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Fisioterapia em UTI
Ventilação Mecânica Básica
Prof. Fernando Braga Estevão
História da Ventilação Mecânica
Terapia Intensiva – 1855 ( Florence Nightingale
A UTI – 1926: Walter Dandy
O Ventilador: Phlip Drinker 1927
Iron Lung - Drinker
1930 - comercialização
Assistência Ventilatória
Equipe Interdisciplinar
Edição 1930 – Quem salvar ? Irving S. Johnston, 25 ou a mulher Jean McCullough, 30 ?
A Crise da Poliomielite
A Intubação: Dwyer 1890 e Magill 1916
1910 – Chevalier Jackson
Ventiladores: 1906 Pulmotor e Spiropulsatil 1934
Mark – 7: Redução óbito de 70% para 10%.
A Lesão Pulmonar: 1967 Thomas Petty
Evolução dos Ventiladores Mecânicos
1950 – Pulmão de Aço (IRON LUNG);
1960 – Ventiladores BIRD MARK – 7;
1970 – Ventiladores Volumétrico – Benneti;
1980 – Ventiladores Microprocessados;
1990 – Válvulas Mecatrônicas; 
2000 – Monitorização Ventilatória.
Ventilação Mecânica
Ventilação mecânica é um processo terapêutico que pode substituir total ou parcialmente a função respiratória temporariamente.
Sempre que pensamos em assistência ventilatória devemos ter em mente o respeito pelas características fisiológicas e patológicas do sistema respiratório do paciente. 
Para que a adaptação máquina/paciente seja próxima do ideal, deve-se levar em conta alguns fatores marcantes na assistência ventilatória:
Ventilação Mecânica
Sincronismo e conforto do paciente;
Controle sobre a pressão de pico nas vias aéreas;
Menor efeito sobre o sistema cardiovascular;
Estabelecer uma relação V/Q ideal;
Complacência, resistência, capacidade respiratória, entre outros fatores que possam ser causas ou conseqüências destes.
Objetivos da VM
A ventilação mecânica é utilizada por duas razões básicas:
Suporte a curto prazo durante um evento agudo
Suporte prolongado da fadiga ou paralisia dos músculos respiratórios
A VM bem sucedida resulta em ventilação, intercâmbio gasoso e equilíbrio ácido-básico aceitáveis.
Sistema Respiratório
Funções:
Trocas gasosas
Equilíbrio térmico
Regulação dos líquidos corporais
Filtragem do sangue
Reservatório sangüíneo
Retorno venoso
Fonação
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Anatomia do Sistema Respiratório
Trato respiratório superior
Trato respiratório inferior
Músculos respiratórios
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Músculos da respiração
Principal: diafragma
Motor secundário: intercostais externos
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Mm. acessórios
Auxiliares: 
Esternocleidomastóideo
Serrátil anterior 
Escalenos 
Peitoral maior
Trapézio (fibras inferiores)
Serráteis posteriores 
Levantadores das costelas 
Subcostais
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Funções do Sistema Respiratório
Troca gasosa – O2 por CO2
Superfície pulmonar: 70 a 100 m2
300 milhões de alvéolos
Equilíbrio térmico
Regulação do pH plasmático
Filtração de êmbolos pela circulação Pulmonar
FONAÇÃO
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Zona de transporte
Zona de transporte aéreo ou árvore traqueobrônquica:
Estende-se da traquéia até os bronquíolos terminais
Divide-se em 16 gerações
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Ventilação Pulmonar
A respiração tem como objetivo o fornecimento de oxigênio aos tecidos e a remoção do dióxido de carbono.
É dividida em 4 eventos:
Ventilação pulmonar
Difusão
Transporte
Regulação da ventilação
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Freqüência Respiratória
Número de incursões respiratórias por minuto.
Representa o número de contrações diafragmáticas por minuto
Fr = 12 a 20 irpm
1 Fr = 1 ciclo respiratório, ou seja inclui um inspiração e uma expiração
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Movimentos da caixa torácica
Movimentos gerados pela mobilização das costelas
Contração diafragmática
Responsáveis pela entrada e saída de ar dos pulmões
Alça de balde
Braço de bomba
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Volumes Pulmonares
Volume corrente (Vc): quantidade de ar mobilizada em um período do ciclo respiratório = 500 ml
Volume de reserva inspiratório (VRI): volume de ar que ainda pode ser inspirado ao final da inspiração do Vc normal. VRI = 3000 ml
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Volumes Pulmonares
Volume de reserva expiratória (VRE): volume de ar, que por expiração forçada, pode ser exalado após saída do Vc normal. VRE = 1100 ml
Volume residual (VR): volume de ar que permanece nos pulmões após uma expiração forçada. VR = 1200 ml
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Capacidades Pulmonares
Capacidades pulmonares representam a soma de dois ou mais volumes pulmonares.
São utilizadas na descrição de eventos do ciclo respiratório
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Capacidades Pulmonares
Capacidade inspiratória (CI): soma do volume corrente mais o volume de reserva inspiratória. CI = 3500 ml
Capacidade residual funcional (CRF): soma do volume de reserva expiratória mais o volume residual. CRF = 2300 ml
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Capacidades Pulmonares
Capacidade vital (CV): soma do volume de reserva inspiratório mais o volume corrente mais o volume de reserva expiratório. CV = 4600 ml
Capacidade pulmonar total (CPT): é o maior volume que os pulmões podem alcançar. CPT = 5800 ml
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Resumindo
CI = VC + VRI
CRF = VRE + VR
CV = VRI + Vc + VRE
CPT = Vc = VRI + VRE + VR
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Espaço morto
Anatômico 
Alveolar
Fisiológico
Shunt
Ventilação alveolar (volume minuto):
Porção da ventilação global que a cada minuto alcança a zona respiratória
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Propriedades elásticas do sistema respiratório
Lei de Hooke:
Variação de comprimento (volume) e diretamente proporcional a força (pressão)
Complacência estática
Complacência dinâmica
Elastância
Fenômeno de interdependência
Surfactante pulmonar (pneumócitos tipo II)
perda = redução da complacência pulmonar
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Tipos de fluxo
Laminar
Turbilhonar
Transicional
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Diferenças regionais de ventilação
Até agora estivemos supondo que todas as regiões pulmonares possuem a mesma ventilação
Entretanto regiões inferiores ventilam-se melhor do que as superiores
Tal afirmativa justifica-se através de dois aspectos: anatômico e influência direta da gravidade no ser humano em posição ortostática
Obs: em posição supina esta diferença desaparece
Difusão
Transferência de gás através da barreira sangue-gás
Sinônimo: troca gasosa
Processo passivo sem gasto energético
Leis da Difusão
A difusão através dos tecidos é descrita pela Lei de Fick:
Esta afirma que a velocidade de transferência de um gás através de uma lâmina de tecido é proporcional à área do tecido e à diferença de pressão parcial entre os dois lados, inversamente proporcional a espessura do tecido
Área da barreira sangue-gás no pulmão varia de 50 – 100 metros quadrados
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Captação de oxigênio ao longo do capilar pulmonar
PO2 em um eritrócito vale cerca de 40mmHg
PO2 alveolar é de 100mmHg
Distância entre um alvéolo e um capilar pulmonar é cerca de 0.4 micrômetros
Esta diferença de PO2 alveolar e capilar gera um gradiente de pressão que faz com que ocorra uma “inundação” de O2 no capilar pulmonar
Limitações para a difusão do oxigênio
São principalmente: espessura da membrana, área da membrana, coeficiente de difusão do gás e a diferença de pressões entre os dois lados da membrana.
Além destes, o fluxo sangüíneo pulmonar e elevadas altitudes também influenciam diretamente na difusão do O2
A espessura da membrana respiratória
Pode estar aumentada, por exemplo, quando ocorre acúmulo de líquido de edema no espaço intersticial e nos alvéolos
Através de algumas patologias pulmonares
Pode ser reduzida acentuadamente pela retirada de um pulmão inteiro
Coeficiente de difusão
Depende da solubilidade de um gás através da membrana respiratória
Os gases envolvidos nas trocas gasosas possuem valores absolutos de coeficiente de difusão, o que os torna em relação a velocidade de troca mais ou menos solúveis no sangue
Diferença de pressões
Esta é a diferença da pressão de um gás no interior dos alvéolos e a pressão parcial deste mesmo gás no sangue
Tal diferença “orienta” o sentido de movimentação deste gás na unidade respiratória (um alvéolo e seu respectivo capilar)
Capacidade de difusão da membrana respiratória
Capacidade de difusão é definida como o volume de gás que se difunde através da membrana respiratória a cada minuto, para um diferença de pressões de 1mmHgÉ expressa em ml/min/mmHg
Para o oxigênio vale 21 ml/min/mmHg o que gera aproximadamente um volume de 230ml de O2 passando através da membrana respiratória, valor equivalente ao consumo corporal em repouso por minuto 
Relação V/Q
Distribuição da ventilação
Distribuição da perfusão
Relação ventilação perfusão = V/Q
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Controle da Respiração
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Centro Respiratório
Composto por diversos grupos de neurônios localizados bilateralmente no bulbo e na ponte
Dividido em três grandes grupos
Grupo respiratório dorsal – centro inspiratório
Grupo respiratório ventral - centro expiratório
Centro pneumotáxico – controla Fr e padrão ventilatório
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Papel do CO2
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Papel do O2
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Fisiologia Respiratória
Ventilação Pulmonar
Mecanismo de ventilação pulmonar
Volumes e capacidades pulmonares
Trocas gasosas
Pressões parciais dos gases
Controle Respiratório
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