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Schistosoma mansoni Transmissão: -Fezes do homem contaminado - Os ovos passam por várias fazes, até librar o miracidio que é uma estrutura ciliada que vai migrar até encontrar o hospedeiro intermediário que é o caramujo e lá ele se diferencia até virar a cercária e no formato de cercária ele contamina o homem. - É uma doença parasitária conhecida também como barriga d’água Sintomas agudos: dermatite, febre, calafrios, náuseas, dor abdominal, diarreia, mialgia. - Os crônicos incluem diarreia sanguinolenta. - Os sintomas crônicos variam de acordo com o tipo de Schistosoma - A infecção por S. mansoni parasita homens e animais. - A fêmea mede cerca de 1,5cm - Possui tegumento liso e cor mais escura (roxo escuro) devido ao ceco com sangue semidigerido - O macho mede cerca de 1cm, tem o tegumento coberto por tubérculos e espinhas e um canal ginecóforo para albergar a fêmea a fecundá-la - S. mansoni apresenta vermes com simetria bilateral, achatados, com ventosa oral e ventral e acentuado dimorfismo sexual. Miracídio - Larva que se desenvolve a partir de ovos do verme S. mansoni, apresenta cílios, nada em busca do caramujo que é seu hospedeiro. - Fase 1: embrião pequeno e em intensa atividade de síntese proteica - Fase 2: cresce levemente em tamanho e se transforma em massa sólida - Fase 3: Vai se desenvolvendo em tamanho e forma circular - Fase 4: já é possível visualizar um grupo de células e possui forma ovalada - Fase 5: o miracídio ocupa todo o ovo - Fase 6: o miracídio já apresenta epitélio - Fase 7: já é possível visualizar estrutura de musculatura - Fase 8: o miracidio já está pronto para eclodir - Após a formação do miracídio, ele vai em busca do hospedeiro intermediário: a cercária - A cercária é liberada após a larva ciliada do verme encontrar o hospedeiro intermediário – caramujo Biomphalaria sp. - Uma vez livre, a cercaria procurará o hospedeiro definitivo: o homem e nele entrará através da pele, ocasionando prurido local. Esquistossomose - Infecção produzida por uma das espécies de esquistossomo Taxonomia: filo platyhelminthe, classe trematoda, subclasse digenea - O ciclo biológico do S. mansoni apresenta uma alternância de gerações entre o hospedeiro intermediário, moluscos do gênero biomphalaria spp e os hospedeiros definitivos vertebrados: o homem - O ciclo de vida do s. mansoni se inicia quando as fezes de indivíduos contaminados contendo ovos do parasito, entram em contato com a água doce - S. mansoni nas fezes > miracídio cresce dentro do ovo > ovo eclode e libera o miracídio > miracídios penetram no tecido do caramujo > miracídio se diferencia dentro do caramujo e se torna cercaria > cercaria são liberados pelo caramujo na água e nadam livremente > cercaria perdem a causa durante a penetração no hospedeiro humano e se transformam em esquistossomulos > vão para a circulação venosa, chegam até o pulmão, coração, artérias mesentéricas e sistema porta hepático. - No último estágio, elas vão maturar e se transformam no verme adulto e vão fecundar retornando o início do ciclo Manifestações clínicas Fase aguda: momento que a cercaria penetra a pele, abrange eventos como a passagem dos esquistossomulos pelos pulmões e a localização dos vermes adultos se dá em veias do sistema porta e o início da postura dos ovos. Fase crônica: representa as manifestações patológicas e clínicas decorrentes da localização dos ovos nos tecidos, da reação inflamatória específica em torno dos mesmos e da ação de antígenos, seja dos vermes adultos ou dos ovos, nos tecidos, principalmente complexados com anticorpos. - Na esquistossomose aguda ocorre uma reação de hipersensibilidade sistêmica desencadeada pela migração de esquistossomulos e ovos. - Ocorre em indivíduos expostos as cercárias pela primeira vez - Uma variedade de manifestações clínicas pode aparecer durante essa fase como: dermatite cercariana, febre de 39ºc, delírios, calafrios, mialgia, artralgia, tosse seca, diarreia, hepatoesplenomegalia, pneumonia, morte devido infecção intensas. - Os sintomas costumam desaparecer entre duas e 10 semanas, porém podem persistir e causar morte em infecções mais graves. - Nessa fase o exame de sangue revela: leucocitose, alcançando até 50.000 leucócitos por mm3 e eosinofilia de 20 ou 30% podendo ultrapassar 70% - As globulinas se elevam às custas da fração gama e a velocidade de sedimentação das hemácias está aumentada - O mielograma mostra hiperplasia da série eosinofílica, a forma aguda da doença tem sido negligenciada, mal diagnosticada e subestimada em áreas endêmicas. - Evoluindo, a reação granulomatosa ao redor dos ovos é a principal causa das alterações teciduais e funcionais na esquistossomose - No fígado, os ovos funcionam como êmbolos, ficam retidos na luz de pequenos vasos e desencadeiam resposta imune celular - A partir dessa resposta inflamatória, formam-se o granuloma necrótico exsudativo Diagnóstico Métodos diretos: exame das fezes, biópsia retal, hepática e de outros sítios Indiretos: pesquisa de anticorpos ou antígenos circulantes no soro - O diagnóstico de certeza se faz pelo encontro de ovos de S. mansoni – método direto - Método de kato-katz quantitativo, mais sensível, rápido e fácil execução Método kato-katz - É feito a coleta de fezes, ocorre a homogeneização do material fecal, passa as fezes em malha, recolhe o material tamisado com uma espátula, passa o material em uma lâmina, cobre o material com a lâmina, pressiona e faz a observação. Alternativas ao método parasitológico clássico são aquelas que envolvem imunodiagnóstico: - Detecção de antígenos parasitários, detecção de anticorpos dirigidos contra esses antígenos, diagnóstico molecular por meio da pesquisa de material genético do parasito em soro, fezes, urina e tecido em geral - ELISA é o mais utilizado para o diagnostico sorológico da esquistossomose - Hemaglutinação indireta, utiliza os glóbulos vermelhos liofilizado com o antígeno, é feita a sensibilização do local e verifica a presença ou ausência de aglutinação - Imunofluorescência (RIFI) é utilizado um conjugado fluorescente anti-IgM, para detectar a presença do antígeno. - Intradermorreação, é uma reação de hipersensibilidade tipo I, sendo positiva em mais de 80%, porém ele não informa se a doença é ativa porque indivíduos já curados testam positivo através desse método. > é verificado a resposta imune Diagnóstico por imagem - Melhor técnica de imagem para avaliar a FIBROSE HEPÁTICA causada pela esquistossomose, é um método indireto não invasivo, portátil, sem riscos biológicos para o paciente e pode ser usado como método complementar ou para substituir métodos invasivos de diagnóstico. - A endoscopia digestiva alta (EDA) é de grande importância na esquistossomose hepatoesplênica no diagnóstico e tratamento de hemorragia digestiva por sangramento das varizes. - Colonoscopia pode ser utilizada para o esclarecimento de diarreia com sangue e na suspeita da forma pseudoneoclássica Leishmaniose - É um tipo de doença infecciosa causada por um protozoário do gênero leishmania, considerado um parasita. - Sua transmissão se dá por meio da picada do mosquito-palha e essa condição é considerada tropical, é mais comum em países de clima quente e úmido. Leishmania - Ordem kinetoplastida, família trypanosomatidae, gênero leishmania. - Doença de transmissão relacionada a proximidade de áreas de desmatamento e próxima a florestas. - Tem se expandido para áreas urbanas e especialmente a doença visceral. Espécies e formas clínicas Leishmaniose cutânea: L.L. Major Leishmaniose visceral: L.L. Donovani Morfologia Formas amastigotas Habitat: vacúolo digestivo das células do SMF do hospedeiro vertebrado São pequenos, ovais e levemente achatados Não possuem flagelo livre Reprodução por divisão binária Forma promastigota Habitat:intestino do hospedeiro invertebrado São extracelulares Possuem flagelo livre na região anterior Insetos flebotomíneos - Corpo e asas peludas - Marrons luminosos - Assas em V - Presente em regiões tropicais e temperadas - A fêmea se alimenta de sangue no entardecer/noite - Picada dolorida e bebem sangue da ferida - A doença é transmitida por insetos flebotomíneos que são pequenos e se reproduzem e vivem em solo úmido em áreas de matas ou florestas - A fêmea se alimenta de sangue de animais silvestres, domésticos e homens. CICLO Picada do mosquito > injeta a promastigota na pele > promastigota são fagocitados por macrófagos ou outros tipos de células mononucleares fagocíticas > promastigotas se transformam em amastigotas > amastigotas se multiplicam em células de vários tecidos e infectam outras células > o mosquito pica o hospedeiro humano infectado > o mosquito ingere células parasitadas > amastigotas se transformam em promastigotas no intestino > promastigotas se dividem no intestino e migram para a probócite > ciclo reinicia. Síndrome clínicas Cutânea localizada: evolução de 2-8 semanas após infecção, nódulo/pápula no local da infecção, crosta central e úlcera clássica. Cutânea difusa: anergia da resposta imune, disseminada e de difícil tratamento Muco-cutânea: ulceração e erosão que destroem tecidos moles, cartilagens da cavidade nasal e faríngea. Visceral ou calazar: incubação de 10-24 meses, média de 2 a 6 meses. Diagnóstico - É preciso de uma história clínica e epidemiológica - É feito uma pesquisa do parasita nas lesões pode exame direto, cultivo e técnica de amplificação do DNA (através do PCR) - Imunológico, é feito uma pesquisa de anticorpos, reação de hipersensibilidade e resposta lifoproliferativa. Teste intradérmico ou intradermorreação de Montenegro - baseada na visualização da resposta de hipersensibilidade celular retardada - Utilização de antígeno promastigota L.braziliensis - Injeta 0,1 a 0,2mL do antígeno e se faz a leitura no 3º dia - Positividade indicada pelo aparecimento de pápula eritematosa igual ou maior que 5 milímetros Métodos diagnósticos - Identificação de amastigotas do parasita: LC: Biópsia ou raspado de lesão de pele LV: Aspirado de medula óssea, baço, fígado ou linfonodos Pesquisa direta: ainda o mais utilizado, fatores influenciam sensibilidade Cultura (meio NNN/LIT) – 5 dias a 4 semanas para o diagnóstico - Identificação de amastigotas do parasita LC: biópsia ou raspado de lesão de pele LV: aspirado de medula óssea, baço, fígado ou linfonodos Pesquisa direta > DNA (PCR) Cultura > Isoenzimas anticorpos monoclonais - Imunodiagnóstico LC e LV: reação de Montenegro Sorologia Diagnóstico laboratorial Pesquisa do parasito: - Punção de medula óssea, linfonodos, fígado e baço - Esfregaço corados por Giemsa - Semeadura em meio de cultura NNN - Inoculação em hamster - Cortes histológicos de punção medular Testes imunológicos e moleculares - RIFI: Utilização de promastigotas fixadas em lâmina - ELISA - TraLD: teste rápido anticorpo - PCR - Teste de Montenegro: é sempre negativo durante o período de estado da doença, não sendo utilizado para diagnóstico Laboratoriais - Hemograma revela anemia - Pancitopenia - Elevação das aminotransferases - Aumento das bilirrubinas, ureia e creatinina - Níveis de anticorpos anti-leishmania elevados - VHS elevado - Hiperglobulinemia - Aspirado do baço e da medula óssea geralmente mostram as formas amastigotas do parasita
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