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NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 1 QUESTÕES TUTORIA – BAIXA ESTATURA: 1. Menino, 13 anos de idade, vem à consulta porque se acha baixo e pouco desenvolvido para sua idade. A história alimentar é satisfatória. Mãe mede 160 cm, pai é falecido com altura desconhecida. Ao exame: bom estado geral, hidratado, tireoide palpável, de tamanho e consistência normais, ausculta cardíaca e pulmonar normais, assim como o exame do abdome. Temperatura axilar = 36,8°C; PA = 110 X 70 mmHg; estadiamento puberal de Tanner: P1G2. Encontra-se no percentil 10 da curva de altura para idade e entre os percentis 5 e 10 da curva de peso para idade. A conduta mais adequada nesse caso é: A) solicitar radiografia de mão, punho e crânio e marcar retorno para três meses para avaliar velocidade de crescimento B) solicitar radiografia de mão, punho e crânio, testes para avaliação da função tireoidiana e de hormônio do crescimento e avaliar intervalo do retorno para verificar os resultados dos exames. C) não solicitar exames nesta consulta e marcar retorno em 2 meses para avaliação da velocidade de crescimento. D) não solicitar exames nesta consulta e marcar retorno em 6 meses para acompanhar crescimento e desenvolvimento. 2. Adolescente do sexo masculino, 14 anos e 6 meses, vem à consulta para acompanhamento ambulatorial. O exame físico revela: volume testicular 3,8 ml; pelos longos e finos na base do pênis; estatura 147 cm (<p3); peso 39 kg (<p3). Velocidade de crescimento: 2,5 cm/ano. Estatura materna: 141 cm, estatura paterna: 160 cm. A principal hipótese diagnóstica neste caso é: A) Baixa estatura familiar, com atraso puberal B) Baixa estatura constitucional, sem atraso puberal C) Baixa estatura constitucional, com atraso puberal D) Baixa estatura patológica, com atraso puberal E) Baixa estatura familiar, sem atraso puberal 3. Adolescente de 13 anos refere ser mais baixa que seus colegas. Nasceu com 3 kg e 50 cm de comprimento. Seu crescimento foi normal. Apresenta bom desempenho escolar e nega doenças crônicas. Seu pai tem 1,76 m e sua mãe 1,60 m. Ao exame físico, apresenta Tanner G1P1; seu peso e altura estão nos percentis 3 das curvas respectivas da OMS. Sua velocidade de crescimento é de 5 cm ao ano e a idade óssea é de 10 anos. O diagnóstico mais provável é: A) Hipotireoidismo adquirido. B) Desnutrição proteicocalórica. C) Baixa estatura genética ou familiar. D) Retardo constitucional do crescimento. E) Deficiência do GH (hormônio do crescimento). 4. Adolescente, sexo feminino, 17 anos, menarca há 4 anos, 162 cm, procura o pediatra para saber por que se acha pequena comparada a seu irmão que aos 20 anos tem 175 cm. A mãe deles tem 157 cm e o pai, 180 cm. Neste caso, pode-se afirmar que: A) A altura da menina foi acima da esperada para a altura dos pais. B) A altura da menina abaixo da esperada para a altura dos pais. C) Não se pode afirmar nada, pois os pais têm alturas muito diferentes. D) As alturas do menino e da menina foram as esperadas de acordo com a altura dos pais. E) Não era esperado que os irmãos apresentassem alturas tão diferentes. 5. Marque a opção que revela o diagnóstico de baixa estatura considerando o sexo e a idade da criança: A) Abaixo do percentil 2,5. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 2 B) Abaixo do percentil 5. C) Abaixo do percentil 10. D) Abaixo do percentil 25. 6. Ao iniciar a investigação para diagnóstico de baixa estatura em uma criança de 7 anos de idade, qual é o exame de imagem que deve ser priorizado inicialmente? A) Tomografia de crânio: avaliar base do crânio. B) Ultrassom de abdome: pesquisa de esplenomegalia. C) Urografia excretora: avaliar disfunção eletrolítica. D) Cintigrafia da tireoide: avaliar função tireoidiana. E) Raio X de punho: avaliar idade óssea 7. Qual das características abaixo NÃO corresponde a uma criança com baixa estatura familiar? A) Antropometria ao nascimento normal. B) Estirão puberal na cronologia normal. C) Idade óssea atrasada. D) Um dos pais ou ambos são baixos. E) Velocidade de crescimento normal. 8. Durante a avaliação de um adolescente com queixa de baixa estatura no ambulatório, o pediatra deve ter em mente várias hipóteses. Frequentemente depara-se com a necessidade de diagnóstico diferencial entre Baixa Estatura Familiar e Atraso Constitucional do Crescimento. Marque a assertiva abaixo CORRETA quanto à comparação destes 2 quadros clínicos: A) Com relação à história familiar, na baixa estatura familiar é comum o retardo puberal, enquanto no atraso constitucional é comum a baixa estatura. B) Com relação à previsão de altura final, ambas, atingem e ficam de acordo com o alvo genético. C) Com relação ao exame físico, este é normal para a idade óssea na baixa estatura familiar, enquanto no atraso constitucional é normal para a idade cronológica. D) Com relação à idade óssea, esta é compatível com a idade cronológica na baixa estatura familiar, enquanto no atraso constitucional é atrasada para a estatura 9. A idade óssea encontra-se mais atrasada no (a): A) Cretinismo. B) Hipertireoidismo. C) Nanismo hipofisário. D) Baixa estatura familiar. 10. Menina, 8 anos 6 meses, encaminhada para avaliação porque os pais acham que ela é "muito baixa". Ao exame, peso 28 kg (percentil 50) e altura 128 cm (percentil 50), estadiamento puberal M1P1. Mãe mede 150 cm e pai 180 cm. Assinale a alternativa correta: A) O estirão puberal na menina ocorre geralmente logo após a menarca B) A velocidade de crescimento nessa idade é de 12 cm/ano C) O GH e o bloqueio puberal são indicados nesse caso para melhorar o crescimento D) O melhor indicador clínico para acompanhamento do crescimento estatural é a velocidade de crescimento 11. Criança, sexo masculino, 12 anos de idade cronológica, em consulta médica ambulatorial, acompanhado de seus pais, queixando-se de que é um dos mais baixos na sala de aula. É filho de pais não consanguíneos, tem NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 3 exames laboratoriais (hemograma,glicemia, uréia, creatinina, cálcio, fósforo, fosfatase alcalina, TSH, T4 livre, IGF-1, zinco, EAS e exame de fezes) normais, sua velocidade de crescimento foi de 5cm no último ano, idade óssea atrasada (corresponde a de um menino de 9 anos e meio), sem evidências de problemas psicossociais. Menarca materna ocorreu aos 15 anos. Ao exame físico, apresenta proporções corporais normais, estatura <2 desvios padrões para idade cronológica (idade estatural de 9 anos e 8 meses de idade) e desenvolvimento puberal de Tanner G1P1. Os pais se encontram no percentil 50 de estatura. A conduta médica a ser tomada nesse caso é: A) Solicitar teste de estímulo para ver secreção do hormônio de crescimento B) Manter acompanhamento clínico e da velocidade de crescimento a cada 6 meses C) Iniciar tratamento com somatropina humana recombinante injetável D) Solicitar RNM de sela túrcica 12. Paciente 4 anos e 6 meses, sexo feminino. Mãe refere que o paciente parou de crescer. Recém-nascido termo, adequado para idade gestacional. Ao exame: Z-IMC=0,5 DP, Z-Estatura: -2,8DP, sem desproporções ao exame clínico. Estatura alvo familiar = 1,55cm, menarca materna 14 anos. Realizou exames mostrando IGF-1<25, IGFBP3, TSH: 6,5 mcU/L, T4 livre 0,5 ng/dL, RX Idade Óssea = 2 anos. A principal suspeita diagnóstica é: A) Baixa estatura familiar. B) Atraso constitucional do crescimento. C) Hipopituitarismo. D) Hipotireoidismo primário 13. Paciente M.G., feminina, 9 anos e 2 meses, retorna à consulta no ambulatório de problemas de crescimento com algumas informações solicitadas na 1ª consulta e raio X de Idade Óssea (IO). A mãe relata que a menina não cresce bem desde os 3 anos; nascimento foi a termo, PN = 2.970 g, comprimento = 48 cm. Refere que os dois irmãos mais velhos têm altura "normal". Paciente é muito ativa, vai bem na escola, e faz aulas de dança; sem problemas de saúde crônicos. Novas informações:estatura da mãe = 155 cm, estatura do pai = 168 cm. RX de idade óssea realizado com 9 anos = 6 anos e 10 meses de IO. Exame físico: estatura = 118 cm (abaixo do P3), estadiamento puberal: M1P1. Sem estigmas genéticos, demais sem alterações. Velocidade de crescimento = 5 cm/ano (P10-P90). Baseado nestas informações e utilizando a curva de estatura para idade e a tabela de valores de 1 DP para IO, o provável diagnóstico é: NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 4 A) Baixa estatura constitucional B) Baixa estatura familiar. C) Baixa estatura constitucional com componente familiar. D) Estatura no percentil 3. 14. Na avaliação de um paciente com crescimento anormal todos os antecedentes abaixo são importantes, EXCETO: A) uso de medicações, infecções e nutrição da mãe, durante a gestação. B) peso e comprimento da mãe ao nascimento. C) velocidade de crescimento do paciente após a idade de 3 anos. D) idade e estatura do pai na época em que teve o seu estirão da puberdade. E) estatura dos irmãos, avôs e tios. 15. Na avaliação do crescimento da criança é importante correlacionar a Idade Cronológica (IC), a Idade Estatural (IE), a Idade-Peso (IP) e observar a relação entre esses dados e a Idade Óssea (IO). A relação entre essas idades pode ajudar no diagnóstico diferencial de algumas situações. Assim, a (IO) igual à (IC) e maior que (IE) caracteriza: A) Hipotireoidismo. B) Baixa estatura familiar. C) Baixa estatura hipofisária. D) Baixa estatura constitucional. E) Baixa estatura por desnutrição. 16. Na criança com suspeita de baixa estatura familiar, espera-se que a idade óssea obtida a partir da radiografia de punho e mão esquerda seja: A) Idade óssea menor que a idade cronológica B) Idade óssea igual à altura. C) Idade óssea maior que a idade cronológica D) Idade óssea igual à idade cronológica. 17. Os pais de um menino de 9 anos de idade estão preocupados com a estatura do filho. A curva de crescimento, apresentada abaixo, revela o NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 5 desenvolvimento, sendo que a estatura do pai é 1,72 m e da mãe 1,61 m. (VER IMAGEM) O pediatra deve dizer aos pais que: A) a estatura está abaixo do esperado, porém perdeu-se o período ideal para a administração do hormônio de crescimento. B) a estatura é normal e está acompanhando o esperado como estatura alvo, podendo ficar tranquilos e marcando retorno para acompanhamento. C) a estatura, apesar de estar dentro do que é esperado, pode ser melhorada com a administração de hormônio de crescimento. D) deve ser colhido hormônio de crescimento, pois a estatura está abaixo do esperado. E) deve ser realizada avaliação da idade óssea, pois a estatura está abaixo do esperado 18. Escolar de 11 anos de idade é levado à consulta para avaliação do crescimento. O paciente tem sofrido bullying por ser o menor da classe. Exame físico: P: 28kg (escore Z entre 0 e -1), E: 125 cm (escore Z entre -2 e -3), Tanner G2P1. Há um ano a estatura era de 119 cm. O pai mede 164 cm e a mãe, 152 cm. Considerando os dados apresentados, a hipótese diagnóstica inicial é: A) Baixa estatura genética B) Deficiência de hormônio do crescimento C) Hipotireoidismo adquirido D) Pseudopuberdade precoce E) Retardo constitucional do crescimento 19. Levando em consideração a etiologia e a fisiopatologia dos distúrbios do crescimento, assinale a alternativa correta. A) Adenomas hipofisários são os tumores que mais comumente causam deficiência de GH em crianças. B) A deficiência combinada de hormônios hipofisários pode ser de causa genética. NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 6 C) Hipertireoidismo, hipoparatireoidismo e raquitismo são causas de baixa estatura. D) Doença de Cushing causa aceleração do crescimento e virilização em crianças e adolescentes. E) Hiperglicemia pode ser decorrente da síndrome de Cushing e da deficiência de GH na infância 20. NÃO é causa de baixa estatura: A) Hipofosfatasia. B) Trissomia do 21. C) Uso de medicações antiepilépticas. D) Síndrome de Turner. E) Síndrome de Kleinefelter. GABARITO: 1. D 2. D 3. D 4. D 5. A 6. E 7. C A baixa estatura familiar (BEF) é uma variação da normalidade. A previsão de estatura na vida adulta dessas crianças é baixa, seguindo o padrão familiar. As crianças com BEF apresentam-se com peso e estatura normais ao nascimento e, após 2 a 3 anos apresentam desvio para baixo na sua curva da estatura, entrando em seu canal genético de crescimento. A velocidade de crescimento é normal e a idade óssea (IO) é compatível com a idade cronológica (IC) e a idade estatural é menor do que a IO e que a IC. Ao final, o indivíduo alcançará uma estatura final compatível com seu alvo- genético. Teremos crianças baixas, que crescem num ritmo constante e dentro do alvo genético com IO compatível com a IC. Para lembrar: a idade óssea procura estabelecer a maturidade esquelética, comparando o aparecimento de centros epifisários representativos na radiografia simples com padrões já estabelecidos para uma determinada idade. A maioria das condições relacionadas ao crescimento linear insuficiente também cursa com atraso na maturação esquelética e atraso na idade óssea 8. B xistem duas variantes da normalidade que devem ser consideradas em casos de baixa estatura (estatura para idade inferior ao escore Z - 2 ou percentil 3) com velocidade de crescimento normal: Baixa estatura familiar e Atraso constitucional do crescimento. Na baixa estatura familiar o alvo genético é baixo e a idade óssea é compatível com a idade cronológica. Já no atraso constitucional do crescimento e da puberdade o alvo familiar é normal mas existe uma antecedente familiar de atraso do crescimento e da puberdade. Além disso o paciente apresenta atraso da idade óssea em relação a idade cronológica. Alternativa A: INCORRETA. No retardo constitucional do crescimento geralmente ocorre também atraso da puberdade. Alternativa B: CORRETA. Em ambos os casos o paciente atinge o alvo estatural familiar, que é um alvo baixo na baixa estatura familiar e normal no atraso constitucional do crescimento e da puberdade. Alternativa C: INCORRETA. No atraso constitucional a idade óssea está atrasada com relação a idade cronológica. Alternativa D: INCORRETA. Na baixa estatura familiar a idade óssea é compatível com a idade cronológica e no retardo constitucional ela está atrasada em relação a IDADE e não em relação a ESTATURA como a alternativa afirma NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 7 9. A No hipertireoidismo temos uma baixa estatura porém a idade óssea é compatível com a idade cronológica, assim como no nanismo hipofisário e na baixa estatura familiar. A única comorbidade citada que apresenta alteração da idade ósse, é o cretinismo é uma deficiência mental causada pelo hipotireoidismo congênito, durante o desenvolvimento do recém- nascido. Nesse período, a ausência do hormônio tiroxina atrapalha o amadurecimento cerebral e no crescimento. 10. D A: INCORRETA. O pico do estirão ocorre antes da menarca. O pico ocorre em M3 e a menarca em M4. Alternativa B: INCORRETA. Nas crinças que não atingiram a puberdade a velocidade do cresciemento é de 5 a 6cm/ano Alternativa C: INCORRETA. Não há necessidade de entrar com Gh e bloqueio puberal já que a criança não está no percentil 50 (adequado para a idade) e não há uma avaliação complementar e de longo prazo para determinar alguma patologia relacionada ao crescimento. 11. B 12. C 13. C A paciente em questão apresenta-se saudável à consulta. O único "problema" que preocupa o médico é a baixa estatura. Em relação à fisiologia do crescimento devemos lembrar que ela é dividida em fases: pré- natal, o mais intenso e transformador, no qual os fatores extrínsecos (como nutrição materna, uso de álcool, anticonvulsivantes, warfarin, metotrexate, ácido retonoico, além de hipertermia, tabagismoe uso de cocaína), principalmente, e intrínsecos (carga genética e integridade do sistema endócrino) são os grandes influenciadores; e o pós-natal, no qual participam também fatores extrínsecos (ambientais - como as relaçoes interpessoais, nutricionais, realização de atividade física) e intrínsecos (genéticos e neuroendócrinos). O crescimento pós-natal é, ainda subdividido: fase do lactente, no qual o crescimento apresenta um ritmo intenso e desacelerado e a nutrição é o principal influenciador; a fase infantil, com um ritmo de crescimento estável, e que tem potencial genético como grando influenciador; e a puberal, com estímulo dos esteróides sexuais, que representa o pico final do crescimento, com uma fase de aceleração e uma de desaceleração. A determinação da estatura e para avaliação do crescimento é uma medida essencial. Ao nascimento, a estatura média é de 50cm. No primeiro semestre de vida, as crianças crescem em média 15 cm e no segundo, 10 cm. No segundo ano a média de crescimento é de 12cm/ano, entre dois e seis anos a média é de 6-7 cm/ano e, entre os seis anos e a puberdade, a média é de 5cm/ano. Na questão, observamos que a criança apresentou crescimento normal na fase pré-natal e lactente. Contudo, na fase infantil, tornou-se visível um "atraso" do crescimento. Ao avaliar o principal influenciador dessa fase, nos deparamos com o potencial genético. A mãe e o pai da menina apresentam uma estatura média baixa em relação à população. Além disso, a criança apresenta idade óssea atrasada, o que significa que ela ainda crescerá e não aparenta estar perto da fase puberal (M1P1). Alternativa A: INCORRETA. A baixa estatura é, nesse caso, considerada constitucional, uma vez que a idade óssea está atrasada e a velocidade de crescimento encontra-se adequada para a idade. Contudo, esse não é o único componente influenciador no caso em questão. A estatura dos pais é considerada baixa para amédia populacional, o que exerce influência na estatura final dos filhos. Alternativa B: INCORRETA. A baixa estatura familiar poderia ser considerada. Contudo, o fato da idade óssea da paciente estar atrasada nos diz que existe, sim, um atraso constitucional do crescimento. Alternativa C: CORRETA. O atraso constitucional (visto na idade estimada pela densidade óssea e velocidade NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 8 de crescimento normal) associada ao componente familiar, com estimativa de altura final para a menina de 155cm, são os dois componentes que influenciam o crescimento no caso. Alternativa D: INCORRETA. A estatura da criança, de 118 cm, para a idade de 9 anos e 2 meses, encontra-se abaixo do percentil 3 14. B 15. B 16. D 17. B 18. A Nos lactentes, o fator nutricional é o mais importante para um crescimento e desenvolvimento adequado. Depois dos 2 anos, o hormônio do crescimento passa a ter um papel importante até o início da puberdade, quando os hormônios sexuais se associam ao hormônio do crescimento. Alternativa A: CORRETA. Paciente de 11 anos, em estágio inicial de puberdade (G2P1), apresentando baixa estatura para a idade, com crescimento de 6 cm no último ano. Os meninos crescem entre 5 e 7 cm/ano antes da puberdade e 10-12cm/ano durante o estirão, que ocorre mais ao final da puberdade. Apesar de ter baixa estatura, a velocidade de crescimento está adequada ao estágio de desenvolvimento. Sugestivo de baixa estatura genética. Alternativa B: INCORRETA. A deficiência do hormônio do crescimento leva a retarde de crescimento, com altura está abaixo do percentil 3 e velocidade de crescimento inferior a 6 cm/ano antes dos 4 anos, inferior a 5 cm/ano entre 4 aos 8 anos e inferior 4 cm/ano antes da puberdade. Alternativa C: INCORRETA. O hipotireoidismo adquirido causa retardo no crescimento com atraso na idade óssea, mas outros achados também são vistos como fadiga, dificuldades escolares, obstipação intestinal, pele seca, queda de cabelo, intolerância ao frio e apetite diminuído. Alternativa D: INCORRETA. A pseudopuberdade precoce, também chamada de puberdade precoce periférica ocorre quando a secreção de esteroides ocorre independente da secreção das gonadotrofinas, há secreção anormalmente elevada de androgênios ou estrogênios, levando a manifestação de caracteres sexuais secundários antes dos 8 anos na menina, ou antes dos 9 anos no menino. Alternativa E: INCORRETA. Retardo constitucional do crescimento é a causa mais frequente de atraso puberal temporário, sendo considerada uma variante da normalidade. Essas crianças apresentam estatura e velocidade de crescimento inadequadas para a idade cronológica, mas adequadas à idade óssea, que é atrasada. Os períodos de crescimento e maturação são mais lentos. 19. B Alternativa A: INCORRETA. O tumor mais associado à deficiência de GH em crianças é o craniofaringioma. Ele é uma neoplasia que compromete o funcionamento da região hipotálamo-hipofisária e afeta a secreção do hormônio do crescimento de forma indireta. Ele também tem relação com atraso puberal. É geralmente de localização suprasselar com componentes sólidos e císticos. Em cerca de 80% dos casos ocorrem calcificações. Geralmente seu quadro clínico é composto por: cefaleia, náuseas, vômitos, alterações visuais, poliúria e polidipsia. Alternativa B: CORRETA. O mais comum é que as formas congênitas de deficiência do hormônio do crescimento estejam associadas com outras deficiências hormonais hipofisárias, sendo a deficiência congênita isolada de GH algo bem menos comum. Uma das principais causas de pan-hipopituitarismo na infância (deficiência combinada de hormônio hipofisários) são mutações genéticas em fatores de transcrição associados ao desenvolvimento normal da adeno- hipófise. Alternativa C: INCORRETA. Sabemos que o distúrbio tireoideano NAYSA GABRIELLY ALVES DE ANDRADE 9 associado à baixa estatura em crianças é o hipotireoidismo e não o hipertireoidismo. Alternativa D: INCORRETA. A doença de Cushing (adenoma hipofisário secretor de ACTH) se caracteriza pelo excesso de glicocorticoides de modo a promover a consolidação precoce das placas de crescimento nos ossos longos e, consequentemente, dar origem à baixa estatura e não a uma aceleração do crescimento. Alternativa E: INCORRETA. A deficiência de GH na infância cursa com baixa estatura e tendência à hipoglicemia (agravada pela deficiência de ACTH que também promove hipotensão e hipotermia). 20. E Ao avaliarmos uma criança com baixa estatura, temos que ter em mente que o crescimento do ser humano depende de fatores intrínsecos como hereditariedade e funcionamento do sistema neuroendócrino e de fatores extrínsecos como meio ambiente e nutrição. Nos dois primeiros anos de vida o componente nutricional é o mais importante para um crescimento e desenvolvimento adequado, enquanto que a partir desta idade além do fator nutricional o hormônio do crescimento assume a sua maior importância até a instalação da puberdade, quando, então, juntamente com os hormônios puberais são os responsáveis por esta ação. Através dos dados auxológicos obtidos do paciente como: evolução na curva pondero estatural, proporções corporais, velocidade de crescimento, alvo genético, estágio puberal e idade óssea, podemos muitas vezes aventar hipóteses diagnósticas para as causas de uma baixa estatura. A monitorização do crescimento através de curvas padronizadas é essencial. A questão nos pede a alternativa incorreta, ou seja, que não cursa com baixa estatura. Alternativa A: CORRETA. Raquitismo e outras doenças do metabolismo ósseo são causas de baixa estatura. Alternativa B: CORRETA. Indivíduos com síndrome de Down continuam a demonstrar estatura reduzida durante a vida, porém, o grau de baixa estatura varia de acordo com a idade devido a grandes variações na velocidade de crescimento. Sendo que a maioria desta população sesitua entre -2 a -3 desvios padrões abaixo da população padrão. Alternativa C: CORRETA. As drogas antiepilepticas podem interferir no metabolismo mineral ósseo por diferentes mecanismos, incluindo efeitos diretos sobre as células ósseas, alterações no metabolismo e/ou na ação da vitamina D nos órgãos-alvo, hipocalcemia e ações sobre os esteróides sexuais Alternativa D: CORRETA. O cariótipo deve ser solicitado em meninas com baixa estatura sem uma causa específica. Nem sempre os estigmas característicos da síndrome de Turner estão presentes. Uma em cada 60 meninas abaixo do percentil 3 tem a síndrome. Alternativa E: INCORRETA. A síndrome de Klinefelter é causada quando o garoto tem um cromossomo X extra. Os meninos podem ter dificuldades de aprendizagem, braços e pernas longos, testículos pequenos e infertilidade. Suspeita-se do diagnóstico na puberdade, quando a maioria dos sintomas se desenvolve.
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