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METEOROLOGIA E CLIMATOLOGIA Mário Adelmo Varejão-Silva Versão digital 2 – Recife, 2006 215 CAPÍTULO VI. TERMODINÂMICA DA ATMOSFERA. 1. Calores específicos. Calor específico de uma substância é a quantidade de energia necessária para elevar de um grau a temperatura de sua unidade de massa. Pode ser expresso em cal g-1 K-1. O calor específico muda com a temperatura e, no caso de fluidos, também com a pressão e com o es- tado de agregação da substância (líquido ou gasoso). Não sendo possível quantificá-lo por via teórica, o calor específico deve ser determinado experimentalmente, fixando-se as condições às quais deve estar submetida a substância. Assim, para aumentar de 14,5 para 15,5 oC a temperatura da unidade de massa da água, sob pressão de uma atmosfera, consome-se apro- ximadamente uma caloria (Tabela VI.1). Em se tratando de gases, deve-se fazer a distinção entre o calor específico a volume constante (cv) e à pressão constante (cp), definidos, respectivamente, como: cv = [dχ/dT] v (VI.1.1) e cp = [dχ/dT] p. (VI.1.2) Nessas expressões dχ simboliza a quantidade de calor (positiva ou negativa) necessá- ria para alterar de dT graus a temperatura (K) da unidade de massa do gás em questão. Para que se possa compreender a relação entre cv e cp, necessária às aplicações sub- seqüentes, precisa-se recorrer ao Primeiro Princípio da Termodinâmica, assim enunciado: a variação da energia interna (du) de um sistema depende apenas do calor (dχ) por ele trocado com o meio e do correspondente trabalho (dw) realizado. Analiticamente isto equivale a: dχ = du + dw. Como se sabe, du é uma diferencial exata e, como tal, fica univocamente definida quando se estabelecem os estados inicial e final da transformação que sofre o sistema. O mesmo não ocorre com dχ e dw, que dependem da evolução a que foi submetido o sistema, ao passar do estado inicial ao final.
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