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3 1 EmpresárioFerramenta externa

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Empresário
APRESENTAÇÃO
A necessidade de associação é inerente à pessoa humana, pois, com a união de forças, é possível 
atingir objetivos impossíveis de serem alcançados sozinhos. No âmbito empresarial, há duas 
figuras distintas: o empresário individual e a sociedade empresária. O empresário individual se 
materializa a partir da pessoa natural, que desenvolve uma atividade empresarial, enquanto a 
sociedade empresária é a associação de pessoas naturais ou jurídicas que unem esforços no 
intuito de desenvolver alguma atividade econômica, formalmente lavrada em cartório. No 
entanto, nem todas as pessoas podem ser empresários ou participarem de sociedade.
Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar a formação da pessoa jurídica e da sociedade, 
quais as pessoas podem exercer a atividade empresária, os impedimentos e as hipóteses de 
incapacidade previstas no ordenamento brasileiro.
Bons estudos.
Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
Distinguir empresário individual de sociedade empresária.•
Definir a possibilidade ou a impossibilidade de o servidor público exercer atividade 
empresária.
•
Analisar os impedimentos e as hipóteses de incapacidade do empresário.•
DESAFIO
Imagine que você está a cargo do julgamento do seguinte caso: Araci de Almeida trabalhava 
como servidora pública na Receita Federal quando foi notificada para responder a um processo 
administrativo por exercer direção de uma sociedade empresária. Ela ficou surpresa, pois 
sempre foi uma pessoa que seguiu as regras e não faria nada que pudesse pôr em risco o seu 
emprego. A verdade é que Araci, na documentação formal, era cotista da empresa em questão e 
o titular era seu irmão. Na prática ela administrava uma diretoria da empresa beneficiando seus 
familiares. Mediante provas, o processo administrativo foi julgado e ela foi demitida. 
Inconsolável, Araci é orientada por seu advogado a entrar com um recurso apelando da decisão. 
Você, na qualidade de julgador, como decidiria o caso descrito? 
INFOGRÁFICO
Empresário individual, que também já foi intitulado firma individual, é aquele indivíduo que 
exerce atividade empresarial em nome próprio, figurando como titular da empresa, a pessoa 
física, logo, natural. Seu capital como pessoa física e o do empresário individual são os mesmos, 
assim o proprietário responde de forma ilimitada pelas obrigações.
 
A modalidade de empresário individual pode ser dividida em algumas formas: 
Microempreendedor Individual (MEI), Microempresa (ME) e em Empresa Individual de 
Responsabilidade Limitada (Eireli). No Infográfico a seguir, você vai conhecer mais sobre cada 
uma dessas titulações e suas principais características.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
CONTEÚDO DO LIVRO
O anseio por associação é inerente à natureza humana. Isso permite agregar forças para atingir 
objetivos. No entanto, na sociedade civil organizada, tem-se tanto a figura do empresário 
individual quanto a das sociedades empresárias. O empresário individual se materializa a partir 
da pessoa natural, que desenvolve uma atividade empresarial, enquanto a sociedade empresária 
é a associação de pessoas naturais ou jurídicas que unem esforços no intuito de desenvolver 
alguma atividade econômica, formalmente lavrada em cartório. Contudo, nem todas as pessoas 
podem ser empresárias, há alguns impedimentos.
No capítulo Empresário, da obra Direito Empresarial I, que é base teórica desta Unidade de 
Aprendizagem, você vai entender como se dá a pessoa jurídica, como é formada a sociedade 
empresária, além de conhecer quais as pessoas podem exercer a atividade empresária, os 
impedimentos e as hipóteses de incapacidade previstas no ordenamento brasileiro.
 
Empresário
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
  Distinguir empresário individual de sociedade empresária.
  Definir a possibilidade ou a impossibilidade de o servidor público 
exercer atividade empresária.
  Analisar os impedimentos e as hipóteses de incapacidade do 
empresário.
Introdução
O anseio por associação é inerente à natureza humana e permite que 
agreguemos forças para atingir determinados objetivos. No entanto, na 
sociedade civil organizada, isso não ocorre somente de uma maneira, visto 
que encontramos tanto a figura do empresário individual quanto a das 
sociedades empresárias. O empresário individual se materializa a partir da 
pessoa natural que desenvolve uma atividade empresarial, enquanto que 
a sociedade empresária é a associação de pessoas naturais ou jurídicas que 
unem esforços com o intuito de desenvolver alguma atividade econômica 
formalmente lavrada em cartório. Contudo, nem todas as pessoas podem 
ser empresárias, uma vez que há certos impedimentos nesse processo.
Neste capítulo, estudaremos as formações da pessoa jurídica e da 
sociedade, bem como quais são os indivíduos que podem exercer a 
atividade empresária e quais são os possíveis impedimentos e as hipóteses 
de incapacidade previstas no ordenamento jurídico brasileiro.
Pessoa jurídica e sociedade
O homem é um ser sociável por natureza e se associa a outros indivíduos 
com o intuito de agregar forças para a efetivação de algum propósito, con-
forme leciona o sociólogo Machado Neto (1987). Nesse contexto, também o 
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jurisconsulto Pereira (2011, p. 247), ao aduzir ao teórico alemão Enneccerus 
Kipp Wolf, dispõe: 
[...] em todos os povos, a necessidade sugeriu uniões e instituições perma-
nentes, para a obtenção de fins comuns, desde as de raio de ação mais amplo, 
com o Estado, o Município, a Igreja, até as mais restritas como as associações 
particulares. 
O ímpeto humano de agrupamento motivou a necessidade de um regu-
lamento que protegesse esse tipo de relação. A partir dessa necessidade, foi 
concebida, por meio do Direito, outra forma de tratamento diversa da pessoa 
humana: a pessoa detentora de direitos e obrigações. Conforme instrui o 
doutrinador Gonçalves (2012, p. 183), “[...] surge, assim, a necessidade de 
personalizar o grupo, para que possa proceder como uma unidade, participando 
do comércio jurídico com individualidade”.
Criada a sociedade, que passa a obedecer ao regramento instituído para a sua 
constituição, os membros que investem capital e trabalho conferem existência a 
uma figura dotada de personalidade jurídica, assumindo direitos e obrigações 
particulares de forma autônoma em relação aos demais sócios. Desse modo, pode-
mos sintetizar que sociedade é a reunião de indivíduos que potencializam os seus 
esforços e dividem funções para aportar patrimônio e compartilhar os rendimentos 
entre os seus sócios. Nesse sistema, tais indivíduos visam alcançar um objetivo 
comum e que não alcançariam sozinhos ou, então, cuja concretização demandaria 
um período maior. Integrar uma sociedade confere ao sujeito a responsabilidade 
de assumir o ônus caso o negócio não obtenha êxito, bem como a de dividir os 
ganhos e as perdas resultantes dele. Assim, compartilhar as obrigações e os direitos 
de um empreendimento é um ato que fomenta a formação de novas sociedades.
Pessoa jurídica
As pessoas jurídicas estão descritas no nosso ordenamento como indivíduos 
dotados de personalidade, que os permite avocar encargos e direitos na condi-
ção de pessoa. Embora haja outras nomeações para esse indivíduo no Direito 
Comparado, a terminologia de pessoa jurídica abarca termos como: nomea-
damente, pessoa moral, pessoa coletiva, ente de existência ideal, entre outros.
Fiuza (2012, p. 145) define as pessoas jurídicas como “[...] entidades criadas à 
realização de um fim e reconhecidas pela ordem jurídica como pessoas, sujeitos 
de direitos e deveres”. Já Coelho (2012) oferece uma concepção genérica, segundo 
a qual a pessoa jurídica é o sujeito de direito personificado não humano, também 
Empresário2
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chamada de pessoa moral. Como sujeito de direito, tem aptidão para titularizar 
direitos e obrigações. Por ser personificada, está autorizada a praticar atos 
gerais da vida civil, como, por exemplo, comprar, vender, tomar emprestado, 
locar, independentemente de autorizações específicas da lei. Finalmente, como 
entidade não humana, está excluída da prática dos atos para os quais o atributo 
da humanidade é pressuposto, como casar, adotar, doar órgãos e outros.
A pessoa jurídica é apta a fruir de obrigações e direitos no ordenamento 
jurídico, capacidade que se torna possível somente quando aliada à vontade 
humana via ato constitutivo e mediante a inscrição do referido ato no registro 
público. Dessa forma, passa a ser provida de personalidade, isto é, a partir 
do registro, a pessoa está capacitada a fruir de direitos, bem como a ter a sua 
responsabilidade convocada pelas obrigações provenientes de tal tipo societário. 
Essa capacidade se estende aos diversos campos do Direito, de forma que a 
pessoa pode usufruir de direitos particulares, o que não se resume ao âmbito 
patrimonial, pois assegura o direito a identificação, denominação, domicílio 
e nacionalidade também (ALVES, 2017).
Gonçalves (2012) preconiza que a personalidade jurídica é um atributo que 
o Estado defere a certas entidades merecedoras dessa benesse por observarem 
determinados requisitos por ele estabelecidos.
No seu art. 52, o Código Civil de 2002, instituído pela Lei nº. 10.406, de 10 de janeiro de 
2002, regula a proteção dos direitos da personalidade das pessoas jurídicas (BRASIL, 
2002). A esse respeito, é importante destacarmos que, tratando-se de pessoas jurídicas, 
tais direitos não abrangem todos aqueles que são inerentes à pessoa natural. O rol de 
garantias engloba o direito à marca, ao nome, à liberdade, à imagem, à privacidade, 
ao segredo, à honra objetiva e à própria existência.
Autonomia patrimonial
Segundo Coelho (2014), a autonomia patrimonial é uma técnica de desmembra-
mento de risco, bem como a afetação de condomínio e bens. Por meio desse sistema, 
o patrimônio da sociedade, que é personifi cada, é desassociado do patrimônio 
dos demais sócios. Logo, entendemos que, no tocante a obrigações comerciais, o 
patrimônio da pessoa jurídica responde pelas obrigações contraídas por ela, não 
alcançando o patrimônio pessoal do sócio. No discurso de Coelho (2014, p. 66):
3Empresário
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Pelo princípio da autonomia patrimonial, considera-se a sociedade empresá-
ria, por ser pessoa jurídica, um sujeito de direito diferente dos sócios que a 
compõem. Entre outras consequências, este princípio implica que a responsa-
bilização pelas obrigações sociais cabe à sociedade, e não aos sócios. Apenas 
depois de executados os bens da sociedade, e mesmo assim observando-se 
eventuais limitações impostas por lei, os credores podem pretender a res-
ponsabilização dos sócios.
É válido mencionarmos que há previsão na teoria da desconsideração 
da personalidade jurídica, positivada no ordenamento brasileiro pelo 
art. 50 do Código Civil, juntamente com dispositivos do Código de Defesa do 
Consumidor (CDC). Tal possibilidade é permitida na ocorrência de excesso 
da personalidade jurídica, ou seja, caso a personalidade seja desviada da sua 
finalidade ou suceda alguma confusão patrimonial entre sócio e sociedade. Se 
ocorrer a suspensão da autonomia patrimonial, é lícito o alcance do patrimônio 
dos sócios (CORRÊA, 2014).
Registro
A junta comercial é o local onde deve ser realizado o registro da sociedade 
empresária. Nos termos do preceito jurídico básico abordado no art. 967 do 
Código Civil, é obrigatória a inscrição do empresário no registro público de 
empresas mercantis da respectiva sede antes do início das suas atividades, ao 
que há previsão para situação excepcional caso esse registro se dê até 30 dias 
a partir da assinatura do ato constitutivo (BRASIL, 2002). Assim, a inscrição 
retroage à data dessa assinatura e emprega o efeito ex tunc, que considera a 
sociedade regular desde a assinatura do ato constitutivo. O contrário ocorre 
quando a assinatura do ato é registrada após 30 dias da assinatura de fato. 
Para esse evento, o efeito é ex nunc e o seu registro é considerado com base 
na data do arquivamento do ato constitutivo na junta comercial.
Tal regra está disciplinada no art. 1º da Lei nº. 8.934, de 18 de novembro 
de 1994, ao dispor sobre as finalidades do registro na junta comercial:
 Art. 1º O Registro Público de Empresas Mercantis e Atividades Afins, su-
bordinado às normas gerais prescritas nesta lei, será exercido em todo o 
território nacional, de forma sistêmica, por órgãos federais e estaduais, com 
as seguintes finalidades:
I — dar garantia, publicidade, autenticidade, segurança e eficácia aos atos 
jurídicos das empresas mercantis, submetidos a registro na forma desta lei;
II — cadastrar as empresas nacionais e estrangeiras em funcionamento no 
País e manter atualizadas as informações pertinentes;
III — proceder à matrícula dos agentes auxiliares do comércio, bem como ao 
seu cancelamento (BRASIL, 1994).
Empresário4
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Por meio desse registro, formaliza-se a constituição da pessoa jurídica e 
a sociedade adquire personalidade, o que configura o efeito principal desse 
ato. Ainda assim, o registro não confere o título de empresário, uma vez 
que se trata somente de um requisito de regularidade. Ademais, é entendido 
como empresário quem pratica atividade tida como empresária nas formas do 
art. 966 do Código Civil, ainda que isso aconteça de forma irregular.
Fundamentados nesse entendimento, vale conferirmos o enunciado do 
Conselho da Justiça Federal (CJF) nº. 198, também disposto no art. 967 do 
Código Civil:
A inscrição do empresário na Junta Comercial não é requisito para a sua 
caracterização, admitindo-se o exercício da empresa sem tal providência. O 
empresário irregular reúne os requisitos do art. 966, sujeitando-se às normas 
do Código Civil e da legislação comercial, salvo naquilo em que forem incom-
patíveis com a sua condição ou diante de expressa disposição em contrário 
(BRASIL, 2016, documento on-line).
Da mesma forma que o procedimento de registro das sociedades empresá-
rias, o registro das sociedades simples possui os efeitos iguais, apesar de que o 
seu processo registral é mais simples. Atentemos que a finalidade do registro 
possui a sua regra explicitada no art. 1º da Lei nº. 6.015, de 31 de dezembro de 
1973: “Os serviços concernentes aos Registros Públicos, estabelecidos pela 
legislação civil para autenticidade, segurança e eficácia dos atos jurídicos, ficam 
sujeitos ao regime estabelecido nesta Lei” (BRASIL, 1973, documento on-line).
Ex nunc: expressão de origem latina que significa “desde agora”. Assim, no meio 
jurídico, quando se diz que algo tem efeito ex nunc, significa que os seus efeitos não 
retroagem, valendo somente a partir da data da decisão tomada. Um exemplo é a 
revogação de um ato administrativo, que opera efeitos ex nunc.
Ex tunc: de origem igual à anterior, essa expressão significa “desde então”, “desde 
a época”. Dessa forma, no meio jurídico, quando se diz que algo possui efeito ex 
tunc, significa que os seus efeitos são retroativos à época da origem dos fatos a ele 
relacionados. A título de exemplificação, podemos pensar nas decisões definitivas no 
controle concentrado (QUAL…, 2017).
5Empresário
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Empresário individual
A associação de pessoas naturais a uma sociedade empresária com vistas a 
desenvolver uma atividade econômica com fi nalidade de lucro não lhes con-
fere o título de empresários, visto que são consideradas empreendedores ou 
investidores, de acordo com a coparticipação empreendida. Nesse sentido, os 
empreendedores contribuem com o capital social e, em alguns casos, atuam 
como gestores da empresa. Os investidores, por sua vez, apenas injetam capital.
Salientemos que asnormas que regem o empresário individual não são 
as mesmas empregadas em relação aos integrantes da sociedade empresária 
(COELHO, 2016). O empresário individual se materializa a partir da pessoa 
natural que desenvolve uma atividade empresarial e, para fins tributários, 
dispõe de registro no Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ). Contudo, 
em conformidade com o Código Civil, tal inscrição não lhe confere a consi-
deração de pessoa jurídica de direito privado. Dentre as particularidades que 
regram o empresário individual, está o fato de não possuir um teto máximo 
de faturamento; contar com responsabilidade ilimitada enquanto titular da 
empresa; e, logo, não correr o risco de cisão entre o patrimônio da empresa e 
o seu montante de pessoa física.
Para a composição da empresa, não há requisito mínimo de capital a ser 
integralizado. Com relação ao nome, é obrigatória a adoção do nome completo 
do empresário, embora haja a possibilidade de abreviação do prenome, assim 
como a descrição da espécie de negócio em conformidade com a atividade 
desenvolvida (BUZANELI, 2017).
Sociedade empresária
No art. 966 do Código Civil, estão disciplinadas as características necessárias 
para que uma sociedade seja compreendida como empresária: “Considera-se 
empresário quem exerce profi ssionalmente atividade econômica organizada 
para a produção ou a circulação de bens ou de serviços” (BRASIL, 2002, 
documento on-line). Ainda que o artigo seja breve, pressupõe vários requisitos 
no seu texto, conforme preleciona Ramos (2012): profi ssionalismo, atividade 
econômica organizada e produção ou circulação de bens ou serviços.
Por profissionalismo, entendemos que existe certa habitualidade no exercí-
cio da atividade, de modo que ela se configura como a atividade principal. No 
que tange à atividade econômica, apoia-se na ideia de lucro como propósito 
básico a ser auferido pela sociedade, cujo termo em latim para tal finalidade 
de lucro que move a sociedade é animus lucrandi (BORGES, 1991). Já quando 
Empresário6
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falamos em atividade organizada, referimo-nos ao fato de que tal exercício 
de atuação perante a sociedade opera com elementos de formação, tais como 
patrimônio, ofício, insumos e tecnologia. Por fim, a produção ou circulação 
de bens ou serviços se configura pela elaboração de bens para facilitar a sua 
circulação. Dessa maneira, as atividades que se enquadram em tais requisitos 
são conceituadas como atividades empresárias.
Assim, sociedade empresária é a associação de pessoas naturais ou jurídicas 
que unem esforços com o intuito de desenvolver alguma atividade econômica 
formalmente lavrada em cartório. Essa organização é regulamentada pela 
legislação e as suas regras versam sobre a responsabilidade e as deliberações 
da sociedade, de modo a orientar cada tipo empresarial conforme as suas 
especificidades, como participação dos sócios, responsabilidades, proventos, 
grupos, entre tantas outras providências.
Nesse contexto, temos cinco tipos principais de sociedades empresariais, 
sem contar a sociedade simples: sociedade limitada (LTDA), sociedade anô-
nima (S.A.), sociedade em nome coletivo (& Cia./Companhia), sociedade em 
comandita simples e sociedade em comandita por ações. As sociedades estabe-
lecidas pela legislação são agrupadas em empresariais e não empresariais. As 
sociedades empresariais se caracterizam em função da execução de alguma 
atividade que seja privativa de empresário e compelida a registro, havendo 
várias espécies de sociedade empresarial (FORTES ADVOGADOS, 2018).
Coelho (2016, p. 19) esclarece o contraste entre o empresário individual e 
a sociedade empresária nos seguintes termos:
Deve-se desde logo acentuar que os sócios da sociedade empresária não são 
empresários. Quando pessoas (naturais) unem seus esforços para, em socie-
dade, ganhar dinheiro com a exploração empresarial de uma atividade econô-
mica, elas não se tornam empresárias. A sociedade por elas constituída, uma 
pessoa jurídica com personalidade autônoma, sujeito de direito independente, 
é que será empresária, para todos os efeitos legais. Os sócios da sociedade 
empresária são empreendedores ou investidores, de acordo com a colaboração 
dada à sociedade (os empreendedores, além de capital, costumam devotar 
também trabalho à pessoa jurídica, na condição de seus administradores, ou 
as controlam; os investidores limitam-se a aportar capital). As regras que são 
aplicáveis ao empresário individual não se aplicam aos sócios da sociedade 
empresária — é muito importante apreender isto.
Portanto, a principal distinção entre o empresário individual e a sociedade 
empresária é que, na sociedade, por se tratar de uma pessoa jurídica, há patri-
mônio próprio isolado do patrimônio dos sócios que a integram. Dessa forma, 
os patrimônios dos sócios a princípio não podem ser alcançados por dívidas da 
7Empresário
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sociedade sem que antes se executem os bens sociais, conforme determina o 
art. 1.024 do Código Civil (BRASIL, 2002). Já o empresário individual não possui 
essa separação patrimonial, uma vez que todos os seus bens se comunicam, 
inclusive os pessoais, em nome do risco do negócio. Desse modo, a responsa-
bilidade dos associados a uma sociedade empresária é subsidiária, pois, caso 
haja execução, ela recai sobre os bens da devida sociedade, ao passo que, na 
hipótese do empresário individual, a responsabilidade é direta (RAMOS, 2016).
Servidor público e atividade empresária
No Brasil, dentre outras normas, o desenvolvimento da atividade empresarial 
é pautado pelo Código Civil de 2002, mais especifi camente no seu Livro II, 
nomeado “Do Direito de Empresa”, que abrange os arts. 966 a 1.195. Ao regrar 
a competência para o exercício de empresa, o Código Civil regula de modo 
genérico no seu art. 972, dispondo nos seguintes termos: “Podem exercer a 
atividade de empresário os que estiverem em pleno gozo da capacidade civil 
e não forem legalmente impedidos” (BRASIL, 2002, documento on-line). 
Portanto, para que o indivíduo seja considerado capaz, exige-se a verificação 
da possibilidade de impedimento legal ou não no exercício regular da atividade. 
As normas disciplinadoras se propõem a proteger a coletividade, inibindo as 
negociações que envolvam o servidor público em função incompatível com 
a sua classe, isto é, que o insiram no exercício da atividade empresarial. A 
vedação por incompatibilidade do servidor ao exercício empresarial inclui 
os magistrados (art. 36, I, da Lei Complementar nº. 35, de 14 de março de 
1979), os membros do Ministério Público (art. 44, III, da Lei nº. 8.625, de 12 
de fevereiro de 1993) e os militares (art. 29 da Lei nº. 6.880, de 9 de dezembro 
de 1980) (BRASIL, 1979; BRASIL, 1989; BRASIL, 1993; PEREIRA, 2016), 
como estudaremos na última seção deste capítulo.
A Lei nº. 8.112, de 11 de dezembro de 1990, disciplina o regime jurídico 
dos servidores públicos civis da União, das fundações públicas federais e das 
autarquias; veda a atuação como parte da gerência ou gestor de empresa privada 
ou sociedade civil; e veda o desempenho no comércio, seja na condição de acio-
nista, comanditário ou cotista. A respeito das proibições impostas aos servidores 
públicos em função do seu cargo, assim dispõe o art. 117, X, da referida lei: 
“[...] participar de gerência ou administração de empresa privada, de sociedade 
civil, ou exercer o comércio, exceto na qualidade de acionista, cotista ou coman-
ditário” (BRASIL, 1990, documento on-line). Dessa forma, entendemos que o 
servidor público civil da União é vedado de participar de qualquer atividade 
Empresário8
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que envolva a gerência ou a administração de sociedade privada ou, ainda, de 
exercer comércio. No entanto, se o servidor figurar como sócio acionista, cotista 
ou comanditário, isto é, sócio alheio à administração da empresa e que colabora 
apenas com capital, torna-sepossível a sua participação (MAIDL, 2016).
Em caso de descumprimento do estabelecido na Lei nº. 8.112/1990, o 
art. 132 estabelece que deve suceder a demissão do infrator e, ainda, se for caso 
de cargo de comissão, o ex-servidor fica incompatibilizado de nova investidura 
em qualquer cargo público federal pelo prazo de cinco anos. Logo, dadas as 
penalidades possíveis aos servidores públicos, há de se considerar que não 
vale a pena se arriscar no terreno empresarial (FREIRE, 2016).
No que tange às esferas estaduais e municipais, para que um servidor 
público possa figurar como dono ou sócio de uma empresa, ou até mesmo 
exercer atividade de comércio, é necessária a análise da previsão contida na 
lei estatutária de cada um dos entes federativos, pois cada estado ou município 
disciplina legalmente sobre essas hipóteses (MAIDL, 2016). Em Minas Gerais, 
por exemplo, os servidores têm o seu impedimento regrado pelo Estatuto dos 
Servidores Públicos do Estado, conforme a Lei Estadual nº. 869, de 5 de julho 
de 1952. O estado de São Paulo também proíbe tal prática. É o que estabelece 
a Lei nº. 10.261, de 28 de outubro de 1968, da Assembleia Legislativa de São 
Paulo (ALSP), que disciplina o Estatuto dos Funcionários Públicos do Estado 
de São Paulo. Assim, no seu art. 243, II, é vedado ao funcionário:
Participar da gerência ou administração de empresas bancárias ou indus-
triais, ou de sociedades comerciais, que mantenham relações comerciais ou 
administrativas com o Governo do Estado, sejam por este subvencionadas ou 
estejam diretamente relacionadas com a finalidade da repartição ou serviço 
em que esteja lotado (SÃO PAULO, 1968, documento on-line).
Notemos que, se a conduta do servidor público de São Paulo não se enqua-
drar no que dispõe o diploma anteriormente referido, a atuação é legal e, logo, 
é permitido que o funcionário seja dono ou sócio de uma empresa privada. 
Essa situação também se aplica ao cargo em comissão, conforme a definição 
do art. 3º da mesma lei.
É válido destacarmos que a vedação se refere ao servidor com pretensão 
ao exercício de empresa. Assim, autoriza que o mesmo servidor figure sob 
outras hipóteses, como sócio de sociedade empresária, ao passo que o sujeito 
que desempenha a atividade é a própria pessoa jurídica e não os demais sócios. 
Portanto, ainda que exista a exceção à legislação específica citada, permanece 
a vedação que impede ao servidor público estadual exercer diretamente a 
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atividade empresarial ou até mesmo operar como gestor ou administrador de 
empresa. O servidor pode figurar como cotista ou acionista de sociedades 
empresárias, contanto que não atue como gerente ou administrador. Ademais, 
tratando-se de registro na junta comercial, é defeso ao servidor público o 
registro como empresário individual ou titular de empresa individual de 
responsabilidade limitada (PEREIRA, 2016).
Já no tocante à esfera municipal, ao analisarmos a Lei nº. 1.318, de 5 de 
dezembro de 2002, do município de Rio Negro, no Paraná, fica evidente a 
proibição trazida pelo seu art. 182, VI: “[...] participar da gerência ou admi-
nistração de empresa privada, de sociedade civil, ou de exercer comércio e, 
nessa qualidade transacionar com o Município, exceto como acionista, quotista 
ou comanditário” (RIO NEGRO, 2002, documento on-line).
Impedimentos e incapacidade do empresário
A própria legislação vigente impede ou incapacita a atividade empresária do 
indivíduo, como podemos verifi car no art. 5º, XIII, da Constituição Federal 
de 1988:
Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, 
garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabi-
lidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, 
nos termos seguintes:
XIII — é livre o exercício de qualquer trabalho, ofício ou profissão, aten-
didas as qualificações profissionais que a lei estabelecer (BRASIL, 1988, 
documento on-line).
Capacidade civil para ser empresário
O art. 972 do Código Civil especifi ca que todos os indivíduos maiores de 18 
anos de idade em posse dos seus direitos civis; os maiores de 16 e menores 
de 18 anos, desde que independentes, ou seja, emancipados e que não estejam 
legalmente impedidos podem ser empresários (BRASIL, 2002).
Nesse contexto, o incapaz pode figurar como empresário desde que isso 
ocorra por intermédio de um representante ou, então, desde que ele seja ade-
quadamente assistido. É cabível em herança dar seguimento à empresa por 
ele enquanto incapaz, pelos seus pais ou pelo doador da herança. Nos casos 
em que o assistente ou representante se mostrar impedido, o juiz pode nomear 
um sujeito para gerenciar a firma, sem qualquer prejuízo ao que compete à 
Empresário10
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responsabilidade do representante ou do assistente. Dessa maneira, assim 
que a incapacidade cessar, o negócio passa a ser gerido pelo herdeiro. Cabe 
destacarmos que a autorização, bem como a emancipação, carece de averbação 
no registro do comércio, na junta comercial (FORTES, 2016).
Sócio incapaz
Na situação de sócio incapaz, o registro público de empresas mercantis, a ofício 
das juntas comerciais, deve registrar os contratos ou as alterações contratuais 
da sociedade integrada por esse indivíduo, seguindo a regra do art. 974 do 
Código Civil. Por meio de representante ou devidamente assistido, o incapaz 
pode continuar a empresa antes exercida por ele enquanto capaz, pelos seus 
pais ou pelo autor de herança.
Vejamos o que prevê o texto do art. 974, § 3º, I a III:
§ 3º O Registro Público de Empresas Mercantis a cargo das Juntas Comer-
ciais deverá registrar contratos ou alterações contratuais de sociedade que 
envolva sócio incapaz, desde que atendidos, de forma conjunta, os seguintes 
pressupostos:
I — o sócio incapaz não pode exercer a administração da sociedade;
II — o capital social deve ser totalmente integralizado;
III — o sócio relativamente incapaz deve ser assistido e o absolutamente 
incapaz deve ser representado por seus representantes legais (BRASIL, 2002, 
documento on-line).
Indivíduos impedidos por lei específica
Alguns indivíduos, mesmo dotados de capacidade para a vida civil por força 
de lei, não poderão praticar atos como empresário ou administradores de 
sociedade empresaria, independentemente do âmbito de atuação. São eles:
Militares 
A Lei nº. 6.880/1980, que disciplina o Estatuto dos Militares, estabelece que 
os militares em atividade e que integram as Forças Armadas e as Polícias 
Militares são vedados de atuação em atividades empresariais. Observemos o 
seu art. 29, transcrito a seguir:
Art. 29 Ao militar da ativa é vedado comerciar ou tomar parte na administração 
ou gerência de sociedade ou dela ser sócio ou participar, exceto como acionista 
ou quotista, em sociedade anônima ou por quotas de responsabilidade limitada.
11Empresário
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§ 1º Os integrantes da reserva, quando convocados, ficam proibidos de tratar, 
nas organizações militares e nas repartições públicas civis, de interesse de 
organizações ou empresas privadas de qualquer natureza.
§ 2º Os militares da ativa podem exercer, diretamente, a gestão de seus bens, 
desde que não infrinjam o disposto no presente artigo.
§ 3º No intuito de desenvolver a prática profissional, é permitido aos oficiais 
titulares dos Quadros ou Serviços de Saúde e de Veterinária o exercício 
de atividade técnico-profissional no meio civil, desde que tal prática não 
prejudique o serviço e não infrinja o disposto neste artigo (BRASIL, 1980, 
documento on-line). 
Magistrados
Nos termos da Lei Orgânica da Magistratura (Lei Complementar nº. 35/1979), 
aos magistrados fi cam ressalvadas as atividades ligadas à educação e é vedado 
o exercício empresarial. O seu art. 35 assim estabelece:
Art. 36 É vedado ao magistrado:
I — exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, inclusive de 
economiamista, exceto como acionista ou quotista;
II — exercer cargo de direção ou técnico de sociedade civil, associação ou 
fundação, de qualquer natureza ou finalidade, salvo de associação de classe, 
e sem remuneração;
III — manifestar, por qualquer meio de comunicação, opinião sobre proces-
so pendente de julgamento, seu ou de outrem, ou juízo depreciativo sobre 
despachos, votos ou sentenças, de órgãos judiciais, ressalvada a crítica nos 
autos e em obras técnicas ou no exercício do magistério (BRASIL, 1979, 
documento on-line).
Membros do Ministério Público
O regramento para membros do Ministério Público está defi nido na Lei nº. 
8.625/1993, que institui a Lei Orgânica do Ministério Público. O seu art. 44 
disciplina o seguinte:
Art. 44 Aos membros do Ministério Público se aplicam as seguintes vedações:
I — receber, a qualquer título e sob qualquer pretexto, honorários, percenta-
gens ou custas processuais;
II — exercer advocacia;
III — exercer o comércio ou participar de sociedade comercial, exceto como 
cotista ou acionista;
IV — exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, 
salvo uma de Magistério;
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V — exercer atividade político-partidária, ressalvada a filiação e as exceções 
previstas em lei.
Parágrafo único. Não constituem acumulação, para os efeitos do inciso IV 
deste artigo, as atividades exercidas em organismos estatais afetos à área de 
atuação do Ministério Público, em Centro de Estudo e Aperfeiçoamento de 
Ministério Público, em entidades de representação de classe e o exercício de 
cargos de confiança na sua administração e nos órgãos auxiliares (BRASIL, 
1993, documento on-line).
Servidores públicos civis federais, estaduais 
e municipais
O servidor tem obrigação de estar atento à sua profi ssão, como menciona 
Rocha Filho (2004, p. 141): 
[...] é a necessidade de não se distrair dos deveres de seu cargo, a conveni-
ência de manter o prestígio e a dignidade de certas autoridades — que uma 
declaração de falência, por exemplo, poderia comprometer seriamente — e os 
perigos do abuso e do monopólio que orientam, em suma, a incompatibilidade.
A Lei nº. 8.112/1990 regula a conduta dos servidores públicos civis da 
União, das autarquias e das fundações públicas federais. Consta no art. 117, 
X, referente a essa questão, em observância ao parágrafo único, que os impe-
dimentos aos servidores públicos não se aplicam a alguns casos:
Art. 117 Ao servidor é proibido:
X — participar de gerência ou administração de sociedade privada, perso-
nificada ou não personificada, exercer o comércio, exceto na qualidade de 
acionista, cotista ou comanditário;
Parágrafo único. A vedação de que trata o inciso X do caput deste artigo não 
se aplica nos seguintes casos:
I — participação nos conselhos de administração e fiscal de empresas ou entidades 
em que a União detenha, direta ou indiretamente, participação no capital social 
ou em sociedade cooperativa constituída para prestar serviços a seus membros;
II — gozo de licença para o trato de interesses particulares, na forma do art. 
91 desta Lei, observada a legislação sobre conflito de interesses (BRASIL, 
1990, documento on-line).
Os servidores públicos, como o Presidente da República, os ministros, os 
governadores, os prefeitos e demais indivíduos que ocupam cargos comissio-
nados, são absolutamente impedidos de desenvolver atividade empresarial, 
tendo como uma das justificativas para tal restrição o prazo estabelecido 
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para os seus mandatos. Já para senadores, deputados e vereadores em geral, o 
impedimento é parcial, à exceção de que “a empresa goze de favor decorrente 
de contrato com pessoa jurídica de direito público, ou nela exercer função 
remunerada”, como disciplina a art. 54, II, a, da Constituição Federal. No caso 
desses últimos entes citados, podem ser empresários em simultâneo com o 
exercício da função legislativa, desde que observados os requisitos do art. 55 da 
Constituição Federal, que acarreta a perda de mandato em caso de violação da 
proibição. A decisão a respeito do julgamento acerca da perda de mandato fica 
a cargo da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal (REQUIÃO, 2013).
Médicos relacionados ao ramo farmacêutico
O Código de Ética Médica, atualizado e aprovado pela Resolução nº. 1.246, 
de 8 de janeiro de 1988, do Conselho Federal de Medicina, dispõe, no seu art. 
98, que fi ca impedido o profi ssional médico que:
[...] exercer a profissão com interação ou dependência de farmácia, laboratório 
farmacêutico, ótica ou qualquer organização destinada à fabricação, manipula-
ção ou comercialização de produtos de prescrição médica de qualquer natureza, 
exceto quando se tratar de exercício da medicina do trabalho (CONSELHO 
FEDERAL DE MEDICINA, 1988, documento on-line).
Para tanto, a vedação é expressa no seu art. 99: “[...] exercer simultaneamente 
a Medicina e a Farmácia, bem como obter vantagem pela comercialização de 
medicamentos, órteses ou próteses, cuja compra decorra de influência direta 
em virtude da sua atividade profissional” (CONSELHO FEDERAL DE ME-
DICINA, 1988, documento on-line). Todavia, essa proibição é parcial, uma 
vez que abrange apenas os profissionais pertencentes aos ramos anteriormente 
citados (ROCHA FILHO, 2004).
Estrangeiros não residentes no Brasil
No que diz respeito aos estrangeiros residentes no País, podem desenvolver ativi-
dade empresarial nos limites da lei ordinária mediante a devida autorização com 
visto permanente ao ingressar e residir no Brasil, conforme dispõe a Constituição 
Federal no seu art. 5º, XIII. Antes da Constituição de 1988, havia muitas limitações, 
diferente de hoje, e não era permitido aos estrangeiros serem proprietários ou 
administradores de empresas jornalísticas, de radiodifusão ou de televisão. Atu-
almente, a regra constante no art. 222 da Constituição concede essa possibilidade: 
Empresário14
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A propriedade de empresa jornalística e de radiodifusão sonora e de sons e 
imagens é privativa de brasileiros natos ou naturalizados há mais de dez anos, 
ou de pessoas jurídicas constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sede 
no País” (BRASIL, 1988; ROCHA FILHO, 2004, p. 105).
Quanto aos estrangeiros não residentes em território nacional, há diversas 
opiniões que remetem desde a legislação do imposto de renda até o Estatuto 
do Estrangeiro. A primeira detém preceitos aos estrangeiros não residentes 
no Brasil, instituindo o pagamento de impostos conforme rendimentos 
oriundos no País. Já a segunda, de acordo com a Lei nº. 6.815, de 19 de 
agosto de 1980, no seu art. 99, veda tanto aos estrangeiros residentes no País 
a atividade empresarial como aos que não residem. Porém, é permitido aos 
estrangeiros que não residentes se tornarem sócios de empresas com sede 
em solo brasileiro, sempre em observância à lei que rege a sua participação 
(ROCHA FILHO, 2004).
Falidos não reabilitados
A Lei nº. 11.101, de 9 de fevereiro de 2005, regula as recuperações judicial, 
extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária. Dessa 
forma, todo o indivíduo falido e não reabilitado é apontado como parte da 
massa falida por não alcançar a recuperação judicial ou extrajudicial, posto 
que perdeu os seus bens e a administração deles. Esse é o motivo que veda a 
execução da atividade empresarial até a sua reabilitação, a ser decretada pelo 
juiz competente (BRASIL, 2005)
Quando a falência é decretada por condenação de fraude ou, ainda, por 
resposta a crime falimentar, conforme disposto nos arts. 138 e 197 da referida 
lei e no Decreto Lei nº. 7.661, de 21 de junho de 1945, não basta a declaração de 
extinção das obrigações para se tornar reabilitado, uma vez que é necessário 
a reabilitação penal após o decurso do prazo legal (COELHO, 2000).
Art. 197 A reabilitação extingue a interdição do exercício do comercio, mas 
somente pode ser concedidaapós o decurso de três ou de cinco anos, contados 
do dia em que termine a execução, respectivamente, das penas de detenção 
ou de reclusão, desde que o condenado prove estarem extintas por sentença 
suas obrigações (BRASIL, 2005, documento on-line).
O art. 181 da Lei nº. 11.101/2005 antevê condenação por crime como con-
sequência dos casos previstos: “a inabilitação para o exercício da atividade 
empresarial, o impedimento para o exercício de cargo ou de função em conselho 
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administrativo, diretoria ou gerência das sociedades sujeitas a esta Lei e a 
impossibilidade de gerir empresa por mandato ou por gestão de negócio” (BRA-
SIL, 2005). Assim, caso viole as normas impostas, o inabilitado é condenado 
por crime. Todavia, o falido tem o direito de pedir ao juiz uma autorização 
para prosseguir com a sua atividade, sendo ela controlada. Nesses termos, é 
impossível iniciar um novo negócio (ROCHA FILHO, 2004).
Leiloeiros
O Decreto nº. 21.981, de 19 de outubro de 1932, regula a profi ssão de leiloeiro 
no seu art. 36 e, novamente, tal atividade é confi rmada pelo Departamento 
Nacional de Registro de Comércio mediante o art. 12 da Instrução Normativa 
nº. 113, de 28 de abril de 2010. Esse último artigo prevê as seguintes proibições 
ao leiloeiro: “[...] I — sob pena de destituição e consequente cancelamento de 
sua matrícula: a) exercer atividade empresária, ou participar da administração 
e/ou de fi scalização em sociedade de qualquer espécie, no seu ou em alheio 
nome” (BRASIL, 1932; BRASIL, 2010). Desse modo, a violação da proibição 
acarreta consequência relacionada à sua matricula, como disciplina o art. 16 
da mesma normativa: “[...] constituem-se infrações disciplinares: II — manter 
sociedade empresária” (BRASIL, 2010, documento on-line). 
Por gozarem da fé pública, cabe a esses profissionais exercer apenas as 
funções competentes à sua profissão. Eles devem estar matriculados no re-
gistro públicos de empresas mercantis, de acordo com o art. 32, I, da Lei nº. 
8.934/1994. Antigamente, quando se tratava dos leiloeiros, havia a previsão 
dos impedimentos presentes no Código Comercial e que hoje já se encontram 
em parte revogados, vigorando a legislação particular (REQUIÃO, 2013).
Devedores do Instituto Nacional de Seguro Social
É devedor do Instituto Nacional de Seguro Social (INSS) o indivíduo que 
não recolhe as contribuições durante o seu tempo de trabalho, conforme ex-
plicação da própria Previdência Social. Frente a isso, o indivíduo fi ca vedado 
de comercializar pela falta de comprometimento com o recolhimento e a sua 
dívida pode ser executada a qualquer momento, tendo a Previdência o prazo 
de até cinco anos para a cobrança.
O art. 95, § 2º, da Lei Orgânica de Seguridade Social (Lei nº. 8.212, de 24 de 
julho de 1991) estabelece que “[...] a empresa que transgredir as normas desta Lei, 
além das outras sanções previstas, sujeitar-se-á, nas condições em que dispuser 
o regulamento: [...] d) à interdição para o exercício do comércio, se for sociedade 
Empresário16
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mercantil ou comerciante individual” (BRASIL, 1991, documento on-line). 
Cabe ao Direito Previdenciário regular esse tipo de proibição (COELHO, 2000).
Sociedade entre cônjuges e terceiros
Em se tratando da sua capacidade, individual ou conjunta, o art. 977 do Código 
Civil possibilita aos cônjuges contratar sociedade entre si ou com terceiros 
se não tiverem casado sob o regime da comunhão universal de bens ou no 
de separação obrigatória. Logo, se forem casados em regime da comunhão 
parcial de bens, podem ser sócios entre si, com ou sem a presença de terceiros 
na sociedade, pois estão isentos de qualquer impedimento (BRASIL, 2002).
Por fim, é lícito que exerçam a atividade de empresário os que estiverem 
em plena posse da sua faculdade mental e não forem legalmente impedidos. 
Por outro lado, a pessoa legalmente vedada de exercer atividade privativa de 
empresário que ainda assim a exerça responde pelos encargos contraídos, 
não havendo limitação para essa responsabilidade nem o benefício de ordem 
quanto a eventuais execuções dos bens da empresa, que podem, portanto, 
alcançar diretamente os bens pessoais.
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www.jurisway.org.br/v2/pergunta.asp?idmodelo=6474>. Acesso em: 16 ago. 2018.
RAMOS, A. L. S. C. Direito Empresarial esquematizado. 2. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2012.
REQUIÃO, R. Curso de Direito Comercial. 32. ed. São Paulo: Saraiva, 2013.
RIO NEGRO. Lei ordinária nº. 1.318, 05 de dezembro de 2002. Legislação Municipal de 
Rio Negro, Paraná, 22 jun. 2018. Disponível em: <https://leismunicipais.com.br/a1/
estatuto-do-servidor-funcionario-publico-rio-negro-pr>. Acesso em: 16 ago. 2018.
ROCHA FILHO, J. M. Curso de Direito Comercial. 3. ed. Belo Horizonte: Del Rey, 2004.
SÃO PAULO. Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo. Lei nº. 10.261, de 28 de ou-
tubro de 1968. Dispõe sobre o Estatuto dos Funcionários Públicos Civis do Estado. Diário 
Oficial Executivo, São Paulo, SP, 20 out. 1968. Disponível em: <https://www.al.sp.gov.br/
repositorio/legislacao/lei/1968/lei-10261-28.10.1968.html>. Acesso em: 16 ago. 2018.
Leituras recomendadas
CRUZ, A. S. Diferença entre empresário individual e sociedade empresária. GenJurídico, 
10 ago. 2016. Disponível em: <http://genjuridico.com.br/2016/08/10/diferenca-entre-
-empresario-individual-e-sociedade-empresaria/>. Acesso em: 16 ago. 2018.
MENDONÇA, C. S. Impedimento e suspeição no Código de Processo Civil brasileiro. 
Conteúdo Jurídico, Brasília, DF, 11 ago. 2013. Disponível em: <http://www.conteudoju-
ridico.com.br/?artigos&ver=2.44705&seo=1>. Acesso em: 16 ago. 2018.
THEODORO JÚNIOR, H. Curso de Direito Processual Civil: teoria geral do direito processual 
civil e processo de conhecimento. 56. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2011.
Empresário20
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Conteúdo:
DICA DO PROFESSOR
A desconsideração da personalidade jurídica já vinha sendo utilizada amplamente com base em 
jurisprudências. No entanto, com a inserção do novo Código de Processo Civil, essa modalidade 
passou a ser disciplinada pela norma. A desconsideração pode ser requerida sempre que houver 
desvio de finalidade ou confusão patrimonial. Entenda como isso funciona na Dica do Professor.
Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
 
 
EXERCÍCIOS
1) O que vem a ser uma Pessoa Jurídica?
A) É a necessidade de personalizar um grupo.
B) Uma pessoa detentora apenas de obrigações.
C) Pessoa da qual se espera a prática dos atos para os quais o atributo da humanidade é 
pressuposto.
D) Indivíduos dotados de personalidade jurídica.
E) Indivíduos que potencializam seus esforços dividindo funções.
2) O que é a autonomia patrimonial? 
A) Técnica de desmembramento de risco.
B) É o rol de garantias que englobam o direito à marca, ao nome, à liberdade, à imagem, à 
privacidade, ao segredo, à honra objetiva e à própria existência.
C) Um atributo que o Estado defere a certas entidades, por observarem determinados 
requisitos por ele estabelecidos.
D) É a sociedade regular desde a assinatura do ato constitutivo.
E) Serve para que a sociedade adquira personalidade, esse é o efeito principal.
3) Qual a diferença entre ex nunc e ex tunc? 
A) No ex nunc, os efeitos retroagem; no ex tunc os efeitos não retroagem.
B) No ex nunc, os efeitos não retroagem; no ex tunc os efeitos retroagem.
C) Tanto no ex nunc quanto no ex tunc os efeitos retroagem.
D) No ex nunc, os efeitos retroagem até a data do pedido do autor. No ex tunc, os efeitos 
retroagem até a data da decisão tomada.
E) No ex nunc, os efeitos retroagem até a data da decisão tomada, mas ex tunc os efeitos não 
retroagem.
4) Qual a principal distinção entre empresário individual e sociedade empresária? 
A) Empresário individual pode ser constituído de pessoas naturais ou jurídicas, enquanto a 
sociedade empresária aceita apenas pessoas naturais.
B) Empresário individual não precisa de registro no CNPJ, enquanto a sociedade empresária 
só atua com sócios registrados.
C) Empresário individual não possui separação patrimonial, enquanto a sociedade empresária 
possui patrimônio próprio.
D) A sociedade empresária é composta apenas por empresários individuais.
E) Empresário individual precisa exercer atividade econômica, enquanto a sociedade deve 
direcionar-se para a produção e circulação de bens ou de serviços.
5) Quem é considerado capaz para exercer a atividade empresária? 
A) Apenas os maiores de 16 e menores de 18 anos, desde que independentes, ou seja, 
emancipados e que não estejam legalmente impedidos.
B) O incapaznão poderá figurar como empresário mesmo se tiver um representante.
C) Qualquer pessoa que possuir averbação no registro do comércio, logo, na Junta Comercial.
D) Apenas a pessoa nomeada por juiz, mesmo que o indivíduo tenha representante.
E) Todos aqueles indivíduos maiores de 18 anos, em posse de seus direitos civis; aos maiores 
de 16 e menores de 18 anos, desde que independentes.
NA PRÁTICA
O dano à imagem está ligado ao dano moral. Qualquer ato que possa desequilibrar o patrimônio 
do lesado e, ainda, incidir sobre sua reputação, produz dano moral. É dever do estado a proteção 
do nome e da reputação da pessoa jurídica. Como diz Gustavo Tepedino (1999, p. 53), “as 
lesões atinentes às pessoas jurídicas, quando não atingem, diretamente, as pessoas dos sócios ou 
acionistas, repercutem exclusivamente no desenvolvimento de suas atividades econômicas, 
estando a merecer, por isso mesmo, técnicas de reparação específicas e eficazes”.
O dano moral também pode ser devido a empresas, principalmente em casos de contrafação, que 
é quando há falsificação de produtos, valores, assinaturas, de modo a iludir a autenticidade de 
uma marca. Veja como se deu um caso do tipo Na Prática.
SAIBA MAIS
Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do 
professor:
O que é empresário individual?
Leia artigo que explica tudo sobre o tipo de empresa sem sócios.
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MEI, empresário individual e Eireli: entenda as principais diferenças.
Leia o artigo que explica em detalhes as três possibilidades de empresas sem sócios.
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Empresário individual, elemento de empresa e tributação: uma breve abordagem
Leia o artigo que faz uma relação entre a possibilidade de algumas profissões atuarem como 
empresário individual, a forma de tributação e a relação com o elemento de empresa.
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