Buscar

Finanças internacionais - Julia

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Finanças atividade 1 
 PERGUNTA 1 
 1. A respeito do tema Contabilidade de Renda Nacional, Taxa de Câmbio e Ativos em Moeda 
Estrangeira, faça um texto dissertativo sobre os seguintes assuntos interligados: 
 2. Qual o papel das taxas de câmbio no comércio internacional? 
 3. Qual a sua influência sobre o Balanço de Pagamentos Brasileiro? 
 4. Quais ativos são negociados no mercado cambial estrangeiro (cite pelo menos três, abordando 
seus conceitos, onde são negociados, e suas características gerais). 
 
 No mercado exterior existe alterações na taxa de câmbio que também é conhecida como flutuação 
cambial, com relevância principalmente no rendimento das empresas. É necessário um 
planejamento estratégico, levando em consideração as incertezas nos valores dos bens e das taxas 
de vendas/compras dos produtos, é impossível adivinhar quais os custos que serão reais na época 
das operações financeiras. 
Utilizando as políticas econômicas e em particular as políticas cambiais, por parte de influência do 
governo nesse mercado, podem ser relevantes e necessárias apurar o que vem a ser a taxa de 
câmbio e a sua importância sobre as operações internacionais. A taxa de câmbio é capaz de ser 
flexível ou fixa, submetendo-se ao regime do país, no caso do Brasil a taxa é flutuante, podendo 
haver intervenção determinante do Banco Central do Brasil, recentemente sendo considerado como 
flutuação suja. 
Na economia, a taxa de câmbio é de suma importância, pois atua na situação da produção/inflação, 
além do mercado externo/interno, das movimentações do capital pertencentes ao país, em diversas 
particularidades na economia, influenciando desta forma, o saldo da conta corrente do país. Existem 
várias moedas estrangeiras, porém uma grande parte das transações são realizadas em dólares 
norte-americano, considerada moeda veículo, por ser utilizada em larga escala nos contratos 
internacionais. 
Durante as negociações entre as empresas importadoras e exportadoras existem vantagens e 
desvantagens, destacamos que para a primeira, as transações são mais pertinentes quando o dólar 
está com valor baixo porque proporciona aos produtos que chegam ao país uma redução no preço e 
as empresas adquirem uma quantidade maior de lucro no repasse. Entretanto, para a segunda, o 
dólar com valor alto disponibiliza maiores vantagens, visto que a remuneração dos produtos 
vendidos será realizada com uma moeda valorizada e oferecendo como benefício os produtos com 
um preço menor para consumidores internacionais. 
No balanço de pagamentos (BP) é anotado todas as operações do país com o restante do mundo, 
funcionando como se fosse uma organização ou um balanço contábil, que contribui para preservar o 
controle das coisas, como por exemplo, as mudanças de dívidas do país com o estrangeiro em 
relação a fortuna das indústrias de exportação e importação. Com o (BP) podemos amparar a gestão 
das nossas receitas no exterior (crédito) e dos honorários que fazemos com o restante do mundo 
(débito). Existe três tipos de transações internacionais inscritos no (BP), que dão nomes há três 
grandes contas, sendo elas: Conta corrente ou balança de transações correntes; Conta financeira; 
Conta capital. 
A taxa de câmbio tem relevância sobre o (BP) em um país, sendo determinada em três mercados: 
câmbio, cambial estrangeiro ou em mercado de divisas por influência com as famílias, firmas, 
entidades financeiras que adquirem demandam/vendem ofertam dinheiro estrangeiro fazendo 
frente aos pagamentos internacionais. O que determina o nível da taxa de câmbio dando equilíbrio 
no mercado é a ação entre a procura e a proposta, tendo como principais integrantes: Bancos 
comerciais; Corporações do comércio internacional; Instituições financeiras não bancárias (as 
empresas de seguros); Bancos centrais e Indivíduos (turismo). 
Um ativo é uma forma de gerarmos riqueza, ou seja, ampliarmos nosso capital, uma maneira de 
transferir poder de compra do presente para o futuro. Quando guardamos dinheiro com o intuito 
apenas de guardar, estamos simplesmente poupando para consumi-lo no futuro. Mas, quando 
guardamos dinheiro com o objetivo de ampliar o nosso capital, estamos investindo. Por isso, nesse 
momento, precisa-se saber a diferença entre poupar e investir. Poupar é o simples ato de guardar 
dinheiro para o futuro. Investir é o ato de ampliar a quantia deste dinheiro inicial, aumentar a sua 
riqueza. Para que isso ocorra, precisamos adquirir ativos que rendem juros, ou seja, ativos que 
gerem retorno financeiro — rentabilidade. 
O preço do dinheiro de um país em termos do dinheiro de outro país é considerado o preço de um 
ativo. A taxa de câmbio é considerada um ativo devido às expectativas que elas geram sobre o seu 
nível futuro. Por exemplo, o nível da taxa de câmbio R de hoje está relacionado às expectativas dos 
agentes sobre o nível futuro dessa taxa. Se um agente tem a expectativa de que essa taxa subirá, ele 
irá adquirir esse ativo hoje, mais barato, para auferir ganhos futuros. Portanto, muitas pessoas 
demandam moeda estrangeira com o objetivo de investir (KRUGMAN; OBSTFELD, 2015). 
Outro fator que influencia a demanda de ativo sobre a forma de moeda estrangeira, por exemplo, a 
demanda por um depósito bancário em moeda estrangeira, é o retorno desse ativo, ou seja, quanto 
esperamos que esse ativo irá nos gerar no futuro (KRUGMAN; OBSTFELD, 2015). A taxa de retorno 
representa o aumento percentual no valor do ativo em dado período de tempo. Mas esse retorno é 
relativo. 
Para comparar a rentabilidade de ativos em moedas de diferentes países de forma a decidir qual 
seria o ativo mais interessante, o investidor precisa considerar a taxa real de retorno esperada, e não 
a taxa nominal. Da mesma forma que consideramos os preços relativos e não os absolutos nas 
análises econômicas, ao comparar a rentabilidade entre ativos, precisamos considerar a taxa de 
retorno calculada em termos de uma cesta representativa de produtos que os investidores 
comprariam e não simplesmente em valores nominais. Dessa forma, teremos o retorno real, aquele 
que representa de fato as mercadorias e/ou serviços que o investidor poderia comprar no futuro por 
abrir mão do consumo presente. 
Nem sempre uma taxa de retorno nominal aparentemente atrativa de fato o é, pois há o efeito da 
inflação, que corrói o poder de compra do dinheiro ao longo do tempo. Há de se verificar o retorno 
real de um ativo, ou seja, o quanto de fato gerou de retorno, desconsiderando os efeitos 
inflacionários. Veja: um investimento em uma ação de uma empresa norte-americana teve um 
aumento — taxa de retorno nominal — de 10% no último ano. Mas a inflação nesse período — o 
preço das mercadorias e serviços dessa economia — foi de 10%. Nesse caso, a taxa real de retorno 
foi zero, sendo assim, a ação não seria um ativo desejável, pois não apresentou nenhuma 
rentabilidade (KRUGMAN; OBSTFELD, 2015). 
Note que a taxa real de retorno esperada influenciará a decisão do investidor. Mas, mesmo um ativo 
que apresente uma alta taxa real de retorno esperada pode ser considerado indesejável se o risco 
for elevado. O risco é dado pelas chances de variabilidade dessa taxa, impactando de forma 
significativa a riqueza do investidor. Ativos que são muito voláteis, tais como aqueles em moeda 
estrangeira (dependem das expectativas da taxa de câmbio futura) possuem taxa real de retorno 
volátil, podendo, portanto, se tornar indesejável (KRUGMAN; OBSTFELD, 2015). 
Além da taxa real de retorno esperada e do fator risco, a demanda por um investimento em moeda 
estrangeira também dependerá do grau de liquidez do ativo. A liquidez diz respeito à velocidade 
com que um ativo pode ser vendido ou trocado por outro ativo, normalmente de menor liquidez, 
sem incorrer em perdas (ou incorrendo na menor perda possível). Investidores procuram ter alguns 
ativos líquidos como precaução contra despesas urgentesou inesperadas (KRUGMAN; OBSTFELD, 
2015). 
Portanto, pode-se concluir que a decisão por investir em um ativo em moeda estrangeira dependerá 
da taxa real de retorno esperada, do risco e da liquidez. Por sua vez, a taxa real de retorno esperada 
dependerá de dois outros fatores (KRUGMAN; OBSTFELD, 2015): 
 • Taxa de juros; e 
 • Mudanças esperadas na taxa de câmbio. 
Como em qualquer outro mercado de ativos, as demandas por depósitos em moedas estrangeiras 
são tomadas por meio da comparação das taxas de retorno esperadas desses ativos. Para tanto, o 
investidor precisará de, pelo menos, duas informações: a taxa de juros aplicada em cada depósito e 
a expectativa em relação à taxa de câmbio futura do depósito em moeda estrangeira. 
A taxa de juros fornecerá a rentabilidade de um depósito bancário. Da mesma forma que os 
depósitos em moeda nacional, os depósitos em moeda estrangeira pagam juros porque eles são 
empréstimos do depositante para com o banco. “[...] a taxa de juros de uma moeda estrangeira 
mede o retorno da moeda estrangeira em depósitos daquela moeda” (KRUGMAN; OBSTFELD, 2015, 
p. 282). 
Mas, para comparar ativos em moeda estrangeira, além de comparar a taxa de juros aplicada, o 
investidor precisará considerar a mudança esperada na taxa de câmbio. A primeira — taxas de juros 
— pode ser prefixada e conhecida, mas a segunda — taxa de câmbio — trata-se de uma expectativa 
futura em relação ao seu comportamento. Vejamos um exemplo. 
Um investidor estrangeiro tem a opção de investir certo montante (US$1.000,00) em seu país 
(Estados Unidos) à taxa de juros de 6%a.a., ou em um ativo de risco equivalente no Brasil à taxa de 
2%a.a por prazo de um ano. Sabendo-se que a taxa de câmbio no início do período é de R$4/US$ e 
que a expectativa em relação à taxa de câmbio esperada no final do período da aplicação seja de 
R$3,50/US$, em que o investidor deverá aplicar seus recursos, em dólares no mercado norte-
americano ou em reais no Brasil? 
Se levarmos em consideração apenas a taxa de juros aplicada, considerando todas as demais 
variáveis idênticas (despesas administrativas, riscos envolvidos, e outras) e a não existência de 
inflação em ambos os países, optaríamos pela aplicação que paga a maior taxa de juros, ou seja, o 
investimento em dólares nos EUA. Porém, por se tratar de aplicação em países diferentes, devemos 
lembrar que, além da incidência da taxa de juros, a variação na taxa de câmbio esperada também 
deve ser considerada, pois influenciará a taxa de retorno. 
Se o câmbio na data da decisão de investir é de R$4/US$, e espera-se que o mesmo esteja 
R$3,50/US$ no momento do resgate, a variação na taxa de câmbio esperada é de 12,5%. Por meio 
da equação de cálculo da taxa de variação, verifica-se que o resultado é negativo, o que representa 
uma queda da taxa de câmbio, ou seja, há uma expectativa de valorização da moeda nacional (R$) 
frente à moeda estrangeira (US$).

Continue navegando