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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS FACULDADE DE EDUCAÇÃO LICENCIATURA EM PEDAGOGIA RELATÓRIO DO DEBATE DISCIPLINA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO BELO HORIZONTE 2019 Aline Louise de Oliveira – (turma 6) Cláudia Cristina Ramos Pinto – (turma 5) Edirlane Aparecida Gonçalves Araújo – (turma 6) Elisângela Aparecida Silva – (turma 6) Wellington Rodrigues Santana – (turma 6) RELATÓRIO DO DEBATE Belo Horizonte MG 2019 2. INTRODUÇÃO A segregação representa um perigo que envolve a humanidade. A superioridade racial causa conflitos e precisamos encontrar meios de eliminá-la. A segregação é o ato de separar alguns elementos do grupo e é motivada pelo racismo, apenas a espécie humana pelas diferenças físicas. O racismo causa violência. Por causa dele gerou-se guerras, escravidão, no Brasil, as antigas colônias, porque se apoia em doutrinas filosóficas, religiosas e políticas. A segregação é racial, mas também, cultural e econômica. Os índios também sofrem com essa discriminação. O Brasil é um país de mestiços, porém, essa mestiçagem não ocorre nas camadas mais altas da sociedade. Dificilmente o negro alcança posições de destaque nos negócios ou cargos no poder político. Os escravos ensinaram o brasileiro a comer, a sambar, a gingar capoeira, mesmo quando estavam na miséria e humilhação da senzala. E foram expostos como animais, açoitados, condenados a comer restos e desses restos criaram a feijoada, o acarajé, o vatapá e tudo é ostentado como culinária típica brasileira. Criaram os passos do nosso frevo e o ritmo do nosso samba através de seus tambores. Proibidos de orar a seus próprios deuses, souberam juntá-los aos deuses cristãos e impregnaram a nossa cultura. Viram suas mulheres serem roubadas e usadas pelos senhores e fazendeiros e disputavam as poucas fêmeas que sobravam usando do romance e da sensualidade. O brasileiro ainda não soube demonstrar ao negro o respeito e a admiração devidas. E agradecer ao negro é dar-lhe a mesma oportunidade de participar em nosso contexto político, social e econômico que sé oferecido ao branco. Os negros são portadores de um patrimônio cultural, digno de absoluto respeito. A esperança é viável e a intolerância poderá vir a ser eliminada. É preciso esforço para compreender o “homem em toda sua plenitude”, seja qual for sua cultura e aparência e compreender que as diferenças são apenas detalhes. A tolerância faz parte das discussões políticas internacionais, o que pode ampliar a capacidade de compreensão e aumentar o respeito pelo outro. Um estado de consciência começa a se formar. A ONU está impondo abertura para os excluídos e a consciência do estudante brasileiro está crescendo para o sentido e o papel do negro e do índio em nossa história. Para sermos mais tolerantes precisamos ter mais empatia e enxergarmos do ponto de vista do outro. Afinal, não há amor sem compreensão, assim, o racismo e a segregação se tornarão apenas um erro do passado, como foi a escravidão. 3. OBJETIVOS Buscando discutir com a comunidade escolar que estamos inseridos, conscientizando da importância de se combater o racismo, visto que ele gera violência e se trata de uma grande injustiça da humanidade contra seus semelhantes. Apresentar para a comunidade escolar o valor cultural dos diversos povos e sociedades para termos mais empatia e compreendermos que sem igualdade a humanidade não pode caminhar. 4. JUSTIFICATIVA Os verdadeiros valores humanos sucumbem e perdem espaço para futilidades. O que significa ser humano está muito além da aparência física. Envolve valores e sentimentos que estão muito além da cor da pele ou tipo de cabelo. O racismo leva a uma devastação na mente das pessoas. A influência de livros escritos baseados na ignorância, no passado, prejudicam a dignidade das pessoas até os dias atuais. O combate ao racismo deve acontecer em sua raiz e para isso a tolerância é imprescindível. 5. METODOLOGIA INTEGRANTES DO GRUPO: O presente trabalho foi realizado pelos seguintes estudantes do curso de Pedagogia da UEMG servidores da PBH na EMEI Cavalinho de Pau: - Aline – Assistente Administrativo Educacional, atuando na biblioteca. - Cláudia Ramos, Edirlane Araújo e Elisângela Silva – Professoras para a Educação Infantil. - Wellington Santana - Assistente Administrativo Educacional, atuando como Secretário. PÚBLICO-ALVO: Comunidade escolar, compareceram pais, funcionários da escola, vice-diretora, professora e secretária. LOCAL: o debate foi realizado em uma sala de aula, por ser o maior ambiente com capacidade disponível para distribuição das cadeiras e instalação do data-show. HORÁRIO: Começamos o debate às 17:30hs, logo após a saída dos alunos da Instituição. 5.1 PREPARAÇÃO Convidamos a comunidade escolar através de um bilhete para a participação em um debate sobre o racismo. Utilizamos o data show com o vídeo do Kabengele Munanga e fizemos uma roda com as cadeiras para debatermos o tema. Cada componente do grupo se encarregou de uma tarefa, tais como: gravar o vídeo, montagem dos equipamentos, organização do espaço, confecção do bilhete de agradecimento aos participantes. Figura 1. Apresentação do vídeo e debate com a comunidade. Fonte: registro dos autores. Figura 2. Apresentação do vídeo e debate com a comunidade. Fonte: registro dos autores. 5.2 ORGANIZAÇÃO Após o vídeo cada integrante do grupo falou a respeito do assunto e fez suas próprias observações. O grupo procurou enfatizar as falas de Kabengele que trata das questões raciais, ressaltando que a genética provou e comprovou que a raça não existe, sendo assim, somos todos iguais. Então de onde vem o racismo? O racismo se tornou uma crença que foi difundida em livros, advindos de ideias errôneas e inferiorizou outras raças diferentes dos brancos em uma época que a Europa era tida como centro do mundo. Antigamente, a teologia tinha o monopólio do conhecimento e só quem convertia ao cristianismo era considerado descendente de Adão. O racismo se manifesta através de: - Percepção das diferenças. - Classes sociais diferentes. - Religião – cada um acha a sua verdadeira. - Etnias. - algumas nações se acham superiores. - Gênero sexual. Criam se expressões usando rejeição verbal, piadas, injúrias, etc. Por exemplo, associando a cor de pele a sujeira. Pedimos aos participantes da palestra que falassem de suas experiências próprias ou algum fato da qual soubessem ou testemunharam de episódios envolvendo racismo. Figura 3. Participantes do debate. Comunidade escolar. Fonte: registro dos autores. Figura 4. Participantes do debate. Comunidade escolar. Fonte: registro dos autores. Depoimento 1 – R.M.C “Meu marido foi mandado embora só por causada cor dele. Isso aconteceu a muito tempo. Se fosse hoje eu entrava com um processo. O patrão dele falou que macaco não dá conta do serviço. Depoimento 2 – A. “Pegaram o meu vizinho, foi a Polícia Militar. Deram um coro nele de cassetete. Aconteceu porque ele se aparecia com o bandido, mas era inocente. Pegaram ele porque era preto.” Depoimento 3 – V “Eu assisti a uma reportagem que um cantor de pagode foi confundido com o porteiro. O motorista saindo do estacionamento do prédio e entregando pra ele as chaves do portão só porque ele era negro. Era o netinho de Paula.” Depoimento 4 – A “Meu primo chamou um táxi, ele é bem negrinho. O taxista olhou para ele e foi embora.’ Depoimento 5 - E.R.S “eu também vi foi uma reportagem. Uma menina negra sofreu discriminação na escola particular. Uma coleguinha disse a ela que se o Bolsonaro ganhasse não haveria mais mistura. A mãe da menina negra era advogada e processou os pais da coleguinha. Já vi muitos rapazes apanhando da polícia na rua e a maioria eram negros.” Figura 5 – Entrega da mensagem de agradecimentoaos participantes. Fonte: registro dos autores. 6. AVALIAÇÃO Foi de grande importância o debate sobre o racismo visto que, todos os participantes opinaram e testemunharam casos de segregação, comprovando que existe, sim no Brasil, um racismo velado, mas que ainda gera violência, o que representa um sinal de atraso e é necessário evoluir e combater essa falta de humanidade da qual muitas vítimas sofrem suas consequências. 7. CONCLUSÃO Concluímos, então, que, no Brasil, o racismo tem mesmo peculiaridades diferentes. O tom de pele é o mais intolerado. Quanto mais escuro, mais discriminado. A humanidade precisa aprender que, segundo Kabengele: “o racismo contraria a solidariedade humana e a humanidade”. 7. REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANTUNES, Celso. Uma aldeia em perigo: os grandes problemas geográficos do século 20. 2ª ed. São Paulo: Vozes. 1982. 172 p. KABENGELE, Munanga. Relações Etnicos-raciais. 2013. Disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=7FxJOLj6HCA&feature=youtu.be acesso em 27/09/2019. https://www.youtube.com/watch?v=7FxJOLj6HCA&feature=youtu.be
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