede e administração no País, por conta e risco do empreendedor, mediante os regimes de:
I - concessão, precedida de licitação; ou
II - autorização.
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U-1 Gás Natural. Transporte
§ 1º O regime de autorização de que trata o inciso II do caput deste artigo aplicar-se-á aos gasodutos de transporte que envolvam acordos internacionais, enquanto o regime de concessão aplicar-se-á a todos os gasodutos de transporte considerados de interesse geral.
§ 2º Caberá ao Ministério de Minas e Energia, ouvida a ANP, fixar o período de exclusividade que terão os carregadores iniciais para exploração da capacidade contratada dos novos gasodutos de transporte.
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U-1 Gás Natural. Transporte
Art. 7º O Ministério de Minas e Energia poderá determinar que a capacidade de um gasoduto seja superior àquela identificada na chamada pública, definindo os mecanismos econômicos para a viabilização do projeto, que poderão prever a utilização do instrumento de Parceria Público Privada, de que trata a Lei nº 11.079, de 30 de dezembro de 2004.
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U-1 Gás Natural. Transporte
Art. 8º Os gasodutos de transporte somente poderão movimentar gás natural que atenda às especificações estabelecidas pela ANP, salvo acordo firmado entre transportadores e carregadores, previamente aprovado pela ANP, que não imponha prejuízo aos demais usuários.
Art. 9º O transportador deverá permitir a interconexão de outras instalações de transporte e de transferência, nos termos da regulação estabelecida pela ANP, respeitadas as especificações do gás natural estabelecidas pela ANP e os direitos dos carregadores existentes.
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U-1 Gás Natural. Transporte
Art. 10. As concessões de transporte de gás natural contratadas a partir desta Lei deverão identificar os bens e instalações a serem considerados vinculados à sua exploração e terão prazo de duração de 30 (trinta) anos, contado da data de assinatura do imprescindível contrato, podendo ser prorrogado no máximo por igual período, nas condições estabelecidas no contrato de concessão.
Parágrafo único. As prorrogações referidas neste artigo deverão ser requeridas pelo concessionário, no prazo de até 12 (doze) meses anteriores à data final do respectivo contrato de concessão, devendo a ANP manifestar-se sobre o requerimento em até 3 (três) meses contados dessa data.
Art. 11. Caberá à ANP promover o processo de licitação para concessão da atividade de transporte de gás natural.
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U-1 Gás Natural. Transporte
Regulação da atividade de transporte
Segundo a Lei do Petróleo, as atividades de transporte de gás natural devem ser realizadas sob o regime de autorização, isto é, há necessidade de autorização prévia da ANP para a construção, a ampliação e a operação de instalações de transporte de gás natural no Brasil.
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U-1 Gás Natural. Transporte
Transporte.
É feito principalmente por gasodutos, ou envolvendo a etapa de compressão, ou na forma criogênica (gás natural liquefeito). A mais comum no Brasil é por tubulações, cujo diâmetro varia entre 8 e 22 polegadas, fabricadas nacionalmente por multinacionais ou fábricas locais. 
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U-1 Gás Natural. Transporte
De acordo com a ANP - Agência Nacional do Petróleo, o transporte de gás natural canalizado só pode ser realizado por empresas que não comercializam o produto, ou seja, que não podem comprar ou vender GN, com exceção dos volumes necessários ao consumo próprio. Desta forma, as transportadoras se responsabilizam exclusivamente pelos serviços de transporte atéos pontos de entrega.
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Transportadoras em Atividade
PETROBRÁS/TRANSPETRO 
Criada em outubro de 1953, através da Lei 2.004, a Petrobrás primeiramente teve o objetivo de executar as atividades do setor petróleo no Brasil em nome da União.
Ao longo de quatro décadas, tornou-se líder em distribuição de derivados no País, num mercado competitivo fora do monopólio da União, colocando-se entre as quinze maiores empresas petrolíferas na avaliação internacional. Em 12 de junho de 1998, foi criado a TRANSPETRO - Petrobrás Transporte S. A., que atua nas áreas de transporte marítimo, dutoviário e na operação de terminais de petróleo e derivados. 
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Entre as atividades previstas estão os serviços de transporte e armazenamento de combustíveis através de dutos, terminais e embarcações, bem como a construção e operação destas instalações. Na última década, a Petrobrás dobrou sua produção e em 2003 ultrapassou a marca de 2 milhões de barris de óleo e gás natural por dia. E deve continuar crescendo. 
Este crescimento possibilitou a criação da Gás&Energia, que atua no desenvolvimento de fontes alternativas de energia e investe em conservação de energia e energia renovável, como forma de agregar valor aos seus negócios. A principal destas fontes é o gás natural. 
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TBG Constituída em 18 de abril de 1997, a TBG - Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S/A é a responsável pela administração nacional do Gasoduto Bolívia-Brasil, o maior da América Latina, com 2.593 km de extensão em solo brasileiro e 557 km, na Bolívia. O principal objetivo é transportar o gás natural da Bolívia para os Estados do Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, beneficiando indiretamente Rio de Janeiro e Minas Gerais. A localização dos gasodutos com participação destas empresas se encontra no mapa da figura do próximo slide. 
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Estes gasodutos são os seguintes: (Malha RJ-MG-SP) REDUC-ESVOL O gasoduto REDUC-ESVOL, conhecido também como GASVOL, foi implementado para conduzir o gás natural de Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, ao gasoduto GASPAL (interliga Volta Redonda a São Paulo) e aos municípios de Japerí, Piraí e Volta Redonda. Operando desde 1986, a extensão completa do duto é de 95,2km, sendo capaz de transportar até 1.538.477.628m³ por ano. ESVOL-SÃO PAULO
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O gasoduto ESVOL-São Paulo entrou em atividade em 1988 para levar o gás natural da Bacia de Campos a diversas localidades situadas no trajeto entre Volta Redonda e Capuava, em São Paulo. O trecho completo possui 325,7km de extensão, possuindo pontos de entrega nos municípios de Barra Mansa, Resende, Lorena, Pindamonhangaba, Taubaté, São José dos Campos Guararema, Suzano, Cruzeiro, e Capuava. Operando com capacidade máxima, o duto pode transportar até 1.538.477.628m³ por ano.
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ESVOL-TEVOL Com apenas 5,5km de extensão, o gasoduto ESVOL-TEVOL entrou em operação em 1986 com a finalidade de transportar o gás natural do GASVOL ao mercado de Volta Redonda, no Rio de Janeiro, até São Paulo. Operando com capacidade máxima, o trecho pode transportar até 1.538.477.628m³ por ano. 
RPBC-Capuava O gasoduto RPBC-Capuava é o responsável pelo transporte de gás natural proveniente de Merluza, na Bacia de Santos, entre as cidades paulistas de Cubatão e Capuava. Operando desde 1993, o trecho de 37 km de extensão possui uma capacidade de 350.400.000m³ por ano. 
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RPBC-Comgás O gasoduto RPBC-Comgás começou suas atividades em 1993 com o objetivo de transportar o gás natural até o ponto de entrega da Comgás, na Baixada Santista. O trecho possui 1,5km de extensão e pode fornecer até 565.600.000m³ por ano. 
GASODUTO GASBOL O gasoduto Bolívia-Brasil (GASBOL) foi um importante passo para o campo industrial brasileiro, gerando um aumento considerável de oferta de gás natural no país.
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Operado pela Transportadora Brasileira Gasoduto Bolívia-Brasil S/A - TBG, este gasoduto, como acima mencionado, tem 2593 km de extensão em território nacional e 557 km na Bolívia, e custo total aproximado de US$ 2 bilhões. A rede de dutos atravessa os estados de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul e beneficia indiretamente Rio de Janeiro e Minas Gerais, totalizando a travessia de 135 municípios brasileiros. 
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Em 1998, a participação do gás natural na economia brasileira era de apenas 3%. Mas o objetivo final era aumentar o uso do combustível para 10%, em 2005, e 12%, em 2010. 
A meta era que o gasoduto Bolívia-Brasil opera-se com capacidade máxima, em 2007, gerando diariamente 30 milhões de m³, metade da necessidade nacional. O resultado possibilitaria a implantação de novas usinas termelétricas em diversas localidades. Somente o Estado de São Paulo absorve metade da capacidade total do gasoduto. O contrato com a Bolívia é de 20 anos, renovável.
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No caso de São Paulo, a distribuição esta em mãos de três empresas privadas: Comgás, Gás Brasiliano e Gás Natural.
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CONTROLES
O Ministério das Minas e Energia através do DNPM Departamento Nacional de Produção Mineral e a Agência Nacional do Petróleo, efetuam a regulamentação e controle da produção e beneficiamento, distribuição e comercialização do gás natural no Brasil.
Estes controles se efetivam através de diretivas e fiscalizações periódicas às empresas que extraem, transportam, beneficiam e comercializam o gás natural no Brasil.
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