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Hidrologia de Encosta Mestranda Aline Riccioni de Melos Ciclo hidrológico e características hidrológicas dos solos Fluxos d’água nas encostas (Coelho Netto, 1995) FSH- Fluxo superficial hortoniano – ocorre sempre que a intensidade da chuva alcançar valores superiores a capacidade de infiltração. FS - Fluxo subterrâneo – ocorre na zona de saturação e advém da água que percolada a partir das zonas de recarga do aqüífero, compondo o chamado fluxo de base. FSSch - Fluxo subsuperficial da chuva ou fluxo subsuperficial lateral raso. É um tipo de escoamento que ocorre sobre horizontes de solo de baixa permeabilidade (p. ex. Bt ou R); forma um lençol freático suspenso temporário durante as chuvas. FSSat – Fluxo superficial de saturação; é um fluxo gerado pela chuva precipitada na zona saturada da base da encosta (ou fundo de vale) + fluxo de retorno (ou exfiltração) da água que infiltrou a montante desta zona saturada. Modelo de Infiltração e Escoamento Superficial / tipo Hortoniano (R. Horton, 1933) 1- Variáveis-Controle da infiltração: DECLIVIDADE, COBERTURA VEGETAL, CARACTERÍSTICASFÍSICAS DO SOLO (textura original, estrutura , porosidade macro e micro, umidade antecedente). Compactação e selagem no topo do solo f = fc + (f0 – fc) . e -Kt t f mm/h fc f0 Ich = f (100%) Ich < f (100%) Ich > f (Es) Relação com a Intensidade da chuva f = capacidade de infiltração (taxa de entrada de água no solo; expressa-se em mm/h ou cm/h.) Salpico da gota de chuva e erosão (splash erosion) Quebra de agregados, formando crostas (selagem e compactação) Características físicas das chuvas - intensidade da chuva: define a taxa de entrada (cm/h ou mm/h). - duração: define o tempo de evolução da frente de umidade no solo. Cobertura Vegetal do Solo - serrapilheira e raízes: tendem a aumentar a infiltração. - densidade: quanto maior a presença de plantas, maior a infiltração. Atividade de escavadores - bio-poros: animais no solo criam poros e aumenta a infiltração. Características da matriz do solo - granulometria: solos arenosos geram maior infiltração que argilosos. - estrutura: a granular permitem infiltração em todas as direções, enquanto solos prismáticos favorecem a infiltração vertical. - umidade antecedente: quanto maior a umidade maior a facilidade de infiltração. - grau de saturação: a medida em que o solo se aproxima da saturação, diminui a possibilidade de preenchimento dos poros, reduzindo a infiltração. Características do topo do solo - selagem: os solos sem vegetação tendem a ter fechamento de seus poros por ação do impacto das gotas de água da chuva. - fendas de ressecamento : favorecem a entrada de água no solo Influências do ambiente na infiltração da água no solo Variação da Capacidade de Infiltração (durante a chuva para diferentes solos) Infiltração X Escoamento Superficial (tipo Hortoniano) Modelo Horton, 1931; Dunne & Leopold, 1978; Coelho Netto, 1995. Inicio do escoamento superficial pelo excedente de precipitação: preenchimento das micro-depressões do terreno. Escoamento Superficial / tipo Hortoniano (Horton, 1932) Ich = f (100%) Ich < f (100%) Ich > f (x%f; y%Es) SULCOS EROSIVOS RAVINAS VOÇOROCAS Erosão em lençol ou Erosão laminar Erosão em lençol com formação de ravinas Aumenta de acordo com a velocidade do fluxo Ocorre quando há a concentração de fluxos Estágio inicial de plantio solo exposto e estradas de terra erosão: lavagem, sulcos e ravinas Erosão por ação do escoamento superficial concentrado: sulcos erosivos e ravinas S.J.Rio Preto, RJ (Quartzitos) Novo México, EUA (semi-árido) Semi-arid arroyos Infiltração e Escoamento Superficial I (mm) erosão (g / l) I = P - Es Parcela hidro-erosiva (tipo Gerlach) Parcela simples (ARACRUZ) Parcelas Integradas (ARACRUZ) A Visão LateralVisão Frontal B C Parcelas Encostas com plantios de Eucalipto Infiltrômetro ÁGUA NO SOLO: Infiltração (entrada, percolação e estocagem) Escoamento (subsuperficial) Forças que governam o movimento da água no solo: gravidade (G) capilaridade (C) f (umidade) f (poros) (Dunne & Leopold, 1978) (Coelho Netto, 2004; Coelho Netto e Avelar, 2005) Distribuição da água abaixo da superfície do solo (Fonte: Karmann, 2001). Microporos Menores que 0,2 mm Macroporos Maiores que 0,2 mm Infiltração (Teixeira et al., 2000 Porosidade x Permeabilidade • Porosidade: percentagem do volume total de rocha ou sedimento sobre o volume de espaços vazios (poros); • Permeabilidade: facilidade da rocha transmitir material ou fluído (água). Tensiômetro de Mercúrio Tensiômetro Semi-automático Mensuração indireta de água no solo O cálculo dos valores de sucção (Hp) para os tensiômetros com manômetro de mercúrio pode ser obtido da seguinte equação: Hp = (-13,6 H) + (H+h1+h2) = (-12,6 H) + (h1+h2) onde: -13,6 - é uma constante que representa a densidade do Hg. H - é a altura da coluna de Hg h1 - é a altura entre o nível do terreno e o nível de Hg na cuba. h2 - é a profundidade de instalação do tensiômetro. Percolação O deslocamento da água no interior do solo é provocado a partir dos pontos de alta energia para os de baixa energia, A energia é resultado da carga de elevação ou carga de posição (Z) e a carga de pressão (Hp ou Y), que somadas estabelecem a carga total (H). Desta forma, tem-se que: H = Z + Hp Henry Darcy, 1856: LEI de DARCY Percolação da água no meio poroso saturado. Q = K i A K = coeficiente de permeabilidade ou condutividade hidráulica i = gradiente hidráulico A = área da seção perpendicular ao fluxo. Variação de condutividade hidráulica com profundidade e intensidade de chuva excedente em relação a condutividade saturada (K): (a) Baixa intensidade = fluxo vertical e lateral não-saturado, o qual pode levar à saturação na base da encosta; (b) Alta intensidade de chuva gera uma camada saturada suspensa no solo e o fluxo saturado ocorre dentro do subsolo e lateral Percolação Preferencial no Solo: influência de raízes e dutos DARCY 1- Orientação de raízes Raiz Vertical 90º Raiz Oblíqua-Vertical 60º Raiz Horizontal 0º Raiz Oblíqua-Horizontal 30º Esquema do classificador de ângulo de orientação das raízes na trincheira Em planta Em perfil 2- Mapeamento: 3- Mensurações: SIARCS-EMBRAPA ARQUITETURA de RAÍZES ARBÓREAS: funções hidrológicas e mecânicas Pré-tratamento das imagens: Corel Photo-Paint. Processo de binarização: densidade de raízes. Processo de afinamento: comprimento de raízes. Distribuiçao de raízes: • encostas de baixo declive* (< 5o) •(zona de raízes verticais densa: entre 40 - 90 cm) • encostas íngremes (>30o) (raízes verticais esparsas) Variações espaciais da arquitetura dos sistemas radiculares: densidade, profundidade, posição na encosta. Zaú, 1994; Freitas, 2001; Correa, 2004 Mudanças da Vegetação sob INCÊNDIO FLORESTAL no Maciço da Tijuca Gráfico de Altura: Área Controle 0 20 40 60 80 100 120 2 a 5 5 a 10 10 a 15 15 a 20 20 a 25 25 a 30 > 3 0 altura em metros (m) nº d e in di ví du os Gráfico de Altura: Área Queimada 0 20 40 60 80 100 120 2 a 5 5 a 10 10 a 15 15 a 20 20 a 25 25 a 30 > 3 0 altura em metros (m) nº d e i nd iv ídu os Porcentagem do Recobrimento - Controle 0 5 10 15 20 0 cm 20 cm 40 cm 60 cm 80 cm 120 cm 150 cm pr of un did ad e total mortas PORCENTAGEM DO RECOBRIMENTO - Queimada 0 5 10 15 20 0 20 40 60 80 120 150 pr of un did ad e total mortas Altura de árvore (m) Freqüência de raízes (%) FLORESTA DEGRADADA - queda de resistência - raíz morta = duto GRAMÍNEAS - discontinuidade hidráulica Mudanças de vegetação & Hidrologia de encosta (?) ANTES DEPOIS ANTES DEPOIS Efeitos do piping em regiões úmidas Zona de saturação suspensae temporária e geração de fluxo superficial de saturação ÁGUA SUBTERRÂNEA - aqüíferos : temporários e permantes - redes de fluxos: regional e cabeceiras de drenagem Tipos de Aqüíferos • Aquífero: rocha ou sedimento que permite a explotação de água; • Aquitarde: rocha que armazena água mas não transmite. Fluxo subterrâneo regional, em aqüífero isotrópico homogêneo, Sob topografia ondulada e com exutórios de drenagem em diferentes elevações Rede de fluxo subterrâneo sob uma Paisagem de vales fluviais para uma única elevação, em aqüífero isotrópico homogêneo REDES DE FLUXOS D’ÁGUA SUBTERRÂNEA Exercício • Na figura abaixo está representada a capacidade de infiltração de um solo e a intensidade de chuva.0 10 20 30 40 50 0 10 20 30 40 tempo (minutos) (m m /h ) Capacidade de infiltração Intensidade de chuva • Duração do evento de chuva; • Intensidade máxima do evento de chuva; • Escoamento Hortoniano e infiltração em t=5, t=15 e t=25.
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