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Gestão de Biossegurança e Enfermagem em UTI

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Duana Betina da Rocha 
Curso: Enfermagem em UTI 
Disciplina: Gestão de Biossegurança e Enfermagem em UTI 
Um ambiente hospitalar e passível de riscos que podem vir a acometer a 
integridade dos colaboradores e dos indivíduos aos quais é prestada a assistência em 
saúde. Considerando esses riscos, teremos a biossegurança como a melhor aliada a 
proteção dos indivíduos envolvidos, tendo a mesma como o invólucro de ações destinadas 
a prevenção, proteção do servidor e do cliente, visando a saúde do homem, dos animais, 
a preservação do meio ambiente e a qualidade dos resultados. 
Os estabelecimentos que atendem os indivíduos no geral, devem seguir normas 
previamente estabelecidas por órgãos competentes. Os estabelecimentos que prestam 
assistência à saúde têm normas e rotinas ainda mais rígidas, de modo que para a 
construção de hospitais e unidades de saúde devem ser seguidas todas as normas vigente 
na RDC 50, da mesma forma que para a estruturação de uma SCIH devem ser seguidas 
as normas da Portaria 2616/98 e assim por diante. 
Um exemplo para facilitar o entendimento é a legislação vigente para serviços de 
hemoterapia (SH) que prevê que estes estabelecimentos devam implementar programas 
destinados a minimizar os riscos para a saúde e garantir a segurança dos receptores, dos 
doadores e dos seus funcionários, assegurando também o atendimento às legislações 
vigentes relacionadas à biossegurança, à saúde do trabalhador, à segurança predial e ao 
gerenciamento de resíduos. 
Dentro de todo esse contexto de biossegurança, podemos citar a importância a do 
entendimento sobre a classificação de risco dos agentes químicos utilizados nas unidades 
prestadoras de serviços de saúde. Os agentes químicos são divididos em agentes 
explosivos, inflamáveis, que causam danos ao meio ambiente, que causam danos a saúde 
humana, agentes irritantes, tóxicos, oxidantes e corrosivos. A importância dos 
trabalhadores em compreender o que são esses agentes e químicos e que tipos de riscos 
eles causam, garante que acidentes sejam evitados, além de garantir o adequado descarte 
e a adequada ação frente a uma possível contaminação. 
Conhecendo os riscos dos agentes químicos também torna mais fácil implementar 
a utilização dos EPIs (equipamentos de proteção individuais) e dos EPCs (equipamentos 
de proteção coletiva), pois uma vez que a equipe compreende os danos passíveis de 
acontecerem tanto para si quanto para seus colegas, impondo a cada um a 
responsabilidade dobre sua saúde, a utilização dos equipamentos de segurança ganha 
maior visibilidades frente os profissionais de saúde. 
Inseparável do saber sobre os agentes químicos, o conhecimento do descarte 
correto do lixo gerado tanto por esses agentes quanto por outros materiais e insumos 
utilizados na assistência ou prestação de serviços em saúde, devemos nos atentar para o 
monitoramento de resíduos. Os hospitais, unidades básicas de saúde, laboratórios, clínicas 
e outros afins devem possuir um plano de gerenciamento de resíduos de serviço de saúde, 
visando garantir o processo adequado de descarte, que segue o seguinte fluxo: segregação 
→ acondicionamento → identificação → coleta → armazenagem → transporte → 
tratamento → disposição final. 
Os profissionais atuantes são imprescindíveis para que esse fluxo seja seguido 
corretamente, visto que são eles que fazem a segregação inicial dentro da unidade de 
assistência à saúde. Muitos erros acometem essa primeira segregação, sendo em grande 
parte por falta de conhecimentos sobre o descarte correto ou mesmo pela por não 
compreender a tamanha importância desse processo. Por sorte, esta é problema de fácil, 
porém árdua solução, uma vez que a educação continuada é fácil de ser implantada, porém 
deve, como o próprio nome diz, ser continuada acontecendo não apenas em um momento 
isolado, mas em diversas ocasiões em que for pertinente. 
A biossegurança também está presente nas passagens de plantões, visto que é 
indiscutível a necessidade de comunicação entre os plantonistas que estão terminando e 
os que estão iniciando o plantão para garantir uma continuidade da qualidade de 
assistência prestada em saúde aos clientes. Uma passagem de plantão precisa de ser clara 
e objetiva, precisa garantir que o plano de cuidado seja realizado por completo para uma 
posterior avaliação dos resultados esperados. Este é ponto de grande valia para a 
enfermagem, pois a Sistematização da Assistência de Enfermagem inclui diversas etapas 
que precisam ser observadas, implementadas e avaliadas. 
A enfermagem e a biossegurança caminham paralelas, pois considerando o 
trabalho dos profissionais de enfermagem dentro das instituições de saúde, considerando 
todos os riscos que os profissionais de saúde são diariamente expostos, a biossegurança é 
peça chave para garantir a assistência adequada e de qualidade, sem deixar de lado a 
segurança dos profissionais envolvidos.

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