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APS de Processo Penal

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APS de Processo Penal: INF e PROC. Criminais.
Vitória Melo Aires
RA: 3364939
Turma: 003105B02 – Matutino
Matéria: Processo Penal – Infrações e Procedimentos Criminais Especiais
No caso desta disciplina será prevista como tal atividade a leitura e resenha do texto A FILOSOFIA DE AGAMBEN, O TERRORISMO DE BIN LADEN E O DIREITO PENAL DO INIMIGO: UM ESTUDO DE FRONTEIRAS ENTRE A PROTEÇÃO E A PUNIÇÃO de Fernando Antônio C. Alves de Souza e José Arlindo de Aguiar Filho in https://revistajusticaesistemacriminal.fae.edu/direito/article/download/17/15 .
A filosofia de Agabem, o terrorismo de Bin Laden e o Direito Penal do Inimigo: um estudo de fronteiras entre a proteção e a punição.
O tratamento diferenciado aos indivíduos está presente ao logo da História. Desde os tempos mais remotos, existe a concepção de que alguns sujeitos deveriam ser tratados como “inimigos” do Estado. Como bem observa Zaffaroni: “nada é muito novo no direito penal, de modo que a pré-história da legitimação discursiva do tratamento penal diferenciado do inimigo pode ser situada na Antiguidade e identificada em Protágoras e Platão”. Aliás, na História se verifica que esta argumentação remonta a Roma Antiga. Naquela época, o estrangeiro (“hostis”) era considerado inimigo, e, portanto, carecedor dos direitos que os romanos titularizavam em geral.
 A analise da obra aborda a contraposição da teoria desenvolvia pelo alemão Gunther Jakobs, o direito penal, com a teoria do italiano Giorgio Agamben. Tendo como pressuposto para tal estudo a morte do terrorista Osama Bin Laden – um inimigo ou um cidadão de direitos?
Para Jakobs, o direito penal do inimigo, surgiu para puir o inimigo, que para ele é todo aquele que pratica de maneira reenterrada delitos, ou quem pratica crimes gravíssimos contra o Estado, o terrorismo é um exemplo disso. Para ele, esses criminosos não devem ser vistos como alguém que cometeu crime, mas como alguém que deve ser severamente puído, pois a sua conduta ataca fortemente o ordenamento jurídico, visando destruí-lo, sendo assim esse individuo deve ser considerado inimigo, mais uma pessoa, mas sim uma coisa. 
A teoria defende que o individuo que não admite ingressar no estado de cidadania não pode participar dos benefícios processuais de um cidadão, por consequência O que se verifica é que os critérios para definição do conceito de “inimigo” foi se transmudando durante o tempo e o espaço. Como consequência, a partir do momento em que o indivíduo é visto como um “inimigo” do Estado, passa a ser “coisificado”, ou seja, deixa de ser tratado como pessoa, ficando ao largo dos direitos e garantias fundamentais, sejam materiais ou processuais.
Este discurso enxerga o “inimigo” como um ser perigoso, e que não pode ter os direitos mínimos assegurados pelos tratados internacionais que versam sobre direitos humanos, uma vez que estes criminosos que se voltam contra o próprio Estado. O “inimigo” não faz jus aos direitos e garantias processuais asseguradas aos “amigos” do Estado (“criminosos comuns”), tendo em vista que ele passa a ser “coisificado”, e não mais considerado uma pessoa. Estes seres perniciosos, não merecem ser submetidos a um julgamento justo, segundo os ditames do devido processo legal, perante a autoridade judiciária competente (juiz natural).
 Observa-se o direito penal em primazia deveria ser destinado a crimes que inevitavelmente devem ser punidos com pena privativa de liberdade, em que seriam aplicados estritamente os princípios processuais clássicos. Para outros tipos de crimes, m que haveria a possibilidade de aplicação de institutos despenalizadoras (alternativas à pena privativa de liberdade), haveria a possibilidade de flexibilização dos preditos princípios processuais clássicos. Mas com a vinda da Teoria Direito Penal Inimigo, pode se dizer que o inimigo não faria jus aos princípios processuais, logo, sendo objeto de medidas mais duras, tais como a prisão perpetua e a pena de morte. Essa teoria defende que se procure a evitar a ocorrência do crime. 
Outro aspecto dessa teoria é que a punição do criminoso não leva em conta um juízo de reprovação, mas a sua periculosidade. O direito penal do inimigo prevê tanto o endurecimento das penas quanto uma maior ação do estado para evitar a ocorrência do crime. Mas, há também medida que favorecem o inimigo que e uma forma ou de outra resolva colaborar com Estado, são as sanções penais premiadas, por exemplo, a delação premiada. 
 Tem-se como exceção um desvio de regra de lei, princípio, se configurará como uma medida "fora da regra" do poder estatal, como resposta imediata aos conflitos internos ou externos – aplicação em caráter excepcional defendido por Agamber: "uma forma legal, daquilo que não pode ter forma legal". 
O estado de exceção para Agamber: "não é um direito especial (como direito de guerra), mas, enquanto suspensão da própria ordem jurídica define seu patamar ou seu conceito limite”, ou seja, será a suspensão em caráter excepcional da ordem jurídica para proteger o estado. 
 O ataque do 11 de Setembro de 2001 foi o apogeu para o EUA ir atrás do famoso terrorista, e com isso teve como justificativa de que a sua morte foi em favor do Estado, de segurança coletiva, foi uma legitima defesa. Estamos diante do homo sacer a que tanto se refere Giorgio Agamben, como bem nos expõe Paulo César Busato “aquele que é considerado tão impuro que fica fora da jurisdição humana, cuja morte não se traduz, sequer, em homicídio a quem o poder soberano aplica a vida nua, ou seja, as regras destituídas de qualquer limite ou direito”.
A respeito do tema Kai Ambos, escreveu: 
"Os terroristas, também Osama Bin Laden, são seres humanos. Como tais, eles são detentores de direitos humanos. Entre esses, encontram-se também o direito à vida, a um tratamento humano e a um processo penal justo. Os direitos humanos fundamentais vigem também em um estado de exceção. Somente de forma excepcionalíssima, o direito à vida em tempos de paz é suspenso parcialmente, mais especificamente, em casos de legítima defesa. Se é certo que Bin Laden estava desarmado e foi assassinado intencionalmente, não teria aplicabilidade a legítima defesa, pois ela requer uma agressão injusta atual às forças especiais de intervenção. Teoricamente, ainda, seria possível uma hipótese de erro sobre a situação de legítima defesa. Mas, com isso, objetivamente, o homicídio continuaria sendo um ilícito. Portanto – diferentemente do que se referiu o presidente norte-americano – ele não teria servido à justiça, mas sim a prejudicou"
 Em suma, é possível assegurar ao Estado a proteção necessária sem que com isso tenha que agredir ás democracias, aos cidadãos e, o próprio Estado. Prova disso são as leis a favor do arguido, o direito penal notoriamente amigável, a favor do arguido para tutelar os seus direitos, garantindo o amplo direito de defesa, o contraditório, a obrigação do julgamento para que a sua vida garantida constitucionalmente e a liberdade é inalienável e indiscutível. Não depender do Estado sacrificando interesses, nomeando inimigos, e excluindo das coisas, mesmo especificamente, fora da guerra, que reivindicam o bem coletivo, em prol da proteção do Estado, portanto, deve subir a todos. Os cidadãos que fazem parte da sociedade devem agir para proteger os seus direitos e não excluir quaisquer violações da lei, porque para os infratores deve haver punições, mas deve haver medidas destinadas a reabilitá-los. A sua integração social. Proteger a sociedade como um todo e, assim, cumprir a real função do Estado.
Bibliografia:
BUSATO, P. C. Thomas Hobbes penalista. Rio de Janeiro: Lumen Juris, 2010. (Coleção por que ler os clássicos v. 2) p. 119
AMBOS, K. Os terroristas também têm direitos: Bin Laden não devia ter sido executado – nem mesmo em um conflito armado. Trad. do alemão por Pablo Rodrigo Alflen, com revisão do autor. Boletim IBCCRIM, São Paulo, v. 19, n. 223, p. 2, jun. 2011. Publicado originariamente em Frankfurter Allgemeine Zeitung, p. 6, 5 maio 2011.
Bibliografiafile:///C:/Users/Adm/Downloads/17-30-1-SM%20(3).pdf
https://www.conjur.com.br/2011-ago-07/morte-osama-bin-laden-expressao-direito-penal-inimigo

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