Buscar

Protocolo de Acidente com Material Biológico - Texto PDF

Prévia do material em texto

Centro Universitário Universus Veritas – UNIVERITAS 
Curso de Graduação em Enfermagem 
 
 
Elana Abreu 
Ester Santos 
Ivonete Vieira 
Joseilda Ferreira 
Julianne Cerqueira 
Luiz Gustavo 
Patrícia Brito 
Patrícia Sarrafe 
Raphaela Schmitz 
Thamires Ximenes 
8° período, turno da noite. 
 
 
 
 
 
Trabalho: Protocolo de acidente com material biológico. 
Cuidado Integral ao paciente nas doenças infecto-parasitárias 
2021 
Protocolo de Acidente com Material Biológico 
 
Primeiramente deve-se entender o que seriam os materiais biológicos, que são tecidos ou 
fluidos constituintes do organismo humano, tais como excrementos, fluidos corporais, células, 
tecidos, órgãos ou outros fluidos de origem humana ou isolados a partir destes. sangue, 
fluidos orgânicas potencialmente infectantes (sêmen, secreção vaginal, líquido sinovial, 
líquido pleural, peritoneal, pericárdico e amniótico), fluidos orgânicos potencialmente não 
infectantes (suor, lágrima, fezes, urina e saliva), exceto se contaminado com sangue. 
Então, entende-se que acidente com material biológico é o tipo de acidente que envolve o 
profissional de saúde com qualquer tipo de exposição contaminante com matérias biológicos. 
Antes que ocorra o acidente com material biológico é necessário que o profissional tenha 
ações de biossegurança seguindo as precauções padrões como a imunização, EPI, EPC, 
Material Biológico, Epidemiologia. 
Imunização 
É obrigatório que o profissional de saúde esteja com todo seu calendário vacinal em dia. 
Sendo para qualquer profissional de saúde indispensável as vacinas: Hepatite B - 3 doses, e 
controle da resposta vacinal (anti HBs Ag), Tétano - 3 doses, e reforço a cada 10 anos. 
Geralmente é aplicada a Dupla Adulto (Tétano e Difteria). Tríplice viral (Sarampo, Caxumba 
e Rubéola) - 2 doses para quem tem até 20 anos de idade; 1 dose para quem tem de 20 à 49 
anos de idade, Influenza - 1 dose anualmente. 
Os funcionários com risco aumentado à raiva deverão receber o esquema antirrábico e 
anualmente verificar a titulação de anticorpos antirrábicos. Funcionários com doenças 
crônicas devem tomar a vacina Pneumocócica valente. 
EPI e EPC 
Toda empresa deve oferecer equipamentos de proteção individual e coletivo para os 
funcionários do setor. Além de disponibilizar treinamento para os mesmos, para assim não 
ocorrer acidentes desnecessários por desconhecimento do uso dos EPI’s. 
 
Condutas Imediatas Após a Ocorrência do Acidente 
Após o acidente as condutas a que devem ser tomadas no ambiente do local de trabalho 
envolvem: 
 O profissional acidentado deve lavar o local do ferimento com água corrente e sabão 
neutro imediatamente. (Em casos de mucosas lavar somente com água abundante ou 
SF). 
 Informar sobre o acidente ao gestor da unidade. 
 O gestor é responsável pelo acolhimento, orientação, encaminhamento do funcionário 
acidentado (dentro de 02 horas) à unidade de primeiro atendimento e a indicação de 
um acompanhante para conduzi-lo, além das ações a seguir: 
 
1. Ler, explicar e solicitar a assinatura no “Termo de Consentimento Livre e Esclarecido” 
(Anexo I) para autorização da coleta de sangue e realização de testes rápidos para 
HIV, Hepatite B, Hepatite C, Sífilis. Preencher todos os dados do paciente. 
2. Se houver consentimento, realizar os testes rápidos, emitir o laudo (anexo II), 
assinado, carimbado e datado pelo realizador do teste. 
3. Anotar os resultados na ficha SINAN ou ficha Z. 20.9 (Anexo III) no campo nº 54. 
4. Coletar 5 mL de sangue venoso em tubo seco (identificar o frasco com o nome 
completo do paciente fonte, data e horário da coleta). Este material coletado deverá ir 
junto com o acidentado para a Unidade de primeiro atendimento. 
5. As unidades e instituições que não possuem teste rápido disponível e/ou profissional 
habilitado devem enviar o sangue do paciente fonte junto com o acidentado para a 
Unidade de primeiro atendimento, com o Anexo I devidamente preenchidos. Quando 
não for possível realizar a coleta de sangue, encaminhar o paciente-fonte junto com o 
acidentado à unidade de primeiro atendimento. 
6. No caso da não autorização do paciente fonte para realização dos testes rápidos nem 
coleta de sangue, isto deve ser registrado no Anexo I, assinado pelo paciente fonte ou 
assinatura de testemunha. 
7. No caso da impossibilidade da autorização pelo paciente ou por um responsável, por 
ex.: paciente em coma ou que foi a óbito, poli trauma que chega num Pronto Socorro 
muitas vezes sem acompanhante, deve ser colhido sangue porque o que está em risco é 
a saúde física e psicológica do funcionário. Realizar A-1, A-2, A-3, A-4. Não se 
esquecer de anotar na ficha do paciente, que foi tomada tal conduta, por que não havia 
ninguém que respondesse por ele naquele momento. 
8. Quando não for possível identificar o paciente-fonte anotar no campo 53 do Anexo 
IIISINAN: “não conhecido” 
 
Epidemiologia dos acidentes com material biológico 
O risco varia de acordo com o tipo de acidente, ou seja, a exposição que esse profissional teve 
ao se acidentar contando também com o tipo de gravidade, tamanho da lesão, presença e 
volume de sangue envolvido, além das condições clínicas do paciente fonte, da profilaxia pós-
exposição. 
Risco de Transmissão do vírus da imunodeficiência humana - HIV 
Vários fatores podem interferir no risco de transmissão do HIV. Estudos realizados 
estimam, em média, que o risco de transmissão do HIV é de 0,3% (IC 95% = 0.2 – 0.5%) em 
acidentes percutâneos e de 0,09 % (IC 95% = 0.006 – 0.5%) após exposições em mucosas. O 
risco após exposições envolvendo pele não-íntegra não é precisamente quantificado, 
estimando-se que ele seja inferior ao risco das exposições em mucosas. 
Materiais biológicos e risco de transmissão do HIV: 
 Sangue, outros materiais contendo sangue, sêmen e secreções vaginais são 
considerados materiais biológicos envolvidos na transmissão do HIV. Apesar do 
sêmen e das secreções vaginais estarem freqüentemente relacionados à transmissão 
sexual desses vírus, esses materiais não estarão envolvidos habitualmente nas 
situações de risco ocupacional para profissionais de saúde. 
 Líquidos de serosas (peritoneal, pleural, pericárdico), líquido amniótico, líquor e 
líquido articular são fluidos e secreções corporais potencialmente infectantes. Não 
existem, no entanto, estudos epidemiológicos que permitam quantificar os riscos 
associados a estes materiais biológicos. Estas exposições devem ser avaliadas de 
forma individual, já que, em geral, estes materiais são considerados como de baixo 
risco para transmissão viral ocupacional. 
 Suor, lágrima, fezes, urina, vômitos, secreções nasais e saliva (exceto em ambientes 
odontológicos) são líquidos biológicos sem risco de transmissão ocupacional. Nestes 
casos, as profilaxias e o acompanhamento clínico-laboratorial não são necessários. A 
presença de sangue nestes líquidos torna-os materiais infectantes. 
 Qualquer contato sem barreira de proteção com material concentrado de vírus 
(laboratórios de pesquisa, com cultura de vírus e vírus em grandes quantidades) deve 
ser considerado uma exposição ocupacional que requer avaliação e acompanhamento. 
As estimativas baseiam-se em situações de exposição a sangue, o risco de infecção 
associado a outros materiais biológicos é provavelmente inferior. Casos de contaminação 
ocupacional pelo HIV podem ser caracterizados como comprovados ou prováveis. 
De maneira geral, casos comprovados de contaminação por acidente de trabalho são 
definidos como aqueles em que há evidência documentada de soro conversão e sua 
demonstração temporal associada à exposição ao vírus. 
No momento do acidente, os profissionais apresentam sorologia não reativa, e durante o 
acompanhamento se evidencia sorologia reativa. Alguns casos em que a exposição é inferida 
(mas não documentada) também podem ser considerados como casos comprovadosde 
contaminação quando há evidência de homologia da análise sequencial do DNA viral do 
paciente-fonte e do profissional de saúde. 
Casos prováveis de contaminação são aqueles em que a relação causal entre a exposição e 
a infecção não pode ser estabelecida porque a sorologia do profissional acidentado não foi 
obtida no momento do acidente. Os profissionais de saúde apresentam infecção e não 
possuem nenhum risco identificado para infecção diferente da exposição ocupacional, mas 
não foi possível a documentação temporal da soro conversão. 
Risco de Transmissão do vírus da Hepatite B - HBV 
O risco de contaminação pelo vírus da Hepatite B (HBV) está relacionado, principalmente, 
ao grau de exposição ao sangue no ambiente de trabalho e também à presença ou não do 
antígeno HBeAg no paciente-fonte. 
Em exposições percutâneas envolvendo sangue sabidamente infectado pelo HBV e com a 
presença de HBeAg (o que reflete uma alta taxa de replicação viral e, portanto, uma maior 
quantidade de vírus circulante), o risco de hepatite clínica varia entre 22 a 31% e o da 
evidência sorológica de infecção de 37 a 62%. Quando o paciente-fonte apresenta somente a 
presença de HBsAg (HBeAg negativo), o risco de hepatite clínica varia de 1 a 6% e o de soro 
conversão 23 a 37%. 
Risco de Transmissão do vírus da Hepatite C - HCV 
O vírus da hepatite C (HCV) só é transmitido de forma eficiente através do sangue. A 
incidência média de soro conversão, após exposição percutânea com sangue sabidamente 
infectado pelo HCV é de 1.8% (variando de 0 a 7%). Um estudo demonstrou que os casos de 
contaminações só ocorreram em acidentes envolvendo agulhas com lúmen. 
O risco de transmissão em exposições a outros materiais biológicos que não o sangue não é 
quantificado, mas considera-se que seja muito baixo. A transmissão do HCV a partir de 
exposições em mucosas é extremamente rara. Nenhum caso de contaminação envolvendo pele 
não-íntegra foi publicado na literatura. 
Nos casos de exposição não ocupacional, estima-se que 30-40% dos casos não têm forma 
de infecção identificada. Ao contrário do HBV, dados epidemiológicos sugerem que o risco 
de transmissão do HCV, a partir de superfícies contaminadas não é significativo, exceto em 
serviços de hemodiálise, onde já foram descritos casos nos quais houve contaminação 
ambiental e níveis precários de práticas de controle de infecção. 
Protocolo De Acidente Com Material Biológico 
Estabelecer sistemática de atendimento nos diferentes níveis de complexidade que permita 
diagnóstico, condutas, medidas preventivas e notificação da exposição a material biológico, 
prioritariamente na transmissão do vírus da imunodeficiência humana (HIV), do vírus da 
Hepatite B (HBV) e do vírus da Hepatite C (HCV), orientar o fluxo de atendimento. 
A Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é um documento emitido para reconhecer 
tanto um acidente de trabalho ou de trajeto bem como uma doença ocupacional. 
Acidente de trabalho ou de trajeto: é o acidente ocorrido no exercício da atividade 
profissional a serviço da empresa ou no deslocamento residência / trabalho / residência, e que 
provoque lesão corporal ou perturbação funcional que cause a perda ou redução – permanente 
ou temporária – da capacidade para o trabalho ou, em último caso, a morte; Doença 
ocupacional: é aquela produzida ou desencadeada pelo exercício do trabalho peculiar a 
determinada atividade e constante da respectiva relação elaborada pelo Ministério do 
Trabalho e da Previdência Social. Em caso de morte, a comunicação deverá ser imediata. 
Registro da CAT on-line 
Para sua comodidade, o INSS permite o Registro da CAT de forma online, desde que 
preenchidos todos os campos obrigatórios. O sistema também permite gerar o formulário da 
CAT em branco para, em último caso, ser preenchido de forma manual. 
Para tanto, o formulário da CAT deverá estar inteiramente preenchido e assinado, 
principalmente os dados referentes ao atendimento médico. Documento necessário para ser 
atendido nas agências do INSS no mínimo deverá ser apresentado um documento de 
identificação com foto e o número do CPF. 
Para qualquer dos casos indicados acima, deverão ser emitidas quatro vias sendo: 
1ª via ao INSS 
2ª via ao segurado ou dependente 
3ª via ao sindicato de classe do trabalhador 
4ª via à empresa. 
Notificação 
No ato do ocorrido, deve ser realizada a notificação junto ao responsável do setor, que 
notificará o SCIH (Serviço de Controle de Infecção Hospitalar) ou o órgão responsável para 
avaliar o acidente e seguir os procedimentos de conduta imediatamente, se estendendo no 
prazo máximo de 72 horas, o departamento de pessoal deve enviar a CAT (Comunicação de 
Acidente de trabalho), preenchido pelo médico do trabalho que atendeu o acidentado, com a 
finalidade de documentar o ocorrido para fins legais. 
 
Ficha de investigação – Acidente de trabalho com exposição à material biológico. 
 
Atendimento 
 Conduta do acidentado 
O acidentado deve lavar o local do ferimento abundantemente com água e sabão, quando 
mucosas forem atingidas lavar apenas com água abundantemente ou soro fisiológico. 
Comunicar sobre o acidente imediatamente ao gestor presente na unidade. O gestor é 
responsável pelo acolhimento, orientação, encaminhamento do funcionário acidentado (dentro 
de 02 horas) à unidade de primeiro atendimento e a indicação de um acompanhante para 
conduzi-lo, além das ações descritas a seguir. 
 Conduta do enfermeiro do serviço 
 A conduta depende de algumas variáveis, que irá desde indicar vacinação, como indicar 
aplicação de Imunoglobulina (HBIG). No caso de situação vacinal desconhecida ou não 
afetada, o paciente deverá receber a 1ª dose da vacina e encaminhar para o prosseguimento na 
unidade básica mais próxima da residência. Neste caso a Vigilância Epidemiológica deverá 
ser avisada o mais breve possível para providenciar a HBIG. Esta pode ser aplicada até 7 dias 
após o acidente. A aplicação IM (intramuscular) será realizada no PSM após agendamento 
feito pela Vigilância Epidemiológica 
Quando houver indicação da quimioprofilaxia para o HIV (sorologia do paciente fonte for 
reagente para o HIV, ou se o acidente for considerado de grave risco). Esclarecer o 
acidentado sobre a conduta terapêutica. Preencher o “Termo de Consentimento Informado” 
para o Profissional Acidentado que fará uso da Terapia Antirretroviral (anexo VI). Iniciar a 
TARV (tratamento antirretroviral). A 1ª dose deve ser tomada preferencialmente até 2 hs após 
o acidente, no local do primeiro atendimento, ou até no máximo de 72 horas. Fornecer ao 
acidentado as doses subsequentes, com prescrição médica, para ir tomando até que possa ser 
atendido no SEPA, onde fará o restante do tratamento. 
 
Conduta frente a cada agente etiológico no acidente com material biológico 
A diversos tipos de agentes etiológicos possíveis de se transmitir durante um acidente com 
material biológico, porem aqui será descrito a conduta frente a transmissão do vírus HIV, da 
Hepatite B e Hepatite C. 
Conduta frente ao acidente com exposição ao HIV 
 Paciente-fonte HIV positivo 
Conduta: análise do acidente e indicação de quimioprofilaxia antirretroviral (ARV) 
Profilaxia Pós-Exposição (PPE) 
 Paciente-fonte HIV negativo 
Conduta: Apresentar documentação recente (até 60 dias para HIV) ou realizar teste 
convencional ou teste rápido. 
Não tem quimioprofilaxia antirretroviral indicada. 
 Paciente-fonte com situação sorológica desconhecida 
Assim que possível, ser testado para o vírus HIV, depois de obtido o seu consentimento; 
deve-se colher também sorologias para HBV e HCV. 
 Paciente-fonte desconhecido 
Recomenda-se a avaliação do risco de infecção pelo HIV, levando-se em conta o tipo de 
exposição, dados clínicos e epidemiológicos. 
A Profilaxia Pós-Exposição – PPE, deve ser iniciada o mais rápido possível, é 
recomendado que seja iniciada de 12 a 36horas após a exposição. A quimioprofilaxia tem 
duração de 28 dias. Os esquemas preferenciais para PPE estabelecidos pelo Ministério da 
Saúde são: 
1) Básico - ZIDOVUDINA (AZT) + LAMIVUDINA (3TC) – Preferencialmente combinados 
em um mesmo comprimido. 
Esquema alternativo: TENOFOVIR + LAMIVUDINA (TDF + 3TC) ou ESTAVUDINA + 
LAMIVUDINA (d4T + 3TC) 
2) Ampliado - ZIDOVUDINA (AZT) + LAMIVUDINA (3TC ) + LOPIVANIR/ 
RITONAVIR ou ZIDOVUDINA (AZT) + LAMIVUDINA (3TC ) + TENOFOVIR 
Esquema alternativo TENOFOVIR + LAMIVUDINA + LOPIVANIR/ RITONAVIR 
Conduta frente ao acidente com exposição à Hepatite B 
A vacinação é a principal medida de prevenção de hepatite B. O ideal e que ela seja feita 
antes da admissão do profissional nos serviços de saúde, apresenta-se necessária para todos 
aqueles que podem estar expostos aos materiais biológicos durante suas atividades. O 
esquema vacinal é composto por uma série de três doses da vacina com intervalos de zero, um 
e seis meses. Um a dois meses após a última dose (com intervalo máximo de 6 meses). 
Caso o profissional exposto não tenha tomado a vacina ou tenha feito a utilização de uma 
segunda serie vacinal (6 doses) sem obter um resposta imunológica adequada pode ser 
utilizado a imunoglobulina hiperimune contra hepatite B (IGHAHB). A IGHAHB deve ser 
aplicada por via IM. Ela fornece imunidade provisória por um período de 3 a 6 meses após a 
administração. 
Abaixo segue uma tabela do Manual de condutas em exposição ocupacional a material 
biológico. 
 
Conduta frente ao acidente com exposição à Hepatite C 
Até agora não há nem uma profilaxia pós-exposição contra a hepatite C. Levando em 
consideração que a ocorreu uma positivação tardia do Anti-HCV, é recomendado realizar o 
teste de RNA-HCV qualitativo com no máximo 90 após a contaminação. Em caso de 
resultado positivo o profissional acidentado deve realizar acompanhamento com profissional 
especializado. 
 
Prática de prevenção primária para acidentes com material biológicos 
Os profissionais da área da saúde apresentam maior contato com o doente, e por este 
motivo a mais probabilidade aos riscos, assim como a exposição a agentes infecciosos. Com 
isso, cabe à responsabilidade de adotar cuidados com a biossegurança, o uso correto de EPI 
(equipamentos de proteção individual); mascar-luvas-avental-óculos, manipular corretamente 
os resíduos. 
Lavar as mãos com água corrente e sabão e imunização para Hepatite B- 3 doses e 
realizações do anti HBS. 
Diante aos riscos enfrentados pelos profissionais, comprova-se a importância da prevenção 
primária tanto para o coletivo e o individual. 
De acordo com pesquisas, a maioria dos profissionais possui conhecimento, mas não 
praticam as devidas ações preventivas. Autores revelam que a utilização das precauções pode 
ser influenciada pelos anos de experiência, sendo negativo na aderência das medidas de 
proteção (SANTOS, 2013). 
O uso de EPI no Brasil é subsidiado pelo Ministério do Trabalho que por meio da NR 32, 
preconiza que é responsabilidade do empregador o fornecimento de vestimentas e EPI`s. 
Sejam descartáveis ou não, deverão estar à disposição em número suficiente nos postos de 
trabalho, de forma que seja garantido o imediato. Os serviços devem oferecer os EPI`s 
necessários à execução de atividades que ofereçam risco aos trabalhadores e é dever dos 
profissionais usá-los (BRASIL, 2005). 
 
Medidas de Prevenção pós-exposição a Material Biológico 
 Lavar a área contaminada com água e sabão 
 Não espremer a área atingida 
 Não esfregar 
 Procurar atendimento médico com Urgência (nas primeiras duas horas após o 
acidente, até 72horas) 
 Realizar teste para HIV Hepatite B e C (teste rápido) 
 Realizar teste para HIV Hepatite B e C no paciente fonte (quando conhecido) (teste 
rápido) 
 
 
O que fazer se ocorrer Acidente com Exposição a Material Biológico 
 1° momento 2° momento 3° momento 
Testar HIV Momento zero 30 dias 90 dias 
Testar Hepatite B Momento zero 90 dias 180 dias 
Testar Hepatite C Momento zero 90 dias 180 dias 
 
ATENÇÃO! Evitar: 
 Manter relações sexuais sem o uso de preservativo; 
 Engravidar; 
 Amamentar e 
 Doar sangue, órgãos, sêmen. 
 Conduta de educação em saúde frente ao acidente com material biológico 
Índices: 
1. Tipos de exposição 
2. Prevenção 
3. Procedimentos em caso de exposição 
Tipos de exposição 
 Exposições percutâneas 
 Exposições em mucosas 
 Exposições cutâneas 
 Mordeduras humanas 
Prevenção contra exposição 
1. Uso constante de barreiras de proteção (óculos de proteção, luvas, capotes). 
2. Não utilizar dedos como anteparo para realização de procedimentos com materiais 
perfurantes. 
3. Não encapar, retirar, entortar ou quebrar agulhas com as mãos. 
4. Manter todos os materiais perfurantes em um recipiente resistente a perfuração e com 
tampa. 
Procedimentos em caso de exposição 
Cuidados com a área atingida: A lavagem exaustiva do local exposto com água e sabão nos 
casos de exposições percutâneas ou cutânea. 
Medicamentos contra HIV e HBV: Muita das vezes os medicamentos recomendados são 
Profilaxia e Quimioprofilaxia. 
Testes ANTI-HIV, ANTI-HCV e HBsAg do paciente: O paciente-fonte deverá ser avaliado 
quanto à infecção pelo HIV, hepatite B e hepatite C, no momento da ocorrência do acidente. 
Registrar o incidente ocorrido: Informar dados como horário, data, área do corpo atingida e 
detalhes do acidente. 
Buscar acompanhamento clínico-laboratorial: O acompanhamento deverá ser realizado para 
todos os profissionais de saúde acidentados que tenham sido expostos, independente do uso 
de quimioprofilaxias ou imunizações. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências: 
Fluxo de atendimento e conduta após acidente com exposição a fluidos biológicos. 
PROGRAMA ESTADUAL DST/Aids – São Paulo. Acesso disponível em: < 
http://www.segurancanotrabalho.eng.br/download/conduta_pos_acidente_fluido_biologico.pd
f > 
Ministério da Saúde. Ficha de investigação – SINAN. Acidente de trabalho com exposição 
à material biológico. 2019. Acesso disponível em: < 
http://portalsinan.saude.gov.br/images/DRT/DRT_Acidente_Trabalho_Biologico.pdf > 
Ministério da Saúde. Exposição a Materiais Biológicos. 1.ª ed. Brasília – DF, 2006. Acesso 
disponível em: < 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_expos_mat_biologicos.pdf > 
BRASIL. CASA CIVIL. Lei n°8213, de 24 de julho de 1991 – Dispõe sobre os planos de 
benefícios da Previdência Social e dá outras providências. Disponível em: < 
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm. > 
BRASIL. JUSTIÇA DO TRABALHO. Resolução CSJT n° 96/2012 – Dispõe sobre o 
Programa Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho e dá outras providências. 
Disponível em: < 
https://www.tst.jus.br/documents/1199940/1201592/Resolu%C3%A7%C3%A3o+96-2012+-
+Preven%C3%A7%C3%A3o+de+Acidentes+de+Trabalho-1.pdf. > 
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/04manual_acidentes.pdf 
http://www.segurancanotrabalho.eng.br/download/conduta_pos_acidente_fluido_biologico.pdf
http://www.segurancanotrabalho.eng.br/download/conduta_pos_acidente_fluido_biologico.pdf
http://portalsinan.saude.gov.br/images/DRT/DRT_Acidente_Trabalho_Biologico.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/protocolo_expos_mat_biologicos.pdf
https://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8213cons.htm
https://www.tst.jus.br/documents/1199940/1201592/Resolu%C3%A7%C3%A3o+96-2012+-+Preven%C3%A7%C3%A3o+de+Acidentes+de+Trabalho-1.pdf
https://www.tst.jus.br/documents/1199940/1201592/Resolu%C3%A7%C3%A3o+96-2012+-+Preven%C3%A7%C3%A3o+de+Acidentes+de+Trabalho-1.pdf
https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/04manual_acidentes.pdf