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Abandono de poços

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ 
CAMPUS CABO FRIO 
ESTUDO DIRIGIDO - 2019.2
PERFURAÇÃO E COMPLETAÇÃO DE POÇOS
ABANDONO DE POÇOS
Aluna: Caroline de Andrade Moreira 
Matrícula: 201301034223
Abandono de Poços
	Assim como qualquer produto tem seu ciclo de vida bem definido, o mesmo
ocorre com a exploração e produção de campos de petróleo. A Figura 1 mostra, de forma resumida, as etapas principais do ciclo de vida de um campo de produção de petróleo.
	Existe um ciclo de vida bem definido que tem início nas atividades de exploração do campo, através do levantamento e processamento de dados do reservatório (exemplo: dados sísmicos), e termina no descomissionamento do mesmo, onde ocorrem então as operações de desativação e descomissionamento da unidade produtiva, equipamentos submarinos, dutos e também, o abandono de poços. As operações de abandono de poço são denominadas Plugging & Abandonment, ou P&A, comumente referidas na indústria. Operações de P&A, especialmente em poços submarinos, requerem planejamento detalhado, cuidadosa estimativa de custo e risco e precauções de segurança antes da execução da operação.
	A intenção de se realizar operações de P&A visa alcançar o seguinte: prevenção de vazamento do poço e no poço, em uma perspectiva eterna, isolar todas as zonas produtoras, isolar e proteger aquíferos, remover a tubulação até determinado nível abaixo do leito marinho e retirar todos os equipamentos e detritos submarinos, quando possível. 
	Essa etapa é a última atividade da cadeia produtiva petrolífera e requer muito estudo e planejamento pois trata-se de um momento onde ocorrem apenas gastos e não mais receitas. Qualquer mudança no planejamento pode acarretar gastos extras e não é desejável que isso aconteça.
	Na Figura 2, observa-se um fluxo de caixa característico do ciclo de vida do petróleo. Num momento inicial, têm-se apenas gastos relacionados à estudos e coleta de dados regionais, aquisição de novas áreas, geofísica, perfuração de poços exploratórios, em suma, gastos relacionados ao pré-desenvolvimento do campo. Uma vez feito todo este estudo e enfim aprovado o plano de desenvolvimento do campo, este entra na etapa de desenvolvimento onde ocorrem as perfurações dos poços de desenvolvimento. Então, o fluxo de caixa passa a conter valores positivos também, referentes ao faturamento e lucros obtidos através da produção. Esta etapa onde observa-se valores positivos é denominada produção do campo. Na etapa de produção, existem valores negativos também relacionados a custos de operação, custos de capital e pagamento de impostos e royalties.
	O campo atinge o seu limite econômico, ou seja, não é mais economicamente viável para a operadora continuar suas atividades de produção, quando o montante lucro mais faturamento é inferior ao montante de gastos (CAPEX, OPEX, impostos, taxas, royalties somados). A partir deste momento, a única opção é o abandono e descomissionamento do campo e então, não se tem mais receita positiva e o fluxo de caixa torna-se predominantemente negativo novamente, ao final do ciclo de vida.
		 Figura 2- Fluxo de Caixa referente ao Ciclo de Vida do Petróleo
	Como comprovado em estudo feito, com base nos dados obtidos das operações já realizadas no Mar do Norte e utilizando o Oil and Gas UK Guideline como base de custos, as operações de abandono de poços compõe 43% de todo o custo referente ao descomissionamento de uma unidade de produção de óleo e gás. Esta parcela é bastante significativa e reafirma a importância em se planejar e desenvolver um plano de desenvolvimento para a realização das operações de abandono de um poço.
Razões para Recorrer-se ao Abandono
	Existem três principais razões para se declarar que um poço necessita ser abandonado: 
· Cessão da Produção: O poço não é mais economicamente rentável, ou seja, os lucros com sua produção não mais superam os gastos e portanto não é viável mantê-lo em operação.
· Poço Partilhado: Essa técnica consiste em abandonar parte do poço já perfurado e completado e reperfurá-lo seguindo uma trajetória lateral de forma a atingir outras áreas mais produtivas do reservatório. Nessa operação, retira-se a parte superior da coluna de produção.
· Abandono de Perfurações Piloto e Poços Exploratórios: Nesse caso, poços são tamponados e abandonados imediatamente após serem perfurados e/ou testados, não havendo completação destes.
Opções de Abandono de Poços:
	Independente do poço ser offshore ou onshore, os procedimentos de abandono utilizados são muito similares e podem variar apenas de acordo com o que é exigido na regulamentação das agências locais. Quando um poço é abandonado, as operadoras são obrigadas a deixá-lo em condições que preservem o meio ambiente, mantenham a integridade do poço e vão ao encontro dos requerimentos exigidos pelas agências reguladoras locais.
	Segundo a ANP, em sua portaria N° 25 de 06/03/2002, o abandono de poço é definido como uma série de operações destinadas a assegurar o perfeito isolamento das zonas de petróleo e/ou gás e também dos aquíferos existentes, de modo a prevenir a migração dos fluidos entre as formações, seja pelo poço, seja pelo espaço anular entre o poço e o revestimento; e a migração de fluidos à superfície do terreno ou fundo do mar. Esse abandono pode ser permanente, quando não houver interesse de retorno ao poço, ou temporário, quando por qualquer razão houver interesse de retorno ao poço.
	Existem três possíveis maneiras de se abandonar um poço, sendo elas as seguintes:
· Permanente: Quando um poço não é mais econômico, este deve ser abandonado e tamponado de acordo com as regulamentações vigentes. Operações de P&A é o nome que se dá ao processo pelo qual poços são tamponados permanentemente após serem dados como não mais economicamente viáveis, evidenciando que seu potencial produtor não é mais favorável.
Este tipo de abandono é o normalmente utilizado, pois usualmente os poços são abandonados quando não mais rentáveis e, portanto, não há a intenção de reentrada para retorná-los à produção.
	Segundo (AGUILAR et al., 2016), o abandono permanente ocorre da seguinte forma: operadores removem a completação ou a coluna de produção e depois instalam as barreiras necessárias (usualmente, tampões de cimento) em profundidades específicas ao longo da zona produtora e zonas de água para atuar como barreiras permanentes. Esta operação parece simples, porém, se não tiver um plano bem definido, o sucesso da operação pode ser comprometido e fugir do orçamento planejado. Sem dados atualizados e suficientes sobre os poços, o planejamento das operações de abandono pode sofrer mudanças durante sua execução.
	Se analisarmos o mesmo poço podemos observar um mesmo poço em duas configurações diferentes, antes e após realizadas as operações de abandono permanente. Comparando-se as duas configurações, percebe-se que foi feito o abandono com a retirada da coluna de produção. O primeiro tampão é colocado na região mais inferior do poço e , portanto, mais próxima às zonas produtoras; é um tampão de comprimento extenso que vai além das zonas produtoras de forma a garantir o perfeito isolamento. Já o segundo tampão observado é um tampão utilizado como back-up, ou seja, funciona como um reforço caso alguma falha ocorra no primeiro tampão. Para a colocação do terceiro tampão é necessária a abertura de seções no revestimento para a comunicação do tampão com o cimento do anular e assim garantir a vedação completa da região mais próxima à superfície. 
· Temporário: Opta-se por este tipo de abandono quando o poço não é mais rentável em determinado momento de seu ciclo de vida, porém, as zonas produtoras às quais está conectado ainda têm potencial econômico. Também pode ser feito quando existe a necessidade de reparo no Blow Out Preventer (BOP) entre as etapas de perfuração e completação do poço.
	Nesses casos, faz-se o chamado abandono temporário, onde também são colocados tampões para inviabilizar o fluxo de fluidos, mas estes são temporários, podendo ser facilmente retiradosem um momento de reentrada no poço e retorno da produção. 	
	De acordo com a regulação brasileira, proposta pela ANP, abandonos temporários monitorados devem ter um prazo de duração máxima de três anos. Após isso, os poços devem ser abandonados permanentemente ou voltar à atividade.
· Poço Partilhado: Esse método seria o mais interessante quando se sabe que o reservatório ainda tem potencial econômico, porém aquele poço já não é mais viável para a recuperação de hidrocarbonetos. 
	Essa técnica consiste em utilizar a estrutura superior do poço e isolar sua estrutura inferior, realizando-se o abandono propriamente dito nessa porção do poço. A idéia é aproveitar toda a estrutura de completação já encontrada no poço e reperfurá-lo, direcionalmente, de forma a atingir novas zonas produtoras do reservatório em questão.
	Este abandono ocorre realizando-se na parte inferior do poço as ações relacionadas ao abandono permanente, com colocação de barreiras primária e secundária, como pode ser visto na Figura 3. Após realizado o abandono, realiza-se um sidetrack através do revestimento intermediário de 13 3/8’’, nesse caso em específico. Realizado o sidetrack, deve-se então realizar todo o processo de completação no novo poço direcional perfurado para que então possa-se produzir através dele utilizando-se toda a estrutura de cabeça de poço do antigo poço vertical.
 Figura 6 - Abandono para Poço Partilhado
	Para determinar a melhor maneira de se abandonar um poço, é necessária a coleta de dados sobre o poço, porém, pode ser muito desafiador determinar o estado do poço, dependendo de sua idade, história e qualidade dos registros. Com esse desafio, vem o risco, pois as condições do poço podem ser favoráveis ou não, e isso impacta no orçamento do abandono e pode gerar custos adicionais.
	Além das condições de poço e reservatório, que serão mandatórias na determinação das melhores técnicas a serem adotadas nas operações de P&A, agências reguladoras têm certos requerimentos e exigências que devem ser adotados nessas operações. Essas regras e regulamentações variam de acordo com o local onde as operadoras estão operando.

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