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Resumo Alelopatia - Ecologia Vegetal

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DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS 
LCB 1402 – ECOLOGIA VEGETAL 
Acadêmica: Isabelle Franciscão Braga 
RESUMO DA AULA 3: ALELOPATIA 
30/09/2021 
 
1. INTRODUÇÃO 
 A alelopatia é o termo utilizado para referir-se às interação bioquímica entre plantas e 
microrganismos e é definida como o efeito inibitório ou benéfico, de uma plana sobre a outra, via 
produção de compostos químicos que são liberados no ambiente. 
 Entre os agentes alelopáticos, existem mais de 300 compostos secundários vegetais e 
microbiológico, o qual vem aumentando a medida que novas pesquisas são feitas. 
 Na história, diversos de estudiosos e pesquisadores observaram esses acontecimentos, como: 
Teofrasto (cerca de 300 a.C), estudante e sucessor de Aristóteles, escreveu sobre as reações 
alelopáticas em seus trabalhos botânicos; e como Augustin Pyramus De Candolle, botânico e 
naturalista, em 1832, sugeriu que as doenças do solo eram causadas por produtos químicos 
liberados pela cultura. Mas foi somente em 1937 pelo pesquisador austríaco Hans Molish que o 
termo ‘alelopatia’ foi criado. 
 Atualmente, a explicação deste fenômeno ainda não é muito certa, mas a teoria mais seguida é 
a proposta por Swain em 1977, que afirmou que os produtos secundários alelopáticos são 
produzidos na célula com finalidade específica e que a sua síntese obedece às leis da genética. 
 
2. ALELOPATIA 
 As plantas têm a capacidade de produzir aleloquímicos em todos os seus órgãos (folhas, caules, 
flores, rizomas, raízes, frutos e sementes), que variam em quantidade e qualidade e de espécie para 
espécie. Ainda, segundo pesquisas, todas as plantas são potencialmente capazes de sintetizar 
compostos alelopático, que poderão contribuir ou afetar o crescimento de outras plantas. 
O efeito alelopático pode ser classificado em dois tipos, que são: 
- Autotoxicidade: é um mecanismo intraespecífico de alelopatia, que ocorre quando uma 
determinada espécie de plantas libera determinada substância química que inibe ou retarda a 
germinação e o crescimento da própria espécie. 
- Heterotoxidade: ocorre quando uma substância com efeito fitotóxico é liberado por determinada 
planta inibindo a germinação e o crescimento de outras espécies de plantas. 
 A alelopatia pode ser confundida com competição por água, luz, nutrientes, espaço físico, entre 
outros. 
Exemplos de Alelopatia: 
(a) Alelopatia favorável: o milho com a batatinha; o espinafre com o morango, o alho com a 
ervilhaca; a beterraba com a couve e a alface; 
(b) Alelopatia desfavorável: couve com o tomate; o eucalipto com hortaliças – mostrada, couve, 
rúcula, alface, tomate, rabanete, entre outros. 
O modo de ação dos aleloquímicos pode ser dividido em ação direta e indireta. Enquanto o 
modo indireto consiste em alterações nas propriedades do solo, de seu estado nutricional e das 
alterações de populações e/ou atividade dos microrganismos o modo direto ocorre quando o 
aleloquímicos liga-se às membranas da planta ou penetra nas células, 6 interferindo diretamente 
no seu metabolismo (Ferreira e Áquila, 2000) *. 
*Trecho retirado da dissertação: Potencial alelopático de diferentes espécies de plantas sobre 
a qualidade fisiológica de sementes de arroz e aquênios de alface e crescimento de plântulas 
de arroz e alface, apresentada por Andressa Comiotto. 
 
3. APLICAÇÕES DA ALELOPATIA NA AGRICULTURA 
As substâncias alelopáticas podem desempenhar as mais variadas funções: responsabilidade na 
prevenção da decomposição das sementes, interferência na dormência de sementes e de gemas, e 
influência nas relações com outras plantas, como microrganismos, insetos até animais superiores, 
incluindo o homem. 
O uso da alelopatia tem sido usada cada vez mais na agricultura, sendo utilizados os 
aleloquímicos como alternativa ao uso de herbicidas, inseticidas e nematicidas (e outros defensivos 
agrícolas). 
Curiosidade: As plantas alelopáticas são muito eficazes na eliminação de ervas daninhas e são 
conhecidas como herbicidas da natureza. 
 
**AVISO 
Caso encontre algum erro de literatura ou no conteúdo listado, peço que me avise! O material 
disponibilizado é apenas um resumo da aula ministrada pelos docentes da minha Universidade 
para a matéria de Ecologia Vegetal, eu também sou estudante e estou aprendendo sobre o assunto. 
Partiu aprender mais juntos! 
 
FONTES CONSULTADAS 
CAMILA. Portal São Francisco. Alelopatia. [S.l.]. Portal São Francisco, 2017. 
Disponível em: https://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/alelopatia. Acesso 
em: 4 out. 2021. 
 
COMIOTTO, A. Potencial alelopático de diferentes espécies de plantas sobre a 
qualidade fisiológica de sementes de arroz e aquênios de alface e crescimento de 
plântulas de arroz e alface. 2006. 42 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Programa 
de Pós-Graduaçao em Fisiologia Vegetal, UNIVERSIDADE FEDERAL DE PELOTAS, 
Pelotas, 2006. Disponível em: https://wp.ufpel.edu.br/fisiologiavegetal/files 
/2017/06/cebb6f5993.pdf. Acesso em: 3 out. 2021. 
 
PUTNAM, A. R., Weed allelopathy. In: DUKE, S. D. Weed Physiology. Boca Raton, 
CRC Press, 1985. p.131-155. 
 
SWAIN, T. Biochemical evolution in plants. In: FLORKIN, M. e STOTZ, E. H. 
Comprehensive biochemistry. Amsterdan, Elsevier, p.125-302, 1977.

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