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Sexualidade - Ciclo sexual e Ato sexual feminino e masculino

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Gabriela Carvalho 
Sexualidade 
 
 
Ato sexual masculino 
• Glande do penis —> contém terminais 
sensoriais que transmitem sensação sexual 
para o SNC, importante sinal sensorial 
neural 
• Massagem na glande estimula os órgãos 
terminais sensoriais e sexuais —> vão para 
nervo pudendo —> nervo pudendo —> 
plexo sacral —> medula espinhal —> 
cérebro 
• Estímulos em áreas adjacentes ao penis 
(epitélio anal, saco escrotal e estruturas 
perineais) enviam sinais para a medula e 
aumentam a sensação sexual 
• Sensação sexual pode se originar em 
estruturas internas —> áreas da uretra, 
próstata, bexiga, vesículas seminais, 
testículos e canal deferente 
• Impulso sexual —> enchimento dos 
órgãos sexuais com secreções (pode ser 
causado por inflamação e infecções leves) 
• Elemento psíquico do estímulo sexual —> 
estímulos psíquicos podem aumentar ou 
inibir a capacidade da pessoa de realizar o 
ato sexual. Ex: pensamento em sexo ou 
sonhar com sexo (sonhos úmidos ) —> 
podem levar a ejaculação 
• A função cerebral não é necessária na 
realização do ato sexual masculino, apenas 
a estimulação apropriada dos genitais é 
necessária 
• O ato sexual masculino resulta de 
mecanismos reflexos integrados na 
medula espinhal sacral e lombar 
 
 
 
• Esses mecanismos podem iniciar por 
estimulação psíquica (vinda do cérebro) 
e/ou estimulação sexual nos órgãos 
sexuais 
 
 
 
Estágios do ato sexual masculino 
 
Ereção 
• Primeiro efeito do estímulo sexual 
masculino 
• Ereção é proporcional ao grau de 
estimulação (física ou psíquica) 
• Causada por impulsos parassimpáticos que 
passam da região sacral da medula pelos 
dos nervos pélvicos do pênis 
• Fibras parassimpáticas liberam óxido 
nítrico e/ou peptídeo intestinal vasoativo, 
e acetilcolina 
• Óxido nítrico —> ativa guanilil ciclase—> 
forma mais monofosfato ciclico de 
guanosina (GMPc) 
• GMPc relaxa as artérias do penis e as 
malhas trabeculares das fibras musculares 
do tecido erétil dos corpos cavernosos e 
esponjosos 
• Músculos relaxam: fluxo sanguíneo 
aumenta no pênis —> libera mais óxido 
nítrico(endotélio) —> causa vasodilatação 
• Tecido erétil do penis: composto por 
sinusóides cavernosos que não contém 
sangue, mas dilatam quando o fluxo 
sanguíneo arterial flui sob pressão (saída 
venosa é ocluída parcialmente) 
• Corpos eréteis são envolvidos por camada 
fibrosa espessa 
• Pressão elevada dentro dos sinusóides 
provoca enchimento do tecido erétil em 
extensão (pênis fica duro e alongado) —> 
ereção 
 
 
Gabriela Carvalho 
 
 
Lubrificação 
• Impulsos parassimpaticos promovem a 
secreção mucosa pelas glândulas uretrais e 
bulbouretrais 
• Muco flui pela uretra e auxilia na 
lubrificação 
 
Emissão e ejaculação 
• Clímax do ato sexual 
• Quando o estimulo fica muito intenso 
centros reflexos da medula espinal 
começam a emitir impulsos simpáticos 
iniciando a emissão precursora da 
ejaculação. Facilitado pela serotonina 
• Emissão: 
o Ocorre com a contração do canal 
deferente e da ampola —> 
promovendo a expulsão dos 
espermatozoides para a uretra interna 
o Contrações na camada muscular da 
próstata e das vesículas seminais 
expelem os líquidos prostático e 
seminal para a uretra —> forçando os 
espermatozoides para frente 
o Todos os líquidos se misturam na 
uretra interna (esperma, líquido 
prostático e seminal, muco das 
glândulas bulbouretrais) formando o 
sêmen 
 
• Ejaculação: 
o Enchimento da uretra interna com 
sêmen —> nervos pudendos 
transmitem sinais sensoriais para a 
região sacral da medula espinal —> 
causando sensação de plenitude 
súbita aos órgãos generais internos e 
contrações nos músculos 
ísquiocavernoso e bulbocavernoso 
o Isquio e bulbocavernoso comprimem 
as bases do tecido erétil 
o Esses efeitos induzem aumento da 
pressão do tecido erétil, dos ducto 
genitais e da uretra —> causando 
ejaculação do sêmen da uretra 
exterior 
• Emissão + ejaculação = orgasmo masculino 
→ fenômeno psíquico 
 
 
 
Anormalidades na função sexual masculina 
• Próstata 
o Começa a crescer na adolescência sob 
estímulo da testosterona 
o Para de crescer aos 20 
o Começa a regredir aos 50 anos 
o Tratamento para câncer de próstata 
(administração de estrogênio ou remoção 
dos testículos) pode causar disfunção 
erétil 
 
• Hipogonadismo 
o Menino perde seus testiculos antes da 
puberdade —> continua tendo órgãos 
sexuais infantis e características sexuais 
infantis por toda a vida 
o Castrado após a puberdade —> algumas 
características revertem para de criança 
o Castração de homens adultos —> diminui 
o desejo sexual, ereção ocorre mais 
dificilmente, ejaculação raramente ocorre 
(órgãos formadores do semen se 
degeneram) e ocorre perda do desejo 
psíquico 
 
• Disfunção erétil 
o Impotência —> incapacidade de 
desenvolver ou manter ereção de rigidez 
suficiente para relação sexual satisfatória 
o Causas: problemas neurológicos (trauma 
nos nervos parassimpáticos – cirurgia), 
níveis deficientes de testosterona, 
distúrbios vasculares (hipertensão e 
diabetes) e alguns fármacos (nicotina, 
álcool e antidepressivos) 
▪ Distúrbios vasculares diminuem a 
capacidade de dilatação dos vasos 
sanguíneos do pênis, devido a 
menor quantidade de óxido nítrico 
▪ Tratada com inibidores da 
fosfodiesterase 5 —> aumentam o 
GMPc 
 
 
Gabriela Carvalho 
Ato sexual feminino 
• Estímulo psíquico e físico (local) 
• Ter pensamentos sexuais pode levar ao 
desejo sexual feminino 
• Desejo baseia-se nos impulsos psicológico 
e fisiológico 
• O desejo aumenta em proporção ao nível 
de hormônios sexuais secretado (mudando 
de durante o ciclo) 
• Desejo sexual atinge seu pico na ovulação 
(elevados níveis de estrogênio no pré 
ovulatório) 
• Estimulação na vulva, vagina e regiões 
perianais causam sensações sexuais 
• Glande do clitóris é muito sensível ao início 
das sensações sexuais 
• Sinais sensoriais são transmitidos aos 
segmentos sacrais através do nervo 
pudendo e plexo sacral 
• Sinais chegam na medula → vão para 
cérebro 
 
Ereção e lubrificação 
o Da abertura da vagina ao clitóris existe 
o tecido erétil feminino (parecido com 
o masculino) 
o Controlado pelos nervos 
parassimpáticos → que passam pelos 
nervos erigentes desde o plexo sacral 
até a genitália externa 
o No início da estimulação as artérias do 
tecido erétil dilatam → devido a 
liberação de acetilcolina, óxido nítrico 
e polipeptídeo intestinal vasoativo 
o Causa acúmulo de sangue e contração 
do introito ao redor do penis 
(aumenta a estimulação sexual 
masculina) 
o Sinais parassimpáticos passam para as 
glândulas de Bartholin → secretam 
muco 
o Esse muco é responsável por lubrificar 
durante o ato sexual 
 
Orgasmo feminino 
o Estimulação sexual atinge capacidade 
máxima —> ocorre orgasmo (clímax) 
o Ajuda na fertilização do óvulo 
o Músculos perianeais se contraem 
ritmicamente devido ao reflexo da 
medula espinhal 
o Reflexos aumentam a motilidade 
uterina e falopiana durante o orgasmo 
o Orgasmo causa dilatação do canal 
cervical por até 30 minutos 
o Sensações sexuais intensas do 
orgasmo chegam ao cérebro 
provocando tensão muscular no corpo 
→ depois dão lugar a sensação de 
satisfação e relaxamento (resolução) 
 
 
 
 
Ciclo sexual 
Dividido em 4 fases: 
• Desejo (libido): é a vontade de ter uma 
atividade sexual ou ter pensamentos 
sexuais. 
• Excitação: sentimento subjetivo de prazer 
sexual acompanhado de alterações 
fisiológicas 
o Homem —> ereção peniana; 
o Mulher —> vasocongestão genital 
acompanhada de lubrificação 
vulvovaginal, aumento da pressão 
arterial e aumento da frequência 
cardíaca e respiratória 
 
• Orgasmo: é um reflexo com ápice do 
prazer sexual. 
o Homem, visível com a ejaculação; 
o Mulher, com contrações rítmicas dos 
músculos perineais 
 
• Resolução: associada a sensação de bem-
estar e relaxamento muscular. 
o O organismo retorna às condições 
iniciais.o O pênis perde a ereção e os testículos 
retornam para o fundo da bolsa 
escrotal. 
o Na mulher, o útero reassume sua 
posição original e o colo “volta” para 
dentro da vagina, a qual perde o 
Gabriela Carvalho 
tônus. Desfaz-se a vasocongestão, e a 
musculatura retoma o tônus normal 
 
• Período refratário: ocorre principalmente 
em homens 
o Genitais não respondem aos estímulos 
o Precisa de um tempo para reiniciar as 
respostas sexuais (minutos á dias) 
 
 
 
 
Disfunção sexual 
• Anamnese sexual: avaliar desenvolvimento 
sexual, educação sexual, influência cultural 
e religiosa, antecedentes sexuais 
(traumas), situação do relacionamento 
atual, uso de contraceptivos, as práticas e 
preferências sexuais. 
• Realizar exames laboratoriais, exame 
físico geram e genital 
• Geram sofrimento 
• Saber se é persistente ou recorrente 
• Passar exames para saber se é psicológica 
ou fisiológica 
 
Transtorno do desejo sexual 
• Transtorno de desejo sexual hipoativo e 
hiperativo e transtorno de aversão sexual 
• É a perda do desejo sexual e ausência das 
fantasias sexuais —> não impede o prazer 
ou a excitação, mas causando sofrimento e 
dificuldades entre o casal, faltando 
motivação renovada para o contato sexual 
• O desejo sexual é afetado por: questões 
emocionais, físicas e psicossociais; 
problemas financeiros e dificuldades de 
relacionamento (diminuem o desejo) 
• Mulheres são mais sensíveis a influência 
dessas situações —> transtornos de desejo 
são mais prevalentes em mulheres 
• Causas: 
o Menopausa (deficiência estrogênica) 
o Depressão (antidepressivos) 
o Odores fortes do parceiro (suor, 
esperma...) 
 
• Transtorno de aversão sexual: a paciente 
associa o contato sexual a fortes 
sentimentos negativos —> gera medo ou 
ansiedade tão intensos que acabam por 
evitar o contato sexual genital ( e até 
mesmo não ligado a situação sexual, como 
beijos e carícias) 
• Causas: 
o Transtornos psiquiátricos: transtorno 
obsessivo-compulsivo e transtorno de 
estresse pós-traumático 
 
 
Transtornos da excitação sexual 
• Transtorno da excitação sexual feminina e 
transtorno erétil masculino 
• Associados à falta de prazer com contato 
erótico sexual 
• A lubrificação/turgescência não é 
adequada para a atividade sexual, gerando 
sofrimento e dificuldades interpessoais 
• Coito é realizado de forma breve, cessando 
rapidamente a sensação ruim que é gerada 
• A excitação no homem é traduzida pela 
ereção peniana; nas mulheres, pela 
lubrificação vulvo-vaginal 
• Ressecamento vaginal 
• Disfunção erétil 
 
 
Transtornos orgásmicos 
• Transtorno orgásmico feminino, 
transtorno orgásmico masculino e 
ejaculação precoce 
• Anorgasmia: é a incapacidade de atingir o 
orgasmo seja pela penetração ou pela 
masturbação, após uma fase normal de 
excitação sexual 
o Primária: mulher nunca teve orgasmo 
ao longo de toda a vida 
o Secundária: mulher já teve orgasmo e 
passou a não tê-los 
o Absoluta: quando ocorre sempre 
o Situacional: ocorre somente em 
situações determinadas, como local 
em que a mulher não se sente 
confortável ou com algum parceiro 
específico 
o Psicológico → traumas 
Gabriela Carvalho 
o Orgânica → fator fisiológico 
(testosterona e estrogênio) 
o Ejaculação precoce → 
o Ejaculação retardada → dificuldade de 
ejacular 
o Ejaculação Retrograda → sêmen é 
direcionado para a bexiga 
(anormalidades estruturais) 
 
 
 
Transtornos de dor sexual 
• Dispareunia: dor recorrente e persistente 
que ocorre antes, durante ou após o ato 
sexual —> pode estar associada ao 
vaginismo 
• A dor sentida durante o sexo pode causar 
estado de ansiedade e tensão intensos —> 
mulher acaba contraindo a musculatura 
involuntariamente —> agravando ainda 
mais o quadro da dispareunia e tornando o 
ato sexual insuportável 
• Vaginismo: dificuldade de realizar o coito 
devido a espasmos involuntários dos 
músculos ao redor do introito vaginal —> 
penetração torna-se impossível ou 
extremamente dolorosa 
o Pode ter relação com interações 
psicofisiossociais 
• Prostatites 
• Uretrites 
• Fimose 
 
 
 
 
 
Fatores de risco e causas 
 
Etiologia é multifatorial: 
• Problemas hormonais, psicológicos, temor 
de gravidez; 
• Conflitos da relação, estresse, cansaço; 
• História prévia de abuso sexual 
• Uso de medicamentos que causam 
diminuição da libido 
• Problemas físicos que provocam 
desconforto na relação, como os gerados 
por atrofia vaginal, vaginites ou 
endometriose 
 
 
Menopausa / idade 
• Cursa com diminuição estrogênica (causa 
secura vaginal e dispareunia) 
 
 
 
Ginecológicos 
• Período puerperal: 80% relatam 
problemas sexuais nos primeiros 3 meses 
após o nascimento e 64% após os 6 meses 
o Queixas são de causa multifatorial —> 
ocorrem devido aos baixos níveis de 
esteroide (causados pela elevação da 
prolactina) 
o A diminuição da libido e dispareunia 
ocorrem em pacientes com parto 
cesáreo e vaginal 
 
• Alterações no assoalho pélvico e 
incontinência urinária: prolapsos vaginais, 
uterinos ou retais e incontinência urinária 
(IU) são frequentes 
o Tratamento cirúrgico —> algumas 
relata melhora 
o Tratamento hormonal —> reposição 
hormonal 
 
• Endometriose: causa dispareunia profunda 
 
• Contraceptivos hormonais: podem causar 
diminuição da libido. 
o Os ACOs suprimem a produção 
ovariana de testosterona via 
supressão da produção de LH pela 
hipófise 
o Estrogênios aumentam a 
concentração da proteína 
transportadora dos hormônios sexuais 
(SHBG), ambos diminuindo a 
concentração de testosterona livre 
o Testosterona atua na resposta sexual 
o As pacientes que apresentam 
disfunção sexual com uso de 
contraceptivo oral há muito tempo 
Gabriela Carvalho 
têm a função sexual melhorada com a 
troca de método 
 
 
Medicamentos e drogas: 
• benzodiazepínicos e inibidores seletivos da 
recaptação da serotonina (ISRS), podem 
causar disfunção sexual 
o Podem ser necessários ajustes na 
dosagem ou na formulação, troca ou 
até mesmo suspensão desses 
medicamentos para permitir uma 
melhora na função sexual 
 
• Tabagismo e uso crônico do álcool: causa 
inibição do desenho sexual em mulheres 
 
• Problemas no relacionamento: para boa 
vida sexual deve haver um bom 
relacionamento entre o casal 
o Grande parte dos problemas sexuais 
está ligada a problemas conjugais 
 
 
 
 
Diagnóstico e avaliação 
 
História médica 
• História médica completa deve ser feita a 
primeira consulta 
• Muitas doenças e medicamentos que 
podem causar disfunções sexuais 
• Investigar o uso de medicamentos e 
drogas lícitas e ilícitas e doenças como 
diabete, problemas psiquiátricos, 
depressão, hipertensão… —> podem 
causar disfunção 
• Histórico geral da vida sexual: início, 
abuso ou traumas 
• História ginecológica: buscar fatores que 
possam se relacionar ao problema 
o História gestacional, número de filhos, 
tipo de parto, complicações no parto e 
puerpério; 
o Histórico de abortamentos; 
o Dor vulvar, vaginal e dispareunia; 
o Incontinência urinária ou intestinal; 
o Cirurgias pélvicas anteriores; 
o Sintomas de menopausa/climatério; 
o Método anticoncepcional; 
o Desejo ou não de gravidez; 
o História de infecções vaginais e 
doenças sexualmente transmissíveis 
(DSTs); 
o Relacionamento conjugal 
 
 
 
 
História sexual 
• Não é feita em uma consulta, deve-se 
respeitar o tempo da paciente de ter 
confiança no médico 
• Perguntar sempre qual é o problema que a 
atinge: diminuição de desejo, dificuldade 
de orgasmos ou dispareunia (dor na 
relação sexual) 
• Avaliar se o problema iniciou com um 
parceiro específico ou associado a algum 
trauma psicológico, como abuso ou 
traumas físicos, como infecções ou 
cirurgias 
• Perguntar sobre uso de métodos 
anticoncepcionais e preservativo, se a 
paciente já fez alguma avaliaçãosobre DST 
e se teve alguma relação de risco 
• Investigar dor: saber se a dor é profunda 
ou não; se ocorre antes, durante ou após o 
ato; se existe a dificuldade de penetração 
Gabriela Carvalho 
• Investigar sintoma de enojamento durante 
o ato; se ocorre em todos os atos sexuais 
ou em apenas algumas ocasiões 
• Avaliar a vida do casal: interesse sexual, 
hábitos de vida, vícios, educação familiar e 
religiosa 
 
 
Exame físico 
• Avaliar da anatomia: lesões vulvovaginais, 
trofismo, prolapsos 
• Sangramento uterino anormal, 
corrimentos vaginais 
• Pacientes com dispareunia: abordar a 
avaliação da dor 
 
 
Exame laboratorial 
• Apenas indicado nas pacientes com 
alterações na história e no exame físico 
o Ecografia pélvica transvaginal 
o Avaliação sanguínea —> TSH e 
prolactina 
▪ Hipotireoidismo e 
hipertireoidismo podem 
cursar com diminuição da 
libido, impotência e diminuir 
a fertilidade em mulheres 
▪ Hipertiroidismo está 
relacionado a ejaculação 
precoce em homens 
o Níveis de andrógenos, estradiol, FSH e 
LH não são necessários para avaliação 
sexual (suas concentrações não 
predizem alterações sexuais) 
 
o Avaliação endometrial e coleta do 
Papanicolau 
 
 
 
 
Manejo 
Transtorno de desejo sexual hipoativo 
• Avaliar condições médicas da paciente 
• Tratamento deve ser realizado em 
conjunto com terapeutas sexuais 
• Terapia de casal: auxilia na identificação de 
aspectos negativos no relacionamento e 
identificar as cognições acerca da 
sexualidade que podem estar contribuindo 
para essa disfunção 
• Estimular a dizer o que gosta e conhecer os 
gostos do parceiro 
 
 
 
Transtorno de aversão sexual 
• Necessária avaliação minuciosa para o 
diagnóstico desse transtorno 
o Valorizando sintomas orgânicos —> 
início e a extensão do quadro aversivo 
o Para entender as causas e planejar o 
tratamento. 
• Tratamento é psicoterápico —> terapia 
cognitivo-comportamental 
o Psicoeducação: explicando para a 
paciente o que é o transtorno e quais 
suas consequências 
o Em seguida, trabalhando com 
reestruturação cognitiva para os 
estímulos aversivos 
o Ou seja, identifica cognições 
distorcidas e corrige 
 
 
Transtorno do desejo sexual hiperativo 
• O excesso de desejo sexual (hipererosia) 
• A masturbação funciona como mecanismo 
intermediário que antecede a espera pelo 
ato sexual em si, mantendo a paciente em 
busca contínua de relação sexual 
• Tratamento é a psicoterapia cognitivo-
comportamental 
• Pode ser associada ao uso de fármacos, 
como os ISRS (inibidores selectivos da 
recaptação da serotonina) 
 
 
Transtornos da excitação 
• Para considerar que a paciente tem um 
trans- torno de excitação, é necessário 
certificar-se de que o quadro não é melhor 
explicado por efeitos de medicamentos ou 
condições orgânicas 
• Tratamento deve incluir psicoterapia 
Gabriela Carvalho 
• Observação: a lubrificação vulvovaginal é 
exatamente igual à ereção peniana, sendo 
conduzida pelos mesmos nervos, e a 
manifestação vascular é exatamente a 
mesma. Qualquer situação que possa 
promover dificuldade de ereção peniana 
também causa dificuldade de lubrificação 
vulvovaginal 
 
 
Transtorno orgásmico 
• A anorgasmia feminina consiste na falta da 
sensação orgásmica na relação sexual 
• Necessário esclarecer que orgasmo 
clitoriano e o vaginal são iguais 
fisiologicamente 
• Tratamento: psicoterapia (devido as casas 
emocionais associadas); autoestimulação; 
hormonioterapia com testosterona 
 
 
Vaginismo 
• Paciente com dificuldade de penetração, 
mas prática ato sexual por carícias 
• Tem dificuldade de expressar seus 
sentimentos 
• Tratamento: consiste em ajudar a paciente 
a se sentir mais à vontade com seu corpo, 
expondo-se a diferentes graus de 
penetração gradativamente 
 
 
Dispareunia 
• Depende da etiologia: 
• Atrofia urogenital: é a causa mais comum 
de dispareunia em pacientes climatéricas. 
o Tratamento: Terapia hormonal 
 
• Secura vaginal: secundária à baixa 
quantidade de estrogênio devido ao 
climatério; entretanto, pacientes jovens 
também podem apresentar, 
principalmente por causa de fatores 
estressantes no relacionamento ou 
medicamentos 
o Tratamento: uso de lubrificantes e 
correção da causa 
 
• Vulvodínea: é a sensação, mesmo sem ser 
provocada, de dor, irritação, desconforto e 
queimação vulvar. A dispareunia pode ou 
não estar associada. 
o O diagnóstico é feito por meio da 
história e do exame físico sem 
achados, com presença apenas dos 
sintomas descritos. 
o Tratamento pode ser realizado com o 
uso da amitriptilina ou gabapentina, 
se com o primeiro não tiver sucesso. 
Pode-se ter bom resultado com o uso 
de testosterona tópica. 
 
• Cistite: os sintomas são de disúria, 
urgência urinária e dor suprapúbica; 
todavia, pode ocorrer também 
dispareunia. 
o Tratamento: antibióticos e reposição 
hormonal 
 
• Endometriose: uma das principais causas 
de dor pélvica crônica e dispareunia 
 
• Vulvovaginites: causam inflamação e 
edema local. Durante o intercurso, 
provocam dor. 
o Tratamento depende do agente 
etiológico 
 
• Retroversão uterina: apesar de ser uma 
variação da normalidade, a retroversão 
uterina pode causar dispareunia profunda. 
o Pode ser secundária a outras doenças, 
como a endometriose 
o Tratamento: cirurgia de suspensão 
uterina por via laparoscópica 
 
 
Terapia hormonal 
• Pacientes pós-menopáusicas com secura 
vaginal e dispareunia, recomendamos o 
uso de estrogênio tópico via vaginal 
• Mulheres contraindicadas (mesmo com 
baixas doses de estrogênio) devem usar 
lubrificantes vaginais à base de água 
durante o ato sexual 
 
• Uso de andrógenos (testosterona): 
Gabriela Carvalho 
o Em mulheres na pós menopausa —> 
melhora a libido (desejo sexual) e 
melhora a função sexual 
o A associação de estradiol e 
testosterona em ésteres sob forma 
injetável vem sendo estudada, 
promovendo um padrão muito 
satisfatório de vida sexual* como os 
relatados a seguir: 
▪ 1. Capacidade de sentir 
desejo sexual com 
aparecimento de fantasias 
eróticas. 
▪ 2. Aumento da lubrificação 
vulvovaginal. 
▪ 3. Obtenção mais fácil e 
rápida do orgasmo, sensação 
de erotismo nas mamas. 
▪ 4. Orgasmos mais intensos e 
mais demorados. 
▪ 5. Melhora da autoestima e 
sensação de felicidade. 
 
o Eventuais efeitos colaterais relatados 
por nossas pacientes com o uso da 
associação de estradiol e testosterona: 
▪ 1. Aumento dos pelos do 
buço e pernas. 
▪ 2. Aumento de peso corporal 
(a maioria das pa- cientes 
perde peso). 
▪ 3. Aparecimento de acne na 
face e nas costas. 
▪ 4. Turgência e ereção 
clitoriana mais demoradas e 
intensas, dando a impressão 
de que o clitóris está maior. 
▪ 5. Aumento do volume do 
clitóris.

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