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2021 Atividade 6 - Comp Animal - comportamento alimentar e defensivo docx

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Disciplina: Comportamento Animal
Profa. Dra. Eliane Gonçalves de Freitas eliane.g.freitas@unesp.br
ATIVIDADE 6 – Comportamento alimentar e defensivo
[Grupo de 4 pessoas]
Esta atividade deverá ser realizada em grupos de 4 pessoas. Utilize esta folha para
respostas e anexe em PDF no GClassroom da disciplina. Cada aluna/aluno deverá incluir a
atividade, mesmo sendo em grupo. Data de entrega – 03/11/2021
Nome dos integrantes do grupo: Dantielly Costa, Rafaela Martins e Marina Passarini
Obs. O valor das questões está entre parênteses.
1. (4,0) Um pesquisador realizou um estudo sobre comportamento alimentar com o peixe
carnívoro tucunaré (Cichla ocellaris), em aquários de 400 L. Ele ofereceu presas (outros
peixes) de 3 espécies diferentes e de tamanhos pequeno (espécie A), médio (espécie B) e
grande (espécie C), sabendo que a velocidade de natação das presas era inversamente
proporcional ao tamanho. Dez peixes de cada espécie foram introduzidos simultaneamente no
aquário do predador. Após 20 minutos, a porcentagem de espécies predadas era registrada. Os
resultados obtidos estão expressos na tabela abaixo.
a) Qual é o nome da teoria que explica esse resultado?
É a teoria do forrageio ótimo, em que os predadores tendem a aumentarem os ganhos e
diminuírem os gastos energéticos durante a alimentação.
b) Explique, de acordo com essa teoria, a preferência alimentar do tucunaré.
A preferência alimentar do tucunaré pode ser explicada relacionando o tamanho das
espécies presas e a velocidade de natação dos peixes. Quanto maior o peixe, menor sua
velocidade de natação, o que poderia implicar em um menor gasto energético para a predação.
Espécies maiores e mais lentas tendem a ser escolhidas pois apresentam uma menor
mailto:eliane.g.freitas@unesp.br
possibilidade de gasto energético durante a predação e maior ganho energético durante a
alimentação. Peixes da espécie C possuem um maior tamanho, sendo assim então uma maior
fonte de energia. Peixes da espécie A possuem um menor tamanho e maior velocidade de
natação, sendo responsáveis por um pequeno ganho e maior gasto energético. Com isso, os
tucunarés tendem a preferir as espécies B e C, de médio e grande porte, respectivamente.
Tabela 1. Porcentagem média (± desvio padrão) de presas de tamanho pequeno, médio e
grande ingeridas após 20 minutos pelo tucunaré. N = 25. O asterisco indica diferença
significativa (ANOVA, p < 0,05).
Espécie A (pequeno) Espécie B (médio) Espécie C (grande)
1,5 ± 0,5 % 23,0 ± 3,5 % 72,2 ± 2,3% *
2. (6,0). Defina os comportamentos defensivos abaixo, incluindo um exemplo para cada um.
Essa atividade deverá ser feita em power-point ou similar para apresentação para a sala.
a) Camuflagem
A camuflagem pode ser definida como um conjunto de estratégias que um organismo
utiliza para se ocultar, impedindo que seja detectado e/ou reconhecido por potenciais
predadores.
Exemplo: Um dos exemplos mais famoso de camuflagem é o do camaleão, animal
que consegue modificar a cor do seu corpo conforme o meio onde está, de modo que fique
indetectável pelos predadores.
Referência
DUARTE, Michele; GAWRYSZEWSKI, Felipe M.; RAMINELI, Suzana; BESSA, Eduardo.
Disruptive coloration and habitat use by seahorses. Neotropical Ichthyology, 2019. Disponível
em <https://www.scielo.br/j/ni/a/mfHWgyKpcYq6XW6vjZWLD7C/?lang=en> Acesso em
03. nov. 2021.
b) Mimetismo Batesiano
O mimetismo batesiano é aquele em que um organismo inofensivo imita as cores,
formas e/ou comportamentos de indivíduos mais perigosos, de forma a enganar seus
predadores.
Exemplo: Um exemplo clássico disso é a falsa cobra-coral, que não é venenosa, mas
possui o padrão de coloração muito semelhante ao da cobra-coral verdadeira, espécie
extremamente venenosa.
Referência
OLIVEIRA, M.C. & CHARLO, P.B. & Andrade, Luciana. (2006). Estratégias adaptativas na
forma de fenômenos de ocultação: revisão bibliográfica. Revista Uningá. 10. 29-40.
Disponível em
<https://www.researchgate.net/profile/Luciana-Andrade-9/publication/269104416_Estrategias
_adaptativas_na_forma_de_fenomenos_de_ocultacao_revisao_bibliografica/links/54abd8480
cf2ce2df6691602/Estrategias-adaptativas-na-forma-de-fenomenos-de-ocultacao-revisao-bibli
ografica.pdf> Acesso em 03. nov. 2021
c) Coloração disruptiva
A coloração disruptiva é caracterizada por manchas ou cores contrastantes no corpo
que disfarçam o contorno do indivíduo, dificultando sua detecção por predadores, mesmo que
suas cores não correspondam perfeitamente ao meio onde este organismo está inserido.
Exemplo: Um exemplo famoso desse tipo de estratégia é o padrão de coloração da
pelagem das zebras. Por andarem sempre em grande número de indivíduos, o padrão listrado
de sua pelagem confunde os predadores, de forma que eles não conseguem individualizar
cada um dos animais do rebanho, dificultando a predação.
Referência
DUARTE, Michele; GAWRYSZEWSKI, Felipe M.; RAMINELI, Suzana; BESSA, Eduardo.
Disruptive coloration and habitat use by seahorses. Neotropical Ichthyology, 2019. Disponível
em <https://www.scielo.br/j/ni/a/mfHWgyKpcYq6XW6vjZWLD7C/?lang=en> Acesso em
03. nov. 2021.
d) Evasão ativa
Se a presa já tiver sido detectada pelo predador e não tiver como fugir, a presa irá
adotar o comportamento de evasão, que consiste na presa adotar manobras drásticas de
evasão, por exemplo, voos em círculos e mergulhos radicais, o que dificulta a interceptação
pelo predador.
Exemplo: Durante seu voo, o louva-a-deus mantém suas patas dianteiras próximas ao
corpo (primeira imagem), mas quando ele detecta ultrassom (morcego), ele estende as patas
(segunda imagem), o que causa um giro no inseto que mergulha de forma errática.
Referência
ALCOCK, J. Comportamento Animal: Uma abordagem evolutiva. 9a ed. Porto
Alegre: Artmed, 2011.
e) Defesa por toxinas
A produção de toxinas ocorre em alguns animais quando são ameaçados ou
capturados, podendo ser toxinas nocivas, adesivas e odoríferas.
Exemplo: Quando manuseado ou pertubado, o sapo amazônico Rhaebo guttatus é
capaz de esguichar jatos de veneno de suas glândulas paratóides por até dois metros de
distância.
Referência
JARED, Carlos; ANTONIAZZI, Marta Maria; VERDADE, Vanessa Kruth et al. The
Amazonian toad Rhaebo guttatus is able to voluntarily squirt poison from the paratoid
macroglands. Amphibia-Reptilia, vol. 32, p. 546-549, Set, 2011. Disponível em:
<http://www.naturalhistory.com.br/pdfs/Jared%20et%20al%202011_Rhaebo.pdf>. Acesso em
02 nov. 2021.
f) Tanatose
A tanatose é um comportamento defensivo em que os animais simulam a sua própria
morte, com a finalidade de enganar seus predadores. Animais como como os gambás, os
répteis, anfíbios e peixes apresentam esse comportamento.
Exemplo: No estudo foi descrito o comportamento de tanatose na espécie Liolaemus
occipitalis no extremo sul do Brasil. De 86 lagartos que foram testados, 75,6% dos
indivíduos exibiram o comportamento de tanatose. Sendo que o comportamento durou mais
tempo quando o observador estava a distâncias mais curtas dos lagartos.
Referência
SANTOS, M. B.; OLIVEIRA, M. C. L. M.; VERRASTRO, L. e TOZETTI, A. M. Simulando
a morte para manter-se vivo: tanatose em Liolaemus occipitalis (Squamata: Liolaemidae).
Biota Neotrop. vol. 10, no. 4. p. 361-364, Oct/Dec, 2010. Disponível em:
<https://www.biotaneotropica.org.br/v10n4/pt/abstract?article+bn03110042010>. Acesso em
02 nov. 2021.
g) Autotomia
Quando já aconteceu o encontro com um predador, o comportamento defensivo que
pode ser utilizado é a autotomia, que é o desprendimento voluntário de uma parte do corpo,
por exemplo autotomia da cauda e autotomia de pernas. A parte perdida pode regenerar-se
após um período de tempo.
Exemplo: No estudo foi analisada a fragmentação de cauda (autotomia) na espécie
Mastigodryas bifossatus. De 67 serpentes que foram analisadas, 28,3% dos indivíduos
exibiram fragmentação da cauda.
Referência
KARAM, GUILHERME ZANIOLO. Fragmentação de cauda em serpentes (Colubrinae):
autotomia ou automutilação?.Curitiba, 2001. Disponível em:
<https://core.ac.uk/download/pdf/147521192.pdf>. Acesso em 02 nov. 2021.
h) Alarme
Em um grupo de presas, um ou mais indivíduos podem dar o sinal de alarme quando
um predador se aproxima, esse alarme tem a finalidade de avisar os outros membros de que o
predador está perto. Esses sinais podem ser auditivos, visuais ou químicos.
Exemplo: Os girinos da espécie Anaxyrus boreas vivem em lagos e lagoas no oeste da
América do Norte, os girinos feridos produzem substâncias de alarme. Diana Hews (1988)
realizou um estudo com essa espécie, testando os girinos em aquários na presença de
predadores. Os girinos aumentavam sua atividade e evitavam o lado do tanque em que o
predador estava comendo um girino (em um recipiente visualmente isolado mas conectado).
Por outro lado, os girinos não aumentavam sua atividade ou evitavam o lado do tanque com o
predador quando ele se alimentava de um girino de outra espécie. Além de servir como
alarme, a substância possivelmente atua na detenção de predadores, pois muitos sapos
apresentam um gosto ruim para os predadores (toxinas na sua pele), e essas toxinas
provavelmente estão presentes na substância alarme.
Referência
Capítulo 13: Comportamento antipredatório. P. 1-46. Disponível em:
<https://bie212.weebly.com/uploads/1/0/1/2/101204570/comportamento_antipredatorio.pdf>.
Acesso em 02 nov. 2021.

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