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PROCESSOS CELULARES E MOLECULARES | PROFESSORA ANA KATARINA | ALUNA: CECÍLIA MARIA TAVARES MACHADO Membranas Biológicas e Transporte ORGANELAS MEMBRANOSAS Todas as organelas que apresentam membranas biológicas em sua constituição. Células eucariontes possuem: • Membrana plasmática • Mitocôndrias • Carioteca • O sistema de endomembranas: § Reticulo endoplasmático § Complexo de golgi § Lisossomos § Peroxissomos e endossomos HÁ BILHÕES DE ANOS: MEMBRANAS RUDIMENTARES Vacúolos (sacos) contendo gotículas de moléculas primitivas auto replicativas dissolvidas Experimentos realizados por Banghan (1993) evidenciaram a hipótese de que as membranas lipídicas precederam o DNA ou a síntese proteica Essas membranas permitiram a criação do meio interno – pré-requisito para a origem da vida A VIDA FOI ORIGINADA EM MEIO AQUOSO – reações enzimáticas Processos celulares e sub celulares: as membranas, internalizam e compartimentam a água do organismo Relevância biomédica • A integridade das membranas garantem os processos celulares normais • Alterações na estrutura das membranas afetam – balanço hidroeletrólito – fluxo de íons – alterações nos processos celulares que originam doenças MEMBRANA PLASMÁTICA Só conseguimos observar a estrutura por microscopia eletrônica. Mesmo assim, somente a presença – não a constituição. A estrutura da membrana mostra uma grande assimetria entre as duas faces da membrana – a camada bidimensional. PROCESSOS CELULARES E MOLECULARES | PROFESSORA ANA KATARINA | ALUNA: CECÍLIA MARIA TAVARES MACHADO PRINCIPAIS FUNÇÕES • Delimitação do volume celular – separa meio intracelular do extracelular • Flexibilidade • Romper e resselar • Trocas entre a célula e o meio – permeabilidade celular • Potencial de membrana • Antigenicidade – induz a produção de anticorpos • Reconhecimento (receptores) e adesão celular • Ponto de fixação de enzimas e estruturas de fixação MODELOS DE MEMBRANAS Modelo Goster e Grendel (1925): Bicamada fosfolipídica Não explicava a passagem, através da membrana, de moléculas polares (água) Modelo foi logo questionado e não foi aceito Modelo Davson e Danielli (1935): Modelo lipoprotéico com camada de proteínas por cima Não explicava a passagem de moléculas polares (água), através da zona hidrofóbica Modelo Davson e Danielli (1954): Modelo que as duas camadas de proteínas apresentavam espaços, interrompendo a camada lipídica Estes poros rodeados por moléculas proteicas que permitiriam a passagem das diferentes substâncias Modelo S. J. Singer e Garth Nicholson (1972)- modelo de MOSAICO FLUIDO: - é o modelo Davson e Danielli de forma aperfeiçoada - modelo utilizado até hoje LIPOPROTÉICA O modelo do mosaico fluido diz que as membranas biológicas são formadas por uma bicamada de lipídeos, na qual estão inseridas diversas proteínas. Por isso, dizemos que a membrana é LIPOPROTEICA + Artigo da atualização do modelo do mosaico fluido: • Mais ênfase tem sido dada à natureza • Formação de domínios de membrana especializados • Lipídios limitados pela mobilidade • Interação entre proteínas • Mantêm a macroorganização de mosaico de membranas PROCESSOS CELULARES E MOLECULARES | PROFESSORA ANA KATARINA | ALUNA: CECÍLIA MARIA TAVARES MACHADO A MEMBRANA o Cada membrana possui sua proporção de proteínas e lipídiosà diversidade de funções biológicas Ex: bainha de mielina- isolamento elétrico; bactérias- ação enzimática A especialização funcional de cada tipo de membrana é refletida na sua composição lipídica o Colesterol - Membrana plasmática mitocondrial o Cardiolipina - mit. Interna o Fosfatidilinositol - transdução de sinais para hormônios, aderência Fosfatidilcolina, Fosfatidiletanolamina, Cardiolipina PROPRIEDADES DAS MEMBRANAS • As membranas são impermeáveis para a maioria dos solutos polares ou carregados, mas são permeáveis a compostos apolares (progesterona – estradiol) • A bicamada de fosfolipideo – apolares para o centro e polares para fora • As proteínas são embebidas na estrutura interagindo de forma hidrofóbica com os lipídeos • A orientação é assimétrica • O mosaico é fluido porque a maioria das interações não é covalente • Os lipídeos estão livres COMPOSIÇÃO QUÍMICA DAS MEMBRANAS Componente lipídico (bicamada de lipídeos) • Principalmente fosfolipideos, mas possui também o colesterol Componente proteico (proteínas inseridas na bicamada) • Proteínas periféricas • Proteínas integrais Componentes glicídicos (carboidratos) Porção de carboidratos gos glicolipídeos e glicoproteínas, constituindo o glicocálix COMPONENTE LIPÍDICO Glicerofosfolipídeos, esfingnolipídeos e esteróis- insolúveis em água o Principalmente fosfolipídeos (que são lipídios ligados ao fosfato) o Os lipídios são moléculas que apresentam uma região denominada cabeça e outra região denominada cauda - A cabeça do lipídeo é polar PROCESSOS CELULARES E MOLECULARES | PROFESSORA ANA KATARINA | ALUNA: CECÍLIA MARIA TAVARES MACHADO - A cauda do lipídeo é apolar Os lipídeos anfipáticos misturados em água podem formar três agregados: 1. Micela 2. Bicamada 3. Vesícula (lipossomas)- medicamentos: tríade A, D, E • Os lipídeos são distribuídos de forma assimétrica entre as lâminas da bicamada lipídica – mudanças geram alterações biológicas Ex: indicação de morte celular pela fosfatidilserina na superfície externa As membranas biológicas são flexíveis devido a interações não covalentes dos lipídeos. • A estrutura e flexibilidade depende do tipo de lipídeos e varia com a temperatura. • O aumento da temperatura influencia no aumento da quantidade de movimentação dos fosfolipídeos, aumentando a fluidez da membrana e prejudicando a seletividade das moléculas que entram e que saem Estado fluido: acima da temperatura fisiológica, o calor provoca o movimento das cadeias, o aumento da temperatura influencia no aumento da quantidade de movimentação dos fosfolipídeos, aumentando a fluidez da membrana e prejudicando a seletividade das moléculas que entram e que saem Estado paracristalino (gel) abaixo da temperatura fisiológica, os movimentos estão constrangidos O movimento dos lipídeos pela bicamada • Temperaturas fisiológicas, difusão lenta (flip- flop) Ex: glicerofosfolipídeos produzidos na membrana do RE na superfície citosólica tem que ir para a porcao lumial • Família de proteínas que facilitam o movimento • Flipases: lâmina externa (citosol) • Flopases: lâmina citosólica (externa) • Flip-flopases: move qualquer lipídeo a favor do gradiente, aumenta na presença de Ca 2+ COMPONENTE PROTEICO PROTEÍNAS PERIFÉRICAS OU EXTRÍNSECAS Interagem de forma fraca com a bicamada de lipídeos, podendo ser extraídas por tratamento brando das membranas. PROCESSOS CELULARES E MOLECULARES | PROFESSORA ANA KATARINA | ALUNA: CECÍLIA MARIA TAVARES MACHADO Ex: mudança de PH PROTEÍNAS INTEGRAIS, INTRÍSECAS OU TRANSMEMBRANA Interage de forma bastante forte com a membrana, sendo de difícil extração Podem atravessar a bicamada mais de uma vez, chegando a formar canais de passagem através dela Ex: uso de SDS PROTEÍNAS ANFITRÓPICAS Encontradas no citosol em associação com membranas. Regulada pela fosforilação FUNÇÕES DAS PROTEÍNAS DA MEMBRANA • Transportadoras de substâncias que não conseguiram atravessar a bicamada • Estruturas de ligação entre a célula e o meio extracelular (matriz), ou ainda entre a célula e estruturas do citoplasma (citoesqueleto) • Receptores de substâncias do meio extracelular, desencadeando uma resposta intracelular (sinalização intracelular) • Enzimas para diferentes reações químicas • Antígenos que identificam que uma célula pertence a determinado organismo • Reconhecimento permite que umacélula reconheça outra e interaja com ela • Recepção de sinais permite a ligação com certas moléculas sinalizadoras, que desencadeiam processos celulares • Transporte de substâncias permite que certas moléculas e íons atravessem a membrana livremente • Catálise enzimática permite que certas moléculas e íons atravessam a membrana livremente • Junção membranar permite a associação de células vizinhas ou adesão ao citoesqueleto dando forma ao tecido Glicoforina • Interação hidrofóbica com lipídeos • Extremidades polares nas superfícies e apolar no interior da membrana Bacteriodopsina • É uma bomba de prótons acionada pela luz • H salinarium o 7 hélices que estão dentro do espaço da membrana e ao redor tem cadeias de lipídeos Caveolina • Proteína integral que se liga ao colesterol, forçando a bicamada lipídica a se curvar para dentro – cavéolas – invaginação, o colesterol extra entra no ambiente respostas celulares, como os receptores de insulina e fatores de crescimento. • Estão envolvidas no tráfego de membranas e transdução de sinais externos em respostas celulares, como os receptores de insulina e dos fatores de crescimento PROCESSOS CELULARES E MOLECULARES | PROFESSORA ANA KATARINA | ALUNA: CECÍLIA MARIA TAVARES MACHADO • “Jangada lipídica” COMPONENTE GLICÍDIO Glicocálice • Componente glicídico (carboidratos) da membrana – é um envoltório externo constituído de carboidratos LIGAGOS aos lipídios e proteínas, que ocorre principalmente nos animais • Camada glicídica de expessura variável constantemente renovada. É constituído por hidratos de carbono ligados covalentemente a lipídeos e proteína (ou seja, são os açúcares de membrana) Porção constante do glicocálice: porção glicídica de glicoproteínas e glicolipideos Porção variável do glicocálice: as glicoproteínas e os glicoaminoglicanos, que são primeiramente secretadas pela membrana plasmática e depois aderidas por ela (adsorção) Importância do glicocálice • Proteção química e mecânica das superfícies celulares (ex: o glicocálice das células da mucosa intestinal fazem a proteção contra os efeitos das enzimas digestivas) • Reconhecimento e adesão celular • Topo inibição • Especificidade celular • Função enzimática • Especifidade dos grupos sanguíneos do sistema ABO – os oligossacarídeos (união de dois a dez monossacarídeos) presentes no glicocálice das hemácias TRANSPORTES ATRAVÉS DA MEMBRANA A célula viva deve obter de seu ambiente materiais brutos para a biossínteses e produção de energia, devendo liberar para o meio seus produtos metabólicos Transportes de solutos através da célula Transporte em quantidade, ou em massa (nos quais a membrana da célula se deforma para a passagem de partículas que não conseguiriam atravessar a membrana) Transportes através da membrana (nos quais os solutos atravessam a membrana através da bicamada ou de um transportados proteico) Transporte em quantidade Nos transportes em quantidade as partículas não conseguem atravessar a membrana por uma questão de tamanho. A membrana se deforma para a entrada dessas substancias que devem necessariamente ser digeridas no meio intracelular • Endocitose: fagocitose e pinocitose • Exocitose: excreção e secreção ENDOCITOSE PROCESSOS CELULARES E MOLECULARES | PROFESSORA ANA KATARINA | ALUNA: CECÍLIA MARIA TAVARES MACHADO Fagocitose: a célula emite evaginações, ou prolongamentos (pseudópodos), que capturam a partícula ou estruturas de grandes dimensões Pinocitose: a célula invagina (dobra pra dentro) sua membrana em uma região específica, para captura da partícula EXOCITOSE A celular pode ainda mandar para o e-mail este celular resíduos da digestão de partículas ou do seu metabolismo (excreção) ou ainda substâncias produzidas no meio intracelular que serão de utilidade para outras células (secreção). Nos transportes através da membrana, os solutos entram ou saem da célula atravessando a bicamada de lipídios ou através de um transportador proteico. Nesse caso, temos: • transporte através da bicamada • transporte mediado por transportador proteico. Quando a substância transportada através da membrana ela pode sair ou entrar na célula acontece que isso pode dar às custas de energia ou não. • Quando um transporte precisa de energia para que possa acontecer é denominado transporte ativo. • Quando o transporte não precisa de energia para que possa acontecer é denominado transporte passivo. Os transportes através da bicamada são portanto TRANSPORTES PASSIVOS. Temos 3 tipos destes transportes: • Difusão simples • difusão facilitada • Osmose Difusão simples O soluto se move do local de maior concentração para o de menor concentração. Até que os 2 tenham concentrações iguais. Quando os íons de cargas opostas são separados por uma membrana permeável existe um gradiente elétrico transmembrana, um potencial de membrana. Difusão facilitada Proteínas que promovem esse transporte passivo não são enzimas, usualmente. As moléculas não são alteradas quimicamente. Esse processo é realizado por transportadores ou permeáveis SISTEMA DE CLASSE DE TRANSPORTES Varia quanto ao número de soluto transportado e direção que se move. Sistema de transporte uniporte: carreia apenas um substrato. Sistema de cotransporte: diferem no sentido de transporte. § Simporte móveis se simultaneamente no mesmo sentido. PROCESSOS CELULARES E MOLECULARES | PROFESSORA ANA KATARINA | ALUNA: CECÍLIA MARIA TAVARES MACHADO § Antiporte movem-se em sentidos opostos TRANSPORTE ATIVO Resulta em movimento dissoluto contra o gradiente de concentração ou eletroquímico. É acoplado a processos exergônicos, como absorção de luz reações de oxidação e hidrólise de ATP Acúmulo de soluto acoplado a reação e exergônica: ATP à ADP + P O transporte exergônico de um soluto está acoplado a um endergônico. Na+ K+ - ATPase da membrana: descoberta em 1957 Jens Skou • É um cotransportador que acopla fosforilação-defosforilação do resíduo de asparagina ao movimento de NA+ K+. Transporte eletrogênico • É responsável por manter as concentrações na célula em reação ao meio extra celular. Desloca 2K + para dentro e 3NA+ para fora. Simporte é o transporte de duas substâncias no mesmo sentido no carreador Exemplo: H+/ânion entra em um próton junto com a entrada de um ânion Antiporte é o transporte de 2 substâncias em sentidos contrários pelo carreador. Canais hidrofílicos transmembrana – aquaporina descoberta por Peter Agre ocorre em todas as membranas plasmáticas. PROCESSOS CELULARES E MOLECULARES | PROFESSORA ANA KATARINA | ALUNA: CECÍLIA MARIA TAVARES MACHADO
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