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1 Déborah Anny 5° período DISTÚRBIO EMOCIONAIS COMPORTAMENTO RELACIONAMENTO SOCIAL PROFISSIONAL Demências É uma condição adquirida que leva a um decréscimo no nível cognitivo e comprometimento das funções sociais e funcionais O maior fator de risco para demências é a IDADE AVANÇADA Córtex cerebral Tendo alterações corticais: Ou seja não fica restrito a memória, mas também pode afetar parte de motricidade tardiamente. Cognição Sua relação está direta com: está consciente, saber, pensar, aprender e julgar, que é formado através: • MEMÓRIA: armazenar e resgatar informações; o Memória recente = memória anterógrada (atual,hoje) o Memória a longo prazo = memória retrograda (vai ficar ao longo dos anos) • GNOSIAS: reconhecer objetos familiares; • PRAXIAS: como fazer determinada tarefa (tipos: marcha, escovar dentes) • LINGUAGEM: capacidade de comunicação (compreender e responder). No caso de qualquer defeito de cognição e necessário fazer testes que comprove isso, como: MEEM (mini exame estado mental) que pode está avaliando todas essas capacidades de planejar e executar uma ideia. Definição: Geralmente se trata de uma comprometimento da memória e uma ou mais áreas da cognição (Afasia, Agnosia, Apraxia e Disfunção executiva) que causa prejuízo social ou ocupacional. O quadro ser trata de um paciente vai ter o desenvolvimento normal (ter uma vida, toda completamente normal – não vai nascer com nenhum comprometimento prévio), mas em algum momento da vida adulta (3° idade) desenvolve demência de forma idiopática. Se liga! A perda de memória isolada não caracteriza demência. Ex.: paciente lembra do esquecimento, podendo ser transtorno de ansiedade ou falta de atenção Classificação etiológica 1. Demências primárias (degenerativas): Não teve algo que predispõe ,“já é a doença” – não interessa a intervenção, a doença vai progredir. • Doença de Alzheimer(DA) • Demência com corpúsculo de Lewy (DCL) • Demência frontotemporal (DFT) PERDAS COGNITIVAS ADQUIRIDAS ALTERAÇÃOES DA ATIVIDADE DA VIDA DIÁRIA MEMÓRIA 2 Déborah Anny 5° período - HEPATITES - AVC (pedir RNM de crânio) 2. Demências Secundárias (Não degenerativas) Tem uma causa para investigar. De característica mais agudas ou sub-agudas que leva ou ressalta em uma demência. “pode estabilizar e melhorar ou não sequelas”. • Demência Vascular (DV) • Neoplasias intracranianas • Doenças carenciais • Doenças infecciosas • Hematoma subdural crônico. Importante Para causas secundárias sempre investigar: - B12 - VDRL - HIV Classificação clínica: DEMÊNCIAS DEGENERATIVA Alzheimer Parkinson, AIDS, doença de Hushington Topografia Cortical Subcortical Características Amnésia, afasia, agnosia, apraxia Menos alterações de memorias, perda de atenção, lentificação de raciocínio... Se liga! Doença de Parkinson começa na Substância negra que degenera áreas ao redor até perder a conexão com o córtex – que é quando vai começa o quadro demencial Evolução da demência: ENVELHECIMENTO NORMAL: - Possui redução cognitiva leve ► Perde-se neurônios ao longo da vida e o córtex tende a atrofiar (atrofia fisiológica) TRANSTORNO COGNITIVO LEVE OU COMPROMETIMENTO COGNITIVO LEVE: - Apresenta: ✓ Queixa em relação a memória ✓ Alteração objetiva da memória ✓ Função cognitiva geral normal ✓ Atividades diárias preservadas ✓ Não preenche critérios para demência (porque além da queixa de perda de memória tem que existir a função cognitiva AFETADA. - Há 50% de evoluir para um quadro demencial. - Usam os mesmos medicamentos de Alzheimer e aparentemente com alguma melhora. - Não está relacionado com situações externas, que envolvam ansiedades e emoções. DEMÊNCIA: - Apresenta, principalmente: ✓ Atividades diárias prejudicadas Doença de Alzheimer É a causa mais comum de demência Geralmente acomete adultos dos a partir dos 65 anos de idade de forma idiopática e raramente antes dessa idade (doença de Alzheimer pré-senil) podendo ser de causa genética. Por se tratar de uma degeneração generalizada do córtex cerebral, que compromete: ✓ Intelecto ✓ Memória ✓ Raciocínio ✓ Aprendizado ✓ Comunicação ✓ Execução de tarefas 3 Déborah Anny 5° período Há perda de neurônio no: ✓ Hipocampo (memória) – primeiramente perca de memoria RECENTE. ✓ Lobos: frontal, parietal e temporal ✓ Sistema Límbico: influencia os instintos, impulsos e emoções ✓ Núcleo basal de Meynert (rica em neurotransmissor - acetilcolina) Perda/ ganho de neurotransmissores associada ao mal de Alzheimer: 1. Acetilcolina ↓ (atenção – aprendizado – memória) 2. Serotonina ↓ (humor – ansiedade) 3. ↑Glutamato (aprendizado e memória de longo prazo) – quando aumentado pode ser toxico para o córtex. 4. Dopamina ↓ (movimentos Físicos) – a falta pode causar rigidez (que pode ser confundido com Parkison) ou seja, a evolução do Alzheimer pode gerar alterações de movimento tardiamente. Epidemiologia • Idade é o maior fator de risco • Após 65 anos a prevalência dobra a cada 5 anos de idade Patogenia • Alterações na função de 2 proteínas: o Proteína beta amiloide o Proteína Tau Elas começam a causar degeneração cortical formando: • Marcadores histológicos: o Placas senis: (lesões fora da célula/extracelulares) que estão relacionada com as anormalidade com as proteínas beta amiloide → ela começa se junta, formando essas placas que são danosas para o córtex. o Lesões intra-neuronais (dentro do neurônio) que está relacionada com a proteína Tau → que também se agrega, formando os novelos neurofibrilatico. Se liga Isoladamente, exame de imagem não fecha diagnostico. Genética 10% dos paciente com DA têm o inicio da doença pré-senil (< 65anos). Destes, 40% apresentam um padrão de herança famíliar do tipo autossômica dominante (5% dos casos seria familiar) • Mutações localizadas nos cromossomos 21, 14 e 1 4 Déborah Anny 5° período Fatores de risco 1) IDADE: (quanto mais velho, maior a chance) 2) SEXO FEMININO: (mulheres são mais longevas) 3) GENÉTICO: (portadores do alelo E4 apresentam maior risco, principalmente numa forma pré-senil) 4) Escolaridade baixa - Esses indivíduos apresentam menor reserva cerebral, isto é < quantidade de sinapses para exercerem menos atividade intelectual (é controverso) 5) Doença Vascular 6) Traumatismos cranianos 7) Síndrome de Down 8) História familiar de DA 9) HAS 10) Hipercolesterolemia 11) Diabetes 12) Depressão OBS.: A maioria dos casos de DA é esporádica Quadro clínico ▪ Fase inicial: 2 a 3 anos ▪ Fase intermediária: 2 a 8 anos ▪ Fase avançada: 8 a 12 anos ALTERAÇÕES COGNITIVAS: ✓ Alteração da MEMÓRIA* principalmente a recente seja ela visual ou verbal (87%) - Tende a ser o 1º sintoma a se manifestar ✓ Déficits de LINGUAGEM (72%): anomia/ disnomia, afasia/ disfasia ✓ Déficits VISUOESPACIAIS (44%) - Não sabem mais se localizar ✓ Déficits de ATENÇÃO (49%) ✓ Disfunção EXECUTIVA - Não conseguem mais executar atividades que eram diárias ALTERAÇÃO DO COMPORTAMENTO (90%): ► Síndrome de Kluver-Bucy – hipoeroralidade (hiperfagia e tendência compulsiva de levar objetos a boca). Hipermetamorfose (compulsão para examinar os objetos de um ambiente novo). Hipersexualidade. ► Síndrome de Othelo: ciúme patológico. ► Síndrome de Godot: ansiedade antecipatória patológica diante de eventos / compromissos futuros. (acontece muito só no inicio) ► Síndrome do espelho: não reconhece sua própria imagem refletida no espelho. ► Delírio de pobreza ► Crença que a casa onde vive não sua ► Hospedes fantasmas – não é alucinação, tara-se de uma memoria antiga,tratada como se fosse real e atual. ► Delírio de roubo ► Delírio de abandono Diagnostico • Clínico • História clínica detalhada • Exame físico geral e neurológico • Avaliação do estado mental (MEEM) • Avalição neuropsicológica → muito importante para TRANS. COGNI. LEVE. EXAMES COMPLETARES: • TC • RNM* além de afastar outras causas, pode encontrar para pacientes com Alzheimer redução de volume. • EEG • SPECT • Função tireoidiana (TSH e T4 livre), • Função renal (UREIA /CREATININA), • Função hepática (TGO/TGP), • Glicemia, • Hemograma, • Dosagem de vitamina B12, • Ácido fólico, • HIV, • VDRL, • Lipidograma. 4 “As” AMNÉSIA AFASIA APRAXIA AGNOSIA Esses exames serão usados para descartar outras causas, NÃO PARA DEFINIR DIAGNOSTICO DE ALZHEIMER. 5 Déborah Anny 5° período Quando avaliar o LCR nas demências? Líquido cefalorraquidiano (LCR) - EM QUADROS AGUDOS DE DEMÊNCIA ✓ Neurossífilis; ✓ Neurocisticercose; ✓ Neuro- Aids (complexo demência – Aids) ✓ Meningoencefalite herpética ✓ Meningites crônicas ✓ Doença de Creutzfeldt-Jakob (doença da vaca louca) ✓ Paraneoplásicas e linfoproliferativas ✓ Demência de doença inflamatórias e auto- imunes ✓ Hidrocefalia de pressão normal (HPN) o Tríade: ▪ Taxia; ▪ Incontinência urinaria; ▪ Def. cognitivo. HPN é facilmente confundido com Alzheimer, mas sendo diferenciado pela tríade. Diagnostico: ✓ RNM de crânio (vai mostrar uma hidrocefalia - ↑ventrículo) ✓ Tap-teste (através de MEEM e o teste de macha o paciente vai pontuar, gravar e cronometra o desenvolvimento do paciente / é programado após a retirada do Liquor / 24h depois repete os teste e casos melhora, é comprovado que o paciente vai se beneficiar da cirurgia). Tratamento para Alzheimer ▪ Serve para lentificar a progressão da doença ▪ NÃO MELHORA SINTOMAS ▪ NÃO PARA PROGRESSÃO ▪ Diagnostico precoce promove melhore condições de estilo de vida. (através da redução da velocidade de progressão da doença). MEDICAMENTOSO: ▪ Rivastigmine, Galantamina, Donapezila FUNÇÃO: bloquear a ação da enzima acetilcolinesterase, que decompõe acetilcolina (a falta de acetilcolina está relacionada com os sintomas da doença de Alzheimer). ▪ Memantina FUNÇÃO: diminuir o nível de glutamato Método farmacológico: combinação e de 1 inibidor de acetilcolinesterase (nunca 2 inibidores) + antiglutamatergico. Método não farmacológico: ▪ terapia de orientação ▪ fisioterapia ▪ fonologia ▪ terapia ocupacional ▪ reabilitação cognitiva ▪ visitas ▪ lugares públicos ▪ multiprofissional ▪ paciência, amor e carinho Demência Vascular • 2ª causa mais comum de demência • Início mais precoce que DA • Pode coexistir com a DA = Demência Mista - Quando DA tem uma piora significativa, faz-se o exame de imagem (RNM) em busca de lesão anatômica (AVC) / porque a lesão vascular contribui para a gravidade de DA. • O desenvolvimento de DV pode se desenvolver secundariamente a um AVC como sequela vascular. FATORES DE RISCO: *Que são os mesmo para o desenvolvimento de um AVC ✓ Idade ✓ Aterosclerose/ hipercolesterolemia ✓ Hipertensão arterial ✓ Tabagismo ✓ DM ✓ Patologias Cardíacas ✓ Etilismo ✓ Obesidade 6 Déborah Anny 5° período DEMÊNCIAS SECUNDÁRIAS Á DIFERENTES AGRAVOS AO CÉREBRO: 1- infarto único; 2- infarto lacunares; 3- múltiplos infartos; 4- infarto fronteiriços ou divisões de água; 5- encefalopatias arteriosclerótica subcortical. Importante *O desenvolvimento de demências pós AVC não vai ter relação com a extensão da lesão, mas a localização vascular. Infartos pequenos (mínimos) podem levar a demência vascular se atingir áreas especificas como: giro angular esquerdo, tálamo, núcleo caudado. Tratamento de DV CONTROLE DOS FATORES DE RISCO • Anti-hipertensivos • Hipoglicemiantes • Sinvastatinas • Anti- agregantes plaquetários • Inibidores da colinesterase Tem certa melhora na cognição. Diferente da DA ela não é degenerativa fica com uma sequela e pode melhorar a sequela com os medicamentos. Demência frontotemporal (DFT) • Doença pré-senil= pacientes jovens • Maior parte entre os 45 – 60 anos • Atrofia do lobo frontal e temporal • Poupa lobo parietal e occipital • A DFT inclui 4 subtipos: o Doença de Pick* o Degeneração dos lobos frontais o Demência semântica o DFT associada ao comprometimento do neurônio motor (ELA) • Distúrbio comportamental e de personalidade importantes, sem muita alteração de memória. Doença de Pick: Doença degenerativa que afeta os lobos: • Lobos frontal: muito importante para comportamento • Lobos temporal: afeta a linguagem Sintomas: • Alterações da personalidade • Deterioração das habilidades sociais • Embotamento emocional • Desinibição comportamental (perde a vergonha para tudo) • Anormalidade da linguagem Se liga! Memória, apraxia e outros aspectos de demência em geral ocorrem mais tarde no curso da doença. Tratamento de Pick SINTOMÁTICOS Demência por corpos de Lewy • 3ª causa de demência • Mais comum em idosos • Prevalência: sexo masculino • Evolução mais rápida do que DA • Tríade: ▪ Parkinsonismo, ▪ Alucinações (são visuais, claras, detalhados...) ▪ Flutuantes dos déficits cognitivos ▪ Quedas repetidas ▪ Sincope ▪ Sensibilidade a NEUROLÉPTICOS Importante Esse medicamento é usado p/ tratar alucinações, mas nesse caso não pode ser usado porque agrava parkinsonismo sem melhora dos sintomas psicóticos. Tratamento de Lewy Inibidores da acetilcolinesterase • Só vai tratar o quadro demencial (cognição) 7 Déborah Anny 5° período Doença de Parkinson • Doença neurodegenerativa com redução de neurônios dopaminérgicos SINTOMAS: o Tremor de repouso o Rigidez o Bradicinesia o Instabilidade postural • Incidência: 50 a 60 anos / > homens • Demência instala-se em fases mais tardias da doença (25-30% dos casos). Tratamento de Parkinson Inibidores da colinesterase (ex: Rivastigmine) Doença relacionada com o álcool • A bebida em excesso e prologada pode conduzir uma forma de demência. O consumo excessivo de bebidas alcoólicas também pode causar a síndrome de Korsakoff , que não é uma forma de demência.
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