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A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DO AUTISMO

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A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DO AUTISMO
									ANA MARIA
					 PROFESSOR ORIENTADOR
						 INESP
 PEDAGOGIA
 A IMPORTÂNCIA DO DIAGNÓSTICO PRECOCE DO AUTISMO
RESUMO
Este estudo pretende discorrer sobre a importância do diagnóstico do autismo para intervenções precoces. O tratamento precisa ser feito logo que o diagnóstico seja estabelecido, para que dessa forma, pais, profissionais da saúde e da educação possam juntos, planejar intervenções que melhorem a qualidade de vida e que haja inclusão de fato da criança na sociedade e na escola. A pesquisa tem como objetivo geral demonstrar a importância do diagnóstico precoce do autismo. A pesquisa mostrou, que há formas de estabelecer o diagnóstico antes mesmo dos dois anos de idade, além disso, demonstrar que há meios de amenizar os impactos causados tanto na criança como nos familiares, através de acompanhamento psicológico e terapêutico. Nesse sentido, a família e os demais profissionais precisam estar em constante sintonia, procurando ter em vista o objetivo principal, que é a aprendizagem e desenvolvimento da criança autista.
Palavras-chave: Autismo. Diagnóstico precoce. Intervenções.
1. INTRODUÇÃO
Cada vez mais tem se falado sobre o Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), acompanhado a crescente casos diagnosticados, o transtorno faz parte de um amplo grupo de alterações do desenvolvimento neuronal conhecido como desordem do desenvolvimento difuso, que ocorrem principalmente na infância.
A origem do autismo continua desconhecida, acredita-se que seja uma desordem multifatorial, que possui influência por fatores imunológicos, ambientais, genéticos e neurológicos.
Porém, estudos recentes têm apontado que o consumo exagerado de agrotóxicos possui uma ligação com a alta taxa de nascimentos de crianças com autismo no mundo. Souza (2017) aborda os agrotóxicos como um dos principais responsáveis pelas consequências crônicas, afetação da saúde mental e o autismo por exemplo. 
O autor aponta o Brasil, como maior consumidor e produtor de agrotóxicos, dos países em desenvolvimento, e por esse motivo, pode ser uma das causas do crescimento do número de autistas no Brasil.
	Canut et. al. (2014) retrata que a prevalência estimada atualmente é de 4 a 13 em 10000, sendo em sua maioria, pessoas do sexo masculino. A melhor opção trata-se do imediato início do tratamento, pois, o mesmo é mais efetivo caso seja iniciado antes da criança completar os 3 anos de idade, levando em conta, que os sintomas podem se manifestar logo na fase da amamentação, quando o bebê não consegue manter o contato visual com a mãe.
	De acordo com a Revista Autismo (2019) o governo dos Estados Unidos divulgou em abril de 2018, o número de prevalência do Centro de Controle de Doenças e Prevenção, o CDC - Centers for Disease Control and Prevention, 1 para cada 59 crianças, o número anterior era 1 para cada 58, dados referentes a 2012 e divulgados em 2016, houve um aumento de 15%. 
Fonte: Revista autismo – dados: CDC – Centers for Disease Control and Prevention. 
Este estudo pretende abordar sobre o diagnóstico do autismo e suas especificidades, tendo como foco principal, a importância do diagnóstico precoce do Transtorno do Espectro do Autismo, um assunto que precisa ser abordado pois muitos pais e profissionais da educação têm dúvidas em relação aos sintomas e como podem proceder após o diagnóstico concreto. 
O método utilizado para este artigo, é o método quantitativo, baseado em autores como Zanon, Bosa, Schwartzman, entre outros. Baseado também em relatos de casos sobre o tema, artigos de periódicos, teses e dissertações e pesquisas bibliográficas.
[...] desenvolvida com base em material já elaborado, constituído principalmente de livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho dessa natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. (GIL, 1987, p. 44)
	As informações aqui retratadas também levarão em conta, os critérios clínicos estabelecidos pelo Manual diagnóstico e Estatístico de doenças mentais IV (DSM-IV), mostrando também o grau do distúrbio que a criança se encontra e assim, poder identificar e determinar diferentes abordagens terapêuticas. Na primeira seção, será retratado o conceito e histórico do autismo, na segunda seção, as características e diagnóstico do transtorno, em seguida, os resultados e discussões, e por fim, a conclusão do artigo.
1 ESPECIFICIDADES E HISTÓRICO DO AUTISMO
O autismo é um distúrbio neurológico que possui como característica os prejuízos causados na comunicação, comportamento e interação social. A criança autista possui repertório restrito de interesses e atividades, e apresenta padrões de comportamentos repetitivos (KLIN, 2006). 
Pode ser percebido logo entre os 4 e 8 meses de vida, através do desenvolvimento da motricidade e da fala, porém, o diagnóstico leva em consideração a presença de sintomas que surgiram antes dos três anos de idade, a intervenção precoce, é de extrema importância e fundamental para o desenvolvimento da criança autista, por esse motivo, deve ser realizado o mais rápido possível. De acordo com Gomes (2015) o diagnóstico do autismo precisa ser através de laudo médico, feito a partir de observações da criança, entrevistas com os familiares e uso de equipamentos específicos. 
Tamanaha, Perissinoto e Chiari (2008) apresentam pesquisas que apontam que a causa do autismo esteja ligada a alteração neuroanatômica. No período pré-natal, durante a gravidez, o bebê autista passa por uma alta taxa de testosterona, ou seja, acaba por possuir um modelo neuroanatômico masculino. Diferente das mulheres, que respondem emocionalmente as demandas de situações e pessoas, os homens respondem a essas demandas de maneira analítica e sistemática, uma das características do autista. 
A incidência do número de autistas do sexo masculino é quatro vezes maior do que do sexo feminino. O número de pessoas diagnosticadas também é crescente, isso pode ser explicado pelo fato das melhorias nos serviços de saúde relacionados ao transtorno, que facilitam o diagnóstico. (ZANON, et. al. 2014) 
Tamanaha, Perissinoto e Chiari (2008) ressaltam que os conceitos de autismo eram vistos sob diversos pontos de vista, os pesquisadores buscavam fazer a distinção da terminologia do autismo, esquizofrenia e psicose infantil.
Segundo Gauderer (1993) em 1906 Plouller, incluiu o termo Autismo na literatura psiquiátrica, nessa época ele estudava o pensamento de seus pacientes, que tinham como diagnóstico a demência precoce.
Anos depois, em 1911, de acordo com Stelzer (2010) Eugen Bleuler, um psiquiatra suíço, surgiu com um a proposta de mudança do conceito de demência precoce, utilizada por Kraepelin e outros, para esquizofrenia. Em seu estudo, mostrava sinais dessa condição, fuga da realidade e da vida interior.
 Após isso, em 1943, são apresentados estudos de Kanner, um psiquiatra infantil que pesquisou um grupo de crianças com características comuns, sendo a mais notável, a incapacidade de se relacionar com outras pessoas. (GAUDERER,1993)
 Stelzer (2010) relata que Kanner realizou um estudo com onze crianças, oito meninos e três meninas, ambas eram fisicamente descritas como crianças normais. Ele notou que elas tinham atrasos na fala e na linguagem, seguido de comportamentos repetitivos, e alteração no desenvolvimento cognitivo. 
O autor diz que Kanner descrevia que as crianças autistas procuravam manter o mundo externo distante, ele tinha impressão tirando como base fatores diferentes, como por exemplo, recusa na alimentação nos primeiros meses de vida, fato que intrigou o psiquiatra pois a comida é a primeira intrusão do mundo externo na vida do ser humano.
Gauderer (1993) diz que Kanner passou a falar em autismo primário e secundário, ou seja, o que ocorre desde o nascimento, e o que se manifesta com o passar dos anos, respectivamente, o distúrbio passou a ser chamado de síndrome de Kanner,em sua homenagem.
Hans Asperger em 1944, desconhecendo a pesquisa de Kanner, descreveu o comportamento e expôs o quadro clínico de quatro crianças, ambas com dificuldade de interação, porém, destacou também que elas possuíam muitas habilidades intelectuais, preservadas. (KLIN, 2006)
Rodrigues (2011) relata que Kanner em 1956, continuou a considerar o autismo como uma síndrome com história, início e um curso clínico diferente da esquizofrenia, mas considerava a síndrome como um problema psicológico importante para ser pesquisado em termos não só psicológicos, mas também biológicos e sociais.
De acordo com Gauderer (2010), o pesquisador Rutter, em 1963, denominou como psicose infantil, psicose da criança e psicose de início precoce, terminologia usada para crianças no início do diagnóstico, antes dos três anos.
A partir da década de 1980, o autismo entrou para o manual psiquiátrico, descrito como Transtorno Invasivo do Desenvolvimento, no DSM-III (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais), mostrando a pesquisa e a definição do pesquisador Michael Rutter, em 1978.
Rutter pensou em uma definição de autismo com base em quatro padrões. O primeiro em questão, se dava ao atraso e a recusa social não somente como função de retardo mental. O segundo padrão, novamente o problema na comunicação. O terceiro padrão, comportamentos incomuns ou inadequados, movimentos estereotipados por exemplo. E o quarto padrão, se dava que o inicio do autismo se iniciava antes dos dois anos e seis meses de idade.
O último manual, foi publicado em 2013 (DSM V) com novos critérios e níveis para o autismo, apresentado como transtorno no neurodesenvolvimento, o autismo é chamado no DSM V, Transtorno do Espectro Autista (TEA), também caracterizado por déficit na interação e comunicação social. (DSM V, 2013)
Dessa maneira, não há novas designações para autismo desde que foi publicado o último DSM V, em 2013, porém, há estudos sendo feitos para procurar entender as causas do transtorno. O tópico a seguir apresenta as características e como pode ser feito o diagnóstico do transtorno do espectro autista. 
1.2 Características e diagnóstico do autismo
O TEA é um transtorno com início precoce, e suas dificuldades comprometem o desenvolvimento do indivíduo, podendo haver variabilidade em seu diagnóstico e em sua intensidade. (ZANON, BACKES E BOSA, 2014). 
Para obter um diagnóstico do TEA é necessário que a criança possua um desenvolvimento anormal de pelo menos um dos seguintes aspectos: social, comunicação e na linguagem, nos três primeiros anos de vida. Se a criança possui um desses critérios, ela tem precedência sobre o autismo.
Klin (2006) mostra que para obter um diagnóstico de autismo, requer seis critérios comportamentais, há distúrbios na interação social, na comunicação e há padrões restritos de comportamentos e interesses. Prejuízos marcados no uso de formas não verbais de interação, não há relação com os colegas, além da falta de reciprocidade social e emocional. O diagnóstico também inclui atrasos no desenvolvimento da linguagem verbal, movimentos repetitivos e estereotipados.
Uma das características do autista, está na fixação da rotina, e em muitos casos, a escola não possui uma rotina que favoreça o convívio e a aprendizagem do mesmo, dificultando o seu desenvolvimento. Por esse motivo, Santos, C., Santos e Santana (2016) diz que é importante que haja uma rotina com horários pré-estabelecidos para várias tarefas diárias, porém, deve se levar em consideração que o autista precisa aprender a aceitar mudanças. 
No Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais – DSM V, está explicado que o autismo é caracterizado por problemas na comunicação, na interação, ou seja, de problemas na habilidade de manter e compreender relacionamentos, além disso, o autista possui padrões de restrito de interesses, e costuma ter comportamentos repetitivos, porém, os sintomas podem mudar de acordo com o desenvolvimento do indivíduo. (DSM, 2013)
Zanon et al. (2014) explicam que conforme os critérios de diagnóstico do DSM V, as primeiras manifestações do autismo podem aparecer antes mesmo dos 36 meses de idade da criança, porém, há dados que demonstram que os sinais podem aparecer entre 12 e 24 meses, sendo que nos 12 meses se os sintomas forem graves, e após os 24 meses para sintomas mais sutis.
De acordo com a Cartilha dos Direitos de Pessoas com Autismo (2011), há outros traços autistas e sinais importantes que podem ser notados pela família e até mesmo no ambiente escolar, sinais como, negação a mudança em sua rotina, apego a alguns objetos, preferência em ficar isolado e crises de agressividade com os demais e até consigo mesmo, em alguns casos podem ocorrer.
Schmidt (2013 apud ONZI, GOMES, 2015) relata que os pais da criança com autismo são os primeiros a identificar que algo está diferente com a criança. Após isso, eles começam a busca pelo diagnóstico e tratamento, porém, após o recebimento do diagnóstico, na maioria dos casos, os pais passam por diferentes reações: negação, raiva, culpa, pensamento mágico, aceitação e procura de soluções para o tratamento. 
O autismo pode variar de acordo com seus níveis. A gravidade dos níveis é baseada de acordo com prejuízo na comunicação social, e ou nos padrões de comportamentos repetitivos. De acordo com os critérios do DSM V (2013), os níveis de gravidade para o transtorno do espectro autista variam do 1 ao 3. 
	
	No nível 1 - exigindo apoio, o autista possui dificuldades de interação, muitas vezes não apresentam interesses para que haja interações sociais, além disso, apresentam falência na conversação, e as tentativas de fazer amizades são mal sucedidas.
	
 
	Nível 2 - exige apoio substancial, o autista possui grave dificuldade na interação social, além disso, possui dificuldades em lidar com atividades e comportamentos fora da rotina normal, além de comportamentos repetitivos e restritos.
	Nível 3 - exigindo muito apoio substancial, o autista possui todas as manifestações apresentadas, porém em uma gravidade maior.
 
Os estudos apontam que os sintomas e as características podem aparecer de maneiras e níveis diferentes, em alguns casos como citado acima, podem aparecer de maneira sutil e em outros casos, de maneira mais aparente, cada uma com sua peculiaridade.
É importante que o diagnóstico seja feito precocemente, pois quanto mais cedo a criança for tratada e diagnosticada, melhores serão as chances de acontecer a melhoria de ser desenvolvimento. 
A identificação precoce do diagnóstico e as intervenções realizadas em crianças com TEA podem determinar o prognóstico, incluindo maior rapidez na aquisição da linguagem, facilidade nos diferentes processos adaptativos e no desenvolvimento da interação social, aumentando sua chance de inserção em diferentes âmbitos sociais. (ARAÚJO; SCHWARTZMAN, 2011 apud ONZI; GOMES, 2015 p. 193).[footnoteRef:0] [0: ASSUMPÇÃO, F.B. Junior, SCHWARTZMAN, José Salomão. Autismo Infantil. São Paulo: Memnon,1995.
] 
O diagnóstico pode ser auxiliado e percebido pelos pais e familiares, porém a criança só é diagnosticada a partir de critérios clínicos, por meio de profissionais da saúde, médicos psiquiatras, que com o apoio de psicólogos e psicopedagogos, chegam descoberta de fato do transtorno. (SCHMIDT, et. al 2016)
As características e o diagnóstico do autismo, podem ser observados no ambiente escolar, pelos funcionários da escola, mas principalmente pelo professor, pois as características aparecem durante o convívio e desempenho da criança dentro da sala de aula, o que pode auxiliar no diagnóstico precoce para que assim, as intervenções sejam feitas.
DISCUSSÕES 
	Para obter bons resultados no tratamento da criança com autismo, é necessário que o diagnóstico precoce seja feito, logo nos primeiros anos de vida da criança. A Sociedade Brasileira de Pediatria – SBP (2019) trata do autismo como um transtorno permanente, ou seja, não há cura, mas sabe se que há tratamentos alternativos, levando em conta que a intervenção precoce,pode auxiliar e muito na diminuição dos sintomas. 
São sinais sugestivos no primeiro ano de vida: perder habilidades já adquiridas, como balbucio ou gesto dêitico de alcançar, contato ocular ou sorriso social; - não se voltar para sons, ruídos e vozes no ambiente; - não apresentar sorriso social; - baixo contato ocular e deficiência no olhar sustentado; - baixa atenção à face humana (preferência por objetos); - demonstrar maior interesse por objetos do que por pessoas; - não seguir objetos e pessoas próximos em movimento; - apresentar pouca ou nenhuma vocalização; - não aceitar o toque; - não responder ao nome; - imitação pobre; - baixa frequência de sorriso e reciprocidade social, bem como restrito engajamento social (pouca iniciativa e baixa disponibilidade de resposta) - interesses não usuais, como fixação em estímulos sensório-viso-motores; - incômodo incomum com sons altos; - distúrbio de sono moderado ou grave; - irritabilidade no colo e pouca responsividade no momento da amamentação. (SOCIEDADE BRASILEIRA DE PEDIATRIA – 2019, p. 2) 
Como já citado, os sintomas do TEA são consistentemente identificados entre os 12 até 24 meses de idade. Aos seis meses de idade, os pesquisadores não encontraram diferença entre bebês que mais tarde receberam diagnóstico de autismo e aqueles que continuaram a se desenvolver tipicamente, em relação ao comportamento social e comunicativos de acordo com essa idade. 
Porém, diferenças na frequência desses comportamentos eram claramente percebidos aos 12 e ou 18 meses de idade, há evidencias que a partir dos 12 meses, as crianças que mais tarde recebem o diagnóstico, distinguem se daquelas que continuaram a se desenvolver em relação a frequência de gestos comunicativos e sociais, um outro sinal que pode aparecer, inclui o manuseio atípico de brinquedos e objetos, enfileiram ou arrumam da mesma forma os brinquedos, como por exemplo.
Fonte: SBP – Sociedade Brasileira de Pediatria (2019) 
De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria (2019) o diagnóstico do TEA ocorre entre os quatro ou cinco anos de idade, o que é lamentável, pois já foi provado que quanto mais cedo ocorrer a intervenção, melhores serão os ganhos significativos no desenvolvimento cognitivos e na adaptação da criança, e também dos familiares e profissionais da educação. 
Nesse sentido, portanto, a busca por sintomas precoces do autismo continua sendo uma área de intensa investigação científica. Alguns registros importantes no primeiro ano de vida da criança, incluem irregularidades no controle motor, atraso no desenvolvimento motor, recusa na comunicação social, afeto negativo e dificuldade em manter a atenção. A avaliação formal do Desenvolvimento Neuropsicomotor (DNPM) é de fato muito importante e indispensável, além disso, faz parte da consulta pediátrica. 
O TEA é causado por uma combinação de fatores ambientais e fatores genéticos. De fato, há evidências de que a genética do autismo envolve centenas de genes, das quais as variantes, herdadas, comuns ou raras na população, compreendem múltiplos modelos de herança. Os fatores genéticos não atuam sozinhos, sendo sua ação influenciada ou utilizadas por fatores de risco ambiental, podendo ser, entre outros, a idade avançada dos pais, a negligencia nos cuidados da criança, a exposição a certas medicações durante o período pré-natal, o nascimento prematuro e baixo peso da criança ao nascer, entre outros fatores. (SBP, 2019)
De acordo com o Ministério da Saúde (2000), os casos mais graves de autismo são identificados com mais facilidade. Há casos de crianças autistas com desenvolvimento motor normal, porém se comportam de forma inadequada, em alguns casos, não suportam contato física, carinho, abraço, nem mesmo por parte da família. 
Canut et. al. (2014) através de um relato de caso de uma mãe, retrata o bebê de um ano, era muito sério, e raramente sorria, não obedecia a comandos verbais, além disso, não mantinha contato visual com ninguém a não ser a mãe. Aprendeu depois a falar mãe a bater palmas, porém, após uma semana, parou, e a partir de então, não aprendeu novas palavras e não respondia mais a estímulos sociais nenhum.
 A criança passava muito tempo assistindo televisão, não apontava para os objetos que queria, não reconhecia situações de perigo, dava risada sem motivo e sempre sozinho, e passou a apresentar comportamentos repetitivos e estereotipados, como esfregar os dedos e soprar as mãos, sinais que são considerados próprios do autismo, e foi então que com um ano e meio, a mãe desconfiou que ele poderia sofrer de autismo, e o levou para fazer audiometria e BERA ou PEATE como é chamado (Exame do Potencial evocado Auditivo do tronco encefálico), um exame que consiste em avaliar o sistema auditivo, e verifica se há ou não perda auditiva, que pode ocorrer devido a lesão na cóclea, no nervo auditivo ou no tronco encefálico. 
No relato, a mãe conta que aos 2 anos, a criança foi levada ao psicanalista, e o próprio disse a criança apresentava “traços autistas”, e que poderia melhorar caso tivesse estímulos. A mãe o levou então a um psiquiatra, o qual desconfiou de síndrome de Asperger, porém não mudou a conduta previamente estabelecida. 
Ao contrário do autismo, de acordo com Klin (2006) a síndrome de Asperger está caracterizado por prejuízos na interação social, e também nos interesses e comportamentos limitados. Porém, seu desenvolvimento precoce está marcado por uma falta de atraso significativo na linguagem falada ou na percepção da linguagem, no desenvolvimento cognitivo, nas habilidades de autocuidado e na curiosidade sobre o ambiente. As crianças com síndrome de Asperger possuem interesses particulares que ocupam o foco da atenção, além disso, têm tendência a falar em monólogo, assim como a falta de coordenação motora, ambos os sintomas são típicos da condição, mas não são necessários para o diagnóstico. 
Klin (2006) retrata que o interesse social da criança pode aumentar com o passar do tempo, portanto, a intervenção precoce e os métodos terapêuticos e a participação da fonoaudióloga, são extremamente necessárias nesse sentido. Há uma progressão no desenvolvimento, pessoas mais jovens e com maior comprometimento tendem a ser mais resistentes a comunicação e a interação. Em contrapartida, pessoas mais velhas, podem estar dispostos a aceitar passivamente a interação, mas não a procuram. As pessoas com TEA que são mais capazes funcionalmente, estão as que possuem mais interesse social, porém, elas tem dificuldades em administrar as dificuldades da interação, e por esse motivo, leva a estilo social incomum.
Após ser levado ao psiquiatra, o diagnóstico concluído foi o quadro de autismo. A criança então foi encaminhada para terapia de estímulos cognitivos com a psicóloga, diariamente e de forma intensa. De acordo com o relato, a criança resistiu às sessões, porém, gradualmente houve sinais de melhora, passou a olhar quando era chamado. Aos 3 anos de idade, parou de usar fraldas descartáveis e começou a usar o banheiro sozinho. A criança ainda não falava, mas identificava partes do corpo e objetos, além disso, passou a reconhecer membros de toda a família, nesta fase, ainda apresentava comportamentos obsessivos em relação a aparelhos tecnológicos e logomarcas, e também passou a apresentar sintomas de maior agitação, como correr, pular, e gritar, principalmente em contato com multidões.
Quando a criança em questão, completou quatro anos de idade, sua mãe testou um tratamento com Risperidona, medicamento utilizado para transtornos de agitação, porém, é um medicamento que possui efeitos colaterais que pode ser prejudicial para a criança. A mãe levou a um fonoaudiólogo, e foi então que aos cinco anos de idade, aprendeu a falar definitivamente e parecia estar mais disposto a se relacionar com a família.
Aos nove anos de idade, conseguiu acompanhar bem as atividades escolares, porém, possui algumas dificuldades em matemática, e só estuda matérias que despertam seu interesse. Atualmente, a criança se encontra com doze anos, e apesar de demonstrarvontade, possui ainda dificuldades em se relacionar com desconhecidos e ainda não consegue manter contato visual ou terminar conversa completa.
Portanto, o diagnóstico precoce auxilia e muito, pois quanto mais cedo for constatado o transtorno, mais cedo serão feitas as intervenções, e logo, irá melhorar cada vez mais as chances dessa criança de receber os tratamentos adequados para realizar simples tarefas do dia a dia. A família por sua vez, precisa auxiliar no desenvolvimento da criança, ajudando a mesma a ser independente, transformando-a em autônoma, que possa trocar de roupa, escovar os dentes, arrumar a própria cama, como por exemplo. e também, as atividades escolares.
RESULTADOS
Conforme as pesquisas de Whitman (2015) há formas de rrecolher informações para chegar a um diagnóstico de autismo. A primeira forma, se dá através de uma entrevista com pessoas que convivem com a criança e observação direta dela, e a segunda forma, é o uso de instrumentos para observação direta, que de preferência precisam ser utilizados por médicos experientes.
 O autor diz que apesar do método de análise por observação direta ser o mais confiável, pois utiliza de pessoas que observam e que lidam com o autismo com uma certa frequência e por esse motivo, possuem uma experiência maior acerca do assunto, outros instrumentos podem ser empregados no momento de coletar essas informações. 
Protocolos ou fichas com perguntas sobre a criança que são destinados aos pais, ou outras pessoas que passem um tempo considerável com a criança, esses não possuem a mesma confiabilidade, levando em conta que esses ambos não terão um maior conhecimento acerca autismo, o que pode acabar por impossibilitar de perceber alguns sinais que a criança apresenta ou não ter a mesma interpretação que alguém com maior experiência.
O autismo é um transtorno que apresenta características que limitam e prejudicam o desenvolvimento da criança. Conforme Bosa e Semensato (2013), desde a descoberta do diagnóstico até a fase da inserção da criança na escola e durante todo o processo de desenvolvimento da criança com transtorno do espectro autista (TEA), é comum que os familiares passem por dores ou até mesmo por decepções, pois muitas vezes não percebem o avanço ou melhoria da criança, por esse motivo, é importante que a mesma receba o diagnóstico precoce e que ambas as instituições saibam como proceder após esse diagnóstico. 
Muitos pais e familiares não aceitam o diagnóstico, a família pode, além de passar por dores, preocupações, dificuldades em lidar com os sintomas e diagnóstico do autismo, possuem outros desafios. Como diz Gomes et al. (2015), as dificuldades aparecem desde o acesso a serviços de saúde e apoio social, até a ausência de atividades de lazer, sendo um fator comprometedor da qualidade de vida da família dessa criança autista.
Gomes et. al. (2015) em sua pesquisa, relata os desafios e estratégias de superação. O autor realizou revisões e trabalhos sobre o assunto, e constatou-se como outra dificuldade, uma responsabilidade em trazer cultura e socialização para a criança com TEA. Uma alternativa que foi adotada, foi recorrer a trabalho terapêutico fonoaudiólogo. 
		Após o diagnóstico, em muitos casos, os familiares necessitam de apoio psicológico para lidar com os desafios e dificuldades encontrados durante o tratamento da criança com TEA. 
		Outro problema existente, se dá na grande responsabilidade que cai somente sobre a mãe, Bosa e Schmidt (2003) ressaltam que existe uma expectativa de que as mães tomem toda responsabilidade dos cuidados com a criança autista, assumindo-a mais do que os pais e outros membros da família. 
Cada membro da família vive a presença do deficiente de uma forma diferente, mas, de acordo com nossas observações, é muito comum a sobrecarga emocional e das tarefas estarem sobre a mãe do indivíduo. As mulheres costumam paralisar inclusive a vida profissional e/ou acadêmica e passam a viver em função do filho autista. (SERRA, 2010, p. 44)
Entretanto, os pais tendem a acarretar tensão emocional pois têm o peso da responsabilidade financeira e ocupacional, dificultando a contribuição deles para os cuidados do filho autista.
		Com base na revisão de literatura de Andrade e Teodoro (2012), o contexto familiar passa por rupturas, pois há interrupções nas atividades rotineiras e transformação no clima emocional no ambiente. Estresse, ansiedade e depressão são maiores em pais de crianças com TEA - Transtorno do Espectro Autista, em relação aos pais de crianças com outros transtornos. Por esse motivo, torna-se necessário intervenções também centrada nos pais, e muitos deles buscam em apoios sociais, na família em si, apoios formais, ou seja, profissionais da saúde ou aconselhamento, ou apoio religioso, para que se tornem parceiros ativos nos cuidados e no tratamento do autismo.
		O suporte social, por exemplo, é um fator importante para diminuir os níveis de estresse das famílias, a troca de informações, auxilia tanto para um apoio emocional quanto para solução de problemas enfrentados durante o tratamento contínuo da criança autista. “A troca de informações no nível interpessoal fornece suporte emocional e um senso de pertencer a uma rede social onde operam a comunicação e compreensão mútua. ” (BOSA, 2006, p. 51)
		Serra (2010), enfatiza que muitos pais não acreditam no potencial de seus filhos, e não ensinam coisas elementares como o autocuidado, e optam por isolamento e por infantilizarem os mesmos por toda a vida. A autora diz que os pais precisam saber de que não são eternos. É necessário preparar a criança para uma vida independente, isso pode ocorrer quando reconhecerem as características positivas de seu filho, uma simples tarefa diária ou uma conquista nova na escola, trazendo motivação para a criança. 
		A escola é essencial nesse processo, pois através dela, a criança que possui dificuldades de interação e comunicação, poderá ter um avanço nesse sentido. Além disso, mudanças no comportamento também dos pais, já que o educador pode mostrar que há alternativas para o ensino e inclusão dessa criança.
		A matrícula da criança portadora de autismo na escola pode trazer alterações no seio familiar, na medida em que a criança está frequentando mais um grupo social e tendo a oportunidade de conviver com outras crianças. Os pais, por sua vez, passam a conviver com outros pais nesse novo universo e a acreditar nas possibilidades de desenvolvimento e aprendizagem sistemática de seus filhos. (SERRA, 2010, p. 47) 
Bosa (2006) analisa que estratégias que deveriam ser utilizadas para melhoria do desenvolvimento da criança autista é dar prioridade a terapia da fala, da interação social/linguagem.
 Crianças com grande déficit em sua habilidade de comunicação verbal podem requerer alguma forma de comunicação alternativa. A escolha apropriada do sistema depende das habilidades da criança e do grau de comprometimento. Sistemas de sinais têm sido amplamente utilizados nesses casos, como o de Makaton, por exemplo, que incorpora símbolos e sinais. (BOSA, 2006, p. 48)
De acordo com Gomes (2015), no Brasil, o Ministério da Saúde oferece algumas opções de terapia, em que são oferecidos atendimentos individualizados, com acompanhamento médico e odontológico, além disso, há preocupação com a parte do comportamento e emocional não só dos deficientes, mas também de seus familiares e cuidadores. Porém, há uma certa insatisfação por parte das famílias que recebem esse apoio, e mostrando que o serviço oferecido precisa ser revisto e também de melhorias.
Reis et. al (2016) analisa algumas abordagens que podem ser feitas para melhoria da qualidade de vida da criança com TEA. Uma das abordagens que possui mais reconhecimento científico é a abordagem comportamental. Nessa abordagem, é feita uma avaliação para a identificação de comportamentos típicos ou atípicos que essa criança apresenta. Ao serem identificados, irão passar por uma intervenção onde serão empregados os reforços positivos nos comportamentos apropriados e reforços negativosnos comportamentos inapropriados, assim, estimulando a substituição ou inibição desses comportamentos não esperados.
A maioria dos programas baseados nessa abordagem não utilizam técnicas de punição, ou seja, acaba por ser um reforço positivo. A maioria dos comportamentos são aprendidos, independentemente de serem ou não aceitáveis diante da sociedade, a abordagem reforça que o ambiente em que a criança está exposta possui uma grande influência sobre todo o aprendizado que ela absorverá. Um dos programas comportamentais que se baseiam nessa abordagem é a Análise do Comportamento Aplicada (ABA), uma análise que possui como finalidade reforçar justamente os comportamentos positivos. (REIS et al., 2016).
Abordagens com bases em terapias específicas também são utilizadas na maioria das vezes como extensão de outras intervenções. Ambas terapias em geral, possuem como foco a comunicação alternativa e se justificam pelo fato de que entre 20 e 30% dos autistas não conseguem desenvolver linguagem verbal. Um exemplo, é o sistema de comunicação por trocas de figuras, que ajudam na comunicação utilizando cartões com figuras representativas ou combinações deles para expressar seus desejos. Parecida com essa abordagem, existe também a comunicação ampliada, um sistema utilizado nas terapias que tem como função ajudar quando não há comunicação verbal, como o uso de expressões faciais, sinais, gestos, entre outros. (REIS et al., 2016).
Com mais de 70 anos de experiência clínica comprovada, a abordagem psicanalítica, ao contrário da comportamental, que foca na substituição de comportamentos inapropriados como estereótipos, a psicanálise utiliza como uma ponte para intervenção de uma forma sutil, ou seja, enxerga as respostas corporais como uma forma de expressão, uma abertura para a interação com o outro e usa isso para tentar iniciar uma atenção conjunta utilizando um objeto de interesse. O trabalho consiste em trazer o outro, buscar a atenção dele sempre respeitando que cada criança possui uma forma e tempo diferente para desenvolver. (FLORES, 2013).
Aqui estão somente algumas das abordagens terapêuticas existentes para o autismo, apesar de serem distintas, todas possuem uma similaridade, ou seja, a questão de como lidar com a negação manifestada pelo autista no que diz respeito a interação social. Entretanto, independente de qual metodologia for utilizar para a intervenção, é importante que a intervenção seja feita logo quando diagnosticado, reforçando que intervenção precoce é aquela iniciada até os 5 anos de vida.
Professores podem utilizar também estratégias para diminuir comportamentos que poderão interferir no aprendizado da criança autista, como estabelecimento de regras claras, realizar intervenções em grupos, com a ajuda das crianças com desenvolvimento típico, ou seja, com o desenvolvimento esperado para aquela etapa em que a criança se encontra.
Uma intervenção que será de grande ganho para o desenvolvimento da criança com TEA é o uso de atividades lúdicas, a pintura por exemplo. Através da arte, os alunos autistas são capazes de descobrir novos caminhos para a aprendizagem, novas possibilidades. A aprendizagem se dá pois através das experimentações, o aluno adquire novos conhecimentos, é uma forma também de melhorar seus gestos melhora o desenvolvimento cognitivo, motor, e afetivo também, pois melhora sua interação com os demais alunos.
 As Artes Visuais oferecem para a criança materiais lúdicos que podem levar a descobertas, conhecimentos, experimentação de possibilidades. Nos alunos autistas, essas experimentações se tornam livres, pois não se espera um resultado, apenas se experimenta, sem se deter no significado. O que prevalece é o olhar e as mãos, em gestos espontâneos. (FERNANDES, 2012, p. 5
	Portanto, através das intervenções, a criança portadora de TEA, possui grandes possibilidades de melhora para o transtorno, desde que haja intervenções no momento certo, e de preferência, precocemente, para que assim, melhore cada vez mais o desenvolvimento da mesma. 
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	
As crianças com autismo, até hoje, infelizmente têm sofrido em vários aspectos, a começar pela discriminação que sofrem por parte daqueles que não conhecem o transtorno, e acham que a criança quando está tendo crise, está fazendo birra, há relatos de mães que passam por isso, e são obrigadas a ouvir que seu filho precisa de limites. 
No Brasil, não há apoio adequado, o sistema de saúde público não oferece formas de tratamento e nem apoio psicológico para os pais e familiares que também acabam sofrendo pela condição que a criança se encontra.
O autismo atinge cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil, apesar do pouco apoio como citado, há instituições que ajudam na causa, transformando a vida desse individuo, e também dos familiares. Um exemplo é a APAE – Associação de pais e amigos dos Excepcionais, que tem como função auxiliar na melhora do desenvolvimento das crianças com todo e qualquer tipo de deficiência, além de assegurar que melhores condições de vida e os direitos de cidadão que esse indivíduo possui.
	Torna-se extremamente necessário, que o diagnóstico de autismo seja feito precocemente, ou seja, antes dos 5 anos de idade. No presente artigo, através de pesquisas com autores e especialistas da área e relatos, constatou se a importância, pois a partir do diagnóstico, que os pais, professores e especialistas podem começar a intervenções.
	As intervenções, são de grande ajuda para melhor desenvolvimento da criança com TEA. Tarefas simples do dia a dia, como trocar de roupa ou ir ao banheiro sozinho, começam a fazer parte da rotina diária da criança, e através disso, aumentar sua independência, melhorando não só a sua qualidade de vida, como a de seus pais, principalmente da mãe, que acaba tendo uma carga emocional e física muito grande após o diagnóstico.
	Fica claro que apesar de não haver causa concreta para o autismo, há maneiras de fazer com que a criança tenha oportunidades de melhora desse quadro. É importante também que os pais e familiares recebam auxilio também, principalmente psicológico, pois muitos não reagem bem ao diagnóstico, e não aceitam que seu filho possua a doença. 
	Por esse motivo, é importante que haja diálogo entre a família e os profissionais envolvidos, da saúde e da educação, para que ambos caminhem para melhor solução e intervenções que auxilie a criança em seu desenvolvimento, e que de fato, haja a verdadeira inclusão dela, não só no ambiente escolar, mas na sociedade em geral.
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