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trabalho neoplasias

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FARON – FACULDADE MARECHAL RONDON
MEDICINA VETERINARIA 6º PERIODO
FRANCIELLY SILVA ETIENE
INFLAMAÇÃO AGUDA, INFLAMAÇÃO CRÔNICA, NEOPLASIAS
VILHENA – RO
2021
1 – MECANISMOS ENVOLVIDOS NA INFLAMAÇÃO AGUDA
Os processos de inflamação aguda são pertencentes a quatro classes, são elas: inflamação serosa, inflamação fibrinosa, inflamação purulenta e úlceras.
Inflamação serosa: Decorre dos fluidos de plasma ou secreção das células mesenteliais do peritônio, pleura e cavidades pericárdicas.
Inflamação fibrinosa: é resultante do aumento da permeabilidade vascular, onde grandes moléculas como o fibrogenio, atravessam a barreira vascular e a fibrina formada atraves desse processo é depositada no meio extracelular. O surgimento do exsudato fibrinoso ocorre quando há um grande vazamento vascular ou atraves de um estimulo pró-coagulante no interstício. 
O exsudato fibrinoso é consequência da inflamação na superfície das cavidades do corpo, como por exemplo, meninges, pericárdio e pleura. Geralmente na histologia as fibrinas são identificadas como uma rede eicosanofílica ou um coágulo amorfo. Esses exsudatos podem ser removidos através da fibrinólise ou ingeridos pelos macrófagos.
Inflamação purulenta: é notória uma grande produção de pus, estes são constituídos por neutrófilos, células necróticas, fluidos, edema, e bactérias piogênicas. Podemos citar como exemplo a apendicite aguda, onde o abscesso é formado em tecidos que sofreram uma inflamação purulenta.
Úlceras: são ocasionadas por um local danificado ou o extravasamento da superfície de um órgão ou tecido, são produzidos através de uma exposição de um tecido necrótico inflamatório. É corriqueiramente encontrada em uma necrose inflamatória da mucosa da boca, estômago, intestino ou trato gastrointestinal.
Após uma inflamação aguda pode acontecer à neutralização espontânea dos mediadores químicos, pois quando a permeabilidade vascular volta ao normal, há o término da infiltração de leucócitos, morte dos neutrófilos, remoção dos fluídos de edema, leucócitos e substâncias necróticas do local afetado. É normal acontecer uma fibrose após a destruição substancial do tecido, quando se envolve um tecido que esta incapaz de se regenerar, ou seja, o tecido que está destruído é recomposto pelo processo de fibrose.
2 – MECANISMOS ENVOLVIDOS NA INFLAMAÇÃO CRÔNICA
A inflamação crônica é precedida de uma fase aguda em que não há cura, é possível identificar algumas alterações que são marcas na inflamação crônica, devido a presença de lesões persistentes, como a angiogênese e a fibrose. 
Ao contrario da inflamação aguda, a inflamação crônica é caracterizada por uma junção de alterações: infiltração de células mononucleares, macrófagos, linfócitos e plasmócitos; destruição tecidual, induzida pelos produtos das células inflamatórias; reparo, envolvendo a proliferação de novos vasos (angiogênese) e fibrose.
A inflamação crônica é caracterizada através da ativação imune persistente com a presença dominante de macrófagos no tecido lesionado. Os macrófagos liberam mediadores que acabam prejudicando em longo prazo o agente causador da inflamação e o tecido da pessoa, ou seja, ela destrói os tecidos. Os processos inflamatórios mais conhecidos são artrite, asma, processos alérgicos, alguns tipos de câncer, doenças cardiovasculares, síndromes intestinais e diabetes.
3 – DIFERENÇA ENTRE NEOPLASIA, TUMOR E CÂNCER
Neoplasias: Agrega todas as situações onde há um crescimento exagerado de um tecido, acometida através de uma proliferação incorreta das células, podendo ser maligna ou benigna. As células normais presentes no corpo estão em constante multiplicação, e cada tecido possui um tempo adequado para essa produção, porem algum estimulo pode provocar mudanças em seu DNA o que provoca defeitos nesse processo.
Tumor: O tumor é um termo utilizado para identificar a existência de uma massa que não condiz com a estrutura do organismo, podendo surgir em qualquer parte do corpo. Geralmente é usado para situações em que o tumor é benigno, esses não costumam representar um risco de vida, e são reversíveis quando o estimulo que o ocasionou é removido. Possuem duas classificações:
	- Hiperplasia: é caracterizado pelo aumento localizado e limitado de células de um tecido ou órgão.
	- Metaplasia: é notória a proliferação localizada e limitada, porem são diferentes das do tecido original, tem a função de tentar reparar o tecido lesionado, como por exemplo, o tecido dos brônquios em caso de fumantes e do esôfago em portadores de refluxo.
Câncer: É o termo utilizado para um tumor maligno, ocorre quando há um crescimento desordenado das células do tecido afetado, geralmente é agressivo, incontrolável e rápido. Isso ocorre devido a multiplicação das células de um câncer não acontecer em um ritmo natural e persistindo mesmo após a retirada dos estímulos causadores. São classificados em 2 estágios:
	- Carconima in situ: é o primeiro estagio do câncer, ainda esta localizada na camada de tecido onde se desenvolveram e não invadiu camadas mais profundas.
	- Câncer invasivo: ocorre quando as células atingem outras camadas dos tecidos, podendo acometer órgãos vizinhos ou se disseminar na corrente sanguínea e/ou linfática.
4 – COMPOSIÇÃO E NOMENCLATURA
São originadas em estágio epitelial, mesenquimal ou embrionária. Podendo ser maligno ou benigno.
Quando a neoplasia é epitelial ou mesenquimal benigna é utilizada acrescida do sufixo “oma”.
Exceções: Geralmente é utilizado os termos hepatoma, linfoma e melanoma, mesmo com a terminação de sufixo de neoplasias benignas, essas designações são para neoplasias malignas.
Quando a neoplasia epitelial for maligna, é utilizado o sufixo Carcinoma, quando é de origem mesenquimal é utilizado o sufixo Sarcoma.
Quando há a presença de neoplasias epiteliais e mesenquimais, é chamado de Tumor Misto.
As neoplasias embrionárias são classificadas em Teratomas (são neoplasias originadas de três folhetos embrionários – endo, meso e ectoderma -), Mixomas (neoplasias de tecidos mixomatoso – indiferenciados quando comparados com o tecido germinativo embrionário) e Blastomas.
Conforme o grau de diferenciação as neoplasias podem receber os adjetivos Bem diferenciados, Indiferenciado ou Anaplásico. E morfologicamente falando, recebem vários outros nomes como cístico, papilar, sólido, cirroso e ductular.
É comum encontrar as seguintes exceções, Harmatomas (ocorre quando os erros locais em que há o crescimento um dos tecidos se desenvolvem mais que o devido). Coristomas (são eros locais congênitos do desenvolvimento em que um tecido aparentemente normal se desenvolve heterotopicamente).
5 – INICIO DE UMA NEOPLASIA
	Inicia-se quando as células de algum órgão ou tecido começam a crescer sem controle, sendo diferente do crescimento celular normal. Elas não morrem, continuam crescendo e formando novas células anômalas e podem invadir outros tecidos.
6 – DIFERENÇA ENTRE MALIGNO E BENIGNO
Maligno: São agressivos e possuem a capacidade de invadir outros órgãos, possuem crescimento descontrolado através de uma alteração genética. 
Benigno: É constituído por células semelhantes as que os originou e não provocam metástase. Elas são controladas pelos conhecidos oncógenes, são responsáveis pela ativação que regula o crescimento e a morte das células, podem ser totalmente removidas e o paciente curado através de processo cirúrgico.

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