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Semiologia Respiratória

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Semiologia do Sistema Respiratório 
 
ANATOMIA: 
 
Vias aéreas superiores: 
• Nariz e seios paranasais; 
• Faringe; 
• Laringe. 
Vias aéreas inferiores: 
• Traquéia; 
• Brônquios e bronquíolos; 
• Pulmões. 
 
 
LARINGE – SINTOMAS 
• Dor: (constritiva, em queimação, aperto) 
✓ No pescoço – laringite aguda (associada a dor para engolir – odinofagia) 
• Dispnéia: 
✓ Geralmente acompanhada de estridor – laringites, alterações neurológicas e compressivas. 
• Disfonia (alteração da voz): 
✓ Rouquidão 
✓ Afonia 
Causas: laringites agudas ou crônicas, na blastomicose, na tuberculose, nos pólipos e tumores endolaríngeos, nas 
paralisias das cordas vocais, no refluxo gastresofágico, no mau uso da voz, comum em determinadas profissões 
(professores, oradores, leiloeiros), e na criança que grita em excesso. 
• Tosse: Comumente tosse rouca e acompanhada de estridor laríngeo – laringites. 
• Disfagia: (distúrbio da deglutição) 
✓ Associada a processos compressivos; 
✓ Associada a odinofagia nas laringites; 
✓ Pode associar-se com engasgos. 
• Pigarro: raspar a garganta; 
✓ Secundário a secreção na região, proveniente da faringe e seios paranasais; 
✓ Comumente associado a rouquidão. 
 
TRAQUÉIA, BRÔNQUIOS, PULMÕES E PLEURA - SINTOMAS 
DOR: 
• Parede: (de origem osteomuscular) 
✓ Localizadas, ventilatório-dependentes, piora à movimentação/mobilização do local. 
• Laringotraqueítes e traqueobronquites: (dor em queimação, associada a outros sintomas) 
✓ Referida na projeção da laringe e traquéia (pescoço e retroesternal) associadas a queixas respiratórias. 
• Pleurites: (lembram a dor de parede) 
✓ Costuma ser aguda, intensa, em pontada e geralmente bem localizada, que piora à inspiração profunda e 
com a tosse. Alívio com decúbito homolateral. (deitar sobre o lado doloroso) Paciente pode referir sensação 
de “raspar” no local da dor. Quando surge derrame pleural a dor pode desaparecer. 
• Acometimento de pleura diafragmática: 
✓ Porção central: dor referida no pescoço, trapézio e ombro; 
✓ Periferia: região baixa do tórax, lombar e transição tóraco-abdominal anterior. 
 
 
 
• Pneumotórax espontâneo: (não tem causa aparente) Dor súbita, aguda e intensa, acompanhada de dispneia. 
• Pneumonia: 
✓ Se nas periferias: dor tipo pleurítica; 
✓ Se apical, mediastinal ou diafragmático: sensação dolorosa profunda não bem localizada. Habitualmente 
acompanhada de febre e tosse. 
✓ Pleurodinia. (infecção viral de vias áreas superiores) 
• Infarto pulmonar: Parecida com a dor da pneumonia a depender da localização, porém com sintomas de início 
súbito. 
 
TOSSE: Estímulos podem ser de natureza inflamatória (hiperemia, edema, secreções e ulcerações), mecânica 
(poeira, corpo estranho, aumento e diminuição da pressão pleural, como ocorre nos derrames e nas atelectasias), 
química (gases irritantes) e térmica (frio ou calor excessivo). 
• Tipos de tosse e suas causas: 
• Seca: 
✓ Sem eliminação de secreção; 
✓ Pode ter origem fora do trato respiratório (tosse irritativa – sinusite, inflamação no ouvido, garganta) ou 
ser causada por secreção de pequena monta. 
• Produtiva: Acompanha de expectoração. 
• Rouca: (tosse metálica) 
✓ Processos laríngeos. 
✓ Metálica (timbre estridente): 
✓ Tosse de cachorro: processos laríngeos. 
• Bitonal: Paresia ou paralisia de uma das cordas vocais (compressão do n. laríngeo recorrente - mediastino médio 
inferior). 
• Quintosa: 
✓ Surge em acessos, mais frequentes de madrugada, com intervalos curtos de acalmia, acompanhada de 
vômitos (tosse emitizante), sensação de asfixia e por vezes síncope (aumento da pressão intratorácica). 
✓ Coqueluche, sinusite, processos congestivos cardiopulmonares, engasgos, etc. 
 
Exemplos: 
• Seca e frequente: virose, pneumopatia intersticial, alergia, 
ansiedade, IECA, enfisematosos. 
• Crônica e produtiva: bronquiectasia, TB, bronquite 
crônica. 
• Matinal e com expectoração escassa: tabagismo (toalete 
brônquica matinal). 
• Noturna: gotejamento nasal posterior, DRGE, ICC. 
• Com sibilo: asma, broncoespasmo, alergia, ICC. 
• Com estridor: obstrução laríngea (tosse rouca ou metálica) 
• Associada a ingestão de água ou alimentos: disfunção do 
aparato da deglutição (causas neurogênicas, mecânicas e 
iatrogênicas). 
Processos que acometem a cavidade oral, faringe, laringe 
e esôfago. 
• Com expectoração hemoptoica: (catarro com raios de 
sangue) PNM, TB, Neoplasia, infarto pulmonar, 
bronquiectasia. 
 
CARACTERISTICAS SEMIOLOGICAS DA TOSSE: 
- Seca ou produtiva: 
• Timbre específico? Rouca, metálica, bitonal. 
• Há quanto tempo começou? (duração) 
✓ Aguda: até 3 semanas. 
✓ Subaguda: 3 semanas a 3 meses. 
✓ Crônica: persiste mais do que 3 meses. 
• Em que momento do dia ou em que situação 
acontece? 
✓ Predominantemente diurna, noturna (sinusite, ICC), 
matinal (tabagismo)? 
✓ Decúbito; aos esforços; ao ingerir alimentos; em 
situações de nervosismo/ansiedade? 
• Frequência: 
• Intensidade: Leve? Moderada? Emetizante (com 
vômito)? Sincopal? 
 
- Tosse produtiva (expectoração): 
• Cor: 
✓ Mucóide (translúcida ou esbranquiçada): asma, infecções virais, quadros alérgicos, bronquite crônica, 
bactérias atípicas; 
✓ Purulenta (amarela ou esverdeada): presença de grande número de piócitos e células. Associado a 
infecções bacterianas (pneumonias bacterianas, sinusite, TB e PB; bacilos gram negativos (Klebsiella, 
Aerobacter, Pseudomonas) adquire aspecto de geleia de chocolate. 
✓ Mucopurulenta: mescla dos dois aspectos anteriores; 
✓ Hemoptóica (com raias de sangue): TB, infarto pulmonar (TEP), bronquiectasias, abscesso pulmonar, 
neoplasias, edema pulmonar agudo e nos distúrbios hemorrágicos, uso de drogas inaláveis, disfunções de 
VE. 
✓ Hemoptise (escarro francamente sanguinolento – ruptura de vasos): TB (cavernas – com aspergilose ou 
não), infarto pulmonar, doenças granulomatosas, vasculites pulmonares, uso de drogas inaláveis, distúrbios 
hemorrágicos, fístulas arterio-venosas, neoplasias, infartos pulmonares (TEP), disfunções de VE; 
• Pode ser proveniente das ramificações das aa. Pulmonares ou aa. Brônquicas (esta última com maior pressão 
apresentando sangramentos mais volumosos) 
✓ Espumosa e rósea: edema agudo de pulmão. 
• Odor: Fétido → abcessos pulmonares. 
• Consistência: 
✓ Fluída: quadros agudos, alérgicos, frio e infecções virais; 
✓ Espessa: associada a estados de desitratação, quadros crônicos e infecções bacterianas. 
• Volume: pequeno, moderado, grande. 
 
- Vômica: 
• Consiste na eliminação mais ou menos brusca de uma quantidade abundante de pus ou líquido de aspecto mucoide 
ou seroso. 
• A vômica pode ser eliminada por tosse ou não, à semelhança de um vômito. 
• Ocorre quando uma cavidade é drenada bruscamente para um brônquio. 
• Causas mais frequentes: abscesso pulmonar, empiema, bronquiectasias, mediastinites supuradas, abscesso 
subfrênico e lesões cavitarias da tuberculose. 
 
DISPINEIA - Dificuldade para respirar 
• Referida como: “falta de ar” ou “cansaço”. 
• Pode ser consciente ou não. Se consciente é sintoma. Se não, é sinal. 
• As causas de dispneia podem ser divididas em: 
✓ Atmosféricas: Atmosfera pobre em oxigênio (grandes altitudes). Mais evidente em pneumopatas crônicos. 
✓ Obstrutivas: relacionadas à redução de calibre. 
✓ Laríngeas: difteria, laringite estridulosa, edema angioneurótico, estenose por tuberculose, blastomicose ou 
neoplasia. 
✓ Traqueia: corpo estranho ou compressão extrínseca, por bócio, neoplasia, aneurisma da aorta ou 
adenomegalia mediastínica. 
✓ Bronquiolares: asma e bronquiolites. 
✓ Parenquimatosas: afecções que reduzem a área de hematose de modo intenso (reduz área de troca gasosa) 
✓ Condensações e rarefações parenquimatosas (pneumonia, fibrose, enfisema); 
• Quando o processo se instala lentamente, a dificuldade respiratória costuma ser menor, pois o organismo dispõe 
de tempo para se adaptar. 
✓ Toracopulmonares: mudanças da dinâmica toracopulmonar.✓ Fraturas dos arcos costais, cifoescoliose e alterações musculares (miosites, pleurodinias ou mialgias 
intensas). 
✓ Diafragmáticas: 
• Paralisia, hérnias e elevações uni ou bilaterais provocadas por ascite, hepatoesplenomegalia ou gravidez. 
✓ Pleurais: Pleurite seca (dor que aumenta com a inspiração); 
✓ Grandes derrames (reduzem a expansão pulmonar); 
✓ Pneumotórax espontâneo provoca dispneia intensa de início súbito. 
 
CHIEIRA OU SIBILÂNCIA: 
• Ruído predominantemente expiratório, de alta frequência, que pode ser referido como um “miado de gato” – 
GERALMENTE INICIA NA EXPIRAÇÃO 
• Resulta da redução do calibre dos bronquíolos (pequenas vias) devido broncospasmo ou edema da parede; 
• Prenúncio ou a própria crise asmática – inicialmente expiratória e difusa; 
• Outras condições que podem associar-se a broncoespasmo: fármacos colinérgicos, betabloqueadores e inalantes 
químicos, assim como vegetais e pelos de animais. 
• EAP é a condição extra pulmonar que mais provoca sibilos (asma cardíaca) – inicialmente expiratória e inicia-se 
nas bases; 
✓ Se localizada e fixa – tumor ou corpo estranho; 
✓ Se variável com a tosse – secreção em pequenas vias aéreas (secreção sai – melhora da chieira) 
 
CRONAGEM OU ESTRITOR: 
• Dificuldade inspiratória por redução do calibre da laringe, e que se manifesta por um ruído (estridor) bastante 
alto; 
• Desloca a cabeça para trás em extensão forçada para facilitar a entrada de ar; 
• Causas: laringite, a difteria, o edema da glote e os corpos estranhos. 
 
RONCOS: 
• Sons graves de baixa frequência; 
• Surge por estreitamento de brônquios: 
• Espasmo ou edema da parede ou presença de secreção aderida. 
• Causas: asma brônquica, bronquites, bronquiectasias e obstruções localizadas. 
• Podem ser fixos ou variáveis (secreção); 
• Inicialmente expiratórios (calibre das vias áreas menor)

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