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Cirurgia - Anestésicos

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1 
Beatriz Machado de Almeida 
Cirurgia - Anestésicos 
Bases da anestesia locorregional e geral 
Introdução 
• Termo grego- privado de sensação; 
• Egípcios: Já tinham alguns instrumentos cirúrgicos 
e, provavelmente alguma forma de anestesia; 
• Termo que surgiu na Grécia antiga – Hipócrates: 
esponja soporífera (mistura de substâncias 
extraídas das plantas), Dioscórides: mandrágora 
(tubérculo); 
• Chineses: acupuntura; 
• Assírios: compressão da carótida; 
• Gelo, embriaguez, hipnose; 
• Imobilização a força; 
• Um dos marcos foi em 1773: óxido nitroso, gás 
hilariante, tinha poder de cessar a dor; 
• Faraday: primeiro que descreveu o uso de éter; 
• 1846: primeira vez que foi usado anestesia em 
cirurgia - anestesia geral; 
• 1847: Brasil. Éter, Haddock lobo 
Anestesia 
“Estado de inconsciência reversível, imobilidade, 
analgesia e bloqueio dos reflexos autônomos 
(relaxamento muscular) obtidos pela administração de 
fármacos específicos.” 
Bases para dar anestesia: conseguir uma analgesia 
adequada para o paciente, uma hipnose para que ele não 
lembre o que aconteceu, controle dos reflexos para que 
ele esteja imóvel e muitas vezes relaxamento muscular. 
❖ Geral; local; regional. 
Avaliação pré-operatória 
• Anamnese: presença de doença prévia, manipulação 
da via área, de laringe, alteração anatômica, 
obesidade. Preditores de via área difícil. 
• Exame físico: mais minucioso. Se for fazer uma 
anestesia raqui, epidural, precisa saber se o 
paciente teve alguma manipulação de coluna, se tem 
alguma escoliose, degeneração, algo que dificulte ou 
impossibilite a anestesia. Avaliar se tem uma boa 
abertura de boca (Mallampati), se tem uma boa 
mobilidade de coluna, se hiper estende o pescoço, 
distância tireo-mento (distância da cartilagem 
tireoide para o mento, 5-6 cm pode ser uma 
posição dificultosa para IOT). Pelos faciais 
dificultam a fixação do tubo. 
• Teste de gravidez: controverso. Perguntar a DUM. 
• Exame de via aérea: 
❖ Classificação de Mallampati: paciente tem que está 
com a cabeça em posição neutra e a língua toda 
para fora (máximo que conseguir); avaliar cavidade 
oral, tentando identificar as estruturas. 
Classificação de Mallampati 
 
 
Grau I 
Melhor Mallampati para IOT; menor 
chance de via aérea complicada; precisa 
ver os pilares amigdalianos, palato 
mole a úvula muito bem. 
Grau II Não vê os pilares amigdalianos, mas 
ainda vê palato mole e úvula. 
 
Grau III 
Já não consegue mais ver palato mole, 
nada de pilar amigdaliano. Aqui, 
basicamente, ver apenas a úvula. 
 
 
Grau IV 
Não se consegue identificar nada; 
paciente que tem uma língua um pouco 
maior e não é possível avaliar 
corretamente. 
 
Classificação de Cormack 
Classe I Pode ver toda a glote, cordas vocais. 
Classe II Quando faz a laringo, mas a epiglote 
fica caída na frente; não consegue ver 
as cordas vocais. 
Classe III Só se ver a epiglote; nada de glote. 
Classe IV Não enxerga nada. 
 
III e IV → Intubação difícil. 
• Investigação de doença cardiovascular: talvez 
precise mandar o paciente para um CAT, um teste 
de esforço... 
 
2 
Beatriz Machado de Almeida 
Cirurgia - Anestésicos 
• Investigação de doença pulmonar: Asma, DPOC... 
isso é importante porque algumas drogas são 
melhores para prevenção de broncoespasmo; 
• Investigação de doença hepática ou renal; 
• Jejum. 
 
Monitorização 
• Equipamento de anestesia: carrinho de controle. 
❖ Fornecer oxigênio e gases anestésicos; 
❖ Suporte respiratório: diz ao anestesista que o 
paciente não está retendo CO2, que está com uma 
pCO2 boa, que ele realmente está entubado; diz se 
houve alguma desconexão. 
• Monitor: geralmente está separado. 
❖ Melhores condições intraoperatórias: controle de 
tudo do paciente. 
❖ Detectar anormalidades precocemente: algumas, 
não todas. Se começa a cirurgia e vê uma 
taquicardia, com RR regular (suspeitar de FA)... a 
pressão baixando, a saturação caindo... 
❖ Anestesista capacitado: sempre! 
❖ Oximetria de pulso, monitor de CO2, LCG, PA e 
FC, temperatura da sala: a temperatura, por 
exemplo não pode ficar muito baixa pelo risco de 
hipotermia. 
OBS.: esse balão verde é onde fica uma 
substância que ajuda a trocar os gases. 
OBS.: seta amarela é onde fica a 
monitorização da ventilação. 
Vai-se monitorizar o paciente completamente, seja qual 
for o procedimento; a partir do momento que entrou no 
centro cirúrgico o correto é que se tenha pelo menos PA, 
ECG e a saturação de O2. Isso é importante para 
casos de complicações. 
• Pressão arterial: 
❖ Não invasiva: normal - tensiômetro. 
❖ Invasiva: cateter de PAM invasiva, vem um kit. Mas 
às vezes faz com o jelco um pouco mais calibroso que 
tenha na unidade. 
➢ Radial (preferida), femoral, braquial, axilar, 
ulnar, pediosa, tibial posterior. Caso fez em um e 
não conseguiu ou em casos de acesso difícil. 
➢ Complicações: infecção, necrose periférica. 
OBS.: Para fazer a invasiva 
é preciso fazer o teste de 
Allen: comprime-se a 
radial (que será 
cateterizada) e a ulnar e 
depois libera-se apenas o fluxo da ulnar. Isso é para 
ver a competência da ulnar para fazer a irrigação 
palmar. Em caso de ulnar ineficiente, tenta-se na outra 
mão ou procura-se outro sítio para cateterizar, porque 
se a radial acabar trombosando e não tiver uma 
irrigação adequada pela ulnar, pode necrosar a ponta 
dos dedos (de extremidade). 
• Eletrocardiograma: 
❖ Arritmias, isquemia: no intraoperatório é possível 
ver alteração na cardioscopia; manda-se rodar um 
eletro. 
• Ventilação: 
❖ Avaliação clínica: estetoscópio - ver se está 
ventilando adequadamente, avaliar a 
expansibilidade, se tem estridor. Paciente começou 
a dessaturar, não está ventilando adequadamente 
nem expandindo, nesse caso vai precisar partir para 
uma via aérea definitiva. 
❖ Monitores de pressão de VA e ventilação na VM; 
❖ Capnografia: vem no carrinho. 
• Oxigenação: 
❖ FiO2 e oximetria de pulso. 
• Temperatura: não precisa se for um procedimento 
rápido, com anestesia local. 
❖ Esôfago (mais comum), reto, pele, membrana do 
tímpano, bexiga, nasofaringe, artéria pulmonar. 
• Bloqueio neuromuscular: 
❖ Músculos ulnar e orbicular do olho: para avaliar se 
o paciente tem ainda algum grau de bloqueio. Bem 
específica da anestesio. 
• Sistema nervoso central: 
❖ BIS (matriz bispectral): como se fosse um 
eletroencefalograma contínuo que avalia o grau de 
sedação do paciente. É bom para ver se o paciente 
“superficializou” e precisa aumentar um pouco a 
sedação. 
➢ 0 (“sem atividade neurológica”) a 100 (acordado). 
 
3 
Beatriz Machado de Almeida 
Cirurgia - Anestésicos 
➢ Valores inferiores a 40 por mais de 5 min → 
relacionado a morbidade perioperatória aumentada. 
 
OBS.: paciente que está hipotenso, chocado, ou um 
idoso com ICC, que já é mal perfundido, muitas vezes 
o oxímetro de dedo não vai pegar bem. 
OBS.: a capnografia vai dizer se “pegou” a via aérea ou 
esôfago. Ela vai dar a segurança de que o paciente vai 
continuar intubado; melhor que esteto. 
 
Monitorização especializada é para pacientes que tem 
alguma indicação. 
Cateter de foley: paciente chocado → preciso ver a 
perfusão renal, ver se está urinando, se precisa fazer 
volume para esse paciente. Também em casos de 
cirurgias mais longas. 
Cateter arterial: paciente que geralmente é mais 
grave. Paciente que tem ICC e que está mais ou menos 
compensado, mas tem uma dispneia, um edema de MMII 
e vai operar de urgência. Gasometria em cirurgia longa, 
paciente instável... 
Cateter da artéria pulmonar, doppler precordial, Eco 
transesofágico, doppler esofágico → bem específicos, 
visto mais em cirurgia cardíaca. 
Agentes inibitórios 
Características mais importantes 
• Coeficientes de solubilidade sangue/gás (S/G) → 
menor S/G, indução e despertar mais rápidos. É a 
capacidade desse agente inalatório de ser solúvel 
no sangue. Então, quanto menor foro coeficiente, 
vai ter mais anestésico livre, tendo um despertar e 
uma indução mais rápida. 
• Concentração alveolar mínima (CAM) → 
concentração mínima para prevenir movimento em 
50% pctes no momento da manipulação do 
paciente. Quando começa a incisão, o paciente 
recebe um estímulo maior. CAM alta, menor 
potência. 
• Pungência: gás que tem um cheio pior; não é 
agradável, cheiro muito forte. Não usado como 
agente indutório. 
 
OBS.: Anestesia da criança pode ser toda inalatória 
ou começa com inalatória (máscara) e depois vai para 
intubação propriamente dita. 
Óxido nitroso tem uma potência fraca, tem um CAM 
muito alto, e por isso, normalmente não é usado 
sozinho. Já o Halotano é um dos melhores para usar, 
isso porque o cheiro dele não incomoda. O Desfurano é 
um gás mais irritante. 
ÓXIDO NITROSO 
❖ Influencia minimamente hemodinâmica e 
respiração; 
❖ Misturado como outros agentes inalatórios; 
❖ Muito solúvel → não usar em espaços fechados. 
❖ Tem um CAM alto e indução rápida, por isso 
normalmente não é usado como droga única para 
anestesia; geralmente é misturado ou com outros 
gases ou com uma anestesia venosa. 
ISOFLUORANO 
❖ Substituiu halotano →Acaba reduzindo muito o DC. 
Seu uso em pacientes chocados pode piorar o 
quadro do paciente, além do que tem um menor 
efeito metabólico. 
❖ Baixos custos de produção; 
❖ Taquicardia: pode aumentar o consumo de O2 pelo 
miocárdio. Deve-se ficar atento em pacientes com 
doença coronariana, porque se ele estiver fazendo 
taquicardia estará aumentando o consumo de O2, 
podendo causar isquemia no paciente. 
❖ Odor irritante. 
SEVOFLURANO 
❖ Solubilidade baixa – rápida indução e despertar; 
usado em procedimentos mais rápidos. 
 
4 
Beatriz Machado de Almeida 
Cirurgia - Anestésicos 
❖ Bastante usado na indução anestésica, tem odor 
agradável; 
❖ Diminui resistência respiratória → usado em 
pacientes que tem broncoespasmos. 
DESFLURANO 
❖ Rápida indução e despertar; 
❖ Odor irritante – não é usado em indução anestésica 
com gás; 
❖ Taquicardia e hipertensão – se atentar em 
pacientes com doença cardiovascular. 
Agentes intravenosos – Indutores 
Vão ter anestesias em que será utilizado agentes 
inalatórios e o agente intravenoso, e anestesias que se 
chamam de anestesia venosa total, que vai fazer 
somente medicação intravenosa, sem nenhum gás 
associado. 
Pode iniciar a anestesia com uma droga e depois usar 
outra, ou muitas vezes pode iniciar a anestesia com um 
gás e depois associar um agente intravenoso. 
Quando a droga tem baixa solubilidade é quando o 
medicamento não vai se misturar no sangue; ele fica 
livre para poder ser usado, digamos assim. 
Nem sempre usa bloqueador neuromuscular na indução. 
Os intravenosos, na maioria das vezes, serão usados 
também para indução, e depois para fazer o que se 
chama de anestesia balanceada, que é quando se 
mistura o gás com o intravenoso na anestesia. Em 
crianças, na maioria das vezes, vai ser uma indução com 
o gás. No adulto, normalmente começa com um indutor 
venoso e depois intuba, onde os gases inalatórios serão 
colocados via tubo orotraqueal. 
TIOPENTAL 
É uma das medicações mais antigas intravenosas para 
sedação. 
❖ Causa vasodilatação e depressão cardíaca; 
❖ Rápido despertar; 
❖ Não diminui reatividade brônquica → pacientes 
asmáticos, tabagistas, ou que tenha alguma hiper-
reatividade de via aérea, o tiopental não seria a 
melhor droga a ser usada nesses casos. 
CETAMINA 
Medicação bastante usada tanto para indução da 
anestesia quanto no pronto socorro. Isso porque, na 
maioria das vezes não tem gás inalatório no pronto 
socorro, então vai fazer a anestesia do paciente com um 
intravenoso. É importante conhecer esse tipo de 
medicação porque quando for preciso intubar um 
paciente, tanto os agentes intravenosos, quanto os 
sedativos e bloqueadores neuromusculares serão 
utilizados. 
❖ Aumenta pressão arterial e frequência cardíaca → 
Evitar em DAC, hipertensão intracraniana. Pode ser 
usado em pacientes chocados ou que esteja com 
níveis pressóricos baixos, porque quando colocado 
na veia não causa hipotensão, desde que seja usado 
em doses baixas; o aumento da dose pode 
prejudicar nesses pacientes que já estão 
chocados. 
❖ Delírio e sonhos desagradáveis; 
❖ Diminui reatividade brônquica – usado em pacientes 
asmáticos ou com DPOC; 
❖ Não produz relaxamento muscular, não controla 
dor visceral – não é bom para cirurgia abdominal. 
PROPOFOL 
❖ Curta duração, despertar tranquilo; 
❖ Dor a injeção; redução de PA – Evitar em pacientes 
que já estão hipovolêmicos ou chocados; 
❖ Broncodilatação– Bom para pacientes asmáticos. 
ETOMIDATO 
❖ Mínimas alterações hemodinâmicas → usado em 
pacientes com DAC; 
❖ Dor e queimação na injeção; mioclonias; 
DEXMETOMIDINA (PRECEDEZ) 
❖ Muito utilizado em terapias intensivas, em 
pacientes que precisam ser extubados, mas que 
estão muito agitados. 
❖ Mínima depressão respiratória – Não seria uma boa 
indicação para indução ou intubação, a não ser que 
seja associado com outra droga. 
❖ Bradicardia e hipotensão – ficar atento nesses 
pacientes 
❖ Propriedades anestésicas, sedativas e analgésicas. 
 
 
5 
Beatriz Machado de Almeida 
Cirurgia - Anestésicos 
Midazolan: É uma droga que também é bastante usada 
tanto para indução anestésica, assim como para intubar 
paciente na emergência; isso porque sua ação faz 
depressão respiratória; quando usado, percebe-se que o 
paciente vai parar de respirar, mas também baixa a 
pressão. Por isso, ficar atento no uso em paciente que 
já está com hipovolemia ou chocado, porque ele vai 
baixar mais ainda essa pressão, e às vezes vai ser 
preciso entrar com uma outra droga que seja 
vasoativa. 
Tiopental: Pode fazer hipotensão; 
Cetamina: Faz hipertensão/taquicardia; 
Etomidato: Pode fazer supressão adrenal quando faz 
infusão contínua (não é muito utilizado para fazer 
infusão contínua); 
Obs: Não será necessário gravar as doses; na prática 
vai ver mais ou menos o quanto pode fazer. Também 
existem ampolas diferentes, então em cada lugar a dose 
da ampola será diferente. 
Ficar atento nas precauções e dar uma olhada na tabela 
acima com calma. 
Agentes intravenosos - opioides 
Morfina, meperidina são opioides que são usados em 
associação com outras medicações. 
❖ Depressão cardíaca mínima; anestesia profunda 
geral balanceada; 
❖ Desvantagens: Depressão respiratória, hipnose e 
amnésia insatisfatórias; por isso são usados 
associados com outras drogas; 
❖ Reduzem a dose de agentes inalatórios quando é 
associado ao opioide; 
❖ Limitam taquicardia associada a manipulações – 
isso porque está sendo feito uma boa analgesia no 
paciente; 
❖ Analgesia no POI. 
MORFINA, HIDROMORFINA, MEPERIDINA 
❖ Ação intermediária → analgesia pós operatória; Por 
ter uma ação intermediária, não é uma medicação 
que seria usada, via de regra, como manutenção de 
anestesia. 
❖ Custo menor. 
FENTANIL 
❖ 100 – 150 x mais potente que morfina; 
❖ Início rápido e curta duração → manutenção da 
anestesia; 
❖ Quando usado em manutenção de anestesia é 
colocado em bomba, justamente por ter início 
rápido e curta duração. Se fizer apenas o fentanil, 
em pouco tempo o paciente estará sentido dor 
novamente. 
SUFENTANIL, ALFENTANIL 
❖ Rapidamente excretados e metabolizados; 
REMIFENTANIL 
❖ Anestesia venosa total – ação ultracurta. 
Anestesia venosa total é quando só utiliza a medicação 
intravenosa como anestesia. Geralmente usada em 
bomba de infusão contínua. 
Bloqueadores neuromusculares 
Vem se falando bastante em bloqueadores 
neuromuscular por conta do COVID; no geral, prefere-
se intubar com o uso do bloqueador neuromuscular para 
evitar do paciente tossir ou respirar no rosto do 
médico, evitando assim uma contaminação. 
❖ Administrar o suficiente das inalatórios e 
intravenosos para hipnose, amnésia e analgesia + 
condições cirúrgicassatisfatórias; isso porque vai 
fazer com que o paciente fique parado. 
A Classificação polarizante e não polarizante é em 
relação somente ao mecanismo de ação neuromuscular. 
Agentes despolarizantes (não 
competitivos) 
• Agonistas nos receptores colinérgicos da junção 
neuromuscular. 
SUCCINILCOLINA 
❖ Rápido início e curta duração (5 min); 
❖ Hipercalemia (pacientes politraumatizados, grandes 
queimados) e hipertermia maligna (é uma entidade 
que pode ser de causa genética, em que o paciente 
faz temperaturas acima de 38, 39 graus; é muito 
difícil de reverter; por isso existe a necessidade de 
se perguntar se alguém da família morreu em 
anestesia, pois pode ter sido por essa causa); 
❖ Fasciculações visíveis → mais dor muscular no pós-
operatório. 
❖ IOT sequência rápida. 
 
6 
Beatriz Machado de Almeida 
Cirurgia - Anestésicos 
Exemplo de uso: paciente que está com estômago 
cheio, que precisa operar, mas não pode ventilar muito, 
porque casa vez que colocar o ambu e injetar ar, o 
estômago do paciente será estendido e poderá 
vomitar, podendo causar broncoaspiração e ele ter uma 
parada. Então, se usa nesses casos de sequência rápida 
em que não pode ventilar o paciente antes de intubar. 
Exemplo do filme Awake: o paciente recebe uma 
anestesia, porém ele lembra que ouve o que as pessoas 
conversavam durante a cirurgia. Isso acontece em teoria 
porque o anestesista bloqueou o paciente em relação à 
movimentação, embora não esteja bem anestesiado no 
ponto de vista de amnésia e sedação. 
Agentes não despolarizantes 
(competitivos) 
• Competem com a acetilcolina pelos receptores; 
• Alternativa à succinilcolina. 
❖ Impede o movimento em resposta ao estímulo; 
❖ Doses altas para relaxamento antes da intubação, 
doses menores se já intubado. 
❖ Outras drogas anestésicas potencializam os 
efeitos. 
❖ Resposta individuais, complicações com a reversão 
inadequada (neostigmina/edrofonio – usados para 
reverter o bloqueio) – Por isso que os anestesistas 
tem um controle para saber se realmente o 
paciente reverteu totalmente do bloqueio 
neuromuscular. 
❖ Pancorônio, rocurônio, cisatracúrio, mivacúrio, 
vecurônio (os mais utilizados em Centro cirúrgico e 
UTI é pancurônio, rocurônio, cisatracúrio e 
atracúrio) 
❖ Doença renal → preferência por 
cisatracúrio/atracúrio, pois não são metabolizados 
no rim. O uso do pancurônio e roncurônio, nesses 
casos, pode ficar circulando mais tempo por causa 
da doença renal, ou ter um paciente que não 
reverteu totalmente do bloqueador neuromuscular, 
podendo eventualmente parar de respirar. 
❖ Para operar barriga, em geral, utiliza-se o 
bloqueador neuromuscular porque a barriga fica 
mais relaxada. 
❖ Num paciente com abdome em tábua, a própria 
anestesia faz o sinal diminuir/desaparecer, porém 
muitas vezes se usa o bloqueador neuromuscular 
para melhor relaxamento do abdome. 
 
Anestesia regional 
Anestésicos locais 
Em geral, os anestésicos locais não trabalham bem em 
meio ácido. Exemplo - em local inflamado essa anestesia 
não pega. No entanto, funcionam bem em cortes 
recentes livres de infecção. 
Ficar atento nas doses máximas que podem ser 
utilizadas e na forma de aplicá-lo. Ao ser injetado na 
veia pode causar toxicidade; para ser evitado, ao aplicar 
o medicamento, um pouco antes, deve-se aspirar a 
agulha; se caso houver sangue sabe-se que pegou em 
algum vaso; então vai retirar a agulha e injetar em 
uma região um pouco mais próxima. 
❖ Amino ésteres (lidocaína, bupivacaína), amino 
amidas (tetracaínas, benzocainas); 
❖ Bloqueios dose-dependente dos fluxos de sódio 
nas fibras nervosas; 
❖ Toxicidade – dormência ou formigamento de língua 
e lábios, gosto metálico, cabeça leve, zumbido → 
fala empastada, desorientação e crises 
convulsivas → PCR; 
❖ Profilaxia – aspiração, adição de epinefrina 
(diminui absorção); 
❖ Tratamento: oxigenoterapia, suporte ventilatório, 
benzodiazepínico se crise convulsiva. 
Existem anestésicos locais que já vem misturados com 
a epinefrina, chamado anestésico com vasoconstritor; 
e tem os anestésicos sem vasoconstritor. 
Tem a lidocaína com vaso e sem vaso (vasoconstritor). 
O que acontece muitas vezes com a lidocaína que tem 
vasoconstritor é que se atingir um vaso sanguíneo, no 
geral, a toxicidade pode ser menor porque se diminui 
a absorção. Observou-se também que a lidocaína com o 
vasoconstritor tem um tempo de efeito maior. 
Imagem abaixo: Doses recomendadas: Se a anestesia 
tiver adrenalina associada, pode-se usar doses um pouco 
maiores; se não tiver → doses um pouco menores. 
 
7 
Beatriz Machado de Almeida 
Cirurgia - Anestésicos 
 
 
Imagem acima: é só pra ter ideia do tempo de duração. 
Está relacionado com a bioquímica de cada material. 
Os mais utilizados para esse tipo de anestesia é a 
Lidocaína, Bupivacaína e Ropivacaína. 
A Lidocaína tem um efeito que começa mais rápido, 
porém ela dura menos tempo que a Bupivacaína e a 
Ropivacaína. Então, com 30-60 min já se deve avisar 
ao paciente que o dedo dele que foi suturado vai 
começar a latejar por conta do efeito da anestesia que 
passou. Já a Bupivacaína e Ropivacaína demoram um 
pouco mais para começar a fazer efeito, mas duram 
mais tempo para passar seu efeito. 
No pronto-socorro, quando você precisa ser mais ágil, 
a melhor opção é a lidocaína. 
Há situações em cirurgias abdominais em que os 
anestesistas pedem para injetar bupivacaína porque no 
pós-operatório o paciente terá horas a mais de 
analgesia no local da incisão. 
Anestesia espinal, subaracnóidea ou 
raquianestesia 
❖ Injeção única, duração limitada (punciona o espaço 
subaracnóideo, injeta a medicação no local, espera 
um pouco e deita o paciente para cirurgia) 
❖ Fatores determinantes: níveis de bloqueio, 
velocidade de início e duração; 
❖ Agentes anestésico local; 
❖ Volume e dose do anestésico local (às vezes, quando 
se injeta muito anestésico pode haver dispersão do 
líquido e subir para cabeça podendo causar também 
comprometimento cardiorrespiratório, e isso não é 
legal, já que esse tipo de anestesia tem a intenção 
de bloquear a nível do local da vértebra para 
baixo); 
❖ Posição do paciente e baricidade do anestésico 
local (a posição do paciente é importante também, 
porque se deitar o paciente de imediato pode 
haver dispersão da solução injetada); 
❖ Anestésicos locais puros → isobáricos (ou seja, mais 
ou menos a mesma pressão que tem no líquido 
cefalorraquidiano). 
➢ Misturados com dextrose → 5 % → hiperbáricos 
(se deposita no líquido; então a medicação desce). 
❖ Uso de vasoconstrictores → aumenta duração; 
❖ Adição de opioides → aumenta duração e 
tolerância a dor; 
❖ Fatores anatômicos e fisiológicos (ou seja, um 
paciente que é obeso, que já teve manipulação de 
coluna são casos que pode haver dificuldade na hora 
de fazer esse tipo de anestesia). 
A vantagem para esse tipo de anestesia é que, no geral, 
não precisa mexer na via aérea do paciente (intubar). 
Exemplos de cirurgias: hérnia, apêndice. 
 
COMPLICAÇÕES (RAQUI E PERIDURAL) 
❖ Hipotensão (às vezes refratária), bradicardia; 
❖ Cefaleia pós-punção (sexo feminino, jovem, agulha 
calibrosa); 
❖ Neuropatia radicular transitória, dor lombar; 
❖ Retenção urinária (por conta do bloqueio simpático 
e parassimpático que se faz na região); 
❖ Infecção; 
❖ Hematoma epidural (acontece quando era para 
fazer uma raquianestesia e faz uma peridural sem 
querer); 
❖ Excessiva dispersão cefálica → comprometimento 
cardiorrespiratório (muito difícil de reverter). 
 
CONTRAINDICAÇÕES ABSOLUTAS 
❖ Sepse, bacteremia, infecção local de punção; 
❖ Hipovolemia grave; 
❖ Coagulopatia, anticoagulação terapêutica; 
❖ Aumento da pressão intracraniana; 
❖ Recusa do paciente. 
 
8 
Beatriz Machado de Almeida 
Cirurgia - Anestésicos 
Epidural 
Acontece entre a coluna e a dura-máter. 
❖ Cateter epidural → anestésico de forma 
controlada,doses posteriores (analgesia pós-
operatório); 
❖ Menor incidência de íleo paralítico e deambulação 
precoce → cirurgias TGI. 
❖ Operações vasculares periféricas, TGI e 
ortopédicas. 
Íleo paralítico acontece quando faz intubação e o uso 
de anestésico inalatório e venoso; neste caso, o 
intestino não funciona como deveria; por isso que se 
pede para o paciente caminhar precocemente. 
COMPLICAÇÕES E CONTRAINDICAÇÕES 
SEMELHANTES 
❖ Abcesso epidural; 
➢ Dor lombar → RMN; 
❖ Hematoma epidural dorsal; 
➢ Dor lombar, alteração sensitiva ou motora de 
MMII, anormalidades urinárias ou intestinais. 
 
❖ HPBM (clexane) → aumento da incidência de 
hematomas; 
❖ Não colocar ou tirar antes de 12h após uso de 
HPBM; 
❖ Não iniciar HBPM antes de 6 h após colocação de 
cateter; 
❖ Não reiniciar HBPM antes de 2h após remoção do 
cateter. 
Imagem: mostra onde cada anestesia 
acontece: 
• Epidural → Entre a coluna e a 
dura-máter; 
• Raquianestesia → Espaço 
aracnoide. 
Bloqueios de nervo periférico 
É bastante utilizado em serviços de trauma, 
principalmente em dedo. Para ser feito é preciso saber 
onde passa o nervo para colocar o anestésico no local 
correto. 
❖ Menor estresse fisiológico; 
❖ Evita manipulação de via aérea e anestesia geral 
(caso pegue um vaso sanguíneo sem querer e o 
paciente começa a rebaixar a consciência, será 
preciso intubá-lo) 
❖ Paciente colaborativo | anestesista experiente | 
cirurgião acostumado; 
❖ Risco de anestesia geral - pré operatório completo. 
COMPLICAÇÕES 
❖ Toxicidade dos anestésicos, lesão nervosa, injeção 
intravascular. 
Sedação consciente 
Existe o conceito de sedação 
consciente em que os 
neurocirurgiões operam o paciente 
tocando violão; normalmente eles precisam disso para 
ver se estão afetando alguma região de fala, ou outra 
região nobre do cérebro do paciente. Nesse caso, a 
cirurgia necessita de um anestesista extremamente 
experiente, que saiba o que está fazendo, e isso se 
consegue com alguns bloqueios (não citou quais). 
Cuidados pós anestésicos 
• CRPA: 
❖ Monitorização, reavaliação (30-60 min), 
alta/enfermaria; 
❖ Paciente que vai para UTI normalmente sai da sala 
de cirurgia direto para UTI, não vai para CRPA. 
Hospitais públicos - CRPA é feito em sala - 
geralmente não há vaga em UTI; anestesista fica de 
intensivista e cirurgião dando suporte. 
• Complicações: Agitação e delírio; Complicações 
respiratórias (caso o anestesista não tenha avaliado 
corretamente o bloqueio neuromuscular do paciente 
e fica um resquício da substância circulando no 
organismo → PCR); Náuseas e vômitos; Hipotermia 
(no CRPA a temperatura da sala é um pouco mais 
quente por isso). Complicações circulatórias: Ex – 
AVC no IP. 
Anestesista x cirurgião 
Boa comunicação: programação cirúrgica, exames 
pré.op, início da incisão, intercorrências intraop 
(sangramento, hipotensão, reatividade), pós op. 
Alta do CRPA, cateter peridural, complicação de 
cateter → responsabilidades do anestesista, embora o 
cirurgião esteja ali para dar suporte.

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