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Anestesio Pequenos Animais

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ANESTESIOLOGIA
AULA 22/02 
INTRODUÇÃO
Fases da anestesia
1. Anamnese
2. Exame físico pré-anestésico
3. Exames complementares
4. Planejamento
5. MPA – preparo do paciente
6. Indução
7. Intubação
8. Manutenção anestésica
9. Monitoração
10. Recuperação anestésica
Avaliação pré anestésica
Identificação do animal
Nome
Espécie
Raça
Sexo
Idade
Peso
Histórico/Anamnese
Afecção principal ou procedimento cirúrgico
Afecções concomitantes e antecedentes mórbidos
Sinais e sintomas
Medicação utilizada (metabolização, quimioterápicos)
Comportamento
3 perguntas chaves: 
· Está de jejum?
· Faz uso de medicação? Tomou hoje?
· Surgiu algum sintoma novo após a consulta?
Exame físico
Estado geral/ escore corporal
Lesões ou afecções superficiais
Mucosas (pálidas, congestas, ictéricas, cianóticas) 
Sinais e sintomas (dispnéia, disúria, diarreia e êmese)
Auscultação cardíaca e pulmonar
Pulso arterial
Grau de desidratação
Exames Complementares
Exames laboratoriais
· Hemograma
· Bioquímico
· Urinálise
Exame Radiográfico
Exame Ultra-sonográfico
Eletrocardiográfico
Ecocadiográfico
Outros (microbiológico, fezes, tomografia, RM, etc)
Posso anestesiar um paciente sem exames complementares prévios a cirurgia?
Quais os critérios para a escolha dos exames?
1. Sinais ou sintomas reportados em anamnese ou exame físico
2. Procedimento cirúrgico
3. Fármacos que estão sendo ou serão utilizados
4. Fatores predisponentes
A. Raça
B. Idade
C. Sexo
D. Antecedentes morbidos
E. Antecedentes familiares
Risco Anestésico (American Society of Anesthesiology)
· ASA I – animais sadios sem doença detectável – cirurgia eletiva
· ASA II – doença sistêmica leve a moderada completamente controlada (anemia discreta, diabético controlado)
· ASA III – doença sistêmica moderada a grave, porém não incapacitante (hipertenso, doente renal, mas não insuficiente)
· ASA IV – doença incapacitante que oferece risco constante a vida (insuficiente renal)
· ASA V – associação de doenças incapacitantes, onde está certo o óbito sem cirurgia e tem pequenas chances com a cirurgia (piometra com choque séptico)
· E – emergência , onde não é possível avaliar adequadamente o paciente, pois está correndo risco eminente de vida (atropelado sangrando muito). (Não é urgência)
- Diferencia de emergência e urgência:
Urgência você tem um tempo para fazer para evitar complicações 
Emergência é quando risco de óbito é iminente 
Asa 1 – saudável ou sem doença de efeito sistêmico
Asa 2- doença sistêmica leve a moderada mas completamente controlada 
Asa 3- doença moderada grave porém ainda não é incapacitante, não é uma insuficiência 
Asa 4 – Já tenho doença incapacitante, disfunção orgânica, onde um sistema não funciona bem de forma importante 
Asa 5- Ou um ou mais problemas tão graves que tenho quase certeza que não vai sobreviver, seja na hora ou em 24h
E – Não da tempo se fazer de forma correta todos os exames 
Esclarecimento dos proprietários – escolha de conduta
- Não existe procedimento anestésico sem risco.
Hipersensibilidade
Idiossincrasia
Erro humano
· Imprudência
· Imperícia
· Negligência
· Alterações no preparo do paciente
· Alteração do procedimento cirúrgico
· Contra-indicação do procedimento cirúrgico
- Hipersensibilidade – pode haver reações alérgicas a alguns fármacos 
- Choque anafilático 
- Idiossincrasia – resposta anormal a uma medicação, podendo ser um efeito colateral não relatado ou intensidade muito maior que o normal- erro técnico mas não erro humano 
- Erro humano: a pessoa simplesmente não tem aquele conhecimento, podendo ser até um caso raro, que você não sabia tratar, tentou algo que deu errado e animal morreu
- Mas se é algo que se espera q se tenha conhecimento, dentro daquela especialidade e profissão, é penalizavel 
- Erro humano é penalizado em: imprudência, imperícia ou negligência 
Aula 01/03 
Preparo do paciente
· Estabilização do paciente
Hidratação do paciente [ 2 ml/kg/ hora de jejum + volume de sangue perdido (colóide 1:1 e cristalóide 3:1 )]
Reposição de eletrólitos
Transfusão sanguínea
· Jejum
Pneumonia aspirativa
Desconforto intestinal
Alteração do fluxo sanguíneo intestinal (alta concentração de fármaco no intestino que depois irá atingir o SNC) 
- O animal após a alimentação tem alimento e sangue no estômago, o que mobiliza os fármacos para lá ao invés do cérebro, o que altera a dosagem que age, podendo ficar sendo liberado depois do procedimento. 
- Muito tempo em jejum cria corpos cetônico, que queima gordura. Porém em filhotes o fígado não é bom nisso, podendo deixar o paciente hipoglicêmico mais facilmente 
- Hipoglicemia eu subo a glicose e depois anestesio, nunca anestesio com ela baixa. Açúcar atrai água 
- Se eu aplicar glicose rápido, vai puxar muita água pra dentro dos vasos, podendo lesar as células da glia, alterando SNC, podendo ter comportamentos anormais na anestesia 
- Neuropatia diabética: lesão neurológica provocada pela oscilação de glicemia 
Adequação de doses 
Sobredose
- Imprudência: sabia que tava acima e fez
- Imperícia: não sabia e fez
- Negligência: podia consultar e não fez
Sobredose Relativa
- Dose de paciente saudável. Em animal debilitado você pode reduzir 
MPA – Medicação Pré-Anestésica
Anticolinérgicos 
- Competição com acetilcolina pelo receptor colinérgico muscarínico
- Corta receptor colinergico muscarinico: não deixa o parassimpático funcionar – acelera coração e respiração aumenta amplitude. 
- Não é mais usado – Acham que isso não tem indicação na maioria dos casos 
- Taquicardia: Depende, se a FC for baixa é bom aumentar. Mas se for alta ou até normal, não é bom aumentar 
- Respiratórios: não é bom que aumenta viscosidade
- Gastrointestinal: Depende, num caso de cálculo é bom porque diminui motilidade
- O ponto é que tem um lado bom mas sempre tem o ruim, na maioria dos casos tem opções melhores 
- Anticolinérgico para pequeno: se o efeito que eu quero for extra abdominal o mais indicado e atropina
- Se o efeito dor abdominal o mais indicado é escopolamina
Tranquilizantes 
- Não é uma metabolização difícil pro fígado 
- IM
 
- Inibe receptor de tudo e inibe ação dos neurotransmissores, ficando mais calmo e menos agitado
- Tenho que saber as vantagens e desvantagens, não ficar pensando em qual receptor agr
- Neurotransmissor inespecifico
- Tranquiliza, mas não dorme
- Diminui a probabilidade de vomitar na anestesia, mesmo que seja um animal que já venha vomitando
- Não faria num cardiopata, pensando na hipotensão arterial que causa
- Não faria num doente renal ou num paciente em sepse, pela queda de pressão causada pela hipotensão arterial. 
- Não vou fazer num Neonato, pensando que sua musculatura cardiaca não é tão bem desenvolvida, e por não regular bem a temperatura, já que causa hipotermia.
- Cão senior tem dificuldade em se recuperar de uma hipotensão. 
- Causa esplenomegalia por estar cheio de sangue, reduzindo hematócrito, que é um problema num animal anemico ou um animal que vai realizar esplenectomia. 
- Priapismo: ereção prolongada.
- São os que utilizamos
- Escolho pelo efeito que eu mais quero
Benzodiazepínicos
- Diazepam tem uma metabolização muito dificil, passa em torno de 4 vezes pelo figado até ser eliminado. É mais duradouro mas é hepatotoxico.
- Midazolam passou uma vez no figado e já é metabolizado. Só que tem efeito mais curto.
- Imita os gabaérgicos (inibitório) – simula uma inibição do sistema nervoso, tornando o animal menos responsivo, diminuindo a atividade neural.
- Minima alterações hemodinamicas: não vou ter alteração de pressão
- Efeito paradoxal: ao inves de tranquilizar você vai para algum extremo, choro ou agressividade.
*** Qual a diferença de diazepam e midazolam: Diazepam é melhor anticonvulsivante, mais hepatotóxico, mais duradouro, mais hipotensor e menos potente. O midazolam é mais potente mas menos duradouro, então se é o efeito que quero preciso por em infusão continua.
- Num animal epilético, qual eu uso: Diazepam
- Castração rápida num animal saudável: Midazolan
- Num animal hepatopata: Midazolan- Cardiopata: Midazolan, por que é menos hipotensor.
- Flumazenil: corta todo efeito dos benzodiazepinicos. 
- Isso de acordar de uma vez não é sempre o recomendado, acorda no susto. 
a2 agonistas
- Absorção em menos de 10 minutos, IV é quase que imediato.
- Não é uma metabolização hepática facil. 
- Indesejavel que corte o SNS: depressão respiratoria, salivação, bradicardiaca, etc.
- BAV: Bloqueio Atrio-Ventricular
- Muito bom mas de alto risco
- Diminui ADH: provoca grande poliúria, diminuindo a hidratação de paciente que não está numa fluidoterapia correta. 
- Hiperglicemia: a insulina é produzida nas celulas beta do pancreas, que tem receptor BETA nela; Não é seguro fazer em diabético.
- Aumento e redução da motilidade: para alterações intestinais evitamos a2 agonista
- Detomidina só para Equinos
- Dexmedetomidina: muito cara para usar em grandes, posso usar em pequenos.
- Detomidina e Dexmedetomidina são caros.
- Xilazina o mais usado em bovino e pequenos.
- Xilazina é o único farmaco que declaradamente aumenta a mortalidade.
Antagonistas
Antagonistas a2 - agonistas
- Ioimbina para xilazina: reverte boa parte dos efeitos.
- Atipamazole para Detomidina e Dexmedetomidina: reverte mas é caro.
• Aula 04 – Continuação de Medicação Pré-Anestésica... Opioides e Miorrelaxante de Ação Central – 15.03.2021
- Utilizados em todas as anestesias veterinárias atualmente
• Opioides X Opiáceos
- Opioides são medicamentos sintéticos que agem de maneira parecida com os opiáceos, e opiáceos são substâncias de origem natural (ex. Tramadol e Metadona são opioides, não opiáceos, pois são sintéticos)
- Os opiáceos começaram a ser utilizados 5000a.C. e são derivados do ópio, que é extraído da papoula (uma flor), muitas vezes utilizados como alucinógenos/recreação, ou em ambientes de guerra como analgésico para aliviar dores extremas e causar sonolência/descanso durante a noite nos soldados.
- Frederick Sertürner: destilou o ópio e separou cada componente, descobrindo a ramificação da Morfina (principal princípio ativo do ópio) que é chamada assim porque quando Frederick foi fazer uma demonstração administrando uma gota dessa substância num soldado, ele dormiu em segundos, então começaram a chamar a ‘gota mágica’ de “Lágrima do Deus do Sono” (que se chama Morfeu), vindo daí o nome do principio ativo ‘Morfina’. À partir daí, começaram vários a aplicar Morfina nos soldados que iam pra guerra buscando o efeito analgésico, porém, secundariamente a este efeito temos êmese e sonolência, fato que fez com que abrisse um portal para estudo e busca de substâncias sintéticas que cumprissem o papel da morfina sem muitos efeitos adversos, o que fez com que surgisse diversos opioides.
• Autodefesa Contra a Dor
- Durante a descoberta dos opioides, descobriram que já possuíamos opioides dentro do corpo, redutores da dor: endorfinas, β-endorfinas, encefalinas, endo-morfinas; elas ajudam a controlar dores fisiológicas (já quando o processo é patológico, o organismo exige substâncias exógenas (analgésicos externos) para ajudar a controlar a dor. Exemplos: andar (fêmur bate na tíbia), ranger os dentes, mastigar são exemplos que causam dor fisiológica que não sentimos por conta dessas substâncias endógenas. Já fraturas, infecções, entre outros, são processos patológicos que exigem substâncias exógenas para controlar a dor.
• Mecanismo de Ação
- Resumindo: Os opioides controlam os canais iônicos (abertura e fechamento) por meio de receptores acoplados neles.
- Opioides são controladores dos canais iônicos. Na membrana celular os receptores de opioides ficam juntos dos canais iônicos e, toda a vez que um opioide se liga nesses receptores, os canais abrem (potássio) ou fecham (cálcio), controlando o estímulo elétrico que vai ao cérebro, facilitando ou inibindo a entrada e de íons, tendo controle sobre a transmissão neural. Esses canais ficam no sistema de desibinição em circuito de dois neurônios chamados de gabaérgicos e opiaérgicos.
- Funcionam muito bem em regiões em que há bastante sinapses (Sistema Nervoso Central = Cérebro e Medula Espinal)
- Exemplo Glutamato: quando o estímulo nervoso da dor chega na extremidade de um neurônio, há abertura dos canais de cálcio, fazendo com que o cálcio entre na célula e faça liberação do Glutamato (um neurotransmissor da dor) para a informação continuar no próximo neurônio até o cérebro. Os opioides fecham os canais de cálcio para que não há entrada e, consequentemente, liberação do Glutamato e propagação do impulso elétrico da dor. Na ausência dos opioides, o Glutamato é liberado, se junta aos receptores de canais de sódio, fazendo com que o sódio entre no neurónio e gere o potencial de ação para a informação da dor continuar seu percurso. Porém, se entrar sódio e os canais de potássio estiverem escancarados com potássio saindo na mesma quantidade da célula, nunca irá haver potencial de ação. Com isto, vemos que os opioides conseguem agir tanto na pré-sinapse quanto na pós-sinapse (inibindo canais de cálcio e abrindo canais de potássio através de receptores específicos). 
• Mecanismo de Ação como Depressores do SNC
- Há neurotransmissores do cérebro como: Histamina e Noradrenalina que potencializam a dor; e Serotonina que diminui dor. Este é o motivo pela qual muitas vezes associamos opioides com algum outro fármaco (ex. Tramadol + Gabapentina ou Dipirona para dores muito fortes; esses outros fármacos potencializam o opioide = esses fármacos funcionam em substâncias cerebrais como as citadas, potencializando ou inibindo o processo doloroso)
• Classificação dos Opioides
- Receptores Importantes: μ (Mi ou Mu – 70%); κ (Kappa – 20%); eles juntos na maioria das espécies representam 90% dos receptores de canais iônicos (outros vários receptores estão em quantidades bem pequenas, então a literatura os ignora).
1. Agonistas: estimulam os receptores opioides (canal de cálcio são fechados; canais de potássio são abertos) – esses opioides estimulam só o Mu/Mi, só o Kappa, ou os dois de uma vez
- Quando vem escrito na bula “Opioide Agonista” (Ex. Morfina) é porque ele estimula os dois, em outros casos, vem escrito “Mu agonista” (Ex. Tramadol) ou “Kappa agonista”;
2. Agonistas Parciais: ocupa os receptores, porém só faz uma pequena porcentagem funcionar, numa potência fraca (analgesia quase inexistente – ninguém usa na prática)
- Não há interesse na rotina dos agonistas parciais
3. Agonistas-Antagonistas: sempre estimulam alguns receptores e inibem o funcionamento de outros (ação bifásica)
4. Antagonistas: inibem ação de opioides endógenos e exógenos (nenhum receptor funciona)
Exemplos da Tabela ao lado: Petidina é Agonista (estimula Mu, Kappa, Delta e não inibe ninguém); Metadona é Mu Agonista (só estimula o receptor Mu, e não inibe ninguém); Morfina é Agonista (estimula Um, Kappa, Delta e não inibe ninguém); Butorfanol é um Kappa Agonista e Mu Antagonista; Buprenorfina é Mu Agonista e Kappa Antagonista; Naloxona é Antagonista.
- Sempre afirmar em qual receptor o opioide estimula primeiro e depois qual ele inibe. Caso ele não tenha ação em algum dos receptores, é só ignorar o receptor em questão (vide exemplos acima).
Caso Clínico: um cão que entrará em laparotomia para reparar vesícula urinária rompida. Seria ideal estimular receptores Mu ou Kappa?
- O ideal é estimular os dois receptores, porém, é necessário principalmente estimular o Mu. Todo Kappa é fraco, porém o Mu pode ser fraco e forte (vide cada bula). Agonistas não aceitam muito associação, então prevalece sempre o mais forte, não importa a ordem de administração.
- Se misturar agonista com antagonista ou agonista com agonista-antagonista, parte da ação será bloqueada (Ex. Administrado Butorfanol, estimulou o Kappa e bloqueou o Mu. Então se administra Morfina, que estimulará mais forte no Kappa, porém não conseguirá estimular o receptor Mu, pois ele está bloqueado pelo Butorfanol, o que resulta numa analgesia fraca, pois apenas o Kappa que representa 20% está estimulável).
- Outro exemplo:administrado Buprenorfina, bloqueando receptores Kappa e estimulando receptores Mu. Depois aplicado Morfina que estimula fortemente o receptor Mu e Kappa não mudará em nada, pois o estímulo do Kappa não funcionará, apenas quando o efeito da Buprenorfina passar.
* Os efeitos dependem da meia-vida de cada fármaco. 
* Depois que os receptores são inibidos por algum erro veterinário (ex. ao aplicar antagonistas), é possível aplicar altas doses de agonistas para ganhar por competição e conseguir estimular os receptores, porém os efeitos colaterais são maiores.
• Opioides Quanto ao Efeito
	- Desejáveis:
	- Indesejáveis:
	Analgesia
	DEPRESSÃO RESPIRATÓRIA (preocupante nos opioides mais potentes): proporcional à dose e frequência – opioide fraco não faz tanta diferença, mas doses altas e opioides fortes podem causar depressão respiratória importante (cuidado com anestesias injetáveis onde o paciente não está intubado, porém, se o paciente for intubado e ficar recebendo oxigênio está tudo bem, pois ele irá suportar essa depressão e, se ele parar de respirar, conseguimos fazer ventilação)
	Sedação
	Excitação, euforia, disforia: mais comum em gatos
	Potencializa anestésicos: com o uso de opioides se economiza anestésicos
	Bradicardia (preocupante nos opioides mais potentes): estímulo do nervo vago proporcional à potência. Opioides fortes podem gerar bradicardia
	
	Hipotensão (preocupante nos opioides que liberam histamina): alguns opioides liberam histamina e isso gera hipotensão (ex. morfina), pois a histamina gera vasodilatação
	
	Ofegação: alteração no centro termorregulador, fazendo com que o paciente entenda que está com febre e tente baixar a temperatura ficando ofegante
	
	Náusea e êmese: todos os opioides são capazes de fazer náuse e vômito, porém, é contornável se administrando um antiemético junto do opioide, ou administrando opioides que causam menos esse efeito adverso
	
	Constipação: opioide à longo prazo pode gerar constipação (ex. animais que sofreram grandes fraturas ósseas e farão uso de opioide por um tempo podem apresentar constipação; evitar o opioide e deixar o animal sentindo dor também faz com que ele não defeque – uma alternativa é prescrever laxante junto do opioide, como a Lactulona)
* Os efeitos indesejáveis nunca servirão como critério de exclusão de opioides, sempre usamos, então precisamos decidir qual o melhor para usar em determinada situação.
• Os 6 opioides mais utilizados para anestesia veterinária no Brasil
	Fármaco
	Período Hábil
	Potência
	Observações Importantes
	Butorfanol
	2 a 3h (ação curta)
	0,05 (fraco)
	Utilizado em procedimentos rápidos, que doem pouco e possuem baixo risco de complicações (ex. suturas; limpezas de lesões...); possui dose teto (não adianta aumentar a dose, ele não fica mais forte), sedação, agonista-antagonista (cuidado, se o procedimento ficar complicado ou causar muita dor, outros opioides não funcionarão direito e precisará usar outros analgésicos não opioides, como a Dipirona), estabilidade respiratória (opioide mais seguro), raramente vemos em centros cirúrgicos, vemos mais em pacientes ambulatoriais
	Petidina
	2h (ação curta)
	0,1 (fraco)
	Agonista fraco (não atrapalha função de outros opioides); ação curta; boa sedação; opioide mais alergênico (ex. bulldogs, principalmente); libera bastante histamina; não deve ser reaplicada por conta do metabólito norpetidina, que é neurotóxico; muito utilizada em cirurgias rápidas, que doem pouco, e pacientes sem histórico alérgico ou complicações com histamina (ex. mastocitoma; gastrites pioram porque histamina libera ácido no estômago; asmáticos entram em crise; animais com atopia aumentam seu prurido)
	Tramadol
	8 a 12h (ação longa)
	0,2 (fraco)
	Mu Agonista fraco que ganha potência pela sua ação mista antidepressiva através da liberação de serotonina; dependendo da dose libera mais ou menos histamina; jamais utilizar tramadol em pacientes que estão tomando doses altas de antidepressivo (ex. amitriptilina; fluoxetina; selegilina; buspirona...), pois pode gerar uma síndrome serotoninérgica; menos alergênico dos opioides, pois libera pouca histamina e pode ser facilmente reaplicado (em algumas situações, até 6 vezes no dia de pós-operatório) – melhor para pós-operatório pelo seu longo período de ação, não indicado para anestesia (exceto pacientes com problemas com histamina e alergias, em casos em que o procedimento dói pouco)
	Morfina
	4h (ação moderada)
	1,0 (potente)
	Libera histamina e gera muita alergia; ótima sedação; mais pró-emética de todas – grandes chances do paciente vomitar no pré-operatório, e isso assusta o tutor (em casos de dor intensa, Morfina administrada lenta raramente causa êmese)
	Metadona
	8h (?)
	2,0 (mais potente)
	Mu Agonista 2x mais forte que a Morfina; raramente induz vômito; boa sedação; porém sua metabolização é incerta (muito imprevisível seu tempo de ação, sendo difícil prever analgesia pós-operatória – pode demorar poucas horas ou até 12h ou mais); a internação usa Metadona como resgate (ex. aplica dipirona, anti-inflamatório e tramal – 30min depois se ainda houver dor, se aplica metadona e espera o horário do tramal/dipirona/anti-inflamatório, se testar e o animal não possuir dor, não se reaplica a metadona); raramente se prescreve metadona com horário fixo por ser imprevisível, porém na anestesia (principalmente nas MPAs/Medicação Pré-Anestésica) esse detalhe significa pouco, pois queremos que ele não sinta dor durante o procedimento e a metadona não induz vômito (ao contrário da Morfina) – MPA mais utilizada em anestesia de pequenos animais
	Fentanil
	30 a 40min (ação curtíssima)
	80 a 100 (extremamente potente)
	Por sua ação ser muito curta, raramente entra na MPA, é mais utilizado na analgesia transoperatória (ex. mastectomia com mama e nódulo muito aderidos e gerando dor, pode-se entrar com o Fentanil ou aumentar anestésico – paciente está com dor por estímulo doloroso, portanto é melhor fazer analgesia com Fentanil, caso ele estivesse com dor porque estava acordando, melhor aumentar o anestésico); Bradicardia (pode ser tão importante que é indicado sempre diluir e aplicar em pelo menos 5 minutos com intuito de evitar paradas cardíacas) e Depressão Respiratória
- Se atentar no tempo hábil do fármaco (ex. se a cirurgia durará mais que 3 horas, é melhor não utilizar o Butorfanol)
- Se atentar na potência do fármaco (ex. Butorfanol é 20x mais fraco que a Morfina; Petidina é 10x mais fraco que a Morfina)
- Cirurgias de intensidade baixa de dor, escolher entre: butorfanol, petidina e tramadol – opioides fracos
- Cirurgias de intensidade moderada a alta de dor, escolher entre: morfina, metadon – opioides fortes
- Transoperatório: fentanil – opioide forte de ação curta (se o animal tiver com muita dor antes, pode-se fazer MPA com fentanil e manutenção durante a cirurgia, mas é preciso entrar rápido em cirurgia, pois o efeito é curto)
• Opioides Antagonistas (Naloxona)
- Em casos de complicações em decorrência dos opioides (ex. aplicado diversos opioides e paciente deprimiu muito respiração, ou a pressão caiu muito, ou o animal parou pelo Fentanil e outras complicações), pode-se aplicar Naloxona (antagonista), que cortará todo o efeito dos opioides, tanto os efeitos deletérios quanto os efeitos analgésicos; Naloxona é bem empregada em casos de overdose – porém o animal vai acordar e sentir muita dor.
* Animal no Pós-Operatório com muita dor e chorando: aplicado morfina diversas vezes, e o cachorro continua chorando, porém urina e para de chorar (situação bem comum – era incômodo e ele não queria urinar deitado). Após isso, ele relaxa e inicia-se depressão respiratória, pois o estímulo da vontade de urinar passou, o que é melhor fazer? Resposta: colocar animal no O² para estimular a respiração, pois caso aplicássemos Naloxona, poderíamos inibir o efeito analgésico, que é importantíssimo no pós-operatório).
* Se for uma overdose absurda com risco de óbito não tem jeito, controlamos com Naloxona.
• Miorrelaxante de Ação Central
- Grupo de um, apenasum medicamento
Éter Guiceril Guaiacol/Guaifenesina
- Melhora relaxamento muscular de equídeos: quando o animal cai, uma das grandes preocupações é se ele está com a musculatura relaxada para evitar fraturas e contusões (aumenta segurança da anestesia)
- Mais empregado em equinos e menos frequente em cães, bovinos e suínos (na prática, nunca usamos nessas três espécies)
- Utilizado por via oral em alguns tratamentos clínicos
- Na anestesia por via intravenosa: concentração apenas de 5 a 10% - Glicose 5%; se a concentração passar de 15% causa flebite absurda que pode deformar até grandes vasos; pode gerar hemólise que leva o animal à óbito por anemia
- Metabolização hepática: animais com hepatopatias ou problemas metabólicos sérios (ex. potros recém nascidos/neonatos), não usamos EGG normalmente, ou usamos doses baixas, ou nem usamos
- Excreção renal: se não for insuficiente renal, não há contraindicações
P!!! Treinar cálculo de diluição: por exemplo, se eu tenho um pacote de 25g do Éter e quero a solução final de 5%, quantos mL eu preciso usar para diluir?
R: Sabemos que em porcentagem 5g (ou %) está para 100mL, então quantos mL precisamos para deixar 25g à 5%? Regra de 3:
5g --- 100ml
25g --- x
5x = 2500
x = 2500/5 = 500mL (precisamos de 500mL de solução para transformar o pacote de 25g de Éter em 5%)
Mecanismo de Ação
- Não totalmente esclarecido, mas acredita-se que ele seja agonista de receptores de Glicina (segundo neurotransmissor inibitório mais importante do corpo, ficando atrás apenas do Gaba), causando leve sedação
- Atuação sobre as células de Renshaw (presentes na medula, responsáveis por auxiliar a manter o equilíbrio e realizar movimento de defesa contra quedas e escorregões): cavalo irá cair sem tentar evitar o tombo, propiciando uma queda mais segura
- Efeitos sistêmicos: relaxamento muscular; discreta analgesia em casos de dor muscular; discreta sedação (Glicina); discreta depressão respiratória
Anestesiologia – Profº Sérgio – 22/03/2021
Anestésicos Gerais – Intravenosos
Dentro da anestesiologia, praticamente 100% dos animais toma algum fármaco desse grupo para a anestesia. 
Por que utilizamos esses fármacos? 
· Para procedimentos laboratoriais e rápidas de se fazer (faz MPA e depois um desses fármacos, ex: raio-x, retirada de miiase, ver algo dentro da boca etc).
· Utilizamos para indução anestésica também, isso ocorre quando vamos levar o animal para anestesia inalatória, mas para isso precisamos intubar o animal, não conseguimos fazer isso sem essa indução antes, porque o animal está acordado. Então, em 99% das vezes, primeiro fazemos indução do paciente, ele dorme, intubamos e mantemos ele dormindo com o anestésico inalatório. 
Em silvestres é mais seguro induzir o animal na máscara com anestésico e depois intubamos, se é pequeno roedor ou aves, é muito arriscado pegar veia com a animal acordado, por isso, induz com inalatório mesmo.
· Substitui a anestesia inalatória, colocamos esse anestésico (ex: Propofol) em uma bomba de infusão e o animal fica a cirurgia inteira com Propofol na veia, isso ocorre para substituir a anestesia inalatória. O problema dele, é que com essa pandemia ele vem sendo MUITO utilizado, correndo o risco de ele sair do mercado nos próximos anos. Então, pode ser que ele seja extinto e tenhamos que nos virar com outras coisas. O Brasil tem toda a matéria prima para produzir o Propofol que usamos, mas os laboratórios quando vendem fazem isso através de um distribuidor (que pega a % dele). Os laboratórios querem tirar o distribuidor do meio para ganhar a %, então o governo quer parar a produção.
Anestesia geral intravenosa: Depressão generalizada do Sistema Nervoso Central (mas tem como não ser geral? Tem sim, se ela for dissociativa, vamos ver na próxima aula), capaz de produzir hipnose, relaxamento muscular e analgesia de forma reversível (se fosse irreversível, ele não acordaria mais). Por que é intravenosa? Porque eles foram feitos para isso, não pode ser feito por outras vias. Na maioria das vezes, é necessário fazer MPA antes, porque nem todos os animais deixarão fazer o acesso venoso. Então o ideal é fazer a MPA, deixa o animal ficar mais tranquilo e só depois faz o acesso para aplicar o anestésico.
Classificação:
· Barbitúricos (mais antigos): Tiopental (o Brasil tinha parado de produzir ele ano passado, mas como houve crise de fármacos no mundo, voltou a produzir agora). Existiam 4 fármacos nesse grupo, mas eles foram sumindo com o passar do tempo, provavelmente ele também sai do mercado nos próximos anos.
· Não Barbitúricos: Propofol (Aiquil-fenóis) – mais utilizado em disparada e Etomidato (Imidazólicos) – utilizado em pacientes cardiopatas e com problemas hemodinâmicos.
Tem um fármaco novo chamado Alfaxalone, mas não está no Brasil ainda e é provável que não estará nos próximos 5 anos.
Tiopental:
- Vias de administração: Intravenosa (OBRIGATORIAMENTE). Se houver acidente e for para o subcutâneo (perivasculares) vai gerar dor, flebite e necrose, podendo gerar gangrena e necrose do membro inteiro, tendo que amputar a pata!
	Ele era muito utilizado para eutanásia, porque como estava saindo do mercado, era muito barato. Além disso, ele relaxa muito bem a musculatura, dando ao tutor uma sensação de sofrimento zero.
- Ele é muito lipossolúvel, respondendo a velocidade de administração: 
· Se administrado rápido, gera uma concentração cerebral muito alta (cérebro é um órgão cheio de gordura e que chega muito sangue, então vai rapidamente para o cérebro e o animal dorme na hora! Então, se eu fizer muito rápido vou ter uma alta concentração cerebral só com um pouquinho de anestésico que eu fizer, só que se eu parar de administrar ele vai acordar pouquíssimos minutos depois (geralmente em 5 min o cachorro ta acordado).
· Se administrar lento, desde o começo: a concentração cerebral começa acontecer de forma muito gradual e o animal passa por estágios da anestesia que não queremos (são os estágios excitatórios = onde o depressor cerebral primeiro excita para despois deprimir = fica extremamente agitado, agressivo,).
Então a ideia é fazer de 1/3 a metade do valor rápido (o animal dorme rápido, não excita) e o restante vai fazendo bem mais lento. Ex: fiz o calculo e deu 10ml, já faço 5ml rápido, o animal vai dormir, não é o suficiente para intubar, então vou fazendo bem lento o restante para conseguir realizar a intubação. 
É lipossolubilidade traz com ela outra característica, que é uma taxa de metabolização hepática extremamente lente: 5%/hora (significa que ele demora umas 20 horas para metabolizar, mas uma dose de Tiopental só dura 10-15 minutos). 
Então, como que eu aplico, o fármaco vai para o cérebro, metaboliza 5%/hora, mas acorda em 10-15 min? Há uma redistribuição, porque tudo aquilo que foi para o cérebro, vai ser “retirado” e redistribuído por outras gorduras corporais, que são muito maiores volume do que os cérebro (este, recebe muito volume porque é pequeno e junto com outros órgãos (coração + rins + fígado) representa 10% do nosso peso, mas recebem 70% do débito cardíaco. Só que se formos parar para pensar, desses órgãos que recebe todo esse volume de sangue (cérebro + coração + rins + fígado) só o cérebro é gorduroso, então ele vai receber um monte de anestésicos.
Por outro lado, tecidos que representam 50% da massa corporal, só recebem 25% do débito cardíaco (músculo estriado e pele). A gordura em si que representa nos animais 20% da massa corporal, só recebe 4% do débito cardíaco.
E o que significa isso? Dei o anestésico, vai para o cérebro porque lá tem muito sangue e gordura, só que quando eu o deixo dormindo, o sangue tenta igualar (redistribuir) a quantidade de anestésico pelo total de gordura presente no corpo e ai o animal acorda, porque sai anestésico do cérebro (é igual Yakult, na hora que divide pra todo mundo, não sobra nada pra ninguém).
Se o animal acordou, fazemos o que? Aplica de novo,vai para o cérebro e posteriormente vai redistribuir novamente, só que agora não tem 0 anestésico circulando, já tem o que tinha sido aplicado antes, então a velocidade de redistribuição cai, fazendo com que a anestesia dure mais tempo (uns 30 min). Se eu aplicar uma terceira vez, vai demorar ainda mais para ele acordar. Então a cada vez que vamos reaplicando, vai acumulando mais e a metabolização que é bom, nada (tem efeito acumulativo).
Todo esse anestésico que vai se acumulando depois terá que ser todo metabolizado pelo fígado, se tornando extremamente hepatotóxico (o fígado que lute!). Além disso, por essa dificuldade metabólica, a excreção renal também não é tranquila, porque a fração excretada de forma ativa, acaba sendo um pouco mais alta, tendo efeito sofre a função renal. Então, ele não e bom, nem para os nefropatas e nem para os hepatopatas. 
Não pode fazer infusão contínua, porque ele acumula e vai ser redistribuído aos poucos.
Mecanismo de ação:
· Ele funciona nos receptores GABA (todos os anestésicos que veremos nessa aula funcionam no GABA), gera hiperpolarização da membrana.
· É o mais potente que temos, porque gera alterações dos canais de K, Ca e Na, quando ele altera esses canais, aumenta muito a potência do anestésico, gerando uma redução generalizada da atividade cerebral, isso faz do Tiopental o anestésico mais potente que temos, porque ele é o que melhor deprime a atividade cerebral (dá uma característica neuroprotetor – coloca o cérebro em stand by)
· Redução da ligação da acetilcolina nos receptores colinérgicos nicotínicos da musculatura, gerando um ótimo relaxamento muscular, por isso que ele é utilizado para a eutanásia, porque gera uma ótima depressão do SNC, associado a um relaxamento muscular (se faz Propofol, 15% dos animais tremem e isso faz o tutor achar que o animal está sofrendo, mas ele treme porque tem receptor GABA no músculo, não tem NADA A VER com sofrimento, então para tutores leigos é melhor fazer o Tiopental do que o Propofol, não pela eficácia, mas porque o animal não treme com o Tiopental).
Efeitos sistêmicos:
· Sistema cardiovascular – extremamente depressor cardiovascular, se utilizado em pacientes debilitados ou hipovolêmicos gera alta mortalidade, só não aumenta mortalidade em pacientes saudáveis (gera arritmias ventriculares, redução do retorno venoso e redução do débito cardíaco);
· Sistema respiratório – deprimi muito a respiração (depressão dose-dependente);
Se dizemos que deprimi sistema cardiovascular, deprimi sistema respiratório, é hepatotóxico e é nefrotóxico por que vou usar esse fármaco? A única coisa que se acredita ser boa era a neuroproteção, mas a parte hemodinâmica fica ruim, animal fica hipotenso e isso diminui a oxigenação cerebral e ai automaticamente o Propofol surgiu e o uso do Tiopental praticamente desapareceu.
Uso terapêutico:
· Indução anestésica se animal saudável (ele não vai aumentar a mortalidade se o animal está saudável) – Latência: 10 a 20 seg;
· Anestesia de curta duração – desprovido de efeito analgésico, de 10 a 15 min,
· É o melhor anticonvulsivante que existe, por isso ele demorou para sair do mercado!! Se você tem um paciente que não responde nem a Diazepam e nem ao Propofol, respondiam ao Tiopental. Mas como o número de animais que não respondem aos outros dois fármacos é muito pequeno, então o Tiopental nem é tão utilizado assim.
Protocolos:
Ele NÃO deve ser usado sem MPA, porque a dose dele fica extremamente alta e pensando que ele gera vários problemas, é melhor não usar uma dose tão alta assim.
Se associado a dose cai bastante, gerando menos efeitos indesejados (protocolo C ao lado).
O que temos que verificar:
· PELAMOR DE DEUS veja se está na veia;
· Não é um anestésico que gostamos de fazer, porque ele é hepatotóxico, nefrotóxico, depressor respiratório, cardiovascular e tem efeito acumulativo.
Propofol:
É hoje o melhor anestésico, todo mundo usa e gosta! É uma solução que contamina muito fácil (ele é praticamente uma maionese com o tanto de coisa que vai misturado). 
Formulação:
· 1% de princípio ativo
· 10% óleo de soja
· 2,25% glicerol
· 1,2% fosfolipídio de ovo purificado
· Água - qsp
O fabricante indica a utilizada de uma ampola por paciente, se for ter um paciente logo em seguida já não é indicado porque pode haver contaminação, mas na real, pode usar sim para o próximo, eles só colocam essas “restrições” para se punirem caso ocorra contaminações. 
NÃO pode guardar para usar no dia seguinte, ainda mais usar esparadrapo que é extremamente sujo. O local mais sujo da clínica é a borda de mesa (é mais suja que o ralo), então grudamos o esparadrapo que já é sujo e que foi grudado na borda da mesa na boca do frasco. Após aplicarmos esse Propofol que foi guardado na geladeira com o esparadrapo na boca, o animal não vai morrer, mas vai voltar com uma puta infecção, vão culpar tudo, menos o frasco do Propofol que estava guardado de maneira inadequada. A forma MENOS pior de guardar é dentro de uma seringa, mas se a fiscalização passar, você é incriminado. 
Via de administração:
Exclusivamente por via intravenosa (se acidente extravascular = dor, se está dentro do vaso o animal não vai reclamar, mas se estiver fora ele vai, daí é só pegar outra veia e seguir o protocolo, não gera grandes problemas).
O primeiro ponto que faz ele ser mais seguro do que o Tiopental é que se for do vaso,vai doer por alguns segundos, mas não causa grandes problemas.
Ele tem uma ligação na proteína muito forte (97 a 98%) – significa que quando você aplica Propofol, somente 2% vai estar livre para “ser usado”, o restante vai estar “preso” na proteína. Quando você injeta 2ml, somente 0,2ml vai agir. Tem uma imprevisibilidade muito grande quanto a dose, porque não se sabe se muito dele vai se ligar na proteína. Então o que geralmente acontece é que puxamos bastante Propofol e vamos aplicando conforme necessidade, as vezes só um pouquinho já causa o efeito, isso vai depender da quantidade de proteína desse animal.
Tem rápido distribuição, mas não distribui para gordura e sim para a massa muscular, em seguida começa o processo de metabolização e excreção bastante rápida.
Metabolização é hepática, renal, intestinal, pulmonar e proteínas plasmáticas (então só 5 lugares metabolizando, então se tenho um problema hepático, posso aplicar tranquilamente, porque terão outros lugares para metabolizar, gerando baixa nefrotoxicidade e hepatotoxidade, além disso, ele é excretado na forma inativa, gerando menos problema ainda para o rim e o fígado.
Excreção: tem lugar que fala que é excretado só pelo rim, mas tem lugares que fala que tem uma pequena excreção biliar (tem uma reciclagem entero-hepática). 
Espécie felina:
Também metaboliza fácil o propofol, mas por um período pequeno, não pode dar doses repetidas ou infusão contínua (porque tem dificuldade metabólica, mas ele vai super bem com aplicação única, se estender o tempo de anestesia e precisar aplicar mais, já gera problemas, principalmente na oxigenação).
Mecanismo de ação:
Agonista GABA e tem uma dúvida se também é agonista glicinérgico (não importa muito).
Efeitos sistêmicos:
· Sistema cardiovascular – é um importante depressor cardiovascular:
· Deprimi o miocárdio;
· Gerando uma hipotensão arterial;
· Mínima alteração na FC,
· Isso faz com que ele não seja utilizado em cardiopatas, por conta da depressão cardiovascular (se for um sopro leve, não tem problema, começa ter problemas a partir de cardiopata com arritmias, quadros congestivos).
· Sistema respiratório:
· Depressão generalizada é dose-dependente (quanto maior a dose, maior a depressão, mas mais importante do que a dose é a velocidade da aplicação) – se fizer Propofol rápido, na maioria das vezes dá apneia (para de respira), é facilmente revertido com uma intubação e oxigenação rápida. Esse risco de apneia, faz com que muitos anestesistas tenham medo de administrar o Propofol.
· Hepatotoxicidade e nefrotoxicidade reduzida em cães.
· Hepatotoxicidade moderada em gatos e depende do número de reaplicações.
Uso terapêutico:· Indução anestésica (mais empregado em humanos e pequenos animais);
· Anestesia de curta duração (desprovido de efeito analgésico – então tem que colocar um analgésico na MPA);
· É o ÚNICO que pode fazer infusão contínua, porque não tem efeito acumulativo (se eu quiser deixar o animal dormindo uma semana com o Propofol eu consigo;
· Anestesia intravenosa total (TIVA) – infusão contínua de Propofol – tanto faz fazer anestesia inalatória ou TIVA, porém TIVA é muito cara e é difícil de fazer (tem que associar várias medicações e o Propofol vai em uma bomba de infusão)! É mais difícil de fazer porque nos cães não temos uma curva farmacológica, então deixamos o animal em infusão com o Propofl numa dose baixa e vamos associando várias outras drogas.
· Retorno mais tranquilo
Protocolos:
Por que tem gente que coloca Quetamina no protocolo? Porque é um anestésico que ajuda na analgesia e sobe pressão arterial (o ponto fraco do propofol era queda na pressão, então associando os dois, eu entro na anestesia com o animal muito mais estável. Então, por que não faz isso sempre? Porque quando você coloca Quetamina perde qualidade do retorno do animal (não acorda tão calmo), deprimi mais a respiração (precisa ter mais certeza que consegue intubar), além disso, a Quetamina tem vários efeitos colaterais (neurotoxicidade, hepatotoxicidade) – então coloca a Quetamina junto com Propofol em animai saudáveis para evitar a queda de pressão. Se tiver qualquer problema no rim ou fígado, faz Propofol sozinho.
Então, por que o Propofol é tão bom?
· Não lesa o rim, não lesa o fígado;
· O animal dorme calmo e acorda calmo;
· Se ele não for cardiopata para ter problema e eu não aplicar rápido para não deprimir a respiração e se deprimir eu intubar e oxigenar, então eu fiz a melhor anestesia que eu posso.
Etomidato (é o melhor para a hemodinâmica): 
· Via de administração: exclusivamente por via intravenosa (muita dor à aplicação – queima tudo dentro da veia, então tem que fazer só depois de uma MPA) – veio para suprir o que o Propofol não supre. Contraindicado em cavalo, porque ele vai sentir a dor e pode fazer qualquer coisa;
· Ligação a proteína: bem menor do que a do propofol - 75%,
· Metabolização: hepática e proteínas plasmáticas (não pode em hepatopata, porque quem produz a proteína é o fígado).
· Excreção: renal (84% metabolizado e 3% inalterado) e biliar 13% (não é nefrotóxico, porque esses 3% não gera problemas);
· Não possui efeito acumulativo.
Mecanismo de ação:
- Ainda não está completamente esclarecido;
- Aumenta o número de receptores de GABA disponíveis (provavelmente desloca inibidores endógenos).
Efeitos sistêmicos:
· Sistema cardiovascular (é o que deixa mais estável):
· Não altera FC, não altera PA, não altera resistência vascular periférica (não causa nem vasodilatação e nem vasoconstrição), não muda débito cardíaco e não muda contratilidade cardíaca
· Não sensibiliza o miocárdio a catecolaminas (quem são as catecolaminas? Adrenalina e Noradrenalina, no dia da cirurgia geralmente tem estresse envolvido, porque o animal está sem comer, sendo contido, quando ele aumenta seu nível de estresse, vai ter uma quantidade maior de adrenalina e noradrenalina circulando. E o que acontece? Vai sensibilizar o miocárdio, fazendo a frequência cardíaca ficar mais alta, o coração bate mais forte, aumentando a chance de arritmia – estresse aumenta arritmia). Por exemplo, tem alguns fármacos que aumentam a chance de arritmia: Tiopental, Alotano. Já o Etomidato não aumenta, ele é o fármaco mais seguro contra as arritmias, então além de ser bom para a parte mecânica do coração, também é bom para a parte de ritmo.
É O MELHOR FÁRMACO PARA ANIMAIS COM ALTERAÇÕES CARDIOVASCULARES/CARDIOPATAS!
· Sistema respiratório:
· Dose terapêutica (taquipneia e redução do volume corrente – é muito seguro, essas alterações mantem a respiração muito parecida com a normal).
· Sistema nervo central
· Reduz metabolismo em 50%;
· Reduz pressão intracraniana,
· Reduz fluxo sanguíneo cerebral (pode ser utilizado em acidente vascular, mas nos outros casos, não é bom, porque tudo que você reduz de gasto de oxigênio, você também diminui de fluxo de sangue).
· Sistema endócrino:
· Reduz a cortisolemia por até 6 horas (vai ter hipoadreno por pelo menos essas 6 horas, se for infusão contínua, o animal pode morrer de hipoadreno);
· Inibe a síntese de cortisol com uso prolongado (alta mortalidade em pacientes sedados por 5 dias, embora não possua efeito acumulativo não é empregado em infusão contínua prolongada),
· Não será usado em pacientes com hipoadrenocorticismo (porque na hora que cair o cortisol, você vai começar a ver alguns problemas importantes acontecendo, que pode gerar o óbito),
· Além disso podemos ver mioclonias (tremores musculares) e vômito meio exorcistas. Se você administrar Etomidato e começar ver isso, provavelmente é falta de cortisol. 
Quando usar?
· Indução anestésica de escolha em cardiopatas ou pacientes hemodinamicamente comprometidos – hemorragia importante ou histórico de uma pressão mais baixa (dá muito tremor muscular, ele dorme agitado e acorda agitado – isso é mais um dos motivos de não querermos utilizar ele). Se não temos um cardiopata, preferimos utilizar o Propofol.
· Além disso, ele não relaxa direito a musculatura e é difícil de intubar, então sempre que formos utilizar o Etomidato, associamos ao Midazolam (é praticamente obrigatório), porque ele é antiemético, relaxa a musculatura e facilita a intubação. 
Protocolo:
Como opioide ele colocou o Tramal, mas poderia ser Metadona, Morfina, Petidina, depende do procedimento.
Pra maioria dos cardiopatas, será Opióide com Midazolam de MPA e o Etomidato de indução.
Por que escrevemos Tramal separado do Midazolam, se o Midazolam também é MPA? Por conta do efeito paradoxal, pode agitar ao invés de acalmar, então ele sempre vem junto com o anestésico, mas isso não quer dizer que o Midazolam não seja MPA.
Vamos fazer Tiopental em quem? Ninguém, fazemos no desespero da convulsão que não melhorou com o Diazepam ou quando não tem Propofol em animal sadio (posso usar, mas querer eu não quero).
Se eu tiver um cardiopata ou animal hemodinamicamente ruim? Etomidato. 
E o resto? Propofol. 
Casos clínicos:
1º caso clínico: Gato com obstrução uretral, que preciso desobstruir a uretra dele. Está com 5 de creatinina, 200 de ureia, apático e não tem outros exames pré-operatórios. Quem vamos fazer? 
Faria Anticolinérgico? Não, ele não tem nenhuma víscera em espasmo e nem bradiarritmia, então não tem indicação de anticolinérgico (outro ponto, é gato, não poderia ser Escopolamina, se fosse pra usar, seria Atropina).
Faria Tranquilizante? Sim, é gato (lembrar que esse paciente não é nefropata, porque essa azotemia é pós renal). Porém, tem caso que tem mais de uma resposta, como não tenho outros exames, não posso garantir que essa azotemia não tinha antes, então, nesse caso, posso optar por não fazer tranquilizantes. E seu eu optar por fazer, posso fazer uma dose mais baixinha também. Está certo, desde que você seja coerente e tenha um porque de estar fazendo ou não. Na prova ele considera tudo correto, desde que tenha argumentos coerentes. 
Benzodiazepínicos, pode fazer, não pode ou precisa? Quando que NÃO pode benzodiazepínicos? Em cessaria e neonato, se não for um desses dois, o NÃO PODE, já está descartado. Quando eu preciso? Para efeito anticonvulsivante ou relaxante muscular. Então, quando eu usar anestésicos que não relaxam a musculatura, como o Etomidato ou Quetamina, tenho que usar. Nesse caso, se eu usar, é para efeito sedativo e para diminuir dose de anestésico. As possíveis respostas seriam: Não vou fazer, porque não preciso, preferi fazer só o anestésico sem o benzodiazepínico. Então, posso ou não usar, os dois estão certos. 
Faria Alfa 2 agonista? É aquele grupo de aumenta mortalidade e evitamos fazer em pacientes que não temos o eco pré-operatório, porque ele provoca ou muita alteração de pressão arterial ou hipertensão por vasoconstrição (no caso da Dexmedetomedina) quesobrecarrega o coração. Como esse paciente não tem exames prévios, não se deve fazer alfa 2 agonistas. Se fosse um paciente completamente saudável, não teria problema. 
Faria Opióides? Qual a regra do opioide? SIM, para todas as anestesias. Sempre vamos usar, então a dúvida não é se vou usar ou não, e sim qual eu usaria? Se eu for fazer no ambulatório, posso fazer um opioide forte? Não. Então, teria que fazer opioide fraco, que que são: Butorfanol, Petidina e Tramadol. Usaríamos o Butorfanol nesse caso? Mesmo que ele seja mais ambulatorial, e se eu não conseguir passar a sonda ou eu romper a uretra, o que tenho que fazer? Ir para a cirurgia, que dói pra caramba, eu teria que fazer um opioide mais forte, mas o problema do Butorfanol é que ele é agonista antagonista, então ele não aceita outro opioide por cima, não conseguindo segurar a dor da cirurgia. Não adiantaria reaplicar porque ele tem dose teto. Então, nesse caso o Butorfanol é uma má ideia, a não ser que você seja uma pessoa de fé e tenha certeza de que a sonda passa bonitinho. Já a Petidina e o Tramadol poderiam ser tranquilamente, ele prefere a Petidina, porque seda melhor e tem uma ação mais curta.
Faria Miorelaxante de ação central? Não, porque só usa em equinos.
Faria o que de Indução? Propofol, não é cardiopata.
2º caso clínico: Paciente com fratura de fêmur, acabou de chegar e precisa colocar o osso no lugar pra alinhar a fratura, já que vai operar só no dia seguinte.
Faria Anticolinérgico? Não.
Faria Tranquilizantes? Não, é uma fratura de ossos longos, sangra muito dentro da coxa, esse animal está muito propenso a hipotensão, melhor não fazer tranquilizantes. Além disso, se o animal acabou de ser atropelado, pode ter tido trauma craniano, predispõe a convulsão.
Faria Benzodiazepínicos? Sim, Midazolam, pra ajudar no relaxamento muscular. Entre o Diazepam e o Midazolam, escolheria o Mida, porque é mais seguro porque é menos hipotensor e tem um relaxamento muscular mais potente.
Faria Alfa 2 agonista? Não, de jeito nenhum. Quando usamos Alfa 2 agonista? Para procedimentos cirúrgicos que doem muito, principalmente se for componentes de dor crônica e aí nesse caso usa Dexmedetomedina ou para anestesia dissociativa que vamos operar (ex: Quetamina com Xilazina para fazer castração). Além disso, são fármacos que deprimem bastante o sistema cardiovascular e deprimem respiração. 
Faria Opióides? Sim, fratura de fêmur para colocar no lugar, dói muito ou pouco? Muito! Então não adianta fazer opioide fraco. Então deixa o paciente próximo de uma máscara de oxigênio e aplica um opioide forte. Quais são eles? Metadona, Fentanil e Morfina. Então nesse caso, poderia fazer Metadona ou Morfina (OBS: se o animal está com MUITA dor, ele não vomita com a administração de Morfina, então, nesse caso, poderia fazer e provavelmente o animal não vomitaria). Qual é a vantagem da Morfina em relação a Metadona nesse caso? A Morfina age mais rápido, então iriamos diluir e fazer bem lento! Se quisesse fazer Fentanil pode, mas como ele passa o efeito muito rápido, teria que ser infusão contínua numa dose bem baixinha. 
Faria Miorelaxante de ação central? Não, só em equinos.
Faria Indução com o que? Propofol. E se ele falasse que esse animal chegou um pouco hipotenso? Etomidato.
05.04.2021
Anestesia Dissociativa
- Injetável
- Fácil e barato
- O problema é que muitas vezes o paciente paga o preço
-MPA + propofol costuma-se dizer que o animal foi sedado, pois não aprofundou a anestesia para um procedimento cirúrgico. 
-MPA + propofol + anestesia inalatória costuma-se dizer que é uma anestesia inalatória. 
- Animal em raio x com MPA e propofol foi anestesiado, mas costumam dizer que foi sedado (fala-se sedação porque não chega em uma analgesia cirúrgica). 
· Conceito: 
- Catalepsia: paralisia quimica
- Analgesia somática superficial: na parte somática é superficial e nas outras areas não pegam.
- Depressão de áreas específicas sem a certeza da perda total da consciência
- Manutenção dos reflexos oculopalpebrais e laringotraqueal
- Como? Simula uma dissociação cortico-medular por interrupção de impulsos do SNC e depressão seletiva de várias áreas do córtex cerebral.
- Não se chama de geral por ser uma anestesia de areas especificas do cerebro. 
- Pela manutenção dos reflexos laringotraqueais eu não preciso entubar. 
· Formulações
· Forma racêmica
· Mistura das isoformas Cetamina S(+) e Cetamina R(-)
· dextrocetamina - Cetamina S(+)
· Mais potente sedativa, analgésica e menor agitação na recuperação
· Vias de administração
· IV, IM, SC, VO, retal, nasal
· Dor a aplicação intramuscular, mas sem edema ou necrose
· Latência – decúbito lateral
· IV: 30 a 90 segundos
· IM: 2 a 5 minutos
- A dextrocetamina foi a separação dos isomeros da cetamina normal e usando apenas a benéfica. 
Mecanismos de ação:
· Não está completamente compreendida
· Dissociação corticomedular
· Bloqueia receptores muscarínicos no SNC
· Quetamina: EEG → ativação do hipocampo e depressão tálamo-cortical (convulsões)
· Potencializa os receptores GABA
· Inibem a recaptação de serotonina, dopamina e noradrenalina
· Sensação de prazer e hipertonicidade muscular
Inibem os receptores NMDA (N-metil D-Aspartato): ): noradrenalina é neurotransmissor do sistema simpático; se tem um aumento de noradrenalina tem um aumento da ativação do sistema simpático no organismo, por isso a quetamina causa taquicardia, taquipneia, aumento de PA... estimula muito o sistema cardiovascular (cuidado com animais com arritmia ou cardiopatia hipertrófica). 
-NMDA: canais de cálcio associados a dores crônicas; potencializam a dor a primeiro momento e economizam energia a longo prazo.
-Dor acima de 2/3 semanas já são consideradas dores crônicas. 
· Canais de cálcio
· Agonistas de receptores opióides
· Principalmente Sigma
· disforia
- a ativação do hipocampo pode fazer o animal convulsionar.
- normalmente se o paciente tem dor cronica eu faço sempre uma pequena dose de cetamina.
-Poucos analgésicos são capazes de fechar os canais de cálcio; opioides são muito eficientes enquanto estão usando canais de sódio ou dores agudas.
-Tramadol, morfina, metadona são usados para fechar canais de sódio (opioides).
-Na anestesia utiliza-se quetamina para fechar canais de cálcio; a dose é muito baixa, então as vezes mesmo que não e não quero fazer uma anestesia dissociativa, se o animal tiver dor crônica é melhor usar uma subdose de quetamina pra aliviar a dor. 
-Exemplo: cirurgia de osteosarcoma – dor crescente/crônica, se der muita morfina vai ter muito efeito colateral e se usar doses normais não vai segurar a dor, porque a morfina vai fechar os canais de sódio, mas não vai fechar os canais de cálcio. Se usar quetamina em uma dose pequena (o paciente nem dorme) associado com morfina a analgesia vai ser melhor, porque a quetamina fecha os canais de cálcio e a morfina (opioide) fecha os canais de sódio.
-Se os canais de cálcio ficarem ativos por muito tempo o paciente desenvolve um padrão de dor crônica irreversível, ou seja, sente dor para o resto da vida. 
· Metabolização hepática
· Muito complexa – multifásica
· Metabolismo oxidativo
· Produz muitos metabólitos ativos
· Norcetamina
· 1/3 a 1/5 da potência da cetamina
· Produz muita depressão em fetos
· Neurotóxica
· Nefrotóxica
· A metabolização é pouco efetiva em gato
- A metabolização da cetamina é muito dificil, tornando ela extremamente contraindicada em hepatopata
- Por predispor a convulsão não pode no neuropata
- Causa muita depressão respiratória e de reflexo em fetos, principalmente de sucção
· Eliminação
· Renal
· Em gatos: 87% inalterada na urina
· Reabsorção de até 5 %
- Cetamina no gato é excretado basicamente na forma ativa (87%), então lesa muito o rim. 
Efeitos sistêmicos
Sistema Cardiovascular– ativa SNS porque aumenta noradrenalina (NA).
· Taquicardia intensa
· Aumento da contratilidade cardíaca
· Aumento da PA
· Aumento do DC
· Cuidado: aumento consumo O2 miocárdio (arritmias)
Sistema respiratório --Depressão dose-dependente: em doses normais nãoprovocam tantos problemas, mas se aumentar um pouco a dose acontece inspiração apnêustica, onde o animal puxa o ar e pausa a respiração (com o pulmão cheio de ar); isso acontece porque o animal está gastando o oxigênio que está preso no pulmão, daqui a pouco ele volta a respirar.
· Depressão dose-dependente
· Inspiração apnêustica
· Não deprime reflexo laringotraqueal
-Cuidado com a oxigenação do animal; sempre prestar atenção para ver se ele está bem oxigenado, pois causa um aumento do consumo de O2 miocárdio (arritmias). 
- Excita l Convulsiona
- Simpatomimético
- Hipertonicidade muscular
- Analgesia somática superficial
- Não permite intubação
· Outros
· Analgesia somática: se vou operar abdomen eu preciso associar com uma anestesia que tenha analgesia visceral.
· Hipertonicidade muscular: animal fica com musculatura rigida, não relaxa, então preciso associar com uma droga que cause relaxamento muscular. 
· Preservação dos reflexos protetores: animal continua piscando e não dá para entubar, então devemos associar com outro MPA.
· Salivação
· Excitação: associar com tranquilizantes.
· Redução do limiar convulsivo: associar com medicações que tenham ação anticonvulsivante.
· Aumenta a PIC e a PIO (pressão intra craniana e intra ocular): trauma craniano, hidrocefalia, tumor no cerebro não usar quetamina e nem em cirurgias oftalmicas. 
· Atravessa a barreira hemato-encefálica e placentária: se fizer na mãe vai deprimir o filhote por muito tempo ainda depois do parto.
Quetamina – Uso Terapêutico 
-Contenção química de animais domésticos bravos que eu não consigo pegar a veia.
-Procedimentos ambulatoriais que eu tenho medo de depressão respiratória (quando eu não sei entubar).
-Contenção química de animais silvestres.
-Indução anestésica para levar para a inalatória.
-Cuidado com nefropatas, hepatopatas e neuropatas. No caso de ser uma onça epilética é necessário fazer a quetamina, deixá-la convulsionar e controlar o episódio. 
-Nunca deve ser feita sem sedativos e miorrelaxantes e se a analgesia for importante devemos colocar opioides***. 
-Exemplo de quando a analgesia não é importante: animal só precisa ficar quieto para coleta de exame ou para abrir a boca e olhar os dentes, raio-x, etc...
-Quetamina é voltada para pacientes saudáveis. 
P!! Quetamina
1. 5 grandes problemas: 
-Excita muito e predispõe convulsões 
-Efeito simpatomimético: aumento de FC, gasta muito oxigênio 
-Hipertonicidade muscular 
-Analgesia somática superficial 
-Não permite intubação 
1. Características dos MPA que serão associados:
-Sedativos 
-Efeitos simpatolíticos: diminui FC
-Relaxantes musculares
-Analgesia visceral e/ou potentes
-Deprimir reflexos para poder intubar 
1. Drogas que funcionam bem para associar:
-Benzodiazepínicos/alfa 2 agonistas
-Alfa 2 agonistas 
-Benzodiazepínicos/alfa 2 agonistas/miorrelaxante de ação central
-Alfa 2 agonistas/opióides
-Benzodiazepínicos 
OBS: Os problemas, características e drogas estão na ordem. Por exemplo: para o problema que excita/convulsiona eu preciso de um MPA que tenha efeito sedativo; esse MPA será do grupo dos benzodiazepínicos e alfa 2 agonistas... e assim vai. 
-Analgesia dissociativa só para o animal ficar quieto: quetamina com benzodiazepínico (quetamina e Diazepam/midazolam) 
-Analgesia visceral mais fraca: quetamina com alfa 2 agonista e benzodiazepínico (quetamina com xilazina e Diazepam – trio calafrio/ quetamina com xilazina - ketapum).
-Cirurgia mais dolorosa: associar com opióides; tramadol e petidina são os mais comuns.
-Anestesia dissociativa completa mais comum e mais usada no Brasil hoje: quetamina + benzodiazepínico + alfa 2 + opióide fraco (quetamina, Diazepam, xilazina e tramadol) – é mais usada para todos os procedimentos 
-Dexmedetomidina: alfa 2 agonista que está sendo usando hoje em dia, a analgesia é melhor. 
-Pode substituir o Diazepam pelo midazolam, mas é preciso lembrar que o midazolam dura menos tempo.
P!! Quais os sedativos mais utilizados para ajudar quetamina na anestesia dissociativa? 
P!! Quais são os benefícios de xilazina + quetamina? Xilazina relaxa musculatura, seda e ajuda na analgesia, corta excesso de efeito simpatomimético da quetamina. 
-Em anestesia dissociativa não pode usar opióide forte, tem que ser fraco, por isso não dá para operar sem alfa 2 agonista – exemplo: quetamina, Diazepam e tramadol: assim que cortar o animal pula na mesa. 
-Melhor anestesia para gatos: propofol, mas se for cardiopata grave deve-se usar etomidato, pode também sedar com dexmedetomidina, um pouquinho de propofol na veia e inalatória associado a uma anestesia regional. 
Quetamina – Associações
-Associações anestésicas mais comuns:
Indução anestésica para anestesia inalatória: quetamina 5mg/kg IV + diazepam 0,5mg/kg IV OU quetamina 5mg/kg IV + midazolam 0,5mg/kg IV. Pode fazer também junto com um opióide e tranquilizante (cloridrato de tramadol 2mg/kg e acepromazina 0,05 a 0,1 mg/kg). 
Anestesia dissociativa (injetável): o ideal é sempre misturar os quatro: quetamina 10-15mg/kg IM + Diazepam 0,5mg/kg IM + xilazina 0,5-2mg/kg IM + tramadol 2mg/kg IM.
-Essa anestesia dissociativa não funciona para uma cirurgia muito invasiva/dolorosa; o animal vai sentir dor porque o que tem aí tem poder analgésico limitado
- Sedativos: benzodiazepinicos e alfa 2 agonista
- Simpatolíticos: alfa 2 agonistas
- Relaxantes musculares: benzodiazepínicos, alfa 2 agonista e miorrelaxante de ação central
- Analgesicos viscerais ou potentes: alfa 2 agonista e opioides
- Deprimir reflexos: benzodiazepínicos)
- Se eu não to preocupado com analgesia posso usar apenas benzodiazepinico (diazepam ou midazolam), o animal fica calmo, relaxa musculatura e permite até entubação se quiser. Mas não controla a dor. 
- Se eu quero uma sedação mais potente, mas analgesia visceral mais fraca uso alfa 2 agonista (xilazina). Famoso Quetapum. Com diazepam trio calafrio.
- Se eu quero sedação potente, com boa anagelsia eu posso associar opioides fracos, como tramadol ou petidina, pensando na anestesia dissociativa, não uso opioide forte se não for colocar na inalatória. 
Tiletamina – Farmacocinética
-Parecida com a quetamina, mas é mais potente.
-Maior poder analgésico e maior poder de sedação.
-Mais efeitos colaterais (traz muita convulsão e contração muscular, então obrigatoriamente vem com benzodiazepínico). 
-Exclusivamente associada a um benzodiazepínico; não existe tiletamina pura no mercado, já são associadas com zolazepam. 
-Nomes comerciais mais comuns no Brasil: Zoletil e Telazol
-Vias de administração: IV, IM, SC, VO, retal e nasal. 
-Latência: IV 30 a 90 seg e IM 5 a 12 min. 
-Muito usado em dardos; o volume que vai ser utilizado é pequeno então cabe bem no dardo. 
-Metabolização hepática: em cães – tiletamina 1,2h e zolazepam 1h ; em gatos – tiletamina 2,5h e zolazepam 4,5h. 
-Normalmente, gato acordando com zolazetil acorda mais tranquilo (a não ser que esteja com dor). 
-Não é bom usar tiletamina + zolazepam em cães: quando o animal acorda o zolazepam já foi e só está a tiletamina que fica excitando ele, então ele acorda mais excitado. 
-Na maioria das clínicas usam quetamina em cachorro e zoletil em gatos. 
-Tem metabólitos ativos, é hepatotóxico, excreção renal (10% inalterado na urina e alta nefrotoxicidade). 
Tiletamina X Quetamina 
-Tiletamina é mais potente e tem maior analgesia, mas em cães, na hora de voltar da cirurgia é mais perigoso, normalmente é necessário colocar sedativos junto para reduzir a excitação na recuperação anestésica (zolazepam + xilazina + dexmedetomidina, ...). 
-Só deve ser utilizada em animais saudáveis, procedimentos de baixo custo e pouco doloroso, ou contenção de animais em que eu não consigo pegar o acesso venoso. 
-Essa tabela só serve para anestesia dissociativa (tiletamina e quetamina).
-Alterações na FC e FR com estímulo cirúrgico: quando o cirurgião cortar é preciso aferir a FC novamente, o normal é que a FC e a FR subam um pouco, até 20%. Se subir mais que 20% o paciente está sentindo dor. 
Exemplo: animal que estavacom 100, cortou e subiu até 120 está normal; se subiu mais de 120 provavelmente ele está sofrendo na anestesia. 
-Se o animal ficar muito bradcárdico pode dar atropina, mas significa que você pesou muito na anestesia. 
Aula 19.04.21
Anestesia Inalatória
- Não exclui a necessidade de MPA e indução com anestesia geral intravenosa.
- Em silvestres na maioria das vezes é feito MPA e indução com a própria anestesia inalatória - Não é comum em animais domésticos.
- Por via de regra é uma anestesia de manutenção - manter o animal dormindo.
- É aquela obtida através da absorção de um anestésico inalatório pela via respiratória, passando para a corrente circulatória e atingindo o SNC, produzindo anestesia geral.
- É a via de absorção e eliminação, faz com que tenha vários benefícios.
 - Posso diluir o anestésico com o oxigênio (2% de anestésico com 98% de oxigênio, por exemplo).
- Cuidado que o excesso de oxigênio é tóxico num tempo muito prolongado, potencializando processos inflamatórios.
- Se for muito longa eu misturo com ar ambiente, levando a uma porcentagem menor de oxigênio.
- Pela parede alveolar passa para corrente sanguinea, encontrando primeiramente os órgâos mais vascularizados, onde está o cerebro, por isso o efeito é muito rápido. 
- Nos musculos e outros órgãos demora mais para chegar mas sem problema algum.
- Eliminado na expiração do paciente, com CO2, anesésico e vapor de H20.
Ex: Foi colocado no aparelho 2% de anestésico (isofluorano), quando o animal respirar ele não troca 100% do que ele tem no pulmão (a cada respiração sem troca em média 60% de conteúdo pulmonar), significa que na primeira respiração vai ter no pulmão 1,2% de anestésico. 40% ficou com o ar que já estava no pulmão e não foi renovado. Quando o animal começa a respirar o anestesia inalatória a concentração alveolar vai ser muito menor do que a concentração no aparelho e parte do que está no alvéolo vai passar para corrente sanguínea e ela vai ficar com uma parte também (0,5%) e uma parte do que está no sangue vai para o cérebro (0,2) - o paciente não dorme na primeira respiração.
O paciente expirou e respirou de novo, ele vai trocar mais 60% isso quer dizer que vamos ter próximo de 1,6 no pulmão (segunda respiração), a concentração pulmonar vai começar a aumentar e vai passar mais anestésico para o sangue (0,8%), vai passar para o cérebro (0,3%), o animal vai expirar e respiração novamente e a concentração pulmonar vai estar próxima de 2% no alvéolo (equilíbrio entre aparelho e alvéolo) - A concentração na circulação ainda é menor e aos poucos a concentração sanguínea vai aumentar, até chegar o momento de ter 2% no aparelho, 2% no pulmão, 2% no sangue e 2% no cérebro e quando isso acontece temos uma situação de equilíbrio na anestesia e a partir daí o paciente não aprofunda mais. 
A única forma de dormir ou acordar mais é mudar a concentração do aparelho. 
A anestesia inalatória é a única modalidade anestésica onde você colocar mais anestésico ou tirar anestésico do paciente.
As cirurgias não doem do começo ao fim, por exemplo: quando você vai fazer um OSH tem momentos que doem muito e momentos que doem pouco, incisar a pele dói um pouco, linha alba não dói, expor o útero e puxar o pedículo dói muito, pinça no pedículo é uma das dores mais fortes que tem, após a ligadura e soltar a pinça existe um grande alívio do paciente. Isso quer dizer que existem momentos de dor forte e fraca e a quantidade de anestésico de quando dói muito ou pouco é diferente, depende do estímulo cirúrgico - a hora que doer mais você abre mais a inalatória e quando doer menos você diminui.
A anestesia inalatória permite individualizar a anestesia para cada momento de cada paciente - Ela caminha no corpo como se fosse compartimentos (respiratório, circulatório e nervoso).
- Por ser pouco metabolizavel e de boa via de adm e elimanção, faz com que o tempo deixe de ser um limitante.
- O anestésico melhor sempre vai ser o que é menos metabolizável.
- Não ser inflamável é ótimo para não limitar o uso de bisturi elétrico. 
- Não existe 0 toxicidade renal ou hepatica, existe menos ou mais tóxico. 
- Hoje em dia apenas se usa o Isofluorano, podendo ser usado o Sevofluorano, mas que não é usado no dia a dia por não ter ambiente propicio na veterinária.
1. Metoxiflourano - Não é mais comercializado, muito tóxico, taxa de metabolização de 75% (muito próximo de um anestésico injetável).
1. Enflourano - Mesmo valor de outros, mais tóxico.
1. Halotano- Virtualmente ainda existe, na rotina quase não é mais utilizado, mais barato
1. Isoflourano - Não pode ter variação de temperatura maior que 1 grau na temperatura da sala, não muito utilizado na veterinária - condições que não se encontra em centro cirúrgico da vet, ele oscila a quantidade de que evapora de acordo com a temperatura, se oscilar muito mata o paciente.
1. Sevoflourano
P!!! Relação de Solubilidade sangue/gás - Relação fundamental
- Quanto mais soluvel um anestésico mais lento para dormir e mais lento para acordar. 
- Quando o paciente dorme rápido ele também acorda rápido – o coeficiente é igual.
- Se for um anestésico muito soluvel ele demora para aprofundar.
- Se for um anestésico pouco soluvel vai aprofundar rapidamente. 
- Pensar em quanto tempo vai demorar para dormir é pensar em coeficiente de solubilidade. 
- CAM: Concentração Alveolar Mínima.
- Não é o valor em dose que usamos, é concentração alveolar.
- Determina quanto de anestesico tem que dar (em concentração) aonde 50% dos pacientes vão dormir. 
- Logo, como 50% não vai dormir, eu não vou usar esse valor.
- Se eu multiplicar o valor do CAM por 1,5 é chamado de CAM bar, onde, 95% vão estar dormindo. 
- Não se usa mais Halotano. 
- Valor da CAM muda de espécia para espécie. 
- Hipotermia: começa a perder temperatura precisa diminuir o anestésico, por mudar o valor da CAM, perde-se muito paciente nisso. 
- Pacientes acordados se aumentam anestésicos, pacientes com dor se da analgésico, por exemplo: animal está dormindo, mas vou cortar e ele pula, vou dar analgésico; quero começar mas animal acorda, dou mais anestésico. 
- Azul maximo; Amarelo minimo.
- Sevo: 2-5% 
- Iso: 0,2%
- Halotano: 20 – 46%
- Halotano é o mais metabolizavel, produzindo uma substância chamada Acido Trifluoracético, sendo uma das substâncias mais perigosas para profissionais da saude, como aborto, cancêr, doenças autoimunes, etc.
- PROVA: Sevo é melhor que o Iso para hepatopata porque metaboliza menos? O sevo não metaboliza menos que o Iso, metaboliza mais, mas ele é menos hepatotoxico porque não produz nenhum acido. 
Mecanismo de ação - Não sabe ao certo
1. Encéfalo e medula espinhal 
1. Principal local de ação: sinapses
1. Alteram
2. Propriedades das membranas 
2. Atividade de receptores e canais iônicos
2. Liberação e recaptação de neurotransmissores
1. Facilitam sistemas inibitórios
Ex: Gaba - principal neurotransmissor inibitório do SNC. Presente em um terço das sinapses centrais.
- O que faz um anestésico ser melhor que o outro em questão de SNC é o aumento da pressão intracraniana, de modo que não piore a oxigenação cerebral, tornando Isso melhor neste quesito. 
- Halotano deprime muito o cardiovascular, causando inclusive arritmias. 
- Todo anestesico inalatorio deprime o cardiovascular, mas isso ou sevo deprimem menos. Porém, o isso é muito vasodilatador e o sevo é pouco vasodilatador.
- Tenho paciente com hemorragia, com pressão alta e sangrando muito, uso Isso ou Sevo? Iso, pois se quero abaixar pressão eu preciso vasodilatar. Se a pressão está baixa uso o Sevo. 
- Um paciente com cardiomiopatia hipertrófica em gatos eu não posso vasodilatar, logo, usaria Sevofluorano.
- Respiratório: Iso tem odor pungente, ou seja, muito ruim de inalar, entao, se tentar fazer na mascara vai começar a arder olhos e garganta, tosse, tornando o Iso péssimo. O Sevo tem odor agradável, fazendo que aceite a mascara com mais facilidade, além disso, o é mais rápido, tornando melhor a indução na mascara comSevo.
- Fígado: Halotano extremamente hepatotóxico.
- Rim: Halotano extremamente hepatotóxico.
- Tóxico em ambos pelo acido trifluoracético.
- Reprodutor: Halotano pode induzir até abortos, Iso e Sevo não há trabalhos que comprovem. 
Quais situações que usa sevofluorano
1. Hepatopatas
1. Indução na máscara
1. Quando quiser maior estabilidade hemodinâmica - não quer vasodilatar
Riscos da exposição aos anestésicos
1. Cefaleia, náusea, fadiga e irritabilidade
1. Prevalencia de abortos, anomalias congênitas, tumores, doenças hepáticas - em estudo
Cuidados para reduzir a poluição
1. Cuff
1. Uso mínimo de máscara e sistema abertos
1. Evitar vazamentos
1. Sistemas antipoluentes
Resumo e funcionamento na prática:
- Halotano não é bom em nenhum caso, era usado apenas pelo preço mas hoje está no preço do Iso já.
- Três situações que usa-se o Sevo e o resto é tudo Iso, que é mais barato: 1) Hepatopata; 2) Indução na mascara; 3)Quando quiser maior estabilidade hemodinamica, sem querer que vasodilate.
Aula 03.05
Estágios e Planos Anestésicos
-Conhecido também como escala de Guedel.
-Se trata do quão profundo um paciente estará durante a anestesia.
-Antigamente a anestesia era monitorada apenas com ausculta cardíaca e pulmonar; se esses dois parâmetros estivessem bons, considerava-se que o animal passou por uma boa anestesia. Taquicardia/taquipneia muito forte significava que o animal estava acordando e se estivesse muito brad ele estava morrendo. 
-Essa tabela é um desenho da escala de Guedel; baseado nisso sabemos se o animal está acordando ou não, não conseguimos saber sobre dor na escala de Guedel. 
-Posso ter um animal em uma profundidade correta e mesmo assim ele sente dor. 
-Paciente muito superficial provavelmente irá sentir dor e pode se mexer durante a cirurgia; isso é perigoso porque pode fazer com que o cirurgião lesione algum tecido delicado durante o procedimento. 
Estágios Anestésicos 
1. Estágio 1: animal está completamente acordado, com total consciência e excitado; normalemnte manifesta agressividade, curiosidade ou medo. 
-Exemplo: canular acesso na veia do animal e administrar o anestésico na veia do animal. O cachorro provavelmente irá manifestar curiosidade e medo e o gato pode ficar mais agressivo; isso tudo não é bom para o paciente, então não deixamos o animal passar pelo primeiro estágio e aí é que entramos com a MPA (se entrar no primeiro estágio será muito discreto).
-Animal dilata a pupila (midríase) e é bem comum no primeiro estágio. 
-Resumindo: comportamento normal de primeiro estágio é animal acordado, agitado e de pupila dilatada (não é o que queremos, pois espera-se MPA antes da indução).
1. Estágio 2: animal continua agitado, se debatendo, mas perde a consciencia (a diefrença do primeiro estágio é que o animal continua acordado e aqui no estágio 2 o animal já dormiu).
-Parece aqueles cachorros quando sonham: pedalam, choram e vocalizam e isso nós também não queremos que aconteça, então usamos a MPA para ajudar nisso também.
-OBS: característica importante da MPA é: se não conseguirmos evitar o primeiro e segundo estágio, pelos menos devemos tentar minimizar.
-Se continuar administrando anestésico o animal vai relaxar e dormir mais tranquilamente; sono padrão. Isso significa dizer que ele está entrando no terceiro estágio (primeiro plano).
-Quando tenho ausencia do 1 e 2 estágio eu tive uma boa indução.
1. Estágio 3: esse é dividido em planos de 1 a 4; 
-Plano 1: todos os reflexos estão presentes (palpebral, corneal, patelar, ...) EXCETO reflexo interdigital, que pode estar diminuído (pode ser chamado de pedal ou podal). Animal está calmo, com reflexos preservados e mantém total sensibilidade (não dá para operar animal em primeiro plano e nem intubar). 
-Plano 2: animal está mais relaxado, olho rotaciona e aparece a parte branca (o paciente fica meio vesgo) – esse olho rotacionado é característico do segundo plano. O animal perde totaltamente o reflexo interdigital e começa a perder o palpebral e laringotraqueal; o animal vai piscar mais lento e começa a perder os reflexos de deglutição (já permite a intubação) e começa a entrar em plano cirúrgico (ou o segundo ou o terceiro plano). 
-Operar animal em segunda plano só quando associa com anestesia local ou infusão de analgésicos (ou seja, tem que associar com técnicas anlgésicas).
-Plano 3: animal centraliza globo ocular (posição normal), não aparece mais a parte branca do olho, perde o reflexo palpebral e laringotraquela, só terá reflexo corneal e pupilar e terá miose (pupila pequena). 
-É o plano mais profundo que chegamos na anestesia geral; se aprofundar mais que isso gera uma depressão anestésica e pode levar o paciente a morte. Esse plano permite operar um paciente sem o uso de infusão de analgésicos. 
OBS: castração de cadela com epidural pode fazer em segundo plano, se não tiver epidural tem que fazer em terceiro plano.
-Plano 4: perda de todos os reflexos, animal com olho centralizado e midríase (pupila dilatada) – esse plano é excesso de profundidade anestésica; está associada ao erro do anestesista. Nunca devemso chegar no quarto plano. 
-Geralmente acontece quando o anestesista se distrai.
-Muito difícil de reverter; o anestesista tem que ser muito rápido. 
· Estágio 4: quando o animal choca; SNS deixa de funcionar. Animal apresenta apneia, bradcardia e hipotensão, não consegue metabolizar mais nada... na prática, todos morrerão. 
-Não é um estágio reversível. 
-As vezes os estágios não ficam tão precisos como descrito acima; as vezes o animal rotaciona o globo você já pensa no segundo plano, mas ele ainda tem reflexo interdigital, e isso na prática nós classificamos entre o primeiro e o segundo plano, não tem como, e nem precisa, classificar sempre com essa exatidão toda. 
-Anotar o plano anestésico na ficha a cada 5 minutos; é importante anotar a cada 5 minutos porque mostra que o anestesista não ficou muito tempo sem analisar o paciente. 
-Na escala de Guedel devemos lembrar que no 1 e 2 estágio o animal está muito animado, se debatendo, então na prática, não avaliamos as características do estágio (reflexos, pupila, etc), no 4 estágio já perdemos o paciente, então não monitoramos esse estágio. 
-No dia a dia perguntamos sempre qual plano o animal se encontra, porque sabemos que ele deve estar no estágio 3 para passar pelo procedimento cirúrgico. 
P!! -Na prova o professor vai cobrar os planos.
-Aspectos mais importantes do primeiro plano: palpebral normal, interdigital e pedal diminuído (esse é o plano mais superficial que podemos usar para procedimentos não dolorosos); utilizado para retirada de pontos, raio x... se o reflexo palpebral estiver diminuído aí o paciente estará no segundo plano. 
-Primeiro plano: globo ocular centralizado, miose, respiração toracoabdominal, animal pisca normal.
-Segundo plano: globo ocular rotacionado, miose também, respiração toracoabdominal, animal pisca lento.
-Terceiro plano: perdeu reflexo palpebral, não pisca mais, globo ocular centralizado, pupila em miose, respiração abdominocostal. 
-Quarto plano: nenhum reflexo, olho centralizado, midríase.
Exemplos 
1. Paciente com parâmetros normais, olho centralizado, reflexo palpebral negativo, miose: plano 3, tudo bem, mas eu poderia fazer uma anestesia melhor com soluções/técnicas analgésicas e diminuiria a inalatória, então ela vai voltar para o segundo plano, onde eu vejo globo ocular rotacionado. Se o anestesista se distrair ou aprofundar um pouco mais, o paciente vai para 3 plano e ainda está seguro, dá tempo de reverter. 
-É melhor trabalhar com esse 2 plano e um protocolo analgésico porque se errar a mão, ele vai para 3 plano, mas se você já estiver no 3 plano e errar a mão, o paciente já vai para 4 plano e perderemos o animal. 
-Essa anestesia em segundo plano associada com analgesias multimodais ou anestesia local é chamada de anestesia moderna/anestesia balanceada. 
-Dica: se tiver em midríase está muito ruim, porque aparece ou no animal acordado ou morrendo; se estiver em miose – pisca

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