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Evolução histórica do Direito Civil APRESENTAÇÃO O direito do ocidente é legado do direito romano tanto no que se refere à organização quanto à base de entendimento dos principais conceitos aplicados atualmente. Com isso, percebe-se que as codificações também exerceram importante função, resultando na instituição de códigos para organizar e evoluir o direito brasileiro. O primeiro deles foi o Código Civil, promulgado em 1916, substituído pelo vigente Código Civil de 2002 após longas discussões. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai conhecer as principais influências do direito romano, a importância da codificação e a evolução do direito civil no Brasil desde o advento da Constituição Imperial de 1824. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Apontar as influências do direito romano no direito civil contemporâneo.• Identificar a importância da codificação das normas de direito civil.• Explicar a evolução histórica do direito civil brasileiro.• DESAFIO Você é estudante de direito e, após realizar determinada avaliação da disciplina de Direito Romano, encontrou seus colegas no pátio da faculdade. Baseado nas suas pesquisas, quem acertou a questão: você ou seus colegas? Por quê? INFOGRÁFICO A codificação caracteriza-se por organizar certo núcleo da vida em sociedade, trata-se de organização sistemática que permite um ponto de partida para a interpretação e aplicação da lei. No Brasil, o Código Civil de 1916 foi a primeira codificação reconhecida como tal, tendo sido substituído pelo Código Civil de 2002. Neste Infográfico, você vai conferir como se organiza esse código e como estão dispostas as temáticas abordadas por ele. CONTEÚDO DO LIVRO Na história de Roma, o conhecimento e a interpretação das normas jurídicas restringiam-se aos sacerdotes até o início das atividades dos jurisconsultos. Posteriormente, o poder destes foi transmitido aos imperadores, que concentravam o poder jurídico. No capítulo Evolução histórica do direito civil, da obra Direito civil I: teoria geral, você vai conhecer as principais influências do direito romano para o brasileiro, como é conhecido hoje, além de compreender a importância da codificação das normas de direito civil. Boa leitura. DIREITO CIVIL I: TEORIA GERAL Cinthia Louzada Ferreira Giacomelli Revisão técnica: Gustavo da Silva Santanna Bacharel em Direito Especialista em Direito Ambiental Nacional e Internacional e em Direito Público Mestre em Direito Professor em cursos de graduação e pós-graduação em Direito Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin - CRB -10/2147 S725d Sousa, Cássio Vinícius Steiner de. Direito civil I: teoria geral [recurso eletrônico ] / Cássio Vinícius Steiner de Sousa, Cinthia Louzada Ferreira Giacomelli; [revisão técnica: Gustavo da Silva Santanna]. – Porto Alegre: SAGAH, 2018. ISBN 978-85-9502-444-1 1. Direito civil. I. Giacomelli, Cinthia Louzada Ferreira. II.Título. CDU 347.1 Direito_Civil_I_Book.indb 2 06/06/2018 10:09:21 Evolução histórica do Direito Civil Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Apontar as influências do Direito romano no Direito Civil contemporâneo. Identificar a importância da codificação das normas de Direito Civil. Explicar a evolução histórica do Direito Civil brasileiro. Introdução O Direito do Ocidente, tanto no que se refere à organização quanto no que se refere à base de entendimento dos principais conceitos aplicados atualmente, é legado do Direito romano. Assim, considerando a influência do Direito romano para o Direito atual, percebemos que as codificações também exerceram importante função, o que resultou na instituição de códigos para organizar e evoluir o Direito brasileiro. O Código Civil foi o primeiro deles, promulgado em 1916 e, depois de longas discussões, substituído pelo Código Civil de 2002, atualmente vigente. Neste capítulo, você vai conhecer as principais influências do Direito romano, a importância da codificação e a evolução do Direito Civil no Brasil, desde o advento da Constituição Imperial de 1824. As influências do Direito romano O Direito do Ocidente é legado do Direito romano, seja no quesito organização ou no que se refere à base de entendimento dos principais conceitos aplicados hoje. Silvio Venosa (2012, p. 30) destaca a importância histórica do Direito romano: [...] o Direito atual é baseado em compilações vazadas no Direito romano; a sua importância deve-se também ao fato de ser considerado um modelo, porque os romanos tiveram aptidão especial para o Direito, criando uma inteligência e uma forma de raciocínio jurídicas que nos seguem até o presente. Ademais, o estudo do Direito romano deve ser visto como um auxiliar precioso para o estudo de todos os povos de influência romano-germânica, como o nosso, es- tando, a todo o momento, a explicar e especificar nossas instituições jurídicas. Na história de Roma, o conhecimento e a interpretação das normas jurídicas eram restritos aos sacerdotes. Apenas no final do século IV a.C. é que surgiram os peritos leigos, chamados de jurisconsultos, importantes personagens da história do Direito romano, cujo respeito advinha de uma notória sabedoria. As atividades desses jurisconsultos consistiam em indicar os atos processuais aos magistrados e às partes, elaborar documentos jurídicos e emitir pareceres mediante provocação de particulares e magistrados. A partir do século I a.C., esses pareceres passaram a ter força de lei. Entre os jurisconsultos da época, destacam-se Sabinus, Ulpianus e Gaius, autor de uma das obras mais importantes do Direito romano clássico, Instituciones. Contudo, com o passar do tempo, o poder dos jurisconsultos foi sendo reduzido para que se concentrasse cada vez mais na atuação dos imperadores. Trata-se do período entre os anos 230 e 530, marcado por uma decadência da ciência do Direito, pois os imperadores não conseguiram conduzir os estudos jurídicos e passaram a copiar as obras dos jurisconsultos clássicos e os seus métodos. A partir do ano 530, o imperador Justiniano atribuiu a um grupo de juristas a elaboração de uma compilação das melhores decisões da história do direito romano, que seria conhecida por Digesto, ou Pandecta. Essa fase foi marcada pela intenção do imperador em restaurar a unidade religiosa e política de Roma e, embora não a tenha realizado, trouxe importante contribuição para a história do Direito: o Digesto resultou na reunião dos mais importantes pareceres e obras dos jurisconsultos do Direito romano clássico. O Digesto era composto por 50 livros, nos quais estavam compilados trechos esco- lhidos de cerca de dois mil livros. Os compiladores recrutados por Justiniano podiam modificar livremente os trechos escolhidos para harmonizá-los com os princípios do Direito da época, considerando que o trabalho de pesquisa envolvia obras de quatro séculos anteriores. Evolução histórica do Direito Civil2 Justiniano também foi responsável pela organização da coleção completa de todas as constituições imperiais, ou seja, das regras que eram elaboradas pelos imperadores, o chamado Codex. A compilação original se perdeu e Justiniano ordenou a elaboração de um novo Codex, que era, portanto, a reunião das mais importantes regras dos imperadores, em especial do período do Dominato, que se refere ao fim do período jurídico clássico e ao início do período jurídico pós-clássico. Além disso, Justiniano ordenou uma nova versão para Instituciones, de Gaius, que se tornaram as Institutas de Justiniano. Nos anos seguintes, até pouco antes do seu falecimento, Justiniano também criou novas regras e novas constituições imperiais, que posteriormente foram publicadas como Novellae. Silvio Venosa (2004, p. 316) comenta que: [...] se, por um lado, o Código foi a primeira tentativa de unificação legislativa e o Digesto, essa obra grandiosa,as Institutas são um breve manual de estu- do. Foram preparadas ao mesmo tempo que o Digesto e elaboradas por três membros da comissão do Digesto, Triboniano, Doroteu e Teófilo. O autor complementa afirmando que: [...] a segunda edição do Codex (534) não paralisou a atividade legiferante de Justiniano. Continuou ele a editar outras constituições importantes, entre 535 e 565. Essas novas constituições são conhecidas por “Novelas”. A maioria foi editada em língua grega e contém reformas fundamentais, como no Direito hereditário e no Direito matrimonial. O conjunto das obras de Justiniano, que abrange o Digesto, as Institutas, o Codex e as Novellae, é conhecido como o Código de Justiniano, ou Corpus Iuris Civilis (Instituições de Direito Civil), e são a base do Direito que é estabelecido atualmente, especialmente no que se refere ao Direito Privado. Importância da codificação Considerando a infl uência do Direito romano para o Direito atual, percebemos que as codifi cações exerceram importante função, desde antes de Justiniano. Historicamente, destaca-se o Código de Hamurabi, reconhecido como o pri- meiro conjunto de normas escritas e, só mais tarde, na segunda fase do Direito 3Evolução histórica do Direito Civil romano, a Lei das XII Tábuas, que é um documento fundamental do Direito do Ocidente e, assim como o Código de Hamurabi, caracteriza-se por ser uma consolidação de usos e costumes. A palavra código advém de codex que, para os romanos, indicava uma coleção de leis. A codificação de Justiniano e outras posteriores no Direito romano não se tratavam de códigos tal qual conhecemos hoje: eram compilações do Direito conhecido na época, uma coleção, um conjunto de normas cuja organização permaneceu vigente até o início do século XIX. No Brasil, a história da codificação está ligada ao Direito português que, por sua vez, assimilou o Direito Civil romano a exemplo de países como Alemanha, França e Espanha. Em Portugal, a adaptação do Direito romano se deu, em especial, pela Universidade de Coimbra. Como desenvolvimento histórico, podemos citar primeiramente as Orde- nações Alfonsinas, de 1446, cujas disposições determinavam a aplicação do Direito romano nos casos não previstos pela lei, pelos costumes ou pelo Direito canônico. Já no início do século XVI, surgiram as Ordenações Manuelinas, sucedidas pelas Ordenações Filipinas e pela Lei da Boa Razão, em 1769: promulgada pelo Marquês de Pombal, a lei proibia a aplicação do Direito canônico no foro civil e considerava como “boa razão” aquela decorrente do Direito das gentes, como produto de bom senso universal. Atualmente, os códigos se caracterizam por organizar um núcleo da vida em sociedade. Trata-se de uma organização que permite um ponto de partida para a interpretação da lei e o desenvolvimento do raciocínio. É um marco na cultura jurídica e facilita a compreensão do Direito, mesmo que seja neces- sário recorrer a leis complementares que suplementam os códigos. A parte geral do Código Civil e do Código Penal, por exemplo, trazem as normas que estruturam o pensamento jurídico e a aplicação do Direito nessas áreas. Para Silvio Venosa (2004, p. 220): [...] o Código da era moderna regula unitariamente um ramo do Direito, enquanto nos Códigos antigos e medievais a tendência era regular todos os campos. [...] O código moderno é sistemático e científico, pois os antigos eram empíricos e não sistematizados. Muitos dos antigos códigos eram meras compilações ou justaposições de leis. Evolução histórica do Direito Civil4 Sobre os antigos códigos, é importante destacar que eram compilações que geralmente obedeciam a um critério cronológico. Entre as compilações e os códigos, há as consolidações: além de compilar as leis anteriormente existentes, tratam de ordenar, adaptar redações e criar sequências lógicas tendo como base as normas que, via de regra, não se alteram substancialmente. No Brasil, a Consolidação das Leis Civis, elaborada pelo jurista Teixeira de Freitas, surgiu antes do Código Civil. Caio Mário Pereira (2014, p. 65) destaca que “[...] codificar o Direito é co- ordenar as regras pertinentes às relações jurídicas de uma só natureza, criando um corpo de princípios dotados de unicidade e deduzidos sistematicamente”. Não se trata, portanto, de uma simples reunião de disposições legais relativas a um determinado assunto. Com relação aos códigos atuais, destaca-se uma vantagem: a codificação pode ser adaptada e atualizada em virtude de fatos da vida cotidiana que não podem ser previstos no momento da elaboração das leis. É essa característica que permite a permanência de um código, contribuindo para a aplicação ordenada do Direito em busca da sua finalidade essencial, que é a regulação da vida em sociedade. Contudo, o sistema de códigos também apresenta uma desvantagem: a alteração de dispositivos de um código exige cuidados especiais, sob pena de comprometer a sua logicidade. Assim, muitas vezes, o legislador prefere editar leis a alterar o código, o que resulta em uma multiplicidade de normas que pode confundir e dificultar a convivência dos códigos com os chamados microssistemas. Microssistemas, também conhecidos por estatutos (ou até mesmo códigos, como o Código de Trânsito Brasileiro e o Código das Águas), referem-se a leis abrangentes que tratam de um setor específico e facilmente identificável no ordenamento jurídico. É o caso do Estatuto do Idoso e o Estatuto do Torcedor, por exemplo. Sobre os microssistemas, Caio Mário Pereira (2014, p. 66) ressalta: [...] são leis especiais, cujo objetivo é a disciplina de um setor isolado de atividade, que só por eufemismo mal-empregado recebem aqueles nomes pomposos. Não há cogitar de Código onde falta espírito de sistema e dedução científica e harmônica de princípios. 5Evolução histórica do Direito Civil Dessa forma, a codificação representa a aplicação de uma técnica legis- lativa apurada que permite a compreensão de um tema sob o mesmo sistema de interpretação. Evolução do Direito Civil No Brasil, com a promulgação da Constituição Imperial de 1824, foi re- comendada a organização de um Código Civil e de um Código Criminal que atendessem às necessidades brasileiras da época. Em meados de 1855, o governo imperial entendeu que, antes da codifi cação, seria interessante elaborar uma consolidação das leis civis, o que aconteceu em 1858, pelo jurista Teixeira de Freitas. O mesmo jurista foi contratado, então, para elaborar o Código Civil previsto pela Constituição Imperial. Contudo, o jurista unificou leis civis com leis comerciais e o projeto não foi aceito. Designou-se para essa missão, então, Nabuco Araújo, que, não pode realizar o trabalho antes da sua morte. Mais uma vez, o Código Civil brasileiro foi adiado. Já em 1889, o ministro da Justiça Cândido de Oliveira nomeou uma comissão para a elaboração de um projeto; porém, com o advento da República, a comissão se dissolveu. Em 1893, Coelho Rodrigues também apresentou um projeto de Código Civil que, concluído em 1893, também não foi aprovado. Contudo, ao as- sumir a Presidência da República, Campos Salles nomeou, em 1899, o cearense Clóvis Bevilácqua para cumprir a tarefa. No final do mesmo ano, ele apresentou um projeto que, após 16 anos de debates e críticas, foi aprovado e promulgado em 1º de janeiro de 1916, tendo entrado em vigor um ano depois. No entanto, o Código Civil de 1916 não atendia por completo às necessida- des da época, pois, como afirma Caio Mário Pereira (2014, p. 71), “já nasceu velho”. Para o autor, o Código estava: [...] muito preso ao excessivo individualismo predominante no século XIX, não soube desvencilhar-se dele. Deixou de inserir conquistas já existentes, e outras que despontavam e proporcionavam a abertura para a inspiração solidária do Direito no século XX (PEREIRA, 2014, p. 71). Nesse sentido, Maria Helena Diniz (2017, p. 65) comenta que: Evolução histórica do Direito Civil6 [...] com o escopo de atualizar oCódigo Civil de 1916, atendendo aos reclamos sociais, várias leis, que importaram em derrogação do diploma de 1916, foram publicadas, dentre elas: a do estatuto da mulher casada, a do divórcio, as da união estável, a dos direitos autorais, a dos registros públicos [...] O Direito Civil, então inclinou-se às contingências sociais criadas por leis especiais, acolhendo as transformações ocorridas, aluvionalmente, para atender às aspirações da era atual. Reconhecida a necessidade de adequações, em virtude também das inú- meras transformações sociais e econômicas, juristas designados propuseram o anteprojeto de um Código das Obrigações em 1941. Contudo, objeto de críticas, o anteprojeto não prosperou principalmente devido ao fato de atentar contra o critério orgânico do Direito codificado, que seria rompido com a aprovação isolada de um código que regulamentasse somente as relações obrigacionais. De 1963 a 1991, propostas de revisão do Código Civil foram apresentadas e tramitaram no Congresso Nacional. Até que, em 1991, o último projeto foi desarquivado na Câmara dos Deputados e revisado, tendo recebido seu parecer final em 1997, com ressalvas de que deveria ser revisto, considerando o advento da Constituição Federal de 1988. Em 2002, portanto, o Código Civil foi sancionado pelo presidente da República e entrou em vigor em todo o país um ano depois. O Código Civil de 2002 divide-se em duas partes: uma geral e uma es- pecial. A parte geral é formada por três livros: das pessoas, dos bens e dos fatos jurídicos. A parte especial divide-se em do direito das obrigações, do direito de empresa, do direito das coisas, do direito de família, do direito das sucessões e o livro complementar, que apresenta as disposições finais e transitórias. Caio Mário Pereira (2014, p. 78) comenta que: [...] tomando como ponto de partida o Código Civil de 1916, sua preceituação e a sua filosofia, percebe-se que o Direito Civil seguiu por rumo bem defini- do. Acompanhando o desenvolvimento de cada instituto, vê-se que, embora estanques, os segmentos constituíram uma unidade orgânica, obediente no seu conjunto a uma sequência evolutiva uniforme. Considerando a evolução do Direito Civil, é de se considerar, no estágio atual, a forte incidência dos princípios constitucionais e dos direitos funda- mentais consolidados no ordenamento jurídico brasileiro com o advento da Constituição Federal de 1988. 7Evolução histórica do Direito Civil DINIZ, M. H. Compêndio de introdução à ciência do Direito. 27. ed. São Paulo: Saraiva, 2017. PEREIRA, C. M. S. Instituições de Direito Civil. 27. ed. Rio de Janeiro: Forense, 2014. v. I. VENOSA, S. S. Direito Civil: parte geral. 12. ed. São Paulo: Atlas, 2012. VENOSA, S. S. Introdução ao estudo do Direito: primeiras linhas. São Paulo: Atlas, 2004. Evolução histórica do Direito Civil8 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. DICA DO PROFESSOR A palavra código advém de codex, que, para os romanos, indicava coleção de leis. Na acepção atual, é mais do que determinado compilado de leis, é um sistema de regulação de ramo específico do direito, regido pelo mesmo grupo de princípios. Nesta Dica do Professor, você vai ver como é percebida a codificação no Brasil e os principais aspectos do Código Civil de 1916 e do Código Civil de 2002. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) Justiniano, imperador romano do século IV, atribuiu a certo grupo de juristas a elaboração de uma compilação das melhores decisões da história do direito romano. Como é chamado esse documento? A) Novellae. B) Codex. C) Digesto. D) Institutas, de Justiniano. E) Corpus iuris civilis. Considere o texto a seguir. No Brasil, a codificação está ligada ao direito _________. As Ordenações Filipinas 2) regularam o direito brasileiro por mais tempo do que no próprio país em que foram elaboradas e influenciaram diretamente a sistematização dos direitos. Qual alternativa completa corretamente a lacuna? A) português B) romano C) alemão D) francês E) espanhol 3) Sobre a codificação, é correto afirmar que: A) uma das funções da codificação é organizar a estrutura das leis que regulam a vida em sociedade de maneira abrangente. B) a codificação torna complexa a compreensão do direito, fazendo com que seja necessária a consulta em leis complementares para a correta interpretação dos códigos. C) os códigos são sistemáticos e científicos, regulam unitariamente um ramo do direito. D) os códigos são compilações ou justaposições de leis não sistematizados. E) são leis especiais cujo objetivo é a disciplina de mais de um setor de atividade da vida social. 4) No que se refere ao Código Civil de 1916, assinale a alternativa correta. A) O Código de 1916 deixou de abordar algumas importantes conquistas, como a lei do divórcio. B) O Código de 1916 atendia por completo às necessidades da época. C) Com a finalidade de atualizar o Código de 1916, várias leis foram publicadas após a sua vigência, como a lei do divórcio, dos direitos autorais e dos registros públicos. D) Foi aprovado e promulgado em 1.o de janeiro de 1916, tendo entrado em vigor no mesmo ano. E) O Código Civil de 1916 não apresentou alterações significativas nas disposições quando foi substituído pelo Código de 2002. 5) Sobre o Código Civil de 2002 e a evolução do direito civil, é correto afirmar que: A) trata-se de reprodução do Código Civil de 1916, apenas com a inclusão de algumas leis específicas, como a lei do divórcio e a lei dos registros públicos. B) o Código das Obrigações, promulgado em 1941 e que regulamentava as relações obrigacionais, foi substituído pelo Código Civil de 2002. C) o Código Civil de 2002 foi sancionado pelo presidente da República e entrou em vigor em todo o país seis meses após sua publicação. D) no estágio atual do direito civil, verifica-se a forte incidência dos princípios constitucionais e dos direitos fundamentais trazidos pela Constituição Federal de 1988. E) o Código Civil de 2002 é dividido em três partes: geral, especial e complementar. NA PRÁTICA O Código Civil de 2002 alterou significativamente as disposições do Código de 1916, embora tenha mantido a proposta de sistematização do conteúdo. Saiba mais sobre essas mudanças. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Codificação e descodificação o direito civil e o Código Civil de 2002 Artigo sobre a codificação do direito brasileiro e as tendências para o futuro dos códigos. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Reflexão sobre o estudo do direito romano Por que estudar direito romano? Breve análise do direito romano diante das ideias fundamentais pós-positivistas. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Reflexões – Codificação jurídica Vídeo que apresenta reflexões sobre a codificação para a realidade do direito brasileiro. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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