Resumo de Crimes contra a liberdade individual

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Crimes contra a liberdade individual 
 
Constrangimento ilegal- art. 146 
 
Constranger, no sentido de 
impedir, limitar ou dificultar a 
liberdade de alguém. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O constrangimento é no 
sentido de obrigar a vítima a não 
fazer aquilo que a lei permite ou, 
fazer o que ela não manda. 
 
 Bem jurídico tutelado 
 
Liberdade individual ou 
pessoal, o objeto material é a 
pessoa. 
 
Sujeito ativo e passivo 
 
Qualquer pessoa, é um crime 
comum. 
 
Formas e meios de execução 
 
a) Violência física e/ou 
corporal. 
b) Grave ameaça 
c) Outro meio que reduza a 
capacidade de 
resistência: como drogas 
 
 Consumação 
 
É crime material, ou seja, 
precisa do resultado naturalístico, 
nesse caso ocorre quando a vítima 
deixa de fazer o que a lei permite ou 
faz aquilo que ela não manda. 
 
 Elemento subjetivo 
 
É o dolo. 
 
 Aumento de pena 
 
 
 
 
 
 
 
 
Havendo mais de três pessoas 
ou com emprego de arma, a pena 
será aplicada cumulativamente e em 
dobro, ou seja, ela deixa de ser 
alternativa e passa a ser aplicada 
tanto a detenção como a multa e 
ainda em dobro. 
 
 Concurso de crimes 
 
 
 
 
 
Serão aplicadas as penas das 
lesões corporais também, sejam 
leves ou graves. 
 
 
 
 
 
 
Art. 146 - Constranger alguém, 
mediante violência ou grave 
ameaça, ou depois de lhe haver 
reduzido, por qualquer outro meio, 
a capacidade de resistência, a não 
fazer o que a lei permite, ou a 
fazer o que ela não manda: 
 Pena - detenção, de três 
meses a um ano, ou multa. 
 
 § 1º - As penas aplicam-se 
cumulativamente e em dobro, 
quando, para a execução do 
crime, se reúnem mais de três 
pessoas, ou há emprego de 
armas. 
 
§ 2º - Além das penas 
cominadas, aplicam-se as 
correspondentes à violência. 
 
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 Atipicidade do fato 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Nestes casos em questão, não 
há o que se falar em 
constrangimento ilegal. 
 
 Ação penal 
 
Pública e incondicionada. 
 
 Ameaça – art. 147 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Bem jurídico tutelado 
 
Liberdade pessoal e individual. 
 
 Sujeito ativo 
Qualquer pessoa, quando se 
trata de funcionário público devemos 
ter uma atenção maior, pois 
podemos estar diante do crime de 
abuso de autoridade. 
 
 Sujeito passivo 
 
Qualquer pessoa capaz de 
sentir a idoneidade da ameaça. 
 
 Tipo objetivo 
 
Ameaçar significa intimidar, 
colocar medo em alguém. Podendo 
ser direta, indireta, explicita ou 
implícita. 
 
 Tipo subjetivo 
 
O dolo. 
 
 Consumação 
 
No momento em que o teor da 
ameaça chega a conhecimento do 
ameaçado. 
 
 Crime subsidiário 
 
Somente se aplica o crime de 
ameaça na ausência de um crime 
mais grave. 
 
 Pena 
 
É alternativa, ou multa ou 
detenção de 1 a 6 meses. 
 
 Ação penal 
 
Pública condicionada à 
representação do ofendido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
§ 3º - Não se compreendem na 
disposição deste artigo: 
 I - a intervenção médica ou 
cirúrgica, sem o consentimento 
do paciente ou de seu 
representante legal, se 
justificada por iminente perigo de 
vida; 
 II - a coação exercida para 
impedir suicídio. 
 
 
 Art. 147 - Ameaçar alguém, 
por palavra, escrito ou gesto, ou 
qualquer outro meio simbólico, de 
causar-lhe mal injusto e grave: 
 Pena - detenção, de um a 
seis meses, ou multa. 
 Parágrafo único - Somente 
se procede mediante 
representação. 
 
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Perseguição – art. 
147A 
 
Implementado no código penal 
com a lei Nº 14.132/2021. 
Também é conhecido pelo 
nome de crime de stalking. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Bem jurídico tutelado 
 
A liberdade e a tranquilidade da 
pessoa. 
 
 Sujeito ativo e passivo 
 
Crime comum, podendo ser 
qualquer pessoa. 
 
 Elementos objetivos 
 
Perseguir, reiteradamente, 
ameaçando a integridade física ou 
psicológica da pessoa. 
 
 Elemento subjetivo 
 
É o dolo. 
 
 Consumação 
 
É um crime formal, então basta 
a reiterada perseguição para que se 
consume o crime. 
 
 Aumento de pena 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Concurso material 
 
 
 
 
 
 
Nestes casos, serão punidos 
ambos os crimes, o de violência e o 
de perseguição. 
 
 
 Ação penal 
 
Pública condicionada a 
representação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Art. 147-A. Perseguir alguém, 
reiteradamente e por qualquer 
meio, ameaçando-lhe a integridade 
física ou psicológica, restringindo-
lhe a capacidade de locomoção ou, 
de qualquer forma, invadindo ou 
perturbando sua esfera de 
liberdade ou 
privacidade. (Incluído pela Lei 
nº 14.132, de 2021) 
Pena – reclusão, de 6 (seis) 
meses a 2 (dois) anos, e multa. 
 
§ 1º A pena é aumentada de 
metade se o crime é cometido: 
I – contra criança, 
adolescente ou idoso; 
II – contra mulher por razões 
da condição de sexo feminino, 
nos termos do § 2º-A do art. 121 
deste Código 
III – mediante concurso de 2 
(duas) ou mais pessoas ou com o 
emprego de arma. 
 
§ 2º As penas deste artigo são 
aplicáveis sem prejuízo das 
correspondentes à violência. 
 
 3º Somente se procede 
mediante representação. 
 
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Violência 
psicológica contra 
mulher – art. 147 B 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Bem jurídico tutelado 
 
A integridade psicológica da 
mulher. 
 
 Sujeito ativo 
 
Qualquer pessoa. 
 
 Sujeito passivo 
 
Somente mulher. 
 
 Elemento objetivo 
 
Causar dano emocional, que 
prejudique e perturbe o seu pleno 
desenvolvimento. 
 
Pode ser também sobre 
degradar ou controlar suas ações, 
comportamentos, crenças e 
decisões. 
 
 Consumação 
 
Como é crime material, 
precisamos do sano a integridade. 
 
 Ação penal 
 
Pública incondicionada. 
 
Também é um crime 
subsidiário. 
 
Sequestro e cárcere 
de privado - art. 148 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bem jurídico tutelado 
A liberdade individual, também 
chamada de liberdade de ir e vir, de 
locomoção. 
 
Sujeito ativo e passivo 
 
Qualquer pessoa, é um crime 
comum. 
 
 Elemento Subjetivo 
 
É o dolo. 
 
Elemento objetivo 
 
É privar a liberdade. 
 
 
 
 
Art. 148 - Privar alguém de sua 
liberdade, mediante seqüestro ou 
cárcere privado 
 Pena - reclusão, de um a 
três anos. 
 
Art. 147-B. Causar dano 
emocional à mulher que a 
prejudique e perturbe seu pleno 
desenvolvimento ou que vise a 
degradar ou a controlar suas 
ações, comportamentos, 
crenças e decisões, mediante 
ameaça, constrangimento, 
humilhação, manipulação, 
isolamento, chantagem, 
ridicularização, limitação do 
direito de ir e vir ou qualquer 
outro meio que cause prejuízo 
à sua saúde psicológica e 
autodeterminação: 
Pena - reclusão, de 6 
(seis) meses a 2 (dois) anos, e 
multa, se a conduta não 
constitui crime mais grave. 
 
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 Consumação 
 
Ocorre com a privação de 
liberdade da vítima, é crime material. 
 
Formas qualificadoras – 
aumento de pena 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ação penal 
 
Pública incondicionada. 
 
 
 
 
 
 
Redução a condição 
análogaa de escravo – 
art. 149 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bem juridicamente tutelado 
 
A liberdade da vítima, com a 
dignidade humana. 
 
Sujeito ativo e passivo 
 
Crime comum, ou seja, 
qualquer pessoa. 
 
 
 
 
§ 1º - A pena é de reclusão, de 
dois a cinco anos: 
 I – se a vítima é ascendente, 
descendente, cônjuge ou 
companheiro do agente ou maior 
de 60 (sessenta) anos; 
 II - se o crime é praticado 
mediante internação da vítima em 
casa de saúde ou hospital; 
 III - se a privação da 
liberdade dura mais de quinze 
dias. 
 IV – se o crime é praticado 
contra menor de 18 (dezoito) anos 
 V – se o crime é praticado 
com fins libidinosos. 
 § 2º - Se resulta à vítima, em 
razão de maus-tratos ou da 
natureza da detenção, grave 
sofrimento físico ou moral: 
 Pena - reclusão, de dois a 
oito anos. 
 
Art. 149. Reduzir alguém a 
condição análoga à de escravo, 
quer submetendo-o a trabalhos 
forçados ou a jornada exaustiva, 
quer sujeitando-o a condições 
degradantes de trabalho, quer 
restringindo, por qualquer meio, sua 
locomoção em razão de dívida 
contraída com o empregador ou 
preposto: 
 Pena - reclusão, de dois a oito 
anos, e multa, além da pena 
correspondente à violência 
 § 1o Nas mesmas penas 
incorre quem 
 I – cerceia o uso de qualquer 
meio de transporte por parte do 
trabalhador, com o fim de retê-lo no 
local de trabalho; 
 II – mantém vigilância 
ostensiva no local de trabalho ou se 
apodera de documentos ou objetos 
pessoais do trabalhador, com o fim 
de retê-lo no local de trabalho 
 
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 Consumação 
 
Com a privação de liberdade da 
vítima mediante trabalho forçado ou 
jornada exaustiva. 
 
 Elemento subjetivo 
 
É o dolo. 
 
 Aumento de pena 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ação penal 
Pública incondicionada. 
 
Tráfico de pessoas – 
art. 149A 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Bem juridicamente tutelado 
 
Liberdade, integridade física e 
a dignidade humana. 
 
 Sujeito ativo e passivo 
 
Crime comum, podendo ser 
qualquer pessoa. 
 
 Consumação 
 
Crime formal, a consumação é 
antecipada, basta que o agente atue 
com a finalidade (núcleo do tipo). 
 
 Elemento subjetivo 
 
É o dolo. 
 
 Elemento objetivo 
 
Agenciar, aliciar, recrutar, 
transportar, alojar ou acolher. 
Mediante grave ameaça, 
violência, coação, fraude ou abuso, 
estes são os meios executórios. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 § 2o A pena é aumentada de 
metade, se o crime é cometido 
 I – contra criança ou 
adolescente 
 II – por motivo de 
preconceito de raça, cor, etnia, 
religião ou origem. 
 
Art. 149-A. Agenciar, aliciar, 
recrutar, transportar, transferir, 
comprar, alojar ou acolher 
pessoa, mediante grave ameaça, 
violência, coação, fraude ou 
abuso, com a finalidade de 
I - remover-lhe órgãos, 
tecidos ou partes do corpo 
II - submetê-la a trabalho 
em condições análogas à de 
escravo; 
III - submetê-la a qualquer 
tipo de servidão 
IV - adoção ilegal; 
ou (Incluído pela Lei nº 
13.344, de 2016) (Vigência) 
V - exploração 
sexual. (Incluído pela 
Lei nº 13.344, de 
2016) (Vigência) 
IV - adoção ilegal; 
ou 
V - exploração sexual 
Pena - reclusão, de 4 (quatro) 
a 8 (oito) anos, e multa. 
 
 
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reprodução não autorizada, sujeito a pena prevista pela lei © 
contato@maluferreira.com 
 
 Aumento de pena 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Diminuição de pena 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Ação penal 
 
Pública e incondicionada. 
 
 
 
§ 1o A pena é aumentada 
de um terço até a metade se 
I - o crime for cometido por 
funcionário público no exercício 
de suas funções ou a pretexto 
de exercê-las 
II - o crime for cometido 
contra criança, adolescente ou 
pessoa idosa ou com 
deficiência; 
III - o agente se prevalecer 
de relações de parentesco, 
domésticas, de coabitação, de 
hospitalidade, de dependência 
econômica, de autoridade ou de 
superioridade hierárquica 
inerente ao exercício de 
emprego, cargo ou função; 
ou 
IV - a vítima do tráfico de 
pessoas for retirada do território 
nacional 
 
 
§ 2o A pena é reduzida de um a 
dois terços se o agente for 
primário e não integrar 
organização criminosa.