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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 209 que são atribuídas às oscilações seculares e milenares normais) são insignificantes para justifi- car tamanha disparidade no saldo radiativo médio. Conclui-se, mais uma vez, que devem haver mecanismos encarregados de compensar esse desequilíbrio energético, transportando calor (sensível e latente) para as zonas mais afastadas do equador. Esse transporte tem sido esti- mado por vários pesquisadores e os resultados encontrados não diferem muito dos indicados nas figuras V.18 e V.19. VERÃO (JJA) OUTONO (SON) INVERNO (DJF) PRIMAVERA (MAM) INVERNO (JJA) VERÃO (DJF)PRIMAVERA (SON) OUTONO (MAM) 90 N 60 N 30 N 0 30 S 60 S 90 S cal cm min - 2 - 1 -0,2 -0,1 0 +0,1 -200 150 -100 -50 0 50 W m- 2 Fig. V.18 - Perfis do saldo de radiação obtidos por Gruber (1978), entre junho de 1974 e maio de 1975, usando dados fornecidos por satélites da série NOAA. Estão indi- cadas as estações e respectivos meses. A escala vertical é proporcional à por- ção da superfície da Terra situada entre os paralelos indicados. Os mecanismos responsáveis pela transferência meridional de calor para as áreas com balanço de radiação negativo são as correntes aéreas (transporte de calor sensível e latente) e, em segundo plano, as oceânicas (transporte de calor sensível). O transporte de calor latente em direção aos pólos está associado à mudança de fase da água, comprovando-se, assim, mais uma vez, sua importância para a energética do sistema superfície-atmosfera. Uma esti
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