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Farmacologia da diabetes mellitus · Diabetes mellitus · É o distúrbio do metabolismo glicêmico mais prevalente · Consistem em hiperglicemia persistente decorrente de deficiência na produção de insulina ou na sua ação, ou em ambos os mecanismos · Assim, a gente não caracteriza a diabetes por diminuição da ação ou da produção da insulina. É caracterizada por um quadro de hiperglicemia persistente, em que a pessoa não consegue utilizar a glicose circulante, aumentando a sua concentração na corrente sanguínea · Complicações em longo prazo micro e macrovasculares · Uma vez que, na maioria das vezes, é uma doença assintomática · Proporções epidêmicas 415 milhões de portadores no mundo · Diagnóstico realizado por dosagens laboratoriais · Por pelo menos dois valores, acima dos valores de referência · Metabolismo da insulina Ao ingerirmos algum alimento, o nosso organismo fornece a glicose como fonte primária de energia. Para que essa glicose seja captada e metabolizada pelas células beta pancreáticas existe o transportador GLUT 2 Como ele forneceu essa energia, a célula sofre uma despolarização tem-se o fechamento dos canais de potássio e a abertura dos canais de cálcio, sendo responsável pela secreção de insulina Uma vez que essa insulina é secretada, ela vai ser responsável por disponibilizar essa fonte de energia para os tecidos · Ação da insulina Ela é capaz de fazer isso a partir da ação sobre seus receptores (receptor tirosina-quinase), uma vez que, ao ligar na porção extra membrana, uma cascata de fosforilação é ativada Essas reações são responsáveis por um substrato importante, os receptores GLUT 4, que ficarão disponíveis, por meio da translocação, para captar glicose a partir da ativação da insulina no seu receptor A maior densidade desses receptores se encontram nos tecidos insulinodependentes (tecido adiposo, musculo esquelético e fígado) O GLUT 2 é um receptor existente nas células pancreáticas · DM tipo 1 · Caracterizado por uma deficiência da produção da insulina, ou seja, essas células beta pancreáticas não conseguem produzir essa insulina, sendo muitas vezes associada a uma causa autoimune · As células alfa produtoras de glucagon ainda funcionam normalmente, dessa forma, tem uma ação oposta à da insulina pela ação do glucagon · Como não é possível ter energia a partir da fonte primaria, o glucagon age para ter outra fonte energética, como pela lipólise, que tem como produto corpos cetônicos que alteram o pH fisiológico, acidificando-o (cetoacidose diabética). Além disso, pode acontecer uma degradação muscular muito grande · Assim, ao pensar em um paciente portador, ele é emagrecido, com astenia em decorrência da ação do glucagon · Diabetes tipo II · Resistência insulínica progressiva no qual a insulina não consegue realizar de fato a sua ação · A insulina uma vez secretada precisa de estímulo para se ligar ao seus receptores que vai ativar a cascata e disponibilizar o receptor GLUT 4 para captar a glicose · Alterações pré-receptor · Alterações na estrutura da insulina · Aumento dos hormônios contrarreguladores (cortisol, glucagon, catecolaminas, hormônio do crescimento) · Produção anticorpos anti-insulina · Alterações no receptor · Diminuição da expressão de receptores de insulina nas células beta · Defeitos nos receptores – mutações · Alterações pós- receptor · Cascata de sinalização do GLUT-4 deficiente No diabetes do tipo 2 temos a produção de insulina que, por conta de alguma alteração não consegue se ligar ao seu receptor, ou a cascata de fosforilação não ocorre de forma correta, assim a glicose fica mais concentrada na corrente sanguínea. Só que diferente do DM1, a ação do glucagon ainda é equilibrada com a ação da insulina, então não há a alteração do metabolismo energético O paciente, então, na maioria das vezes, é obeso · Patogênese do diabetes · Diagnóstico DM · Estabelecido por exames laboratoriais – doença oligossintomática · Glicemia de jejum · Glicemia após sobrecarga de glicose · Hemoglobina glicada · A confirmação do diagnóstico requer repetição dos exames alterados em segunda amostra de sangue, na ausência de sintomas inequívocos de hiperglicemia · Ou seja, precisa de duas aferições do mesmo exame em tempos diferentes com valores acima do recomendado · Pacientes com sintomas clássicos de hiper glicemia, devem ser submetidos a dosagem de glicemia ao acaso e independente do jejum, não havendo necessidade de confirmação por meio de segunda dosagem caso se verifique glicemia aleatória >/= 200 mg/dl · Pré-diabetes: valores glicêmicos estão acima dos valores de referência, mas ainda abaixo dos valores diagnósticos de DM resistência insulínica já está presente · Diabetes mellitus gestacional – diagnóstico · Primeiramente, o médico vai pedir glicemia de jejum, para analisar se a paciente possuía previamente diabetes · 1ª consulta: presença de DM prévio, não diagnosticado e francamente manifesto · Mulheres sem diagnóstico de DM, mas com glicemia de jejum >/= 92 mg/dL, devem receber diagnóstico de DMG · Se glicemia de jejum <92 mg/dL: TOTG entre a 24 e 28 semana · Tratamento não farmacológico · Mudança no estilo de vida A partir do diagnóstico temos diversas formas de tratar o paciente. No DM1 deverá ser feito o uso de uma insulinoterapia plena, uma vez que seu organismo não produz. O tipo II existe algumas possibilidades · Insulinoterapia · O uso de insulina é imprescindível no tratamento do DMI e deve ser instituído assim que o diagnóstico for realizado · Reposição do hormônio a partir de esquemas e preparações variados, estabelecendo-se “alvos glicêmicos” pré e pós-prandiais para serem alcançados · A insulinoterapia deve ser individualizada e o mais fisiológica possível · É por isso que se administram mais de um tipo, visto que existem etapas de secreção dessa insulina · Insulina basal: evitar a lipólise e a liberação hepática de glicose no período interalimentar · Insulina durante as refeições: bolus de refeição · Insulina bolus de correção: para corrigir hiperglicemias pré e pós-prandiais ou no período interalimentar Fisiologicamente existem duas fases de liberação da insulina (Fase I e Fase II). A fase I, é chamada de liberação rápida ou bolus de insulina e, geralmente, acontece a partir de um estímulo, que em maiores concentrações desses, vai acontecer uma liberação rápida de insulina, a partir do estoque existente Após a fase I de liberação rápida, existe a fase II de liberação tardia ou lenta, chamada de insulina basal, independente de estímulo, assim são liberadas concentrações mais baixas, porém duradouras, com a finalidade de se manter um nível de insulina basal Com isso, se associa dois tipos, um para imitar a fase I e outro para imitar a fase II · Classificação das insulinas São classificadas a partir do seu tempo de ação, as ultrarrápidas e rápidas vão imitar a fase I e aquelas de ação intermediaria ou prolongada imitam a etapa II ou a insulina basal. Essas últimas geralmente não possuem um pico de ação · Insulina ultrarrápidas · Análogos da insulina obtidas por tecnologia de DNA recombinante · Possui tempo de ação muito rápido, com tempo de absorção pequeno, pois a sequência de aminoácidos foi invertida · Permite uma reposição prandial mais fisiológica de insulina simulam melhor a secreção prandial normal endógena · Permite a administração de insulina imediatamente antes da refeição menor risco de hipoglicemia pós-prandial · Constituem as insulinas preferidas para uso em dispositivos de infusão contínua de insulina subcutânea · Lispro · 1º análogo comercializado · Inversão aminoácidos lisina e prolina · Asparte · Substituição prolina por ácido aspártico · Glulisina · Trocou asparaginase por lisina · Lisina por ácido glutâmico · FIASP · Asparte + vitamina B3 · Absorção, pico e início de ação mais rápidos · Mais nova, mais ultrarrápida (2min após a sua administração) · Indicações · Crianças menores, que muitas vezes não ingerem as quantidades de carboidratos programadas da dieta· Pacientes que apresentam maior risco de hipoglicemia grave ou hipoglicemia despercebida ou hipoglicemia nos períodos pós-prandiais tardios e noturnos · Devem ser usadas imediatamente antes das refeições ou até 15 minutos após o término · Insulina humana regular · Obtida por técnicas de DNA recombinante para produzir uma molécula idêntica da insulina humana · Ação rápida: início em 30 a 60 min após administração, pico em 2 a 4 horas, duração de 6 a 8 horas · Hexameros de insulina: alto peso molecular dificulta absorção · Decomposição em monômeros facilita a absorção · Hiperglicemia pós-prandial precoce e risco aumentado de hipoglicemia pós-prandial tardia se administrada junto às refeições · Pelo menos 30 minutos antes da refeição · Duração de ação dose-dependente desequilíbrio entre disponibilidade e necessidade · Constitui o único tipo de insulina passível de administração por via intravenosa, visto que a diluição determina a dissociação imediata da insulina hexamérica em seus monômeros · Útil na terapia intravenosa no tratamento da cetoacidose diabética, bem como em casos nos quais a necessidade de insulina modifica-se rapidamente (após cirurgia ou durante infecções agudas) · Usada em emergências · É disponibilizada em um frasco multidose, sendo uma suspenção necessitando fazer sua homogeneização antes · Insulina NPH · NPH (protamina neutra Hagedorn) · Essa associação permite um tempo maior de absorção · Combinação não complexada de insulina + protamina · Liberação da insulina após degradação da protamina pelas enzimas teciduais proteolíticas (liberação retardada) · Administração combinada com insulina regular ou ultrarrápida · Aplicação: 2 a 4 vezes ao dia (antes do café, antes do jantar, ao deitar-se) · Dose regula o perfil da ação · Pequenas doses: picos mais baixos e rápidos (tempo de ação mais rápido) e curta duração · Grandes doses: picos mais altos e longos, duração maior · Uso clínico em declínio: farmacocinética adversa · Insulinas de ação prolongada · Glargina (Lantus) · Ação longa e sem pico · Solúvel em solução ácida e se precipita em pH neutro: absorção lenta · Administração 1x ao dia · Não deve ser misturada com outra insulina – seringas separadas (se alterar o pH acaba com a ação da insulina) · Não possui pico de ação, e sim, um platô · Detemir · Substituições nos aminoácidos prolongam a autoagregação no tecido subcutâneo e a afinidade por albumina · Início de ação dependente da dose, com duração 12 horas · Administração 2x ao dia · Associados a menor frequência de hipoglicemia em relação à insulina NPH, o que seria explicado pela ausência (ou diminuição) de pico · Indicado para pacientes maiores que 2 anos de idade, em dose única (antes do café da manhã, antes do almoço, antes do jantar ou ao deitar-se) – terapia individualizada · Podem ser combinados com insulinas de ação ultrarrápidas · Associação de insulinas · Para maior conveniência, essas insulinas são, com frequência, misturadas na mesma seringa antes da injeção · Insulinas bifásicas · Combinação de insulinas humanas (NPH e regular, na formulação 70/30) e com análogos de insulina (lispro protamina + lispro, nas formulações 75/25 e 50/50, e asparte protamina + asparte, na formulação 70/30) · Desvantagens em indivíduos com DMI impossibilidade de ajustes mais precisos, aumentando o risco de hipoglicemias · São mais utilizadas por pacientes DMII · Pode ser útil para pacientes com restrições visuais ou motoras, que tenham dificuldade na realização correta e segura da mistura de dois tipos de insulinas com diferentes tempos de ação, para aqueles que rejeitem o esquema de insulinização mais intensivo e para pacientes com DM2 com necessidade de insulinização plena · A DMII com o tempo causa destruição das células B pancreáticas, devido à resistência insulínica permanente · Esquemas terapêuticos DM 1 É preciso de uma insulina que replique o bolus e uma que replique a basal Para replicar o bolus: insulina regular antes (30-40 min) antes das refeições OU insulina de ação ultrarrápida 15 antes ou logo após o término das refeições OU de ação mais ultrarrápida – FIASP- imediatamente antes das refeições Para replicar a insulina basal: Insulina NPH mais vezes ao dia OU glargina antes das refeições ou ao deitar-se · Sistemas de administração de insulina · Padrão · Frasco multidoses (dificulta muito o uso) · Sc com seringas e agulhas descartáveis · Portátil · Cartuchos da insulina e agulha substituíveis · ISCI · Bomba programável que fornece doses de reposição basais e em bolo com base nos resultados de auto monitoração do nível de glicemia · Inalação · Insulina regular recombinante · Efeito adverso: tosse · Função pulmonar monitorada · Hipoglicemia · É o fator limitante mais importante em alcançar o controle glicêmico ideal em pacientes com DM1 Hipoglicemia (ADA): glicemia plasmática < 70 mg/dL, · Níveis glicêmicos entre 60 e 70 mg/dL podem associar-se fortemente a episódios mais graves, pois se correlacionam com alterações dos hormônios contrarreguladores, essenciais na reversão espontânea da hipoglicemia. · A hipoglicemia grave é mais frequente com o tratamento intensivo · A hipoglicemia assintomática é uma das limitações do controle glicêmico ideal. · A hipoglicemia grave pode afetar a capacidade cognitiva de crianças. · Práticas seguras para preparo e aplicação de insulina · Descreve os principais erros do tratamento e suas causas · EX: abreviações nas prescrições, uso de seringas graduadas em ML, homogeneização, intervalo inadequado · Antidiabéticos · São medicamentos que reduzem a glicemia, a fim de mantê-la em níveis normais (em jejum < 100mg/dl e pós-prandial < 140 mg/dl) · Exemplos: · Sulfonilureias · Metiglinidas · Biguanidas · Inibidores da α-glicosidase · Glitazonas · Gliptinas (inibidores da DPP-4) · Mimético e análogo do GLP-1 · Inibidores do SGLT2 · Indica-se o início de uso dos agentes antidiabéticos quando os valores glicêmicos encontrados em jejum e/ou pós-prandiais estão acima dos requeridos para o diagnóstico de diabetes · A escolha dos medicamentos baseia-se nos seguintes aspectos: · Características do paciente · Estado geral e idade · Resistência à insulina · Falência progressiva da célula B · Transtornos metabólicos (disglicemia, dislipidemia, inflamação vascular) · Comorbidades (DRC, DCV) · Valores glicêmicos · Características dos fármacos · Eficácia do medicamento (capacidade de diminuir os níveis de hemoglobina glicada) · Risco de hipoglicemia · Interações medicamentosas · Reações adversas · Contraindicações · Preferência do paciente · Agentes que estimulam a secreção de insulina · Sulfoniluréias e metiglinidas · Se ligam aos canais de K sensíveis a ATP, bloqueando-os · Inibição do efluxo de íons K · Despolarização das células B pancreáticas · Abertura dos canais de Ca regulados por voltagem · Liberação da insulina pré-formada · Diminuição dos níveis de glicemia · Dependem da integridade das células B pancreáticas: indicados para tratamento da diabetes tipo II não insulinodependente · Se já houver destruição dessas células, é preciso fazer associação com insulina 1) Sulfoniluréias · Primeiros antidiabéticos desenvolvidos · Vantagens · Experiencia extensa com as drogas · Redução do risco de complicações microvasculares · Redução relativamente maior da HbAIC · Desvantagens · Hipoglicemia · Ganho ponderal (Clorpropamida favorece o aumento de peso e não protege contra retinopatia) · Contraindicações e precauções · Gravidez, insuficiência renal ou hepática · Evitar em idosos · Posologias (1 a 2 tomadas/dia) · Clorpropamida · Glibenclamida · Glipizida · Gliclazida · Glimepirida · Interações medicamentosas · Álcool: reações do tipo Dissulfiram (acúmulo de acetaldeído) · Aumentam o efeito: AINES, IMAO, sulfonamidas, cetoconazol · Diminuem o efeito: fenobarbital, betabloqueadores 2) Metiglinidas · Devem ser administrados após as grandes refeições A principal diferença entre os dois está na meia-vida· Agentes que não estimulam a secreção de insulina 1) Biguanidas (metformina) · Principal classe, é preciso saber todos os mínimos detalhes · São considerados agentes euglicemiantes ou anti-hiperglicemiantes pois não induzem a hipoglicemia e sim estabelecem os valores normais de glicemia · Mecanismo de ação: · Ativação da AMPK (enzima proteína-cinase ativada pelo AMP) sem a presença de energia · Aumenta captação de glicose pelo musculo esquelético · Aumenta síntese de glicogênio (diminui sensibilização periférica) · Reduz síntese de lipídeos · Reduz gliconeogênese · Terapia de 1ª linha no DMII, quando o paciente não apresenta contraindicação (IR grave – TFG < 30mL/min) · Prevenção de DM2 pré diabetes · Reduz a HbAIc em 1,5 a 2% · Vantagens · Diminuição de eventos cardiovasculares · Melhora do perfil lipídico · Diminuição do peso (diminuição da absorção de glicose pelos tecidos) · Desvantagens · Intolerância gastrintestinal – 20% · Gastroparesias, diarreia · Deficiência de B12 a longo prazo (dosagem periódica) · Contraindicações · Gravidez (entretanto é o que é indicado, já que não existe nenhum antidiabético categoria A) · Insuficiências renais graves (TFG abaixo de 30), hepática, cardíaca ou pulmonar · Acidose grave (ácido lático) 2) Inibidores da alfa-glicosidase · Acarbose · Mecanismo de ação: inibição da alfa-glicosidase no epitélio do intestino delgado: redução da absorção de glicose · Enzima que auxilia na quebra dos carboidratos para facilitar sua absorção · Vantagens: · Prevenção de DM2 · Melhora do perfil lipídico · Redução da variabilidade da glicose pós-prandial · Diminuição de eventos cardiovasculares · Desvantagens · Flatulência, diarreia e dor abdominal (fermentação de carboidratos em ácidos graxos de cadeia curta) · Redução discreta da HbAIc (não é tão eficaz) · Contraindicação: gravidez 3) Glitazonas · Ex: piroglicazona · Sensibilizadores de insulina – resistência insulínica periférica · Melhora o desempenho da insulina endógena, sem necessariamente aumentar sua secreção preservam células B e postergam a deterioração pancreáticas · Não estimula a falência progressiva · São ligantes do receptor gama ativado por proliferador peroxissômico aumento da expressão do transportador de glicose (GLUT 1 e GLUT 4) aumento da captação de glicose pelos tecidos periféricos (adipócitos, músculos e hepatócitos) · Amplificam o sinal para que ocorra a translocação dos receptores GLUT 4 para a membrana · Os receptores PPAR-γ modulam a expressão dos genes envolvidos no metabolismo dos lipídeos e da glicose, na transdução de sinais de insulina e na diferenciação dos adipócitos e de outros tecidos. · Vantagens · Aumento da adiponectina e liberação diminuída de resistina diminui RI · Diminuição dos níveis de ácidos graxos livres (aumento da captação periférica) · Prevenção de DM2 · Melhora do perfil lipídico · Redução da gordura hepática · Redução dos triglicérides · Desvantagens · Aumento da diferenciação dos pré-adipócitos em adipócitos · Ganho ponderal dose-dependente Pode ser amenizado com uso de metformina · Edema: aumento do volume plasmático aumento da reabsorção Na e da expressão do fator de crescimento endotelial risco de ICC e anemia diluicional · Agentes que aumentam a secreção de insulina dependente de glicose e diminuem a secreção de glucagon · São agentes incretínicos: · Aumentam a ação das incretinas (GLP1 e GIP) que amplificam a secreção de insulina induzida pela glicose · Ou seja, toda vez que tem o consumo de algum alimento, quando a glicose é absorvida no intestino ocorre a liberação das incretinas, que sinalizam para o pâncreas que precisa de ter a secreção de insulina e inibem a secreção de glucagon · Suprime a secreção de glucagon · Retarda o esvaziamento gástrico · Reduz a apoptose das ilhotas humanas em cultura · Reduz a fome (devido a sua ação no SNC) 1) Mimético e análogos do GLP-I · Ação rápida · Mimético do GLP-1: exenatida · Análogos do GLP-1: liraglutida, lixisenatida, dulaglutida e semaglutida · Absorção mais prolongada, existem análogos que podem ser usados até 1x na semana · Monoterapia ou terapia combinada a antidiabéticos orais em pacientes obesos com HbAIc > 7% · Intolerância gastrintestinal (gastroparesias, náuseas e vômitos) · Doses gradativas · Exenatida: antes desjejum e jantar · Liraglutida e lixisenatida: sempre mesmo horário · Dulaglutida e semaglutida: 1x na semana · Via SC · A liraglutida, semaglutida e dulaglutida reduzem desfechos cardiovasculares compostos, como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral e morte cardiovascular, em pacientes com doença aterosclerótica estabelecida · A Liraglutida e a Semaglutida reduzem a evolução para nefropatia grave e piora da proteinúria, podendo ser uma opção aos pacientes com doença renal crônica do diabetes leve e moderada · Promove a perda ponderal 2) Gliptinas (inibidores da DPP-4) · Promovem a estabilização do GLP-1 endógeno pela inibição da enzima que o degrada, a DPP-4 (aumentam a meia vida GLP1 2 a 3x) · Ex: sitagliptina, vildagliptina, saxagliptina, linagliptina, alogliptina (todos via oral) · Podem ser utilizados como monoterapia ou associados a metformina, glitazonas, sulfonilureias, inibidores do SGLT2 e insulina · Efeito neutro no peso corporal · Rara hipoglicemia · Possibilidade de pancreatite aguda · Aumento das internações por insuficiência cardíaca · Não reduz a fome · Agentes que promovem a glicosúria 1) Inibidores de SGLT2 · Impedem a reabsorção de glicose pela inibição das proteínas SGLT2 nos túbulos proximais dos rins · SGLT2: co-transportador sódio glicose 2: cerca de 90% da glicose é reabsorvida no túbulo proximal pelo SGLT2 e voltam para a corrente sanguínea · EX: Dapagliflozina, Empagliflozina, Canagliflozina · Vantagens: · Rara hipoglicemia · Redução do peso · Redução da pressão arterial · Redução de eventos de eventos CV e mortalidade em pacientes com DCV · Benefício das três medicações na internação por IC · Desvantagens · Infecção genital e urinária · Poliúria, depleção de volume, hipotensão e confusão mental · Aumento do LDL-c · Aumento transitório da creatinina · Cetoacidose diabética · Não deve ser usado em pacientes com disfunção renal moderada a grave · Recomendações gerais – a melhor escolha terapêutica dependerá da função pancreática existente · Fase I: · Hiperglicemia discreta, obesidade e insulinorresistência, · Utilizar medicamentos que não aumentam a secreção de insulina nem estimulam o ganho de peso: Metformina · Outras opções: gliptinas, inibidores do SGLT2 ou um análogo do GLP-1 (D) · Fase II: · Diminuição da secreção de insulina · Secretagogo + sensibilizadores insulínicos. · Outras combinações: Análogos GLP-1, inibidores DPP-4 e inibidores SGLT2 · Fase III: · Perda de secreção da insulina (10 anos) e perda de peso e/ou comorbidades · Agentes orais + insulina de depósito antes de o paciente dormir (insulinização oportuna) – ação prolongada · Fase IV · Insulinopenia · Insulina NPH ou ação prolongada + insulina regular ou ultrarrápida; · Agente oral - reduz as doses de insulina · Incretinomiméticos e inibidores do SGLT2 · Tratamento – DM gestacional · Orientação alimentar que permita ganho de pese adequado e controle metabólico · 2 semanas após dieta e níveis glicêmicos altos: insulina 0,5 U/Kg (regular, asparte ou lispro) *critério de crescimento fetal · Metformina: falta de adesão, não acessibilidade a insulina, dificuldades na administração. Necessidade de altas doses de insulina
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