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Olá!
Observamos na Unidade 6, “Acidentes com material biológico”, Capítulo 1, que a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos Estados Unidos da América (EUA), o Instituto Nacional de Segurança e Saúde no Trabalho (NIOSH) e que a Agência Europeia para a Segurança e a Saúde no Trabalho (OSH - Europa) estimam que em relação aos profissionais de saúde: 
- Existam 35 milhões de profissionais em todo o mundo;
- 3 milhões/ano desses profissionais sofrem acidentes do trabalho por exposições percutâneas a patógenos transmitidos pelo sangue (exposições de 2 milhões Hepatite B, 900 mil Hepatite C e 170 mil para HIV);
- Ocorram cerca de 600 a 800 mil acidentes por ano com materiais perfuro cortantes nos trabalhadores dos EUA;
- Ocorram cerca de 1.2 milhões de acidentes com agulhas e outros materiais perfuram cortantes nos trabalhadores da saúde por ano na Europa.
Com base nestes dados e outro a partir da leitura do conteúdo da disciplina e dos materiais complementares, responda:
Resposta
Como o engenheiro de segurança do trabalho poderia atuar para melhorar esta estatística catastrófica?
Identificar e mapear as áreas de risco é o primeiro passo para manter um ambiente seguro, tarefa que deve ser executada pela equipe do SESMT e da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA).
Esse mapeamento indicará os riscos aos quais os trabalhadores estão expostos e servirá de base para as medidas de proteção descritas em documentos como o PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais). De acordo com a NR-09, que descreve o PPRA, riscos ambientais são os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do trabalhador.
Gestores e funcionários precisam estar sempre alertas, para que as práticas de segurança do trabalho façam parte da rotina de toda a equipe.
Junto a outras medidas, a conscientização dos profissionais leva a ambientes seguros e saudáveis, além de estimular os pacientes e acompanhantes a obedecerem às regras de hospital, por exemplo, e um chefe de setor e seus companheiros.
Assim, todos ficam protegidos de contaminações, doenças e acidentes que poderiam causar impactos negativos não apenas no local, mas também na comunidade do entorno.
Usar EPIs adequadamente:
Conforme a NR-06, Equipamentos de Proteção Individual são dispositivos destinados à proteção de riscos suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.
Esses itens devem ser oferecidos gratuitamente pelas empresas, sempre que as medidas de ordem geral não oferecerem proteção completa para os riscos presentes no local de trabalho.
Também são usados enquanto a proteção coletiva estiver sendo implantada, ou em situações de emergência.
No caso dos hospitais, cada área ou departamento exige o uso de um ou mais EPI, pois é difícil proteger os trabalhadores simultaneamente de todos os riscos químicos, físicos, biológicos e de acidentes.
Luvas, aventais, máscaras e calçados de proteção são alguns itens utilizados por quem trabalha em hospitais.
Outro exemplo são os aventais de chumbo, que protegem profissionais de radiologia médica da exposição à radiação ionizante, que está relacionada ao desenvolvimento de câncer.
Seguir as Normas de Segurança:
As normas regulamentadoras que se aplicam ao ambiente hospitalar (NRs 04, 05, 06 e 09).
A mais importante é a NR-32, que estabelece diretrizes específicas para a segurança do trabalho em serviços de saúde.
Vale ressaltar que as ações de limpeza e manutenção, além de pontos que reúnem riscos incomuns, como as lavanderias possibilitam a ocorrência de acidentes se não houver um devido cuidado.
Esses locais devem ser separados em área suja e área limpa, cada qual com suas próprias medidas de proteção.
Além das NRs e outras normas do Ministério do Trabalho, regras da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e recomendações normativas da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas) e OIT (Organização Internacional do Trabalho) devem ser consideradas.
Eliminar corretamente os resíduos hospitalares
Os resíduos gerados são grandes fontes de contaminação, tanto para os colaboradores quanto para pacientes e acompanhantes.
Portanto, lidar corretamente com o lixo hospitalar é uma das práticas mais eficientes para manter o ambiente seguro.
A própria NR 32 tem parte dedicada especialmente ao treinamento, separação dos resíduos, armazenamento e transporte adequados.
Manter lixeiras feitas de material lavável, resistentes à ruptura e vazamento e com tampas providas de sistema de abertura sem contato manual é uma das exigências para hospitais.
Também é útil adotar medidas para reduzir a quantidade de resíduos gerados, e sinalizar as lixeiras para um descarte adequado.
Oferecer treinamento para os funcionários
Oferecer treinamento para os funcionários
De nada adiantaria manter um hospital devidamente limpo, sinalizado e seguro sem treinar os trabalhadores.
E não falo apenas dos profissionais de saúde, mas também do setor administrativo, financeiro, de limpeza e higiene.
Todos os que atuam em unidade hospitalar precisar estar cientes das áreas de livre circulação, das restritas e dos cuidados que deve tomar durante a jornada de trabalho, inclusive o descarte correto de resíduos.
Caso contrário, as chances de doenças e acidentes de trabalho aumentam consideravelmente, pois haverá mais erros humanos e comportamento inseguro.
Além da conscientização em geral, é preciso oferecer capacitação periodicamente aos empregados, de acordo com os riscos do seu departamento ou atividade profissional.
Aqueles que manuseiam equipamentos médicos, por exemplo, devem seguir as recomendações do fabricante e conhecer boas práticas antes de usá-los.
Exames periódicos ocupacionais de qualidade
Hospitais que tenham colaboradores contratados sob o regime CLT devem custear exames periodicamente.
Mais que uma obrigação legal, essa atitude auxilia na manutenção de uma equipe saudável, contribuindo para a adoção das práticas de segurança do trabalho.
Isso porque, após cada avaliação, é emitido um documento que confirma a aptidão do funcionário – o Atestado de Saúde Ocupacional (ASO).
Daí a necessidade de investir em exames periódicos de qualidade, feitos em locais confiáveis e que apresentem o real estado de saúde dos colaboradores.
As avaliações envolvem entrevista com o trabalhador (anamnese), testes laboratoriais e de diagnóstico, como os exames complementares.
Exames complementares são aqueles definidos de acordo com os riscos presentes no ambiente de trabalho, e podem auxiliar na prevenção de doenças e acidentes.
Um exemplo é a espirometria ou prova de função pulmonar, que serve para rastrear doenças como a asma brônquica, agravada pela exposição a poeira ou agentes que causem alergia.
SESMT, CIPA e a segurança do trabalho em hospitais
Os membros do SESMT e da CIPA são os principais responsáveis pelo levantamento dos riscos, planejamento e execução de planos preventivos.
Para que isso ocorra, é necessário contar com profissionais capacitados em segurança do trabalho e que conheçam as particularidades do ambiente hospitalar.
Também é preciso que eles tenham apoio dos gestores, a fim de disseminar uma cultura empresarial que envolva a segurança do trabalho de forma efetiva.
Só assim será possível conscientizar os trabalhadores e garantir a adoção das medidas sugeridas pelos integrantes da CIPA e do SESMT.

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