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problema 3 - crescimento

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Problema 3
crescimento
Compreender a fisiologia do
crescimento( GH, IGF1 ,
SOMATOSTATINA ,FSH)
Relacionar a escala de taner e
estagios puberais ( parametros
e caracteristicas dimorficas)
Compreender a baixa
estatura ( tipos e causas)
Entender a avaliacao do
crescimento e desenvolvimento
corporal.
1
3
2
4
Conhecer os exames para o
diagnostico da baixa estatura.
5
Klênya Maria - p3
Compreender a fisiologia do crescimento( GH, IGF1 , SOMATOSTATINA ,FSH)1-
O crescimento, que se inicia desde a concepção e termina ao final da adolescência, tem períodos variáveis de velocidade, relacionados com maior
ou menor ação hormonal nas placas de crescimento epifisário.
Regulação endócrina do crescimento 
Na fase pós-natal, o hormônio do
crescimento (GH) estimula o
crescimento por sua ação direta na
diferenciação celular, na placa de
crescimento e no hepatócito, onde
aumenta a secreção de fator de
crescimento insulina-símile (IGF-1).
 O IGF-1, secretado pelos hepatócitos,
tem ação específica na expansão e
hipertrofia da placa epifisária, e é
transportado por uma proteína
carreadora (IGFPB3), a qual tem a
função de aumentar a meia-vida
plasmática dos IGF. Os hormônios
tireoidianos são necessários para o
crescimento desde a infância, por sua
ação de estímulo à produção e secreção
de GH, síntese de IGF-1 e ação direta
sobre a placa epifisária.
Na fase inicial da puberdade, além da elevação dos níveis séricos dos esteroides sexuais, há um
aumento na frequência e na amplitude dos pulsos de GH, com aumento de duas a atédez vezes a
quantidade de GH secretada a cada pulso, o que aumenta a produção de IGF-1 pelo fígado. Age,
também, em outros órgãos, como musculatura cardíaca, diafragma, adipócitos e sistema
hematopoético, o que é essencial para adequar esses órgãos às novas necessidades impostas pelo
crescimento.
Entretanto, durante a puberdade, em ambos os sexos, os esteroides sexuais, principalmente os
estrógenos, são essenciais para acelerar o crescimento por meio da ação em receptores específicos da
placa epifisária, promovendo crescimento, mas também decretando o fechamento das epífises.
O crescimento na adolescência é desproporcional, iniciando-se, primeiramente, pelas extremidades
distais, o que dá ao adolescente um aspecto peculiar nessa fase. Após o crescimento dos pés e mãos,
ocorre o crescimento das extremidades proximais e, por último, o do tronco, retomando, então, a
harmonia e a proporcionalidade.
As meninas, além de iniciarem a puberdade mais cedo, apresentam um pico de velocidade de
crescimento (PVC) mais precocemente que os meninos, entre os estádios 2 e 3 de Tanner. No entanto,
desaceleram mais cedo e, após a menarca, o restante do crescimento esperado é entre 5 e 6 cm. 
Os meninos apresentam um PVC entre os estádios 3 e 4 de Tanner e acabam desacelerando mais
tarde.Existe uma estreita relação da altura da criança, no início da puberdade, com a sua altura final. Em
geral, os adolescentes apresentam um ganho de altura, durante os anos puberais, que varia de 20 a 25
cm nas meninas e 25 a 30 cm nos meninos
2- Compreender a baixa estatura ( tipos e causas)
Erros na avaliação da baixa estatura
O erro na medida ou na colocação do gráfico é uma das causas mais comuns de
aparente baixa estatura.
 De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, para crianças abaixo de 3 anos
de idade, deve-se utilizar um estadiômetro infantil ou uma régua horizontal. A
criança deve estar em posição supina, com a linha que conecta o meato auditivo
externo e o canto do olho perpendicular ao corpo. Os pés devem ser mantidos
juntos. A correta determinação da estatura depende de um rigor no
posicionamento do paciente e na repetição da medida em pelo menos três vezes. 
De acordo com a Organização Mundial da Saúde,
são consideradas com estaturas normais todas as
crianças que se encontram entre os percentis 3 e
97, pelos gráficos de estatura, e entre os
percentis 5 e 95 pelos gráficos da National
Center for Health Statistics.
 Dessa maneira, a Baixa Estatura (BE) é definida
como a presença de uma altura abaixo do último
percentil do gráfico utilizado.
O Ministério da Saúde define a baixa estatura
como:
Estatura baixa (nanismo moderado): definida
como estatura igual ou maior que o percentil 0,1,
e menor que o percentil 3, prevista para a idade e
sexo na curva Estatura x Idade. 
Estatura muito baixa (nanismo grave): definida
como estatura inferior ao percentil 0,1 da altura
prevista para a idade e sexo.
https://www.cdc.gov/nchs/index.htm
https://www.cdc.gov/nchs/index.htm
https://www.cdc.gov/nchs/index.htm
https://www.cdc.gov/nchs/index.htm
https://www.cdc.gov/nchs/index.htm
https://www.cdc.gov/nchs/index.htm
Escore Z: representa o número de desvios-padrão a partir do ponto central da
população referência: a mediana ou percentil 50. Enquanto o percentil
quantifica os indivíduos desde o início (próximo de zero) até o final da
distribuição (próximo a 100), o escore Z os quantifica a partir da mediana, que
equivale ao percentil 50. A figura 2 representa a correspondência entre o
percentil (p) e p escore Z, para os principais pontos de corte habitualmente
utilizados na definição de risco, tendo por base distribuição normal (ou curva
de Gauss), a qual se aplica para a maioria dos parâmetros antropométricos
utilizados no acompanhamento do crescimento. 
Uma vez que, a estatura atual da criança tenha sido
medida com precisão, deve-se colocá-la em um
gráfico de crescimento (em percentis), para
estabelecer uma curva estatural. 
Para isso, é importante entender alguns conceitos a
cerca do gráficos: 
Percentil: é a escala mais utilizada na prática
pediátrica, devido à sua simplicidade e por
permitir a visualização do crescimento ao longo
do tempo, desenhado nas curvas de
crescimento. De forma simplificada, pode-se
entender o conceito de percentil, observando-
se o seguinte exemplo: dizer que uma criança
está no percentil 10 (p10), significa dizer que
comparada a outras 99 do mesmo sexo e faixa
etária, esta criança apresenta estatura maior
que 10 e menor que 90 crianças.
causas da Baixa Estatura: 
 Existem centenas , pois muitas variáveis interferem no
crescimento desde a concepção
Variantes da normalidade :
Estima-se que em aproximadamente 80% dos casos de
baixa estatura, em que a criança tem boa saúde e curva
de crescimento em um canal próximo e paralelo ao
limite inferior da normalidade (percentil 3) o problema
esteja relacionado aos padrões variantes do normal:
Retardo Constitucional do Crescimento e Baixa
Estatura Familiar.
Retardo Constitucional do Crescimento
As crianças com retardo constitucional do crescimento
apresentam crescimento linear retardado nos
primeiros 3 anos de vida. Nesta variante de
crescimento normal, a velocidade de crescimento
linear e ganho de peso diminui por volta dos 3-6 meses,
que muitas vezes continua até a idade de 2-3 anos. 26
Naquele tempo, retoma o crescimento em uma taxa
normal, e essas crianças crescem tanto ao longo do
menor percentil (3) de crescimento ou abaixo da curva,
mas paralelo a ele para o restante dos anos pré-
púberes.
Baixa Estatura Familiar
É sem dúvida a causa mais frequente de baixa estatura.
Caracteristicamente, crianças com baixa estatura familiar, são aquelas que
sempre seguiram no limite inferior ou abaixo da curva de crescimento. 7
Mantém idade óssea compatível com a cronológica e velocidade de
crescimento normal. 5 A maioria das crianças com esse padrão de
crescimento já nasce com estatura inferior à média da população e cresce
em um canal paralelo à curva normal, próximo ao percentil 3. 
Portanto, sua estatura final será inferior àquela apresentada pela maior
parte da população e de acordo com sua herança genética. Nesses casos, é
importante que o pediatra tranquilizar a família esclarecendo que não se
trata de um problema de saúde, e sim de um crescimento conforme os
padrões de herança genética. 
Baixa Estatura Patológica
Na baixa estatura patológica deve-se inicialmente avaliar se o paciente é
proporcionado ou não, isto é, se a proporçãosegmento superior/segmento
inferior é adequada para a idade. As baixas estaturas proporcionadas
(SS/SI=normal) podem ter início pré-natal, por anormalidades fetais ou
maternas que afetaram o crescimento intra-uterino, ou ser consequentes à
alterações pós-natais. As baixas estaturas desproporcionadas (SS menor
que SI) são decorrentes de alteração no órgão alvo do crescimento, a
cartilagem de crescimento, e também podem ser pré ou pós-natais.
Baixa Estatura Proporcionada:
 Quando de origem pré-natal, a causa mais frequente de baixa estatura
proporcionada é o crescimento intrauterino retardado ou restrito
(CIUR), que é definido como comprimento ao nascimento abaixo de 2
desvios-padrão (ou percentil 3) da média da idade gestacional. 
O CIUR é uma alteração heterogênea que pode estar associada a
diversas síndromes e malformações , e muitas crianças (10 a 30%) não
irão atingir a curva da normalidade e serão portadores de baixa estatura
na vida adulta. Várias síndromes genéticas, com ou sem alterações
dimórficas, evoluem frequentemente com retardo de crescimento
estrutural de origem pré-natal, associado muitas vezes ao retardo
mental. Algumas são clinicamente definidas, como a síndrome de
Silver-Russel, síndrome de Noonan, síndrome de Seckel e a síndrome de
Bloom
Quando de origem pós-natal, a baixa estatura pode ser conseqüente a
causas endócrinas, à desnutrição crônica primária ou secundária ou ao
nanismo psicossocial. Nas doenças endócrinas a relação peso/altura é
geralmente aumentada, enquanto nas outras causas essa relação é
normal ou baixa. 1 As endocrinopatias constituem a minoria das causas
de baixa estatura, correspondendo a aproximadamente 1% 6 e são
geralmente proporcionadas, como o hipocortisolismo,
hipercortisolismo, puberdade precoce, deficiência do hormônio de
crescimento (GH). Entretanto, o hipotireoidismo congênito, é a única
causa de baixa estatura secundária desproporcionada. 
Baixa estatura desproporcionada
 A baixa estatura desproporcionada é causada pela
anormalidade no órgão alvo, a cartilagem de crescimento.
É considerada, portanto, como causa primária de baixa
estatura e pode ser pré ou pós-natal. 
 Entre as causas de baixa estatura desproporcionada pré-
natal destacam-se as osteocondroplasias, que
representam um grupo heterogêneo de doenças
caracterizadas por anormalidades intrínsecas da
cartilagem e /ou dos ossos, embora sem atraso na
maturação óssea. 
 Essas doenças têm em comum: transmissão genética,
alterações no tamanho e/ou forma dos ossos dos
membros, coluna e/ou crânio e alterações radiológicas
dos ossos
Entre as causas de baixa estatura pós-natal destaca-se o
Hipotireoismo Congênito, cuja baixa estatura é
desproporcionada, mas não existe lesão primária na
cartilagem de crescimento, embora ocorram as
disgenesias epifisárias.
A velocidade de crescimento é o principal critério de normalidade do
crescimento. Quando a criança mantém uma velocidade de crescimento
normal para a sua idade cronológica, seguramente não apresenta nenhuma
doença atual.
Portanto, crianças com estatura abaixo da média, mas com velocidade de
crescimento normal, habitualmente são crianças normais, com potencial
familiar reduzido ou atraso constitucional do crescimento. Ao passo que,
crianças que apresentam velocidade de crescimento atenuada apresentam
um problema atual.
Portanto, uma vez confirmado a presença de baixa estatura e verificado com
precisão a velocidade de crescimento, a criança que se apresenta ao
consultório poderá ser enquadrada em uma das seguintes alternativas: 
 Criança com estatura normal (p>10): posição normal no gráfico e
velocidade de crescimento normal.
 Criança tem estatura normal, porém, encontra-se em situação de
vigilância (p3 – p10): deve ser observada a velocidade de crescimento e
realizar a avaliação global da criança. 
Criança portadora de baixa estatura (p<3): deve ser feita a investigação. 
OBS:Para crianças com pais particularmente altos ou baixos, existe o risco de
se diagnosticar distúrbios do crescimento exageradamente se a estatura dos
pais não for levada em consideração 
mecanismos responsáveis por déficit no
crescimento:
Diminuição da oferta de nutrientes;
Diminuição da oferta de oxigênio aos
tecidos-alvo;
Acúmulo de produtos tóxicos ou nocivos
ao desenvolvimento normal;
Aumento do gasto calórico com o
metabolismo basal;
Presença, em quantidade inapropriada,
de hormônios que influenciam o
crescimento.
Velocidades de crescimento em diferentes
estágios da vida: 
Intra-uterina= 66 cm/ano 
 Lactente= 20 a 25 cm/ano 
 Pré-puberal= 5 a 7 cm/ano 
Puberal= masculino: 10 a 12 cm/ano e 
feminino: 8 a 10 cm/ano
 previsão da estatura- alvo ou final a partir
do percentil de estatura dos pais:
 Deve-se determinar no gráfico do
crescimento o percentil de estatura do pai e
da mãe, tirar a média, e em seguida verificar a
estatura final desse percentil (média). A
estatura final pode ser a estatura encontrada
para mais ou menos 5 cm
Outra opção são as fórmulas que consideram uma diferença de 13 cm na
estatura final entre os percentis masculinos e femininos, nas quais a
estatura final é definida como estatura-alvo (target height = TH): 
TH (meninos)= (estatura do pai) + (estatura da mãe + 13) /2 
TH ( meninas) = (estatura da mãe) + (estatura do pai – 13) / 2
para se avaliar a altura final com dois desvios-padrão, no cálculo deve-se
somar ou subtrair 10 cm do valor encontrado. Os 13 centímetros
representam a diferença média de altura entre homens e mulheres.
Embora esses métodos sejam pouco precisos, são úteis no reconhecimento
de patologias que evidentemente afetarão a estatura final, permitindo
supor a intensidade da perda produzida pela doença de base. 12 Quando
uma criança se afasta do seu alvo (padrão familiar), é preciso considerar a
possibilidade da presença de agravos
Fatores extrínsecos que influenciam o
crescimento :
Alimentação - A criança até cinco anos requer
cuidados específicos com a sua alimentação.
Crescer consome energia: 32% das necessidades
calóricas de um recém-nascido são destinadas
ao crescimento. A dieta da criança deve ter
qualidade, quantidade, frequência e
consistência adequadas para cada idade. Para
crianças com até 6 meses de idade, o leite
materno exclusivo é o melhor alimento.
Higiene 
A higiene adequada da criança, dos alimentos,
do ambiente e de todos aqueles que lidam com
ela são fatores essenciais para seu bom
crescimento. Isso implica na disponibilidade de
água potável, de meios adequados para o
esgotamento sanitário, e destinação de lixo e em
conhecimentos, atitudes e práticas corretas
sobre o manuseio, armazenamento, preparo e
conservação dos alimentos, de higiene corporal
e do ambiente.
Infecções 
 É essencial que as crianças sejam imunizadas, segundo o calendário de
vacinação preconizado pelo Ministério da Saúde, para que se evite a
ocorrência das doenças imunopreveníveis. Quanto à outros processos
infecciosos, é necessário que sejam diagnosticados e cuidados
precocemente para que não evoluam para um quadro adverso, com o
aumento das necessidades nutricionais, associado à diminuição do apetite
e, nos casos das diarréias e doenças parasitárias, ao menor aproveitamento
biológico dos alimentos. 
Cuidados gerais com a criança 
 Estabelecer, desde o nascimento, relações com pessoas que a escutem e
entendam suas necessidades, que lhe deem carinho e afeto, que lhe
proporcionem oportunidades seguras de explorar e conhecer o mundo que
a rodeia, são condições essenciais ao adequado crescimento e
desenvolvimento da criança.
3- Relacionar a escala de taner e estagios puberais ( parametros e caracteristicas dimorficas)
O desenvolvimento e a maturação
sexual podem ser acompanhados
utilizando-se os critérios de
Marshall e Tanner, pois, em
condições normais, há uma
sequência cronológica de
modificações. 
Em ambos os sexos, avalia-se a
quantidade e distribuição dos pelos
púbicos (P). 
Para o sexo feminino, a evolução do
desenvolvimento mamário (M) e,
para o sexo masculino, o
desenvolvimento da bolsa escrotal
e dopênis (G).
 A avaliação do volume testicular
utilizando-se o orquidômetro de
Prader pode trazer informações
importantes, pois, quando está
abaixo de 3 mL, corresponde
normalmente ao estádio 1 e,
quando está acima de 20, já
equivale ao estádio 5.
A puberdade feminina inicia-se em média aos 9,7
anos- até os 13
 Nos meninos (10,9 anos)- até os 14
A primeira manifestação clínica na menina é o
aparecimento do broto mamário (telarca) em
resposta ao início da produção estrogênica pelos
ovários. seguindo, no mesmo ano, o inicio do
aparecimento dos pelos pubianos (andrógenos
adrenais) . O desenvolvimento mamário e da
pilosidade pubiana podem ser avaliados, por meio
da inspeção, segundo os estágios evolutivos
seguidos por Tanner.
A menarca ocorre cerca de 2 anos após o início da
puberdade (M2), geralmente no estágio M4 de
Tanner, portanto, em época de desaceleração do
crescimento. 
O crescimento é limitado a, em média, 4 a 6 cm
nos anos subsequentes. Os ciclos iniciais da
adolescente podem apresentar certa
irregularidade nos primeiros 2 a 4 anos (ciclos
anovulatórios)
No menino, observa-se como primeira manifestação o aumento
de volume testicular atingindo 4 mL ou cm3 . Isso se dá por
causa do aumento de tamanho dos túbulos seminíferos.
resultado da secreção de andrógenos testiculares.
Depois vem os pelos pubianos e o crescimento do pênis -
também sofrem influência dos andrógenos adrenais.
Tanto o desenvolvimento genital quanto o desenvolvimento
dos pelos segue a evolução bem parecida com o padrão
feminino 
Além da ativação gonadal e do desenvolvimento dos caracteres
sexuais secundários, o crescimento na adolescência envolve
mudanças na composição corporal e desenvolvimento dos
sistemas cardiovascular e circulatório e, na fase final do
processo, desaceleração e parada do crescimento.
No menino, ocorre acentuação do crescimento biacromial, 
aumento da massa muscular, da força e da resistência física. 
A primeira ejaculação ocorre mais tardiamente, quando os
testículos atingem 10 a 12 mL de volume, algumas vezes durante
o sono (polução noturna). Mais da metade dos meninos tem
ginecomastia puberal transitória, tendendo a desaparecer entre 
1 e 2 anos. No final da puberdade ocorre alteração no timbre da 
voz pela ação hormonal na laringe.
RESUMO – PRINCIPAIS MARCOS PUBERAIS :
 Telarca (desen. Das mamas)
 Pubarca (aparecimento dos pelos pubianos em resposta aos
estrógenos ovarianos e aos andrógenos suprarrenais)
 Axilarca (aparecimento de pelo nas axilas)
 Menarca (primeira menstruação, em media aos 12 anos)
 Voz (cordas vocais longas e espessas) 
 Polução (eliminação involuntária de esperma pelos meninos,
podendo corresponder à menarca das meninas)
 Ginecomastia (aumento mamário devido a sensibilidade dos
receptores estrogênicos que circulam a partir da puberdade)
 Aumento do volume testicular (ação do FSH
PUBERDADE PRECOCE :
Ocorre quando o desenvolvimento dos caracteres sexuais 2º acontecem, em
meninas – antes dos 8 anos – e em meninos – antes dos 9 anos .
Quanto a origem, pode ser:
 Central - dependente de gonadotrofinas
o Aparecimento de mama nas meninas 
o Aumento do volume testicular nos meninos acima de 
4 ml 
 Periférica - independente das gonadotrofinas 
A importância do diagnóstico vem justamente da necessidade 
de identificar e tratar lesões expansivas intracranianas e, nas 
formas fisiológicas, de evitar a fusão prematura das epífises de 
crescimento, comprometendo a estatura final .
Outro dado, além da idade do aparecimento, é prestar atenção 
na velocidade das mudanças, que podem ser de forma rápida 
e progressiva
ATRASO PUBERAL 
Considera-se que há atraso quando existe falta de 
desenvolvimento dos caracteres sexuais secundários, ou seja, 
ausência de broto mamário e volume testicular menor que 4ml 
Meninas – aos 13 anos – e meninos – 14 anos.
Como no processo de crescimento, a maturação sexual também 
sofre consequências de fatores s e ambientais, particularmente 
nutricionais. Tem como causa mais comum a ACCP – atraso
constitucional do crescimento e da puberdade, mais frequente nos
meninos do que nas meninas, nessa condição, tanto a puberdade
quanto a maturação óssea e o crescimento estão atrasados, por
falta de ativação do eixo HHO 
Principais causas 
 Desnutrição 
 Alteração no eixo hipotálamo-hipófise: 1- Hipogonadismo
hipogonadotrófico funcional –em que a síntese e a secreção de
gonadotrofinas estão inibidas por condições sistêmicas.
2-Hipogonadismo hipergonadotrófico – em que ocorre falência gonadal
primária .
Esses adolescentes possuem altura nos percentis mais inferiores das
curvas, podendo chegar a ter o diagnóstico de baixa estatura em algum
momento do seu crescimento Geralmente eles se desenvolvem
normalmente, sem necessidade de tratamento, embora mais tardiamente
que a maioria dos seus pares da mesma idade
4- Entender a avaliacao do crescimento e
desenvolvimento corporal.
Para o acompanhamento e
avaliação do crescimento é
necessário a tomada de medidas
do tamanho do corpo, ou seja,
medidas antropométricas.
As medidas antropométricas
básicas são o peso, a estatura
(comprimento ou altura), o
perímetro cefálico e perímetro
braquial.
A partir dos índices
antropométricos são
construídos indicadores,
definindo-se níveis de corte que
permitam situar a criança
dentro de uma faixa aceita como
normal, de acordo com a
referência de crescimento
utilizada. 
Portanto, avaliar o
crescimento implica:
 1) coletar medidas
antropométricas com
metodologia
padronizada; 
2) relacionar essas
medidas com sexo, idade
ou outra variável da
criança (índices),
comparando-as com os
valores de referência;
 3) verificar se os valores
encontrados estão
dentro dos limites
(pontos de corte)
estabelecidos como
normais.
Peso/Idade:
A forma mais adequada para o acompanhamento do
crescimento de uma criança, nos serviços básicos de saúde.
 O Gráfico Peso/Idade do Cartão da Criança possui um eixo
vertical e um eixo horizontal. O eixo vertical corresponde ao
peso em quilogramas. Inicia-se com 2 kg e aumenta de 1 em 1 kg.
O eixo horizontal corresponde à idade da criança 
em meses e vai do nascimento (0 meses) até 72 meses.
O Ministério da Saúde propõe no Cartão da Criança um gráfico
com quatro linhas, assim nominadas de cima para baixo: a
primeira linha superior, representa os valores do percentil 97
(que corresponde a +2 escores Z), a linha pontilhada representa
o percentil 10, a terceira linha representa o percentil 3 (que
corresponde a -2 escores Z) e a linha mais inferior (em
vermelho) corresponde ao percentil 0,1 (representa os valores
abaixo de -3 escores Z). 
Para uma boa avaliação do crescimento da criança, são
necessárias pesagens periódicas . Cada peso deve ser
registrado no Gráfico Peso/Idade e todos os pontos devem ser
ligados com um traço, formando, assim, o traçado de peso ou
curva da criança. 
Interpretação da curva de crescimento
 Para a avaliação do crescimento individual de uma criança
devem ser considerado dois aspectos: 
a) Na primeira medição, observar a posição do peso em
relação aos pontos de corte superior e inferior:
 • acima do percentil 97: classificar como sobrepeso; 
• entre os percentis 97 e 3: faixa de normalidade nutricional;
 • entre os percentis 10 e 3: classificar como risco nutricional;
• entre os percentis 3 e 0,1: classificar como peso baixo; 
• abaixo do percentil 0,1: classificar como peso muito baixo.
 b) Nas medições seguintes, observar a posição e também o
sentido do traçado da curva de crescimento da criança:
 • posição da linha que representa o traçado de crescimento
da criança: entre os percentis 97 e 3, corresponde ao caminho
da saúde; 
• sentido do traçado da curva da criança (ascendente,
horizontal ou descendente), desenhada em linha contínua a
partir da ligação de dois ou mais pontos com intervalos não
superiores a dois meses. Intervalos maiores devem ser
desenhados com linha pontilhada para chamar a atenção.
• Estatura/idade
O índice estatura para a idade pode ser expresso na forma de
percentil. Por exemplo: uma criançacom 12 meses de idade, cujo
comprimento corresponde ao percentil 15 da população de
referência, tem comprimento igual ou superior a 15% das
crianças da população de referência com igual idade e sexo.
 Peso/estatura 
A relação entre peso e estatura é importante para detectar
deficiências recentes de peso (desnutrição aguda) e é também o
índice recomendado pela OMS para avaliar sobrepeso. 
Portanto, é um índice de desnutrição aguda e também de
sobrepeso. Seus pontos de corte são os percentis 97 (sobrepeso)
e 3 (desnutrição). Crianças com peso/estatura abaixo do
percentil 3, sobretudo aquelas menores de dois anos de idade,
devem ser encaminhadas para programas específicos de
recuperação nutricional. Os serviços de saúde que possuem
condições satisfatórias para medir altura ou comprimento das
crianças devem fazê-lo, ver anexo 2) principalmente nas
crianças menores de 2 anos que apresentarem baixo peso/idade
no Cartão da Criança, para diferenciar se o peso baixo é
decorrente apenas da baixa estatura ou se está associado
também a baixo peso para a idade.
• Perímetro cefálico
 avalia o crescimento da cabeça/cérebro de crianças nos
dois primeiros anos de vida. 
 O perímetro adequado é expresso na forma de uma faixa de
normalidade que situa-se entre os percentis 10 e 90. O
quadro de perímetro cefálico encontra-se no anexo deste
manual e corresponde ao referencial do NCHS. 
No caso desse índice estar fora da faixa considerada de
normalidade, a criança deve ser encaminhada para um
especialista ou equipe multiprofissional, para afastar
diagnóstico de microcefalia ou de macrocefalia.
• Perímetro braquial
 O perímetro braquial não se presta para o acompanhamento
do crescimento infantil, uma vez que alterações neste
parâmetro são lentas, variando muito pouco com o aumento
da idade, sendo útil apenas para a triagem de prováveis
casos de desnutrição (entre os seis meses e cinco anos de
idade o perímetro braquial varia pouco .É necessário um
treinamento cuidadoso para que a medida tenha a
confiabilidade desejada.
5- Conhecer os exames para o diagnostico da baixa estatura.
Investigação diagnóstica
Quando as crianças crescem com velocidade normal e
não apresentam antecedentes importantes de
morbidade e nem alteração do exame físico,
recomenda-se investigação laboratorial mínima com
hemograma completo, análise do sedimento urinário,
parasitológico de fezes e radiografia de mãos e
punhos para a avaliação da idade óssea.
Nas crianças com crescimento lento, a idade óssea
estará atrasada (mais que dois anos em relação à
cronológica) e nas com baixa estatura intrínseca ou
familiar a idade óssea será igual à cronológica. 
Exclusivamente em crianças com idade inferior a 2
anos recomenda-se também a realização de
urocultura, pois a infecção do trato urinário pode
ocorrer sem sintomatologia específica nessa faixa
etária e ser causa de deficiência de ganho pôndero-
estatural
Com esses exames podemos afastar os principais agravos que
podem estar associados a baixa estatura, mesmo quando essa for de
etiologia constitucional. 
Vale lembrar que a carência de ferro é altamente prevalente em nosso meio,
mesmo entre crianças com boas condições socioeconômicas, e que alguns
problemas, como raquitismo hipofosfatêmico, doenças renais crônicas,
doenças cromossômicas, síndromes dimórficas e hipotireoidismo adquirido,
podem apresentar-se em crianças apenas com baixa estatura.
Logo, quando a velocidade de crescimento estiver abaixo da esperada ou a
baixa estatura for muito acentuada, recomenda-se acompanhamento com
mais frequência da criança e investigação mais aprofundada :
Dosagem de cálcio, fósforo e fosfatase alcalina – para afastar raquitismo de
etiologia carencial ou familiar. 
Cariótipo – é fundamental em meninas com baixa estatura e atraso na
velocidade de crescimento, mesmo que não apresentem nenhum outro
estigma da síndrome de Tunner. 
 Dosagem de Sódio, Potássio, Uréia, Creatinina e Gasometria – para
pesquisar acidose tubular renal que, nos quadros leves, pode não
apresentar outras alterações, a não ser atenuação do crescimento.
Eletroforese de proteínas, colesterol e
pesquisa de gordura nas fezes – sempre que
houver comprometimento importante do
peso, por desnutrição primária ou secundária. 
Glicemia de Jejum – 10% das crianças com
hipopituitarismo idiopático apresentam
hipoglicemia de jejum assintomática, e 10%
convulsões por hipoglicemia, a qual também é
frequente nas crianças com Síndrome de
Silver Russel. 
 Dosagem de hormônios tireoidianos: TSH e T4
livre para a pesquisa de hipotireoidismo. 
 Anticorpo antiendomísio e
antitransglutaminase (IgA) – para afastar
doença celíaca. 
REFERÊNCIAS:
TRATADO DE PEDIATRIA VOL.4
https://docs.bvsalud.org/biblioref/sms-sp/2011/sms-3712/sms-
3712-2317.pdf
Saúde da criança- acompanhamento do crescimento e
desenvolvimento infantil - Ministério da saúde

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