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Gabriela Carvalho Sexualidade Ato sexual masculino • Glande do penis —> contém terminais sensoriais que transmitem sensação sexual para o SNC, importante sinal sensorial neural • Massagem na glande estimula os órgãos terminais sensoriais e sexuais —> vão para nervo pudendo —> nervo pudendo —> plexo sacral —> medula espinhal —> cérebro • Estímulos em áreas adjacentes ao penis (epitélio anal, saco escrotal e estruturas perineais) enviam sinais para a medula e aumentam a sensação sexual • Sensação sexual pode se originar em estruturas internas —> áreas da uretra, próstata, bexiga, vesículas seminais, testículos e canal deferente • Impulso sexual —> enchimento dos órgãos sexuais com secreções (pode ser causado por inflamação e infecções leves) • Elemento psíquico do estímulo sexual —> estímulos psíquicos podem aumentar ou inibir a capacidade da pessoa de realizar o ato sexual. Ex: pensamento em sexo ou sonhar com sexo (sonhos úmidos ) —> podem levar a ejaculação • A função cerebral não é necessária na realização do ato sexual masculino, apenas a estimulação apropriada dos genitais é necessária • O ato sexual masculino resulta de mecanismos reflexos integrados na medula espinhal sacral e lombar • Esses mecanismos podem iniciar por estimulação psíquica (vinda do cérebro) e/ou estimulação sexual nos órgãos sexuais Estágios do ato sexual masculino Ereção • Primeiro efeito do estímulo sexual masculino • Ereção é proporcional ao grau de estimulação (física ou psíquica) • Causada por impulsos parassimpáticos que passam da região sacral da medula pelos dos nervos pélvicos do pênis • Fibras parassimpáticas liberam óxido nítrico e/ou peptídeo intestinal vasoativo, e acetilcolina • Óxido nítrico —> ativa guanilil ciclase—> forma mais monofosfato ciclico de guanosina (GMPc) • GMPc relaxa as artérias do penis e as malhas trabeculares das fibras musculares do tecido erétil dos corpos cavernosos e esponjosos • Músculos relaxam: fluxo sanguíneo aumenta no pênis —> libera mais óxido nítrico(endotélio) —> causa vasodilatação • Tecido erétil do penis: composto por sinusóides cavernosos que não contém sangue, mas dilatam quando o fluxo sanguíneo arterial flui sob pressão (saída venosa é ocluída parcialmente) • Corpos eréteis são envolvidos por camada fibrosa espessa • Pressão elevada dentro dos sinusóides provoca enchimento do tecido erétil em extensão (pênis fica duro e alongado) —> ereção Gabriela Carvalho Lubrificação • Impulsos parassimpaticos promovem a secreção mucosa pelas glândulas uretrais e bulbouretrais • Muco flui pela uretra e auxilia na lubrificação Emissão e ejaculação • Clímax do ato sexual • Quando o estimulo fica muito intenso centros reflexos da medula espinal começam a emitir impulsos simpáticos iniciando a emissão precursora da ejaculação. Facilitado pela serotonina • Emissão: o Ocorre com a contração do canal deferente e da ampola —> promovendo a expulsão dos espermatozoides para a uretra interna o Contrações na camada muscular da próstata e das vesículas seminais expelem os líquidos prostático e seminal para a uretra —> forçando os espermatozoides para frente o Todos os líquidos se misturam na uretra interna (esperma, líquido prostático e seminal, muco das glândulas bulbouretrais) formando o sêmen • Ejaculação: o Enchimento da uretra interna com sêmen —> nervos pudendos transmitem sinais sensoriais para a região sacral da medula espinal —> causando sensação de plenitude súbita aos órgãos generais internos e contrações nos músculos ísquiocavernoso e bulbocavernoso o Isquio e bulbocavernoso comprimem as bases do tecido erétil o Esses efeitos induzem aumento da pressão do tecido erétil, dos ducto genitais e da uretra —> causando ejaculação do sêmen da uretra exterior • Emissão + ejaculação = orgasmo masculino → fenômeno psíquico Anormalidades na função sexual masculina • Próstata o Começa a crescer na adolescência sob estímulo da testosterona o Para de crescer aos 20 o Começa a regredir aos 50 anos o Tratamento para câncer de próstata (administração de estrogênio ou remoção dos testículos) pode causar disfunção erétil • Hipogonadismo o Menino perde seus testiculos antes da puberdade —> continua tendo órgãos sexuais infantis e características sexuais infantis por toda a vida o Castrado após a puberdade —> algumas características revertem para de criança o Castração de homens adultos —> diminui o desejo sexual, ereção ocorre mais dificilmente, ejaculação raramente ocorre (órgãos formadores do semen se degeneram) e ocorre perda do desejo psíquico • Disfunção erétil o Impotência —> incapacidade de desenvolver ou manter ereção de rigidez suficiente para relação sexual satisfatória o Causas: problemas neurológicos (trauma nos nervos parassimpáticos – cirurgia), níveis deficientes de testosterona, distúrbios vasculares (hipertensão e diabetes) e alguns fármacos (nicotina, álcool e antidepressivos) ▪ Distúrbios vasculares diminuem a capacidade de dilatação dos vasos sanguíneos do pênis, devido a menor quantidade de óxido nítrico ▪ Tratada com inibidores da fosfodiesterase 5 —> aumentam o GMPc Gabriela Carvalho Ato sexual feminino • Estímulo psíquico e físico (local) • Ter pensamentos sexuais pode levar ao desejo sexual feminino • Desejo baseia-se nos impulsos psicológico e fisiológico • O desejo aumenta em proporção ao nível de hormônios sexuais secretado (mudando de durante o ciclo) • Desejo sexual atinge seu pico na ovulação (elevados níveis de estrogênio no pré ovulatório) • Estimulação na vulva, vagina e regiões perianais causam sensações sexuais • Glande do clitóris é muito sensível ao início das sensações sexuais • Sinais sensoriais são transmitidos aos segmentos sacrais através do nervo pudendo e plexo sacral • Sinais chegam na medula → vão para cérebro Ereção e lubrificação o Da abertura da vagina ao clitóris existe o tecido erétil feminino (parecido com o masculino) o Controlado pelos nervos parassimpáticos → que passam pelos nervos erigentes desde o plexo sacral até a genitália externa o No início da estimulação as artérias do tecido erétil dilatam → devido a liberação de acetilcolina, óxido nítrico e polipeptídeo intestinal vasoativo o Causa acúmulo de sangue e contração do introito ao redor do penis (aumenta a estimulação sexual masculina) o Sinais parassimpáticos passam para as glândulas de Bartholin → secretam muco o Esse muco é responsável por lubrificar durante o ato sexual Orgasmo feminino o Estimulação sexual atinge capacidade máxima —> ocorre orgasmo (clímax) o Ajuda na fertilização do óvulo o Músculos perianeais se contraem ritmicamente devido ao reflexo da medula espinhal o Reflexos aumentam a motilidade uterina e falopiana durante o orgasmo o Orgasmo causa dilatação do canal cervical por até 30 minutos o Sensações sexuais intensas do orgasmo chegam ao cérebro provocando tensão muscular no corpo → depois dão lugar a sensação de satisfação e relaxamento (resolução) Ciclo sexual Dividido em 4 fases: • Desejo (libido): é a vontade de ter uma atividade sexual ou ter pensamentos sexuais. • Excitação: sentimento subjetivo de prazer sexual acompanhado de alterações fisiológicas o Homem —> ereção peniana; o Mulher —> vasocongestão genital acompanhada de lubrificação vulvovaginal, aumento da pressão arterial e aumento da frequência cardíaca e respiratória • Orgasmo: é um reflexo com ápice do prazer sexual. o Homem, visível com a ejaculação; o Mulher, com contrações rítmicas dos músculos perineais • Resolução: associada a sensação de bem- estar e relaxamento muscular. o O organismo retorna às condições iniciais.o O pênis perde a ereção e os testículos retornam para o fundo da bolsa escrotal. o Na mulher, o útero reassume sua posição original e o colo “volta” para dentro da vagina, a qual perde o Gabriela Carvalho tônus. Desfaz-se a vasocongestão, e a musculatura retoma o tônus normal • Período refratário: ocorre principalmente em homens o Genitais não respondem aos estímulos o Precisa de um tempo para reiniciar as respostas sexuais (minutos á dias) Disfunção sexual • Anamnese sexual: avaliar desenvolvimento sexual, educação sexual, influência cultural e religiosa, antecedentes sexuais (traumas), situação do relacionamento atual, uso de contraceptivos, as práticas e preferências sexuais. • Realizar exames laboratoriais, exame físico geram e genital • Geram sofrimento • Saber se é persistente ou recorrente • Passar exames para saber se é psicológica ou fisiológica Transtorno do desejo sexual • Transtorno de desejo sexual hipoativo e hiperativo e transtorno de aversão sexual • É a perda do desejo sexual e ausência das fantasias sexuais —> não impede o prazer ou a excitação, mas causando sofrimento e dificuldades entre o casal, faltando motivação renovada para o contato sexual • O desejo sexual é afetado por: questões emocionais, físicas e psicossociais; problemas financeiros e dificuldades de relacionamento (diminuem o desejo) • Mulheres são mais sensíveis a influência dessas situações —> transtornos de desejo são mais prevalentes em mulheres • Causas: o Menopausa (deficiência estrogênica) o Depressão (antidepressivos) o Odores fortes do parceiro (suor, esperma...) • Transtorno de aversão sexual: a paciente associa o contato sexual a fortes sentimentos negativos —> gera medo ou ansiedade tão intensos que acabam por evitar o contato sexual genital ( e até mesmo não ligado a situação sexual, como beijos e carícias) • Causas: o Transtornos psiquiátricos: transtorno obsessivo-compulsivo e transtorno de estresse pós-traumático Transtornos da excitação sexual • Transtorno da excitação sexual feminina e transtorno erétil masculino • Associados à falta de prazer com contato erótico sexual • A lubrificação/turgescência não é adequada para a atividade sexual, gerando sofrimento e dificuldades interpessoais • Coito é realizado de forma breve, cessando rapidamente a sensação ruim que é gerada • A excitação no homem é traduzida pela ereção peniana; nas mulheres, pela lubrificação vulvo-vaginal • Ressecamento vaginal • Disfunção erétil Transtornos orgásmicos • Transtorno orgásmico feminino, transtorno orgásmico masculino e ejaculação precoce • Anorgasmia: é a incapacidade de atingir o orgasmo seja pela penetração ou pela masturbação, após uma fase normal de excitação sexual o Primária: mulher nunca teve orgasmo ao longo de toda a vida o Secundária: mulher já teve orgasmo e passou a não tê-los o Absoluta: quando ocorre sempre o Situacional: ocorre somente em situações determinadas, como local em que a mulher não se sente confortável ou com algum parceiro específico o Psicológico → traumas Gabriela Carvalho o Orgânica → fator fisiológico (testosterona e estrogênio) o Ejaculação precoce → o Ejaculação retardada → dificuldade de ejacular o Ejaculação Retrograda → sêmen é direcionado para a bexiga (anormalidades estruturais) Transtornos de dor sexual • Dispareunia: dor recorrente e persistente que ocorre antes, durante ou após o ato sexual —> pode estar associada ao vaginismo • A dor sentida durante o sexo pode causar estado de ansiedade e tensão intensos —> mulher acaba contraindo a musculatura involuntariamente —> agravando ainda mais o quadro da dispareunia e tornando o ato sexual insuportável • Vaginismo: dificuldade de realizar o coito devido a espasmos involuntários dos músculos ao redor do introito vaginal —> penetração torna-se impossível ou extremamente dolorosa o Pode ter relação com interações psicofisiossociais • Prostatites • Uretrites • Fimose Fatores de risco e causas Etiologia é multifatorial: • Problemas hormonais, psicológicos, temor de gravidez; • Conflitos da relação, estresse, cansaço; • História prévia de abuso sexual • Uso de medicamentos que causam diminuição da libido • Problemas físicos que provocam desconforto na relação, como os gerados por atrofia vaginal, vaginites ou endometriose Menopausa / idade • Cursa com diminuição estrogênica (causa secura vaginal e dispareunia) Ginecológicos • Período puerperal: 80% relatam problemas sexuais nos primeiros 3 meses após o nascimento e 64% após os 6 meses o Queixas são de causa multifatorial —> ocorrem devido aos baixos níveis de esteroide (causados pela elevação da prolactina) o A diminuição da libido e dispareunia ocorrem em pacientes com parto cesáreo e vaginal • Alterações no assoalho pélvico e incontinência urinária: prolapsos vaginais, uterinos ou retais e incontinência urinária (IU) são frequentes o Tratamento cirúrgico —> algumas relata melhora o Tratamento hormonal —> reposição hormonal • Endometriose: causa dispareunia profunda • Contraceptivos hormonais: podem causar diminuição da libido. o Os ACOs suprimem a produção ovariana de testosterona via supressão da produção de LH pela hipófise o Estrogênios aumentam a concentração da proteína transportadora dos hormônios sexuais (SHBG), ambos diminuindo a concentração de testosterona livre o Testosterona atua na resposta sexual o As pacientes que apresentam disfunção sexual com uso de contraceptivo oral há muito tempo Gabriela Carvalho têm a função sexual melhorada com a troca de método Medicamentos e drogas: • benzodiazepínicos e inibidores seletivos da recaptação da serotonina (ISRS), podem causar disfunção sexual o Podem ser necessários ajustes na dosagem ou na formulação, troca ou até mesmo suspensão desses medicamentos para permitir uma melhora na função sexual • Tabagismo e uso crônico do álcool: causa inibição do desenho sexual em mulheres • Problemas no relacionamento: para boa vida sexual deve haver um bom relacionamento entre o casal o Grande parte dos problemas sexuais está ligada a problemas conjugais Diagnóstico e avaliação História médica • História médica completa deve ser feita a primeira consulta • Muitas doenças e medicamentos que podem causar disfunções sexuais • Investigar o uso de medicamentos e drogas lícitas e ilícitas e doenças como diabete, problemas psiquiátricos, depressão, hipertensão… —> podem causar disfunção • Histórico geral da vida sexual: início, abuso ou traumas • História ginecológica: buscar fatores que possam se relacionar ao problema o História gestacional, número de filhos, tipo de parto, complicações no parto e puerpério; o Histórico de abortamentos; o Dor vulvar, vaginal e dispareunia; o Incontinência urinária ou intestinal; o Cirurgias pélvicas anteriores; o Sintomas de menopausa/climatério; o Método anticoncepcional; o Desejo ou não de gravidez; o História de infecções vaginais e doenças sexualmente transmissíveis (DSTs); o Relacionamento conjugal História sexual • Não é feita em uma consulta, deve-se respeitar o tempo da paciente de ter confiança no médico • Perguntar sempre qual é o problema que a atinge: diminuição de desejo, dificuldade de orgasmos ou dispareunia (dor na relação sexual) • Avaliar se o problema iniciou com um parceiro específico ou associado a algum trauma psicológico, como abuso ou traumas físicos, como infecções ou cirurgias • Perguntar sobre uso de métodos anticoncepcionais e preservativo, se a paciente já fez alguma avaliaçãosobre DST e se teve alguma relação de risco • Investigar dor: saber se a dor é profunda ou não; se ocorre antes, durante ou após o ato; se existe a dificuldade de penetração Gabriela Carvalho • Investigar sintoma de enojamento durante o ato; se ocorre em todos os atos sexuais ou em apenas algumas ocasiões • Avaliar a vida do casal: interesse sexual, hábitos de vida, vícios, educação familiar e religiosa Exame físico • Avaliar da anatomia: lesões vulvovaginais, trofismo, prolapsos • Sangramento uterino anormal, corrimentos vaginais • Pacientes com dispareunia: abordar a avaliação da dor Exame laboratorial • Apenas indicado nas pacientes com alterações na história e no exame físico o Ecografia pélvica transvaginal o Avaliação sanguínea —> TSH e prolactina ▪ Hipotireoidismo e hipertireoidismo podem cursar com diminuição da libido, impotência e diminuir a fertilidade em mulheres ▪ Hipertiroidismo está relacionado a ejaculação precoce em homens o Níveis de andrógenos, estradiol, FSH e LH não são necessários para avaliação sexual (suas concentrações não predizem alterações sexuais) o Avaliação endometrial e coleta do Papanicolau Manejo Transtorno de desejo sexual hipoativo • Avaliar condições médicas da paciente • Tratamento deve ser realizado em conjunto com terapeutas sexuais • Terapia de casal: auxilia na identificação de aspectos negativos no relacionamento e identificar as cognições acerca da sexualidade que podem estar contribuindo para essa disfunção • Estimular a dizer o que gosta e conhecer os gostos do parceiro Transtorno de aversão sexual • Necessária avaliação minuciosa para o diagnóstico desse transtorno o Valorizando sintomas orgânicos —> início e a extensão do quadro aversivo o Para entender as causas e planejar o tratamento. • Tratamento é psicoterápico —> terapia cognitivo-comportamental o Psicoeducação: explicando para a paciente o que é o transtorno e quais suas consequências o Em seguida, trabalhando com reestruturação cognitiva para os estímulos aversivos o Ou seja, identifica cognições distorcidas e corrige Transtorno do desejo sexual hiperativo • O excesso de desejo sexual (hipererosia) • A masturbação funciona como mecanismo intermediário que antecede a espera pelo ato sexual em si, mantendo a paciente em busca contínua de relação sexual • Tratamento é a psicoterapia cognitivo- comportamental • Pode ser associada ao uso de fármacos, como os ISRS (inibidores selectivos da recaptação da serotonina) Transtornos da excitação • Para considerar que a paciente tem um trans- torno de excitação, é necessário certificar-se de que o quadro não é melhor explicado por efeitos de medicamentos ou condições orgânicas • Tratamento deve incluir psicoterapia Gabriela Carvalho • Observação: a lubrificação vulvovaginal é exatamente igual à ereção peniana, sendo conduzida pelos mesmos nervos, e a manifestação vascular é exatamente a mesma. Qualquer situação que possa promover dificuldade de ereção peniana também causa dificuldade de lubrificação vulvovaginal Transtorno orgásmico • A anorgasmia feminina consiste na falta da sensação orgásmica na relação sexual • Necessário esclarecer que orgasmo clitoriano e o vaginal são iguais fisiologicamente • Tratamento: psicoterapia (devido as casas emocionais associadas); autoestimulação; hormonioterapia com testosterona Vaginismo • Paciente com dificuldade de penetração, mas prática ato sexual por carícias • Tem dificuldade de expressar seus sentimentos • Tratamento: consiste em ajudar a paciente a se sentir mais à vontade com seu corpo, expondo-se a diferentes graus de penetração gradativamente Dispareunia • Depende da etiologia: • Atrofia urogenital: é a causa mais comum de dispareunia em pacientes climatéricas. o Tratamento: Terapia hormonal • Secura vaginal: secundária à baixa quantidade de estrogênio devido ao climatério; entretanto, pacientes jovens também podem apresentar, principalmente por causa de fatores estressantes no relacionamento ou medicamentos o Tratamento: uso de lubrificantes e correção da causa • Vulvodínea: é a sensação, mesmo sem ser provocada, de dor, irritação, desconforto e queimação vulvar. A dispareunia pode ou não estar associada. o O diagnóstico é feito por meio da história e do exame físico sem achados, com presença apenas dos sintomas descritos. o Tratamento pode ser realizado com o uso da amitriptilina ou gabapentina, se com o primeiro não tiver sucesso. Pode-se ter bom resultado com o uso de testosterona tópica. • Cistite: os sintomas são de disúria, urgência urinária e dor suprapúbica; todavia, pode ocorrer também dispareunia. o Tratamento: antibióticos e reposição hormonal • Endometriose: uma das principais causas de dor pélvica crônica e dispareunia • Vulvovaginites: causam inflamação e edema local. Durante o intercurso, provocam dor. o Tratamento depende do agente etiológico • Retroversão uterina: apesar de ser uma variação da normalidade, a retroversão uterina pode causar dispareunia profunda. o Pode ser secundária a outras doenças, como a endometriose o Tratamento: cirurgia de suspensão uterina por via laparoscópica Terapia hormonal • Pacientes pós-menopáusicas com secura vaginal e dispareunia, recomendamos o uso de estrogênio tópico via vaginal • Mulheres contraindicadas (mesmo com baixas doses de estrogênio) devem usar lubrificantes vaginais à base de água durante o ato sexual • Uso de andrógenos (testosterona): Gabriela Carvalho o Em mulheres na pós menopausa —> melhora a libido (desejo sexual) e melhora a função sexual o A associação de estradiol e testosterona em ésteres sob forma injetável vem sendo estudada, promovendo um padrão muito satisfatório de vida sexual* como os relatados a seguir: ▪ 1. Capacidade de sentir desejo sexual com aparecimento de fantasias eróticas. ▪ 2. Aumento da lubrificação vulvovaginal. ▪ 3. Obtenção mais fácil e rápida do orgasmo, sensação de erotismo nas mamas. ▪ 4. Orgasmos mais intensos e mais demorados. ▪ 5. Melhora da autoestima e sensação de felicidade. o Eventuais efeitos colaterais relatados por nossas pacientes com o uso da associação de estradiol e testosterona: ▪ 1. Aumento dos pelos do buço e pernas. ▪ 2. Aumento de peso corporal (a maioria das pa- cientes perde peso). ▪ 3. Aparecimento de acne na face e nas costas. ▪ 4. Turgência e ereção clitoriana mais demoradas e intensas, dando a impressão de que o clitóris está maior. ▪ 5. Aumento do volume do clitóris.
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