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04/03/2017 1 AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA EM PEDIATRIA Fisioterapia Cardiorrespiratória Pediátrica Claudia Caldart Manejo diferente do adulto – Peculiaridades anatômicas, características fisiológicas e imunológicas que requerem critérios de avaliação adicionais e diferenciados http://www.smartkids.com.br/trabalho/sistema-respiratorio Diâmetro das VAS reduzido com tendência à obstrução. Função muscular intercostal e diafragmática imaturas , favorecendo exaustão. Canais de Lambert e Poros de Kohn pouco desenvolvidos, favorecendo atelectasias. Caixa torácica mais complacente, incoordenação TA, pouca elastina e colágeno levam a ↓ do recolhimento elástico e redução da complacência pulmonar. Sistema imunológico em desenvolvimento favorecendo infecções. “Inicialmente as costelas dos lactentes estão dispostas horizontalmente, não proporcionando o movimento de “alça de balde” da respiração. Com o crescimento, as costelas tornam-se oblíquas e, aos 7 anos, a configuração do tórax é cilíndrica, proporcionando melhor biomecânica torácica durante a inspiração. Outras manifestações importantes observadas são aumento de tamanho dos pulmões e vias aéreas, até aproximadamente os 8 anos, e desenvolvimento dos músculos que envolvem a caixa torácica, proporcionando maior potencial de sua expansão.” Pryor e Webber, 2002. http://pt.slideshare.net/arcarraretto/anatomia-e-fisiologia-respiratorias-em-criancas-slidesharebsb2015-52209284 ANAMNESE • QP - sic. • HDA - termos técnico, linguagem formal. • HPP • História da Gestação - dças na gestação, quedas, sangramentos, tabagismo, conhecimento idade gestacional. – Informações relevantes até finalização da alveolização pulmonar. • História do Parto - tipo, tempo, anoxia perinatal, circular de cordão, fórceps e outras – Peso e id gestacional (PIG, GIG, AIG), Apgar (5 itens 1º e 5º min), uso de O2 e alta concomitante com a mãe. • HF e HS - dças genéticas, adquiridas na família, relações familiares e sociais, uso drogas pelos pais, condições de moradia e outras informações. 04/03/2017 2 APGAR 1. INSPEÇÃO • Tipo de tórax de tórax, padrão respiratório, frequência respiratória (tipo de respiração), ritmo respiratório, expansibilidade torácica e sinais de desconforto respiratório. 2. PALPAÇÃO • Informações complementares às informações da inspeção, tórax desnudo e nas regiões anterior, posterior e lateral do tórax. • Verificar se criança apresenta face ou relata dor • Enfisema subcutâneo, sensibilidade, retrações, edemas e hematomas, mobilidade torácica, formato de tórax, a expansibilidade torácica também pode ser avaliada pela palpação. EXAME FÍSICO Sedestação ou DD com tórax desnudo. • Tonel ou Barril – ↑ diâmetro AP e horizontalização das costelas. – Dças obstrutivas, asma, fibrose cística. • Caliciforme (pectus carinatum) – Esterno proeminente, pode ser congênito ou adquirido. – Pouco acarreta sintomas cardiorrespiratórios. • Infundibuliforme (pectus escavatum) – Depressão do terço inferior do esterno, congênito ou adquirido. – Pode acarretar em distúrbio restritivo. TIPO DE TÓRAX • Tórax em Sino ou Piriforme – Alargamento acentuado da região inferior do tórax. – Hepatoesplenomegalia e ascites – Dispnéia e desconforto respiratório secundários a distúrbios restritivos. • Cifoescoliótico – Cifose + escoliose – Neuropatas crônicos – Redução de volumes e capacidades pulmonares, dças restritivas desequilíbrio V/Q e acúmulo de secreção TIPO DE TÓRAX Sedestação ou DD, tórax desnudo. • ABDOMINAL OU DIAFRAGMÁTICO: RN (até 28 dias de vida) e Lactentes (28 dias até 2 anos). – Horizontalização das costelas e retificação do diafragma, zona de aposição reduzida, favorecendo ↓ expansibilidade da caixa torácica e força de contração diafragmática, com consequente redução do VAC. • COSTAL OU APICAL: movimento predominante do terço superior do tórax, predomínio de ação de ECOM e escalenos. – Associado ao desconforto respiratório e uso de toda musculatura acessória • MISTO OU TORACOABDOMINAL: ideal após desenvolvimento da caixa torácica. – Movimentação simultânea entre tórax e abdome. PADRÃO RESPIRATÓRIO 04/03/2017 3 Normalidade de acordo com idade da criança. • Eupnéia • Bradipnéia • Taquipnéia • Apnéia – parada respiratória maior de 20’’. – Parada respiratória menor que 20’’ com repercussão clínica, cianose e/ou bradicardia. • Pausa Respiratória – Parada respiratória menor de 20’’, sem repercussão clínica. FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA – TIPO DE RESPIRAÇÃO • Observar sequência, forma e amplitude da respiração durante um minuto. • RN e lactentes: ritmo irregular, com pausas (decorrentes imaturidade dos centros respiratórios). Alterações no SNC podem levar a condições patológica do ritmo respiratório: • Cheyne-Stokes – IC grave, TCE, AVC • Biot – Lesão centro respiratório e mau prognóstico • Kussmaul – Cetoacidose diabética e IR RITMO RESPIRATÓRIO Ti:Te 1:1 1:2 RITMO RESPIRATÓRIO/TIPO DE RESPIRAÇÃO INSPEÇÃO • DD ou sedestação, tórax desnudo e bem posicionado (sem rotações), observar se incursões são simétricas e tem boa amplitude. – RN e lactentes podem, particularidades do sistema respiratório. • Preservada , assimétrica ou diminuída. • Ápices e bases. • Anterior e posterior. – Diminuição: DP, PNMTX, atelectasias extensas, cifoescoliose. – Assimetria: processo infeccioso ou atelectasia (LSD). – Diminuição bases: ascite. EXPANSIBILIDADE TORÁCICA PALPAÇÃO • Anterior, posterior • Apical, basal • Cirtometria EXPANSIBILIDADE TORÁCICA MOBILIDADE DE TÓRAX Cirtometria? Mobilização torácica? • Preservada ou diminuída • Laterolateral e anteroposterior FORMATO DE TÓRAX • Abertura do ângulo formado pelas últimas costelas (Charpy) – Normolíneo = 90° – Brevelíneo > 90° – Longelíneo < 90° PALPAÇÃO 04/03/2017 4 • Sinais que representam esforço respiratório, decorrente de: – alterações do Sistema respiratório: dificuldade de entrada e/ou saída do ar nos pulmões. – Alterações do sistema cardiovascular: alteração da circulação sanguínea e distribuição de oxigênio. • BAN – Para diminuir a resistência das Vas há dilatação das narinas – Usual em lactentes • TIRAGENS – INTERCOSTAL: contração exagerada dos músculos intercostais na fase inspiratória. – SUBCOSTAL (subdiafragmática): contração exagerada do diafragma na fase inspiratória. SINAIS DE DESCONFORTO RESPIRATÓRIO • RETRAÇÕES TORÁCICAS (também chamadas de tiragens por outras literaturas): pressão negativa gerada na fase inspiratória sob caixa torácica muito complacente – De Fúrcula – Supraclavicular • USO DE MUSCULATURA ACESSÓRIA DA RESPIRAÇÃO – ECOM , escalenos, trapézio. • RESPIRAÇÃO PARADOXAL – Grande desconforto respiratório com inversão dos movimentos entre tórax e abdômen. – Pode gerar fadiga da musculatura respiratória em lactentes. – Observado em doenças pulmonares extensas. SINAIS DE DESCONFORTO RESPIRATÓRIO https://www.youtube.com/watch?v=5pudrsCtLo8 3. PERCUSSÃO • Propagação de ondas sonoras pela caixa torácica. • Tórax desnudo, DD ou sedestação, comparativo, crânio caudal, anterior, lateral e posterior. • Percussão digitodigital com os dedos posicionados nos espaços intercostais. • Percussão ressonante = som claro pulmonar. • Hipersonoridade pulmonar (timpanismo) = excesso de ar em relação qdade de tecido. • Submacicez /macicez = redução ou inesistência na sonoridade pulmonar. EXAME FÍSICO EXAME FÍSICO • Todo som emitido pelo aparelho respiratório intra ou extratorácico, captado por meio do estetoscópio. • Sons respiratórios normais dependentes do nível da VA envolvida: respiração brônquica, murmúrios vesiculares e som traqueal ou broncovesicular. Projeção da traquéia e brônquios de grosso calibre. Audíveis em todo tórax. Regiões supraclaviculares e supraescapulare, menos rudes que som brônquico. MVUD S/ RA 4. AUSCULTA PULMONAR AUSCULTA PULMONAR RUÍDOS ADVENTÍCIOS • Roncos • Sibilos Sons contínuos • Crepitantes Grossos • Crepitantes Finos Sons Descontínuos 04/03/20175 AUSCULTA PULMONAR Roncos Sibilos • Presença de estreitamento das VAS. • BCE, Edema ou secreção. Crepitantes Grossos Crepitantes Finos • Grossas decorrem da reabertura de VA menos distais em relação às crepitações finas . • lesões estruturais da VA, bronquiectasias, bronquite. • Finas associadas a condições patológicas com ↓ complacência, que facilitam o fechamento das VA pequenas na expiração. •Fibrose, edema e consolidação. • Funcionamento e alterações das funções corporais na criança. SINAIS VITAIS REFERÊNCIAS • LANZA, FC; GAZZOTTI, MR; TSOPANOGLOU, SP. Fisioterapia em Pediatria e Neonatologia da UTI ao Ambulatório: Rocca, 2007. • SARMENTO, GJV, O ABC da Fisioterapia Respiratória. Manole, 2009.
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