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T U T O R A S I LVA N A Z I L S E | T U R M A F L C 9 4 5 6 T D M Disciplina: Docente: Logística Integrada Paula Carolina Ferretti UNIDADE 2 GESTÃO DA LOGÍSTICA OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM • compreender a importância da gestão na logística integrada; • conhecer os aspectos que envolvem a gestão da cadeia de suprimentos; • compreender a importância da administração dos estoques na cadeia de suprimentos; • identificar os custos logísticos Unidade 2 – Gestão da Logística • GESTÃO DA CADEIA DE SUPRIMENTOS A cadeia de suprimentos é constituída por um conjunto de atividades funcionais, tais como transportes, controle de estoques, entre outros, que se repetem diversas vezes durante o processo pelo qual matérias-primas são transformadas em produtos prontos para serem disponibilizados ao consumidor com valor agregado. Unidade 2 – Gestão da Logística • A gestão em logística se destaca na gerência da cadeia de suprimentos por ser responsável pela movimentação dos produtos na empresa. • Toda a movimentação da cadeia logística está diretamente ligada ao sistema produtivo da empresa e sofre influência dos seus fatores internos e externos. • Entre os fatores externos está toda a rede de distribuição dos fornecedores da empresa, e entre os fatores internos está a movimentação dos insumos, adquiridos pelos fornecedores para o processo de produção e que devem impactar de forma positiva nos resultados da empresa. Unidade 2 – Gestão da Logística Unidade 2 – Gestão da Logística NA TRILHA – RECURSO INTERATIVO Unidade 2 – Gestão da Logística O foco na gestão da cadeia de suprimentos está na integração de cada fase da rede de distribuição, pois cada componente desta rede tem por atribuição maximizar a eficiência, determinando a maior satisfação do cliente e o crescente nível do market share (diversidade de produtos). A tecnologia da informação, basicamente toda on-line, permite acompanhar todas as rotas da cadeia de suprimentos a fim de evitar qualquer transtorno que possa gerar ao cliente ou mercado consumidor. Qualquer situação adversa é corrigida em tempo hábil, para evitar que se prejudique a pessoa física ou jurídica que esteja no destino final deste ciclo logístico. Tanto o ambiente interno como as relações e influências externas da empresa fazem parte da rede logística. Esta integração envolvendo os agentes externos, tem em seu funcionamento o desenvolvimento de relacionamentos baseados na confiança, capacitação técnica e troca de informações, permitindo eliminar duplicidades, reduzir custos, acelerar o aprendizado e customizar serviços. NA TRILHA – VÍDEO Unidade 2 – Gestão da Logística IMPLEMENTAÇÃO DO SUPPLY CHAIN MANAGEMENT (SCM) OU CADEIA DE LOGÍSTICA INTEGRADA • Acompanhamento do produto desde a sua fonte, na extração da matéria- prima, até o consumo final, enquanto as informações e os recursos financeiros fazem o caminho oposto, iniciam nos consumidores e vão até a origem do produto. • Uma das fases mais importantes na implementação deste conceito é a montagem de equipes. Para atingir o máximo de eficiência e extrair todo o potencial, a empresa deve permanecer ligada aos participantes externos na cadeia de suprimentos. Esses participantes são fornecedores, distribuidores, atacadistas, prestadores de serviços e clientes. Unidade 2 – Gestão da Logística É fundamental a criação de um canal de comunicação para conectar todos os participantes e assim permitir o trânsito das informações do modo mais correto para o bom funcionamento da cadeia logística. Unidade 2 – Gestão da Logística A implantação da cadeia de logística integrada requer reavaliações e possíveis mudanças, em algumas situações significativas nos procedimentos internos e externos das empresas, especialmente no relacionamento com clientes e fornecedores. CICLO DE PEDIDOS FONTE: Christopher (2010, p. 152). Unidade 2 – Gestão da Logística Cliente faz o pedido Entrada do pedido Processamento do pedido Montagem do pedido Transporte Pedido recebido Unidade 2 – Gestão da Logística Unidade 2 – Gestão da Logística Unidade 2 – Gestão da Logística SISTEMAS “EMPURRADOS” VERSUS SISTEMAS “PUXADOS” Unidade 2 – Gestão da Logística SISTEMAS “EMPURRADOS” VERSUS SISTEMAS “PUXADOS” Unidade 2 – Gestão da Logística Gestão de fornecedores • Disponibilidade: refere-se à manutenção do nível de estoques consistentes de acordo com as necessidades dos clientes em relação aos volumes dos materiais e produtos. • Desempenho operacional: refere-se ao lapso de tempo da ordem de recebimento para a ordem de entrega. Envolve entregas rápidas e consistentes, com a utilização de conceitos de gerenciamento de cadeia de suprimentos, contendo o ECR – Efficient Consumer Response –, que significa Resposta Rápida ao Consumidor, e se traduz num sistema de controle e acompanhamento do trâmite dos produtos entre fornecedor e cliente. • Serviço confiável: requer qualidade para que o cliente também sinta segurança no tipo de produto ou serviço oferecido pelo seu fornecedor para que se promova a continuidade da parceria entre fornecedor e cliente. Unidade 2 – Gestão da Logística PLANEJAMENTO DO INVENTÁRIO Uma das características mais importantes da logística de suprimentos é o planejamento do inventário dos estoques. Como é um recurso que demanda elevados valores de investimentos e é o principal item gerador das riquezas da empresa, nada mais importante que tomar certos cuidados na gestão destes recursos. Mas, como gerir estes recursos Uma das formas utilizadas na gestão é a identificação da quantidade a ser adquirida e a definição adequada da época para que ocorram estas aquisições. Unidade 2 – Gestão da Logística ESTRATÉGIAS PARA ADMINISTRAÇÃO DE ESTOQUES O giro de estoque corresponde ao número de vezes em que o estoque está sendo consumido na sua totalidade em determinado período (geralmente de um ano). Fonte: Bertaglia (2009, p. 334) As vendas anuais têm relação com o valor ou quantidade vendida durante o período de um ano, e o estoque médio está relacionado à quantidade média ou valor médio dos recursos que foram mantidos em estoque. Unidade 2 – Gestão da Logística Quando pedir a reposição do estoque? Unidade 2 – Gestão da Logística Quanto pedir na reposição do estoque? Matematicamente, esta relação de quantidades é apurada com uma fórmula padrão para o LEC, apresentada por Bowersox, Closs e Cooper (2006, p. 248), conforme a seguir. Unidade 2 – Gestão da Logística CUSTO DE MANUTENÇÃO DO ESTOQUE • De acordo com Bowersox e Closs (2010, p. 232-233): a) Custo de capital. O aspecto mais controverso do custo de manutenção de estoque é a determinação da taxa de custo mais apropriada a ser aplicada ao capital investido. b) Impostos. A alíquota de imposto e a base de cálculo geralmente diferem de região para região. Normalmente, o imposto é calculado sobre o volume de estoque em determinado dia do ano ou sobre o estoque médio de determinado período. Algumas regiões não tributam estoque. c) Seguro. Normalmente, o custo do seguro é calculado com base em estimativa de risco ou exposição a risco, em determinado período. Risco e exposição dependem da natureza dos produtos e das instalações de armazenagem. O custo de seguro também depende de características preventivas nas instalações, como câmaras de segurança e sistemas automáticos de extinção de incêndio. d) Obsolescência. É a perda de utilidade de um produto armazenado que não está coberto por seguro. Os cálculos desse custo são baseados na experiência passada relativamente a quantidades de produtos que devem ter seus preços rebaixados e quantidades que devem ser descartadas. e) Armazenagem. O custo de armazenagem refere-se ao custo de permanência incorrido com as instalações, sem considerar o custo de manuseio dos produtos. Esse custo deve ser atribuído especificamente aos produtos, pois não tem relação direta com o valor do estoque. Unidade 2 – Gestão da Logística • Produtos acabados •Mercadorias para revenda • Produtos em elaboração • Matérias-primas • Materiais de acondicionamento e embalagem • Materiais auxiliares • Manutenção e suprimentos gerais • Almoxarifado TIPOS DE ESTOQUES NA TRILHA – RECURSO INTERATIVO NA TRILHA – RECURSO INTERATIVO Unidade 2 – Gestão da Logística ARMAZENAGEM Ao projetar um armazém, deve-se atentar para os seguintes itens: • localização; • dimensão da área; • arranjo físico e baias de atracação; • equipamentos para movimentação; • tipo e sistemas de armazenagem; • sistemas informatizados para localização de estoques; e • mão de obra disponível. Unidade 2 – Gestão da Logística . MOVIMENTAÇÃO (TRANSPORTE) Podemos ter como transportes os seguintes modais de carga: • Modal – é o deslocamento de carga por um único meio de transporte, em que cada transportador emite seu próprio documento de transporte. • Intermodal – é o deslocamento de carga por vários meios de transporte, em que um único transportador organiza o transporte desde o ponto de origem, via um ou mais pontos de interligação, até o ponto ou porto final. • Multimodal – quando o transportador que organiza o transporte assume inteira responsabilidade pelo transporte “porta a porta” e emite um documento único de transporte, o Conhecimento de Transporte Multimodal de Cargas (CTMC). NA TRILHA – RECURSO INTERATIVO Unidade 2 – Gestão da Logística. CUSTOS LOGÍSTICOS Unidade 2 – Gestão da Logística ACTIVITY BASED COSTING (CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES OU ABC) O custeio baseado em atividades, do inglês Activity Based Cost, procura aprimorar o custeamento dos produtos, através de mensurações corretas dos custos fixos indiretos, em cima das atividades geradoras desses custos. Podemos definir o custo por atividade como um método de custeamento que identifica um conjunto de custos para cada evento ou transação (atividade), que age como um direcionador de custos. Os custos indiretos estão alocados aos produtos e serviços na base do número destes eventos ou transações que o produto ou serviço tem gerado ou consome como recurso. Exemplos de atividades: • A emissão de pedidos de compras; • A visita a clientes; • O desenvolvimento de produtos; • O estabelecimento de rotas de distribuição; • O pagamento de fornecedores; e • A cobrança das contas de clientes. Unidade 2 – Gestão da Logística ACTIVITY BASED COSTING (CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES OU ABC) As finalidades do ABC podem ser resumidas da seguinte forma: • Apurar o custo das atividades; • Fornecer informações para a tomada de decisão visando ao aperfeiçoamento dos processos; • Evidenciar as causas e os custos do consumo de recursos nos principais processos dos negócios; • Identificar e custear as atividades que agregam e que não agregam valor para os clientes; • Informar com mais precisão o lucro de cada produto ou grupo de produtos. O custeamento baseado em atividades é fundamentado no conceito: produtos consomem atividades e atividades consomem recursos. Unidade 2 – Gestão da Logística ACTIVITY BASED COSTING (CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES OU ABC) O sistema tradicional = considerado como um sistema de três estágios (Despesas/Centros de Custos/Produtos) ABC = é um sistema de quatro estágios (Despesas/Processos/Atividades/Produtos). O custeio por atividades facilita a análise do valor agregado por produto, identificando as atividades que não agregam valor e, consequentemente, são passíveis de ser eliminadas e/ou reduzidas, através de melhor controle. Unidade 2 – Gestão da Logística ACTIVITY BASED COSTING (CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES OU ABC) Uma vantagem primordial deste sistema é ter uma visão de processos e estar orientado para as atividades da empresa. Entre outras vantagens do ABC, pode-se destacar: • A alocação dos custos indiretos e despesas de overhead de maneira mais criteriosa, evitando os subsídios cruzados de custo. • Propicia o controle e monitoramento voltado para as atividades, permitindo um gerenciamento mais eficiente dos processos da empresa. • Tem flexibilidade para trabalhar com diferentes objetos de custos, permitindo mensurar os custos de produtos, serviços, canais de distribuição, clientes etc. Unidade 2 – Gestão da Logística ACTIVITY BASED COSTING (CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES OU ABC) QUANDO APLICAR O MÉTODO ABC Duas regras simples ajudam a buscar uma resposta para esta questão, segundo Kaplan e Cooper (1998). 1ª Regra: Verifique se a empresa apresenta setores ou atividades com gastos elevados em recursos indiretos ou de suporte. Verifique também se esses gastos vêm crescendo ao longo do tempo. Para os casos em que a maior parte dos gastos é formada por mão de obra direta e utilização direta de insumos (principalmente materiais), sendo possível ligá-los aos diferentes produtos por meio dos métodos convencionais de custeio, o emprego do método ABC é mais justificado. 2ª Regra: Verifique se a empresa apresenta intensidade muito diversificada no que diz respeito a tipos de produto ou serviços, classes de clientes e uso de processos. Por exemplo: a empresa pode oferecer produtos de baixo valor e em grandes volumes; ao mesmo tempo em que comercializa, a empresa pode estar trabalhando com clientes institucionais, que adquirem grandes volumes e exigem acentuado esforço de vendas, mas ao mesmo tempo vendendo no varejo, com consumidores do tipo pessoa física. Unidade 2 – Gestão da Logística Unidade 2 – Gestão da Logística NA TRILHA – ARTIGO Unidade 2 – Gestão da Logística NA TRILHA – CURSO NA TRILHA – ENQUETE Referências Livro de estudos: KNUTH, Valdecir; KOHLM, Aliciane. Logística integrada. Indaial: Uniasselvi, 2013. BERTAGLIA, Paulo Roberto. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2009. BLOG PMG&E – PRODUZINDO MENTES GESTORAS & EMPREENDEDORAS. Melhores práticas para sua cadeia de suprimentos. 11 mar. 2012. Disponível em: <http://pmgee.blogspot.com.br/2012/03/melhores-praticas-para-sua-cadeia-de. html>. Acesso em: 30 nov. 2012. BLOG LOGÍSTICA BR. Cadeia de suprimentos. 28 out. 2008. Disponível em: <http://logisticabr.blog.terra.com.br/2008/10/28/cadeia-de-suprimentos/>. Acesso em: 30 nov. 2012. BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimentos. São Paulo: Atlas, 2010. BOWERSOX, Donald J.; CLOSS, David J.; COOPER, M. Bixby. Gestão logística de cadeias de suprimentos. Tradução Camila Teixeira Nakagawa e Gabriela Teixeira Nakagawa. Porto Alegre: Bookman, 2006. CHING, HONG YUH. Gestão de estoques na cadeia de logística integrada. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2009. CHRISTOPHER, Martin. Logística e gerenciamento da cadeia de suprimentos: criando redes que agregam valor. Tradução: Mauro de Campos Silva. 2. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2010. FREIRE, Luiz. Lean manufacturing. Disponível em: <http://ensino.univates.br/~stollbrs/PCP2/Trabalho.Eng.Prod.htm>. Acesso em: 2 dez. 2012. LARA, Reinaldo. Logística na cadeia de suprimentos: introdução. 21 set. 2008. Disponível em: <http://www.ebah.com.br/content/ABAAAAHJcAD/01-logisticana-cadeia-suprimentos-introducao>. Acesso em: 30 nov. 2012. KAPLAN, Robert S.; COOPER, Robin. Custo e desempenho: administre seus custos para ser mais competitivo. Tradução por O. P. Traduções. São Paulo: Futura, 1998. MARTEL, Alain; VIEIRA, Darli Rodrigues. Análise e projeto de redes logísticas. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2010. PADOVEZE, Clóvis Luís. Contabilidade gerencial: um enfoque em sistema de informação contábil. 3. ed. São Paulo: Atlas, 2000. SLACK, N. Vantagem competitiva em manufatura. São Paulo: Atlas, 1993. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-65552001000200010>. Acesso em: 2 dez. 2012. Bons estudos!
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