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Farmacologia Médica - Farmacologia dos Antidiabéticos

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Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
1 
 
Farmacologia dos Antidiabéticos – Hipoglicemiantes orais e Insulina 
- DIABETES MELLITUS: 
 
Importante e crescente problema de saúde mundial. 
Independente do grau de desenvolvimento do país. 
Uma grande proporção da população vive com o 
diabetes e percebe-se uma incidência crescente de 
indivíduos diagnosticados com o DM. 
 
O aumento da prevalência está muito associado a 
fatores de estilo de vida, urbanização, 
comportamento alimentar, vida mais sedentária, 
excesso de peso, envelhecimento da população e 
maior sobrevida dos pacientes. 
 
A OMS estima que esse aumento da glicemia é o 
terceiro fator de causas de mortalidade prematura 
(superado apenas por HAS e tabagismo). 
Importante a prevenção primária do diabetes. 
Principalmente diabetes tipo 2 (adquirido). 
 
Diabetes está associado a uma das maiores taxas de 
hospitalização e utilização de serviços de saúde. 
Complicações com doenças cardiovasculares. 
 
É o Distúrbio endócrino mais comum encontrado na 
prática médica. 
É uma síndrome caracterizada por hiperglicemia 
devido a falta absoluta (diabetes tipo 1) ou relativa de 
insulina e/ou resistência à insulina (diabetes tipo 2). 
Conjunto de alterações fisiopatológicas que vão 
refletir clinicamente como hiperglicemia. 
 
Diabetes tipo 1 é uma doença autoimune na qual as 
células do sistema imune vão reconhecer as células 
beta pancreáticas com antígenos, destruindo essas 
células. Não é capaz de produzir insulina e 
conseuquentemente a farmacoterapia vai ter que ser 
feita no intuito de uma reposição plena dessa insulina. 
 
A insulina faz com que a glicose entre dentro da 
células em tecidos que são insulino-dependentes. 
Para que a glicose entre nesse tecido é fundamental a 
participação da insulina. 
 
A falta relativa ou resistência à insulina normalmente 
é adquirida – mecanismo fisiopatológico observado 
nos pacientes tipo 2. A idade de diagnostico está cada 
vez mais precoce. Atualmente existem crianças que 
são portadoras de diabetes tipo 2. Adquirido de 
acordo com o padrão alimentar, sedentarismo. 
 
Atualmente o padrão ideal de glicose é de 69 a 
99mg/DL (jejum de 8 a 10h). 
Acima de 99 ate 126mg/DL o indivíduo é pré-
diabético. Normalmente prescreve uma alteração de 
estilo de vida, de padrão alimentar e atividade física. 
 
É uma doença crônica. 
Podem ter alterações agudas devido a essa alteração 
de glicemia: 
 *CETOACIDOSE DIABÉTICA – pacientes diabetes tipo 
1, ocasionada quando o pacientes está com uma 
glicemia muito alta e começa a degradar lipídeos e 
acúmulo de corpos cetônicos. Quadro de emergência. 
 *GLICOTOXIDADE – glicose sérica do paciente está 
muito alta e não consegue entrar na célula. Deve fazer 
insulinoterapia (independente se é tipo 1 ou tipo 2) 
 
Mesmo havendo esses problemas em casos agudos, é 
uma doença silenciosa. Os principais problemas da 
diabetes são os problemas micro e macrovasculares. 
 
As consequências do diabetes são calamitosas e 
particularmente como complicações vasculares, 
como: ateroesclerose, infarto do miocárdio e cerebral, 
amputações, insuficiência renal e a cegueira. 
O objetivo do tratamento do paciente é evitar essas 
causas e complicações crônicas. Aumentar a 
expectativa de vida do paciente. 
 
Farmacoterapia do diabetes nos últimos anos teve 
uma revolução muito grande. Vários medicamentos 
são benéficos do ponto de vista cardiovascular. 
 
- CONTROLE DA GLICEMIA: 
 
A glicose é o composto bioquímico responsável pela 
produção de ATP (energia). A glicose vai sendo 
quebrada e da quebra vai obtendo elétrons ricos em 
energia que vai sendo armazenada pelo ATP. 
 
Nós respiramos porque o oxigênio é aceptor final da 
cadeia de elétrons da glicólise. 
 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
2 
 
Controle fisiológico da glicemia reflete as 
necessidades de manter o aporte adequado. 
 
Os hormônios regulam a quantidade de glicose no 
sangue. 
 
O hormônio regulador mais importante é a INSULINA 
– hormônio hipoglicemiante. Insulina faz com que a 
glicose entre dentro das células insulino-dependentes. 
Tecidos insulino-dependentes: Tecido Muscular e 
Tecido Lipídico. 
 
Glicose não é somente importante para a produção de 
ATP no SNC, mas também importante para a 
produção de aminoácidos que atuam como 
neurotransmissores (ex: glutamato, gaba). 
O SNC somente trabalha com glicose. Devido a isso, os 
maiores tecidos, como o muscular e o adiposo, são 
insulino-dependentes para que a glicose somente 
entre nas células se tiver um valor suficiente na 
circulação sem que prejudique o SNC. A glicose 
sempre terá como prioridade o SNC, hemácias. 
 
Insulina é um hormônio anabólico e vai ser secretado 
em momento de abundancia. Ex.: quando acabamos 
de nos alimentar – refeições ricas em carboidratos, 
proteínas e lipídeos. 
A insulina guarda a glicose no fígado na forma de 
glicogênio, no tecido muscular na forma de glicogênio 
muscular. A glicose em excesso na circulação a 
insulina faz com que ela seja armazenada na forma de 
lipídeo. 
 
O lipídeo (triglicerídeo) é utilizado quando acaba o 
glicogênio. 
 
Insulina engorda, um dos principais problemas da 
insulinoterapia. É secretado no momento de 
abundancia de nutrientes. 
 
Insulina vai ser liberada para diminuir o nível sérico de 
glicose, guardando-a no fígado, no musculo, 
transformando-a em lipídeo. 
Após a sua função, a glicose diminui 1-3h após 
alimentação. Se a pessoa não se alimentar 
novamente, hormônios com ação hiperglicemiantes 
vão agir, pois a glicose é fundamental para o SNC e o 
nível sérico deve ser mantido. 
 
Hipoglicemia não só reduz a secreção de insulina, 
como estimula a secreção de vários hormônios 
contrarreguladores: GLUCAGON (secretado pelo 
pâncreas – células alfa pancreáticas), EPINEFRINA 
(adrenalina – ação de ativar SN simpático, provoca 
glicogenólise e gliconeogênese a partir de lipídeo e 
proteína), CORTISOL (hormônio produzido pelo córtex 
da suprarrenal, promove glicogenólise), GH (é 
produzido depois de uma atividade física para 
restaurar tecido muscular). São hormônios com ação 
hiperglicemiante, aumentando o nível de glicose no 
sangue. 
 
Hipoglicemia é mais grave. Individuo pode morrer de 
hipoglicemia, e difícil morrer de hiperglicemia. 
 
 
 
Principal estímulo para secreção de insulina – 
Conjunto de hormônios chamado de INCRETINAS. 
Incretinas são hormônios produzidos a nível intestinal. 
Secetadas sempre que faz a ingestão de uma 
alimentação (estiramento do estômago serve de 
estímulo). 
Quando temos uma ingesta de glicose via oral, por 
ação das Incretinas (GIP e GLP-1) temos um estimulo 
maior das células beta pancreáticas para secretar 
insulina. 
Ex.: indivíduo que bebeu muita bebida alcoólica, 
normalmente é dado glicose. O metabolismo do 
álcool é dependente de glicose, assim aumenta a 
degradação do álcool em aldeído e ser eliminado. 
Dessa forma é preferível que a disponibilização de 
glicose seja via oral para que tenha estimulação das 
incretinas, que aumentam o estimulo para a secreção 
de insulina pancreática. 
 
Indivíduo em hipoglicemia o ideal é fazer a ingesta 
oral de glicose. 
Quando é dado via venosa, não produz um estimulo 
tão intenso em relação a secreção de insulina. 
 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
3 
 
A célula beta pancreática é mais estimulada pelas 
Incretinas. 
 
- PÂNCREAS: 
 
Tem a porção exócrina e porção endócrina. 
 
Porção Exócrina – ácinos (suco pancreático) 
Porção Endócrina – Ilhotas de Langerhans. Produz 
substâncias de ação hormonal. 
 
Tem cinco tipos de Células da Ilhota: 
*Células B (β) – insulina e peptídeo amilóide das 
ilhotas (amilina) 
*Células A (α2) – Glucagon 
*Células D (delta) – Somatostatina – hormônio de 
diminuir a secreção de HCl. 
*CélulasPP – Polipeptídeo pancreático (função 
exócrina) 
 
A insulina vai ser liberada a partir do pâncreas, porção 
endócrina. 
Pâncreas é um órgão bem vascularizado e inervado. 
 
Na farmacoterapia do diabetes, as células alfa e 
células beta são as mais importantes por serem elas 
que vão trabalhar em relação ao controle da 
eliminação dos níveis séricos de glicose – Insulina e 
Glucagon 
 
- INSULINA: 
 
A insulina é o principal hormônio que controla o 
metabolismo intermediário. 
Insulina é um hormônio peptídico, de origem proteica. 
 
A insulina NUNCA é dada via oral, pois por ser um 
hormônio proteico, se ele fosse administrado via oral, 
ele iria ser degradado na mucosa oral e não iria ter a 
absorção dele. 
Insulina é administrada via parenteral. É um hormônio 
que vai controlar o metabolismo intermediário, 
trabalha estimulando a formação de tecido adiposo, 
tecido muscular. 
 
 
 
Em relação ao metabolismo de carboidrato, a insulina: 
 *↓ Gliconeogênese 
 *↑ Glicogenólise 
 *↑ captação de glicose pelas células adiposas 
 *↑ síntese de glicerol 
 *↑ síntese de triglicerídeos 
 
 
 
Dentro da célula Beta Pancreática: 
Insulina vai ser inicialmente sintetizada na forma de 
uma cadeia polipeptídica simples, chamada de PRÉ-
PRÓ-INSULINA, produzida no retículo endoplasmático 
rugoso. 
Vai ser convertida em PRÓ-INSULINA também no 
retículo endoplasmático rugoso. 
A pró-insulina é encaminhada ao complexo de golgi 
onde ela será quebrada em INSULINA e PEPTÍDEO C. 
Esse processo é regulado. 
A insulina será armazenada em grânulos secretores 
(dentro do grânulo terá insulina + Peptídeo C) até que 
a célula β pancreática seja ativada pela entrada de 
glicose. Quando a célula é ativada, ela vai liberar 
conjuntamente Insulina + Peptídeo C. 
 
Primeiramente há a liberação de insulina + Peptídeo C 
em uma quantidade equivalente (ex: se liberar 10 
insulinas, libera também 10 peptídeos C). 
A meia vida da insulina é muito rápida na circulação, 
em torno de 5 minutos. A insulina é rapidamente 
metabolizada pelo fígado, tendo uma 
subconcentração de insulina na circulação. 
Para saber se o paciente está secretando insulina, a 
dosagem de insulina vai ser uma quantidade abaixo 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
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da quantidade de insulina que realmente está sendo 
secretada, devido a rápida meia vida dela. 
Dessa forma, o ideal é fazer a medição do Peptídeo C, 
por ser uma quantidade equivalente e ter uma meia 
vida maior do que a insulina (aproximadamente 30 
min). 
A princípio não há uma função bem estabelecida do 
peptídeo C. 
Quase todo o peptídeo C que é liberado 
principalmente pela veia Porta consegue atingir a 
circulação periférica. 
 
O processo de secreção de insulina é muito bem 
regulado para ter o objetivo de manter uma 
concentração estável de glicose no sangue. 
A regulação sérica de insulina é regulada por uma 
série de hormônios e situações: 
 *Presença de glicose na circulação 
 *Arginina 
 *Ácidos graxos 
 
A glicose é a principal substancia que é 
SECRETOGOGA, ou seja, que vai estimular a liberação 
de insulina. 
A secreção de insulina está diretamente relacionada 
com a quantidade de glicose em um individuo sadio. 
E essa secreção é muito mais estimulada quando a 
glicose é dada via oral do que quando é dada via 
parenteral. 
 
O controle da liberação de insulina ocorre nas ilhotas 
Pancreáticas que são muito inervadas por via 
noradrenérgica (estimulação de alfa 2 inibe a secreção 
de insulina e ativação de receptor beta 2 aumenta a 
liberação de insulina). 
 
Condições de stress – o cortisol é um hormônio 
hiperglicemiante. Em condições de stress há indução 
de hiperglicemia. 
 
Célula β Pancreática é especializada em produzir e 
secretar a insulina. 
A liberação da insulina pela célula β pancreática é 
controlada na maioria das vezes pela glicose. 
A glicose entra dentro da célula por um transportador 
de glicose chamado de GLUT (há 12 subtipos de GLUT, 
cada um com uma função diferente). 
 
O GLUT2 não é insulino dependente. 
A glicose somente consegue entrar na célula quando a 
célula expressa na membrana o GLUT. Há alguns tipos 
de GLUT’s que somente conseguem ser expressos na 
membrana da célula se a insulina mandar (ex: nos 
tecidos muscular e lipídico). 
 
No caso do GLU2 expresso na célula β pancreática, no 
fígado, ele não é insulino dependente por ser 
justamente por ele que a glicose vai entrar para 
promover a secreção de insulina. 
 
A glicose entra na célula, ela será fosforilada, gera a 
glicose 6 fosfato, convertida em glicose 6 fosfato, 
convertido em glicose 1,6 bifosfato e assim a cadeia 
da glicólise toda. Produz ATP. 
O aumento de ATP a nível intracelular na célula beta 
pancreática (resultado da quebra da molécula de 
glicose) vai ativar o fechamento de um canal de 
potássio chamado de CANAL DE POTÁSSIO ATPASE. É 
um canal de potássio sensível à ATP. 
O que regula a abertura ou fechamento desse canal 
de potássio é a quantidade de ATP intracelular. 
O fechamento do canal de potássio gera uma 
despolarização da membrana, abre canal de cálcio 
(regulado por voltagem), o cálcio entra na célula e 
ativa as enzimas que promovem a fusão da vesícula 
contendo a insulina pré-formada com a membrana da 
célula β pancreática e consequente exocitose de 
insulina. 
 
Para o fármaco aumentar a secreção de insulina 
(secretogogo) ele deve agir nessa fase. 
Tem duas classes de hipoglicemiantes orais que atuam 
nessa fase com o objetivo de aumentar a secreção de 
insulina. Ex.: sulfanilureia 
 
- TRANSPORTADORES DE GLICOSE (GLUTS): 
 
Já identificados transportadores de glicose GLUT 1 ao 
GLUT 12. Transporte da glicose para dentro da célula. 
Os mais importantes são: 
 
 GLUT 1 – Expressa em todos os tipos 
celulares, respondendo pela maior parte da 
captação de glicose (insulino-independente). 
Para a célula colocar GLUT1 na membrana, ela 
não precisa de insulina. 
 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
5 
 
 GLUT 2 – Expresso principalmente no fígado e 
em células β pancreática. Não é um receptor 
insulino-dependente. 
 
 GLUT 3 – Abundante no SNC, tem alta 
afinidade por glicose. Não é insulino-
dependente. 
 
 GLUT 4 – Músculo esquelético e tecido 
adiposo (insulino dependente). Glicose 
somente consegue entrar nesses tecidos com 
a presença de insulina com o GLUT4. 
 
- CONTROLE DA LIBERAÇÃO DE INSULINA: 
 
 
 
Normalmente o tecido muscular e o tecido adiposo 
não apresenta o GLUT4 na membrana. Somente 
conseguem colocar o GLUT4 na membrana das células 
se a insulina atuar na membrana, provendo a 
fosforilação e a translocação e fusão – os receptores 
que, são proteínas, são expressos na membrana da 
célula do tecido adiposo ou muscular. 
 
A maior parte do dano que temos com o aumento da 
glicose sérica vai refletir principalmente em tecidos 
que não são insulino dependentes. 
Se a glicose aumentou, ela vai conseguir entrar em 
tecido que não é insulino dependente. 
 
- GLUCAGON: 
 
Sintetizado principalmente na célula α das ilhotas, 
mas também no trato gastrintestinal superior. 
 
Um dos principais estímulos fisiológicos para a 
secreção de é a concentração de aminoácidos no 
plasma, particularmente da L-arginina. Uma refeição 
rica em aminoácidos vai estimular. 
 
Atua sobre receptores específicos acoplados a 
proteína G para estimular a Adenilato Ciclase. 
 
- DIABETES MELLITUS: 
 
Diabetes mellitus é uma doença metabólica que vai 
ser caracterizada por um aumento anormal de glicose 
no sangue. Essa hiperglicemia é gerada devido a uma 
falha no controle hormonal dos níveis de glicose que é 
realizado principalmente pela insulina. 
DM é caracterizado então principalmente pela 
ausência de insulina (tipo 1) ou pela dificuldade de 
secreção ou ação da insulina (tipo 2). 
 
Atualmentetem um caráter de epidemia mundial, um 
grande desafio para o sistema de saúde. 
Com o envelhecimento da população tende a ter 
algumas alterações metabólicas que favorecem o 
desenvolvimento do DM tipo 2. 
 
DM2 tem a ver com o envelhecimento, estilo de vida, 
sedentarismo, obesidade. 
 
Por ser uma doença crônica, se não for diagnosticada 
corretamente e tratada, o paciente pode desenvolver 
muitos problemas micro e macrovasculares. 
 
 Diabetes tipo I (DMDI) 
 Diabetes tipo II (DMNDI) 
 Diabetes Gestacional 
 
*Algumas literaturas podem citar algumas diabetes a 
mais como Diabetes causada por doença pancreática, 
infecções que geram quadros de diabetes (rubéola 
congênita, citomegalovírus). 
 
O tratamento do DM tipo 1 e tipo 2 é diferente, pois a 
fisiopatologia dos dois é diferente. 
 
De modo geral há Glicosúria, poliúria, polidipsia 
(sede). 
 
A deficiência de insulina provoca perda de massa 
muscular através da degradação aumentada e síntese 
reduzida de proteína. 
 
A cetoacidose diabética → degradação acelerada das 
gorduras em acetil-CoA → convertida em 
acetoacetato e β-hidroxibutirato e acetona. 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
6 
 
A lesão de vasos sanguíneos do olho pode causar 
perda da visão (retinopatia diabética). 
 
A função renal pode ser comprometida – Insuficiência 
Renal. 
 
Paciente pode ter ↑triglicerídeos, ↓HDL, LDL normal. 
O aumento de triglicerídeos pode ser ocasionado 
principalmente devido ao aumento da quebra de 
gordura. Paciente se não tratado pode desenvolver a 
longo prazo alteração do perfil lipídico. 
Principalmente no DM tipo I. 
No DM tipo II também terá acúmulo de triglicerídeos. 
Dessa forma pode ser que esse paciente precise ser 
tratado conjuntamente com hipoglicemiantes os 
Hipolipemiantes. 
 
Independente da causa, o tratamento sempre terá 
duas vertentes: 
 *Insulino terapia – plena ou mista 
 *Hipoglicemiantes Orais 
 
O que há de semelhante entre DM tipo I e DM tipo 2 – 
Hiperglicemia. 
Causa, curso da doença, alteração bioquímica, 
tratamento são diferentes. 
 
 
 
 
No gráfico acima: 
Secretamos insulina de duas maneiras principalmente: 
 
 *INSULINA BASAL (quantidade de insulina secretada 
continuamente) – sempre teremos um nível de glicose 
sérica na circulação mesmo nos momentos de 
intervalos entre as refeições. Dessa forma sempre 
teremos um nível sérico de insulina para fazer com 
que essa glicose entre nos tecidos insulino-
dependentes. 
 
 *INSULINA IN BOLUS – faz um pico. Liberada 
principalmente no período pós prandial (após a 
refeição). Sempre seguida do padrão basal. 
 
 DIABETES MELLITUS TIPO I: 
 
 
 
É um tipo de diabetes que acontece devido a 
distribuição das células β pancreáticas por processos 
auto imunes ou por processo idiopático. 
 
O aparecimento desse diabetes se da de uma forma 
mais abrupta. O paciente clinicamente normalmente é 
magro, perda de peso relevante em curto período de 
tempo. 
 
Sintomas: Poliúria (aumento da frequência urinária), 
aumento da sede, cansaço, emagrecimento 
importante, fome excessiva (apesar de estar em 
hiperglicemia, a glicose não consegue entrar na célula, 
então o corpo entende que não tem glicose e está 
precisando de nutriente). Ele vai continuar 
emagrecendo pois o tecido muscular e o tecido 
adiposo não está recebendo glicose. 
Forma de diabetes subaguda ou aguda que acomete 
normalmente crianças e adultos jovens. 
 
Processo imunológico resultante da destruição das 
células β pancreáticas com formação de anticorpos 
anti-insulina (IAA), antidescarboxilase do ácido 
glutâmico e anti-ilhotas de Langerhans. 
 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
7 
 
Esse individuo vai se tornar insulino-dependente. Não 
vai ter produção endógena de insulina. 
Deve fazer a insulino terapia plena. 
 
Compreende cerca de 5-10% dos casos. 
 
Sem tratamento os sintomas evoluem para 
desidratação severa (corpo tenta compensar com 
aumento da urina e acaba desidratando), sonolência, 
vômitos, dificuldades respiratórias e coma. 
Aumento da penetração de glicose em locais que não 
são insulino dependentes (SNC). 
 
Glicose muito alta, lipólise acentuada, que gera o 
glicerol e consequente produção de corpos cetônicos. 
Quadro de CETOACIDOSE DIABÉTICA. Quadro agudo 
de emergência. 
 
DM tipo 1 tem destruição das células β pancreáticas e 
consequentemente não consegue produzir a insulina. 
Dessa forma a farmacoterapia vai ser feita com 
INSULINATERAPIA PLENA. Esquema terapêutico com 
intuito de mimetizar o mais próximo possível o nosso 
padrão fisiológico de insulina. 
 
Normalmente são prescritos esquemas fixos de 
insulino terapia. A dose é feita pelo peso. 
No DM tipo 1 é de 0,5 a 1,0 UI/kg. 
Não deve ser realizada sempre. Há algumas oscilações 
de insulina necessárias devido a um momento (ex: 
stress). Devido as características fisiológicas de cada 
um também pode ter uma sensibilidade diferente à 
insulina. 
Alguns podem ter uma sensibilidade maior do que 
outros (ex: crianças). 
 
Ideal que sempre eduque o paciente, com orientações 
sobre o seu problema e como deve ser realizado o 
tratamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 DIABETES MELLITUS TIPO II: 
 
 
 
Maior parte da população. 
Compreende 80-90% dos casos. 
A cada paciente diagnosticado com diabetes tipo 2, 
temos um paciente pré diabético. 
 
O paciente com DM II (antigamente chamado de 
diabetes não insulino dependente) em algum 
momento da evolução da doença pode vir a necessitar 
de insulino terapia. 
 
A hiperglicemia do DM tipo 2 resulta de dois 
mecanismos básicos: 
 *Resistência periférica à ação da insulina – paciente 
secreta insulina, mas ela não consegue atuar com 
eficácia na translocação do GLUT 4 nos tecidos 
insulino dependentes; 
 *Deficiência da produção deste hormônio pelas 
células β do pâncreas. 
 
Há uma diminuição da resposta à insulina. 
 
Para que a glicose consiga entrar na célula, vai 
precisar que o GLUT4 seja translocado para a 
membrana da célula. 
No DM 2 ele pode desenvolver a doença porque a 
insulina não consegue promover a translocação 
efetiva dos GLUT 4 para a membrana (paciente 
resistente à insulina), assim as células β pancreáticas 
vão aumentar a produção de insulina ao longo dos 
anos. 
 
No DM tipo 2 normalmente inicia a doença com uma 
resistência à ação da insulina e para compensar isso a 
célula β pancreática começa a produzir mais insulina 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
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(trabalhar mais) e assim essas células podem ter 
exaustão, gerando posteriormente a baixa da 
produção de insulina. 
 
Ao contrário do Diabetes tipo 1 geralmente há 
associação com o aumento de peso e obesidade, 
acometendo principalmente adultos a partir dos 50 
anos. 
 
Indivíduos pré diabéticos, se não forem tratados no 
momento e da forma correta, possuem um grande 
potencial e chance de adquirir o diabetes ao longo da 
vida. Primeiramente nesses pacientes orienta uma 
alteração do estilo de vida, dieta, atividade física. 
 
Paciente diabético (DM tipo 2) – a partir do momento 
em que recebe o diagnostico, ele já tem 50% das 
células β pancreáticas não funcionando. Neste caso o 
individuo já não tem controle dos seus níveis 
glicêmicos e a alteração do estilo de vida deve vir 
acompanhada de uso de fármacos. 
 
Para o diagnostico deve ser realizado o valor de 
glicose em jejum. Mas não é feito uma vez só (stress, 
infecção, mecanismos fisiopatológicos podem 
interferir em resultados gerando hiperglicemia). 
Ex: indivíduo com exame de glicose em jejum acima 
de 126 mg/dL em dois momentos já pode ser 
diagnosticado com DM tipo 2. 
Se o paciente tem uma glicose aleatória (não 
necessariamente em jejum, no meio do dia) medindo 
180 mg/dL, é indivíduo que deve ficar de olho pois 
pode ter diabetes, e devemedir em um outro 
momento e investigar. 
 
Teste Oral de tolerância à glicose – deve ser feito 
mediante a uma carga fixa de glicose. Administrado 
normalmente 75 mg de glicose, aguardar e fazer a 
curva glicêmica. Se após 2h o indivíduo tiver uma 
glicemia acima de 200 mg/dL, pode ser diagnosticado 
como diabético. 
 
Hemoglobina Glicada – um nível aumentado de 
glicose na circulação, a glicose tende a se ligar em 
proteínas como a hemoglobina. A ligação da glicose 
com hemoglobina é boa pois como a hemácia vive 120 
dias, ela acaba refletindo o valor de glicose daquele 
indivíduo até 3 meses antes do exame. 
Sabe se o individuo teve ou não uma hiperglicemia 
nos últimos 3 meses. 
Importante para acompanhar o paciente diabético. 
Valor de referência: até 6,5 mg/dL. 
 
Diagnóstico de DM: 
 *Hemoglobina Glicada >6,5 mg/dL 
 *Glicemia em jejum >126 mg/dL (jejum pelo menos 
8h) 
 *Glicemia >200 mg/dL no teste oral de tolerância à 
glicose (ingestão de 75mg de glicose) 
 
Deve sempre associar os valores achados com a clinica 
do paciente (poliúria, sede, perda de peso, etc). 
 
Inicio dos sintomas mais lentos quando comparado ao 
DM tipo 1. O que pode dificultar o diagnostico e o 
tratamento. 
Sabe-se que quanto mais rápido o tratamento, melhor 
o prognostico. 
 
Ao diagnostico é o momento de utilizar tudo que tem 
de farmacoterapia para abaixar a glicose. Quanto mais 
efetivo for, melhor o prognostico do paciente. 
 
Tratamento DM tipo 2 – feito normalmente com 
hipoglicemiantes orais. Atuam no intuito ou de 
aumentar a secreção de insulina ou aumentar a ação 
da insulina. 
Se o paciente chegar a ter muita deficiência da 
produção de insulina, pode ser que seja necessária a 
insulino terapia. 
 
Quando se faz o diagnostico desse paciente, muitas 
vezes a glicose está tão alta que pode entrar em um 
estado de GLICOTOXIDADE e se der hipoglicemiante 
oral para ele não será efetivo naquele momento. 
Dessa forma nesse momento deve fazer uma insulino 
terapia para diminuir os níveis de glicose para depois 
começar o hipoglicemiante oral. 
 
Normalmente a primeira insulina que vai tentar cobrir 
é a insulina basal. 
 
Toda situação que gera stress, paciente que está 
internado e hospitalizado, gera hiperglicemia, então 
nesse sentido o tratamento mesmo do DM tipo 2 é 
com insulino terapia. 
 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
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DM tipo 2 principalmente tende a cursar com 
problemas cardiológicos, problemas lipídicos. Tendem 
a induzir uma alteração de perfil lipídico. 
 
No DM tipo 2 normalmente tende a ter níveis de 
insulina elevado em jejum. Isso ocorre devido a uma 
resistência à ação da insulina. Ele secreta insulina, mas 
ela não consegue agir. 
A sensibilidade à insulina é uma situação que 
conseguimos quantificar. Quando mede a quantidade 
de glicose que conseguiu sair do sangue em resposta a 
uma dose de insulina. Quanto de insulina preciso para 
que essa insulina no sangue abaixe. Isso pode ser 
diferente para cada paciente. Indivíduos mais novos 
tem uma maior sensibilidade. Indivíduos obesos 
tendem a ter uma sensibilidade menor. Atividade 
física aumenta a sensibilidade. 
Essa resistência à insulina pode ser causada: 
 
 *Alteração do Pré-Receptor – Devido problemas na 
produção da insulina, pró-insulina defeituosa, 
aumento de hormônios hiperglicemiantes e 
anticorpos anti-insulina. 
 *Defeitos no Receptor – receptor mutante. 
 *Deficiência Pós-receptor – cascata de sinalização 
GLUT4 deficiente. 
 
 DIABETES GESTACIONAL: 
 
É o diabetes presente em mulheres grávidas que não 
eram diabéticas antes da gravidez. 
A mulher vai ter uma alteração da tolerância à glicose 
em graus diferentes durante a gestação. 
 
Normalmente a gestante deve fazer um teste de 
tolerância à glicose durante a gestação. Utiliza-se 50 
mg/dL para fazer a curva glicêmica. 
 
Diabetes gestacional inicia quando está gestante e 
desaparece quando a gestação termina. É induzida 
pela gestação. 
 
O tratamento normalmente é feito com insulino 
terapia. Insulina é um hormônio endógeno que já 
produzimos, com menos riscos em relação 
teratogenicidade. 
 
O principal problema dessa paciente é que ela tem 
uma chance maior de desenvolver DM tipo 2 ao longo 
da vida após a gestação. 
 
Se não for tratado pode desenvolver bebês com 
Macrossomia Fetal, bebês nascem com peso muito 
grande. Pode também gerar más formações fetais, 
com má formação cardíaca, SNC, musculatura 
esquelética. 
 
 
Na imagem acima: 
O paciente tende a desenvolver essa resistência à 
insulina juntamente com outros fatores que são 
desencadeados como à obesidade abdominal, 
hipertensão arterial, aumento de triglicerídeos. 
 
- TRATAMENTO FARMACOLÓGICO: 
 
 INSULINOTERAPIA: 
 
Importante saber a utilização. 
O que é uma insulina basal, pós prandial. O tempo de 
ação e quanto tempo duram no organismo. 
 
 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
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Sistema de excreção da insulina: 
 
Insulina é armazenada em grânulos com padrão de 
secreção constante. Para manter o suporte energético 
dos tecidos tem a insulina basal nos momentos de 
intervalo das refeições. 
Quando nos alimentamos em grandes refeições tem 
uma liberação mais exacerbada de insulina. 
Estimulada pelos alimentos no intestino. Secreção em 
bolus. 
 
Incretina – hormônios liberados pelo TGI que atuam 
na célula β pancreática estimulando a liberação de 
insulina. 
 
Álcool é hipoglicemiante. Via oral da glicose é mais 
efetiva por estimular mais a secreção de INCRETINAS 
no TGI e consequente mais liberação de insulina. Por 
isso o uso de doce para uma pessoa que bebeu muito 
é efetivo. 
 
Diabetes mellitus tipo 1 a pessoa não produz insulina. 
Dessa forma o tratamento é necessário o uso de 
insulina constante. Insulina que atue logo após as 
refeições (ação rápida) e as insulinas que mantem a 
insulina basal (ação longa). 
 
Fator de sensibilidade – tem indivíduos que se der 
uma quantidade de insulina vai dar diferença. 
Crianças são mais sensíveis à insulina do que adultos. 
Normalmente em crianças utiliza bomba de infusão 
que consegue ver constantemente a necessidade de 
insulina. 
 
Análogos de insulina e insulina humana. 
 
Tipos de insulina: 
 *Bovina – 3 aminoácido diferentes, posições 8 e 10 
da cadeia α e posição 30 da cadeia β. 
 *Suína – 1 aminoácido diferente, posição 30 cadeia 
β. 
 *Humana por DNA recombinante em bactérias (E. 
coli e Saccharomyces cerevisae) 
 *Análogos – Longa duração e Ultra rápidas. 
 
 
 
Insulina rápida e NPH são insulinas humanas. Tem 
tempo de ação diferente, mas a molécula é a mesma. 
Há um sistema de formar depósitos, a NPH é uma 
insulina de deposito (a molécula vai liberando aos 
poucos, lentamente na circulação) 
 
A insulina Ultra-rápida tem inicio de ação em ate 15 
min. Utilizadas para cobrir o período pós refeição (pós 
prandial). A diferença entre elas é o aminoácido. 
LISPRO tem inicio de ação em ate 15 min e duração 
máxima de 6h. 
 
No SUS tem disponível somente a insulina Regular 
como pós prandial e NPH como insulina basal, devido 
a isso são mais utilizadas. 
 
O que vai diferir entre as insulinas com diferentes 
ações é a ABSORÇÃO. O tempo que ela demora a 
chegar à circulação. Quando está na circulação, a ação 
de insulina é a mesma. 
 
Entre as refeições (basal) são utilizadas as insulinas 
Intermediárias (NPH). Utilizada como forma de 
suspensão, deve ser homogeneizada para ser utilizada 
pelo menos 20x, sendo um ponto negativo e de 
complicação para trabalhar. Nem sempre o paciente 
vai conseguir homogeneizar da mesma forma todos os 
dias. 
 
Somente a insulina regular pode ser dada via venosa e 
intramuscular. Utilizada em glicotoxicidade e 
cetoacidose diabética. 
 
Em situações de pacientes descontrolados deve dar 
reposição de insulinae ainda dar glicose para evitar 
mais quebras de corpos cetônicos. 
 
NPH e ação longa são basais. 
Os análogos de Insulina seria os de ação Longa e a 
Ultra-rápida – alterações moleculares da insulina 
normal para alterar a absorção. 
 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
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Em resumo: 
ULTRA RÁPIDA – Análogo 
RÁPIDA – Insulina humana 
INTERMEDIÁRIA – Insulina humana + Protamina 
LONGA – Análogo 
 
A vascularização do tecido também influencia a 
absorção da insulina. 
Se aplicar, por exemplo, na barriga e faz massagem no 
local causa vasodilatação, terá uma ação mais rápida. 
Se colocar gelo no local da aplicação vai causar 
vasoconstrição e diminui a absorção. 
 
 INSULINA DE AÇÃO RÁPIDA: 
 
LISPRO – ultra rápida 
ASPARTE – ultra rápida 
GLULISINA – ultra rápida 
REGULAR 
 
As ultrarrápidas devem ser aplicadas logo após a 
refeição. 
A regular deve ser aplicada meia hora antes da 
refeição. Se não aplicar antes e aplicar logo após a 
refeição ele vai ter uma hiperglicemia logo após a 
refeição e terá uma hipoglicemia meia hora após. 
 
O ideal é fazer com que o paciente fique em menor 
tempo possível em hiperglicemia. Evitar os efeitos 
deletérios a longo prazo. 
Insulina ultrarrápida mais indicada para crianças por 
poder ser aplicada logo após a refeição. 
 
Insulina de ultrarrápida: 
Insulina monomérica produzida por tecnologia 
recombinante em que 2 aa situados próximos à 
extremidade C-terminal da cadeia B tem sua suas 
posições invertidas: 
 *PROLINA – posição B28 para B29 
 *LISINA – Posição B29 para B28 
 
FIASP – insulina nova no mercado, de ação 
ultrarrápida. A mais rápida que tem. 
 
Insulina de Ação Rápida (Regular): 
Esta insulina apresenta-se como uma solução clara 
preparada para utilização próximo as refeições. Uma 
injeção deve ser acompanhada de uma refeição ou 
lanche contendo carboidratos dentro de 30 minutos. 
Insulina-zinco cristalina solúvel de curta duração (pH 
neutro). 
Vias SC, IM e IV (a diferença para a via de 
administração é a velocidade de absorção). 
Insulina de ação rápida pode ser utilizada com 
segurança na gestação. 
 
Diabetes Gestacional – desenvolvido na gestação. 23, 
24 semanas deve fazer o teste de tolerância à glicose. 
O padrão ouro para diagnosticar a diabetes é a curva 
glicêmica. Para gestantes usa 50mg de destrosol 
(normalmente utiliza 75mg). 
A gestante ela tem um diabetes adquirido, mais 
parecido com diabetes tipo 2. A escolha é a insulina, 
principalmente a regular que não tem penetração na 
placenta. Além disso, a gestante deve fazer dieta e 
atividade física. 
 
A METFORMINA é classe B para gestantes, não é 
primeira escolha. Somente quando tem 
contraindicação para insulinoterapia. 
 
 INSULINAS DE AÇÃO INTERMEDIÁRIAS E 
AÇÃO LONGA: 
 
Suspensão de insulina NPH 
DEGLUDECA – ação longa (a mais longa de todas - 
ultralonga) 
 
Insulina NPH – insulina humana em um sistema 
farmacêutico que faz com que tenha uma ação mais 
longa. 
Tem efeito máximo em 12h e duração de 24h. Pode 
ser dada de 1 a 2x por dia, depende do esquema e do 
tipo de diabetes. 
É uma suspensão que deve ser agitada, o que pode 
variar a absorção de acordo com a homogeneização 
realizada. 
Utilizada antes das refeições. 
Utilizada de forma SC. 
 
Precipitado amorfo de insulina com íon zinco em 
tampão acetato associado a 70% de insulina 
ultralenta. 
Início de ação e o pico de efeito são um pouco mais 
lentos do que a insulina regular, mas são mantidos 
por um período mais longo. 
 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
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Em casos de emergência – insulina regular, efeito na 
hora, imediato. 
 
Pacientes com traumas tem ativação do simpático, o 
que pode ter liberação de glicose e hiperglicemia 
momentânea. Nestes casos deve avaliar a Glicose 
glicada para ver se ele é diabético ou não. Valor de 
referência da Glicada é 6,5. 
 
 
Na imagem acima: 
GLARDINA (nome comercial Lantus) deve dar 
separada, por ter um pH de 4 (mais ácido). Não pode 
misturar para não precipitar. Os outros tipos de 
insulina normalmente são mais básicos. 
Glardina quando entra no músculo, tecido tem um pH 
mais básico (7,4), assim ela precipita e vai se 
difundindo para o sangue lentamente. Efeito por até 
24h. 
 
Insulina pré-mistura: 
Contém uma combinação de insulina de ação rápida e 
de ação intermediária em proporções padrão. Este 
produto elimina a dificuldade que alguns indivíduos 
têm quando misturam insulinas. 
Os produtos vêm em uma variedades de combinações 
pré-misturas contendo 10-50% de insulina de ação 
rápida e 90-50% de ação intermediária, sendo a 
proporção de 30% de insulina de ação rápida e 70% de 
ação intermediária que é a mais utilizada. 
 
 COMPLICAÇÕES DA INSULINOTERAPIA: 
 
Efeito principal de complicação é a hipoglicemia. 
Pode causar reações alérgicas locais, Lipodistrofia 
(insulina é anabólico, e se for aplicado todo dia no 
mesmo local pode ter aumento de gordura naquele 
local, devido a isso deve ser aplicado todo dia em um 
lugar diferente) e resistência. 
 
 
Também existe uma Insulina Inalatória (pela Pfizer), 
de ação ultrarrápida. Aprovado em 2006. Retirado do 
mercado por não ter tido adesão. 
 
 
 
Paciente diabético tipo 2 em algum momento da vida 
pode ser que ele precise da insulinoterapia. 
Paciente com DM2: 
 *Glicemia: 
 até 200mg/dL – Uso de Antiglicemiante oral 
 200 até 300 mg/dL – Uso de dois ou mais 
tipos de Antiglicemiantes orais 
 Acima de 300mg/dL – insulinoterapia 
 Glicada de 9 a 10% – Insulinoterapia 
 OBS – Pré diabetes 100 a 126 mg/dL 
 
Quando deve iniciar a insulinoterapia em DM2: 
utilizada quando a glicose está muito elevada 
>300mg/dL. Após correção é possível somente a 
utilização do Antiglicemiante oral. 
 
Neste caso de DM2 a insulinoterapia deve ser feita 
para corrigir insulina basal primeiramente, 
principalmente antes de dormir (para que a glicemia 
em jejum pela manhã fique até 110). Se não estiver 
dentro do ideal pela manhã, deve ir aumentando aos 
poucos. 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
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DM2 não necessariamente vai suspender a medicação 
oral. Pode ser que utilize a insulina junto com a 
terapia oral. 
Caso a insulina para correção basal não funcionar, 
deve adicionar a insulina para correção pós prandial. 
 
 HIPOGLICEMIANTES ORAIS: 
 
Utilizados em DM tipo 2, sempre. 
 
Estimulam a secreção de insulina (sulfoniluréias e 
glinidas). 
Sensibilizadores da ação da insulina (tiazolidinodionas 
e biguanidas). 
Redutores da neoglicogênese (biguanidas). 
Diminuem a produção hepática de glicose (glitazonas) 
pioglitazona. 
Reduzem a absorção de glicídios (inibidores das 
alfaglicosidases) acarbose 
 
Nova classe: aumentam a secreção de insulina apenas 
no estado de hiperglicemia (inibidores da enzima 
dipeptidilpeptidase IV) sitagliptina, vildagliptina 
 
Sensibilizadores da Insulina – Biguanidas 
(Metformina), Glitazonas, Tiazolidinodionas. 
 
Diminui absorção gástrica de glicose – Alfa glicosidose 
Aumento de eliminação renal de glicose – Inibidores 
da SGLT2. 
 
 SULFONILUREIAS: 
 
Classe de medicamento que são Secretogogos. Tem 
como origem a SULFONAMIDA. 
 
Sulfonaminas são os primeiros antimicrobianos que 
surgiram (ex: Bactrim). São grupos de substancias que 
deram origem a varias outras. Sulga tem enxofre e 
algumas pessoas são alérgicas. 
 
Se a pessoa é alérgica à sulfonamida, ela não é 
indicada tomas a Sulfonilureias. 
 
 
 
Sulfonilureias se aproveitam da secreção fisiológica de 
insulina para aumentar a sua secreção – é uma 
Secretogogo. Aumenta a secreção pela célula beta 
pancreática. 
Mas, não é uma secreção glicose dependente. 
 
A glicose consegue entrar nas células pelos receptores 
GLUT2, a célula fosforila, consegue quebrá-la e 
aumenta a quantidade de ATP. 
O aumento de ATPfecha o canal de potássio APTase 
(sensível ao aumento de ATP), e a célula despolariza. 
Abre canal de cálcio e cálcio entra, promove fusão da 
vesícula de insulina e libera a insulina na circulação. 
 
 Sulfonilureias se liga em um canal de potássio e fecha 
o canal de potássio ATPase, como se tivesse muito 
ATP no local. Se fecha o canal de potássio despolariza 
a membrana e faz a liberação de insulina mesmo sem 
a presença de glicose. 
 
No DM2 na fase inicial o ideal é pensar em um 
medicamento que a insulina que ele produz, mesmo 
sendo pouco, seja aumentada. Na fase inicial ele ainda 
tem a capacidade de produção de insulina, mas em 
menor quantidade. 
 
Portanto o Secretogogo deve ser utilizado quando 
paciente realmente tiver um problema de secreção de 
insulina, a partir da segunda fase (de 200 até 
300mg/dL). 
 
Se tiver que entrar com terapia com insulina já não faz 
efeito a utilização de um secretogogo. 
 
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Glibenclamida, Glipizida, Gliclazida, Glimepirida são os 
principais (segunda e ultima gerações). 
 
No início do uso de Sulfonilureia tem uma liberação 
muito grande insulina, mas com a progressão da 
insulina há uma diminuição da liberação da insulina, 
entrando em homeostase e mantendo a glicose em 
níveis séricos. 
 
 
 
Interação Medicamentosa: AINES, cumarínicos 
(antagonista vitamina K – Varfarina), álcool 
(hipoglicemiante), alguns antimiocrobianos e 
antifúngicos. 
 
Diuréticos tiazídicos, corticosteroides e Beta-
Bloqueador diminuem a ação por serem 
hipoglicemiantes. 
 
Histatina pode aumentar o risco de desenvolver 
diabetes. 
 
Efeitos Colaterais: Hipoglicemia (muito presente neste 
caso), reações alérgicas. Ganho de peso. 
Contraindicado em pacientes com insuficiência 
hepática e renal (é excretada pelo rim e metabolizada 
pelo fígado) – deve ajustar a dose. 
 METIGLINIDAS (GLINIDAS): 
 
Ação semelhante da sulfonilureia, mas com potência 
menor. 
 
Podem ser utilizadas com insuficiência renal e 
hepática leve e moderada com ajustes de dose. 
Pode ser utilizado em pacientes com alergia à enxofre. 
 
Causa ganho de peso – insulina é um hormônio 
anabólico. 
 
São menos eficazes no controle da HbA1c 
(hemoglobina glicada) e da glicemia em jejum. 
 
 INCRETINAS: 
 
Incretinas são um conjunto de hormônios liberados 
com a ingestão de alimentos. Liberadas no TGI. 
Após alimentação cai na corrente sanguínea e 
atingem o pâncreas estimulando a liberação de 
insulina (glicose-dependente). Diminui o glucagon. 
 
Incretinas aumentam insulina e diminuem o glucagon. 
Diminuem a gliconeogênese e a glicogenólise. 
 
Incretinas: GLP-1 e GIP. 
 
Incretinas são degradas pela DPP-4. 
 
O ideal para aumentar a insulina é usar um análogo de 
incretina ou então inibir a degradação dela. 
 
 
 
Incretina sintética (análogo da GLP-1) – EXENATIDO, 
LIRAGLUTIDA. Sinalizam para o pâncreas que nos 
alimentamos (o que não ocorreu), fazendo com que 
haja aumento da liberação de insulina pelo pâncreas 
(Secretogogo). Liraglutida é melhor. 
Ajuda a controlar os níveis de glicose no sangue. 
 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
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Causa diminuição da fome, perda de peso. 
 
Liraglutida gera perda de peso dose-dependente, 
diminui hemoglobina glicada e melhora função de 
células beta. Perda de peso sustentada. 
Os mecanismos mediadores na redução de peso pelo 
liraglutide são provavelmente relacionados a uma 
combinação de efeitos no trato gastrointestinal (TGI) 
e no cérebro. Uso diário. 
Pode causar náuseas, vômitos, prurido. Alterações 
psiquiátricas (insônia, humor deprimido e nervosismo) 
Eventos cardiovasculares e palpitações leves foram 
infrequentes, mas a FC pode aumentar. 
 
SEMAGLUTIDA – análogo ao GLP-1. Uso semanal 
 
GLIPTINAS – inibidor da DPP4: 
Sitagliptina (Januviar), Vildagliptina (Galvusr), 
Linagliptina (Tradjentar). 
Aumentam os níveis de hormônios que promovem a 
liberação de insulina após as refeições por bloquear 
uma enzima, a dipeptidil peptidase–4 ou DPP-4. 
Usados juntamente com a dieta e a prática regular de 
exercícios físicos para melhorar o controle da glicemia 
de pacientes diabéticos tipo 2. 
 
 GIGUANIDAS – METFORMINA: 
 
Aumenta a utilização hepática de glicose. Ativa AMPc 
especifico e faz com que o fígado utilize mais a 
glicose. 
Estimula a retirada de glicose do sangue para os 
tecidos. 
Diminui a gliconeogênese hepática. Diminui absorção 
de glicose pelo TGI. 
Aumenta a oxidação de ácidos graxos – reduzem 
níveis de lipoproteínas de baixa densidade como LDL e 
VLDL. 
 
Risco de hipoglicemia isolada com uso de metiformina 
é baixo. 
 
Causa perda de peso. 
Metformina protege contra danos macrovasculares. 
Protege o paciente de risco cardiovascular. 
 
Primeira alternativa terapêutica para diabetes tipo 2 
= METFORMINA. 
 
Paciente com taxa de filtração glomerular (Clearance 
entre 30-45) deve reduzir em 50% a dose de 
Metformina. Clearance abaixo de 30 não deve utilizar 
Metformina. 
Portanto NÃO DEVE UTILIZAR METFORMINA EM 
PACIENTES COM PROBLEMA RENAL. 
 
Efeitos Colaterais: 
*Mais comum é efeito TGI (náuseas, enjoos). 
*Acidose lática (se o paciente tem problema renal e 
problema hepático, insuficiência cardíaca é mais 
comum de ter a acidose lática). 
*Diminuição da absorção de vitamina B12 (pessoa 
pode desenvolver anemia megaloblástica com o 
tempo, dificulta a divisão das células. Deve 
acompanhar o paciente sempre com hemograma). 
 
Pode tentar diminuir os efeitos colaterais do TGI deve 
ter início de doses menores ou a Metformina XR 
(liberação prolongada). 
 
Não deve ser utilizado em pessoas com insuficiência 
cardíaca (diminui a taxa de filtração glomerular), não 
deve ser utilizado em pacientes com insuficiência 
hepática e renal. 
 
Não provocam hipoglicemia isoladamente. 
 
 TIAZOLIDINADIONAS – GLITAZONAS: 
 
PIOGLITAZONA. 
Melhoram a sensibilidade à insulina através de sua 
ligação aos PPARgama (peroxisome proliferator 
activated receptors). 
Aumentam a produção dos transportadores 
específicos de glicose, GLUT4. 
Deve se fazer monitoramento hepático. 
 
Glitazona aumenta a translocação do GLUT4. 
Aumentam a exposição do GLUT 4 na membrana de 
um tecido insulino-dependente, faz com que a 
insulina aumente o efeito dela e aumente a entrada 
de glicose pela GLUT4. 
 
Reduz a liberação hepática de glicose. Aumenta 
eficácia da insulina, aumenta captação de glicose pelo 
musculo. 
 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
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Caso o paciente precise de insulina exógena, a 
Glitazona reduz a necessidade de insulina exógena 
necessária para manter o nível ideal de glicemia em 
aproximadamente 30%. 
 
Efeitos Colaterais: Ocorre em menos de 5% dos 
pacientes. 
Infecções do trato respiratório superior, cefaleia, 
elevação de transaminases, aumento de peso, edema, 
anemia. 
Hipoglicemia pode ocorrer quando o seu uso for 
concomitante com secretagogos ou insulina. 
 
Contraindica-se o seu uso em crianças, gravidez, 
hepatopatias ou em indivíduos com elevação dos 
níveis de transaminases de 2 a 3 vezes os valores de 
referência. 
 
 INIBIDORES DA ALFA-GLICOSIDADE: 
 
ACARBOSE 
 
Inibe a enzima alfa-glicosidade pancreática e as alfa-
glicósidos hidrolases ligadas à membrana intestinal. 
 
Diminui a digestão de carboidratos e absorve menos 
carboidrato e menos glicose. 
Tende a aumentar a quantidade de carboidratos no 
TGI. 
 
Este fármaco retarda a digestão dos carboidratos da 
dieta através da redução da digestão intestinal de 
amido e dextrina. 
 
Utilizado como adjuvante, não é utilizado isolado. 
Pode promover perda de peso principalmente no 
início da terapia. 
 
Reduz a glicemia pós prandial principalmente. 
 
As contra-indicações para o uso desta droga são as 
doenças intestinaisinflamatórias, gravidez e lactação, 
insuficiência hepática ou renal grave. 
 
 INIBIDORES DE SGLT-2: 
 
Normalmente eliminamos a glicose pelo rim. Mas não 
podemos eliminar tudo e deve ser reabsorvida no 
TCP. 
No TCP tem duas proteínas que fazem cotransporte 
para reabsorver glicose e sódio: 
SGLT2 – segmento S1 do TCP 
SGLT1 – segmento S3 do TCP 
 
Quando a glicose está muito alta ela é reabsorvida no 
TCP e normalmente não temos glicosúria. 
Limiar de reabsorção de glicose é de 160-180. 
 
Diabético somente vai reabsorver glicose em um 
limiar de 200-240, pois há um aumento do limiar dele 
como adaptação do corpo evitando uma glicosúria. 
 
FLORIZINA é uma molécula que deu origem aos 
Inibidores da SGLT-2. 
 
Nome dos medicamentos: DAPAGLIFLOZINA, 
CANAGLIFLOZINA E EMPAGLIFLOZINA. 
 
Não é indicada para pacientes que já tem problema 
vascular. 
 
Essas medicações melhoram a função cardiovascular 
do paciente. 
É o padrão ouro para a utilização. 
Tem ação diurética (liberação de glicose, inibe a 
reabsorção de sódio e água), retardam a progressão 
da insuficiência renal. 
Aumentam a liberação de glicose via renal, o corpo 
não consegue reabsorver glicose. Não produz 
hipoglicemia pois somente é ativa quando a taxa de 
glicose está acima de 100, que seria o momento em 
que o SGLT-2 seria ativa (neste caso ela será inibida). 
 
Causam perda de peso. 
 
Efeitos colaterais: 
 
Infecção Genital (candidíase poe exemplo), Infecção 
urinária – Glicosúria – microbiota na uretra será 
alterada. Bacterias e fungos gostam de glicose. 
 
Poliúria, dores nas costas. 
Não deve ser utilizado em pacientes com taxa de 
filtração glomerular diminuída. 
Não devem ser usados com sulfonilureias devido ao 
risco de hipoglicemia se houver associação. 
Não deve ser usado junto com diuréticos, uma vez 
que faz depleção de volume de líquidos. 
Farmacologia II – Ana Clara Aguilar de Almeida – Nov. 2021. 
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Contraindicado em pacientes com DM1, devido a 
cetoacidose euglicêmica. 
Há receptor para SGLT2 no pâncreas (célula alfa 
pancreática) que controla a secreção de glucagon. 
Assim essas células podem ser ativadas e liberar 
glucagon, gerando lipólise, produzindo corpos 
cetônicos. Neste caso a acidose não é devido ao 
aumento de glicose, mas sim pelo aumento do 
Glucagon. 
 
Vantagens: baixo risco de hipoglicemia, independe da 
insensibilidade da insulina, rediz peso.

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