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Centro Cultural - Vozes do Barro caderno conceitual

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0 
 
 
 
 
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO JORGE AMADO 
BACHARELADO EM ARQUITETURA E URBANISMO 
 
 
BRUNO HIDEO ISHIKAWA CARVALHO 
 
 
 
ANTEPROJETO DO CENTRO CULTURAL MULTIUSO: VOZES DO BARRO 
 
 
 
 
Salvador 
2021 
1 
 
BRUNO HIDEO ISHIKAWA CARVALHO 
 
 
ANTEPROJETO DO CENTRO CULTURAL MULTIUSO: VOZES DO BARRO 
 
 
 
 
 
Caderno Conceitual – Fase final do Trabalho de 
Conclusão de Curso (TCC) apresentado ao Curso de 
Arquitetura e Urbanismo do Centro Universitário Jorge 
Amado como requisito parcial para obtenção do grau de 
Bacharel em Arquitetura e Urbanismo. 
 
Orientador: Piero Carapia Lima Baptista 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Salvador 
2021 
2 
 
RESUMO 
 
 
Este presente caderno conceitual propõe a elaboração de um projeto arquitetônico de um Centro Cultural Multiuso, em um 
terreno localizado em Maragogipinho, distrito da cidade de Aratuípe, onde existe um Centro Cerâmico que possui um caráter histórico 
e cultural, não havendo, no entanto, nenhuma edificação com tema completamente similar. O principal fundamento é a proposta de 
requalificação da área do Centro Cerâmico de Maragogipinho e a construção do Centro Cultural Multiuso. A ideia do projeto parte 
da harmonia do Centro Cerâmico com o novo equipamento a ser inserido no local, assim aplicando o conceito de dois momentos 
históricos em dois blocos conectados. Por consequência deve impactar positivamente na vila, acarretando não apenas em mais um 
lugar de lazer, e sim um lugar que propicie o aumento do turismo e economia da região sem perder o principal foco, o apoio ao 
artesão, manter a tradição do oficio de oleiro e fortalecer a identidade cultural da comunidade. 
 
Palavras-chave: Tradição. Cultura. Turismo. Centro Cultural. Identidade Cultural. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
LISTA DE ILUSTRAÇÕES 
Figura 1 – Mapa de posicionamento das olarias..................................................................................................................................11 
Figura 2 – Oleiro produzindo peças de barro.......................................................................................................................................12 
Figura 3 – Vista para o Rio Jaguaripe..................................................................................................................................................15 
Figura 4 – Implantação do Kulturhaus ................................................................................................................................................17 
Figura 5 – Comparação antes e depois...............................................................................................................................................18 
Figura 6 – Detalhes cromáticos e construtivos ...................................................................................................................................19 
Figura 7 – Detalhe Elevador....................................................................................................................................................................20 
Figura 8 – Planta baixa simplificada térreo .........................................................................................................................................22 
Figura 9 – Planta baixa simplificada do primeiro pavimento ...............................................................................................................23 
Figura 10 – Mapa de implantação do Centro Cultural da UFRGS ......................................................................................................25 
Figura 11 – Simetria da edificação .....................................................................................................................................................26 
Figura 12 – Detalhe do pórtico e das colunas......................................................................................................................................27 
Figura 13 – Destaque da área de circulação perdida ................................................................................................................................... 28 
Figura 14 – Mapa de implantação do Palacete das Artes .............................................................................................................................30 
Figura 15 – Materiais utilizados no bloco anexo..................................................................................................................................32 
Figura 16 – Incorporação dos elementos ao palacete.........................................................................................................................33 
Figura 17 – Planta de setorização.......................................................................................................................................................35 
4 
 
Figura 18 – Detalhe da construção em tijolo........................................................................................................................................36 
Figura 19 – Volumetria inicial do projeto..............................................................................................................................................42 
Figura 20 – Volumetria primeiro bloco.................................................................................................................................................43 
Figura 21 – Volumetria segundo bloco.................................................................................................................................................44 
Figura 22 – Trajetória solar..................................................................................................................................................................50 
Figura 23 – Perfil topografico do terreno..............................................................................................................................................51 
Figura 24 – Perfil topografico do terrno ...............................................................................................................................................52 
Figura 25 - Análise da hierarquia viária ...............................................................................................................................................54 
Figura 26 – Gabarito vertical da região ...............................................................................................................................................55 
Figura 26 – Permeabilidade do entorno ..............................................................................................................................................57 
Figura 27 – Equipamentos em raio de até 1, 2 e 3km ........................................................................................................................61 
 
 
 
 
 
 
 
5 
 
LISTA DE QUADROS 
 
Quadro 1 – Programa de necessidades................................................................................................................................................41 
Quadro 2 – Classificação do terreno.....................................................................................................................................................51 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 
 
LISTA DE GRÁFICOS 
 
Gráfico 1 – Pirâmide etária do município de Aratuípe...........................................................................................................................10 
Gráfico 2 – Temperaturas máximas, mínimas e umidade média durante o ano...................................................................................43 
Gráfico 3 – Direção do vento e velocidade média dos ventos...............................................................................................................447 
 
SUMÁRIO 
 
1. CONCEPÇÃO PROJETUAL ............................................................................................................................................................9 
1.1 MOTIVAÇÕES.................................................................................................................................................................................9 
1.2 CONCEITO ARQUITETÔNICO......................................................................................................................................................13 
1.3 PARTIDO ARQUITETÔNICO ........................................................................................................................................................14 
1.4 ANÁLISE DE SIMILARES .............................................................................................................................................................16 
1.4.1 Kulturhaus (Casa da Cultura) .................................................................................................................................................16 
1.4.1.1 Implantação.............................................................................................................................................................................15 
1.4.1.2 Volumetria................................................................................................................................................................................18 
1.4.1.3 Setorização..............................................................................................................................................................................23 
1.4.2 Centro Cultural da UFRGS .......................................................................................................................................................24 
1.4.2.1 Implantação..............................................................................................................................................................................24 
1.4.2.2 Volumetria................................................................................................................................................................................25 
1.4.2.3 Setorização..............................................................................................................................................................................28 
1.4.3 Museu Rodin Bahia ..................................................................................................................................................................29 
8 
 
1.4.3.1 Implantação.............................................................................................................................................................................29 
1.4.3.2 Volumetria................................................................................................................................................................................32 
1.4.3.3 Setorização..............................................................................................................................................................................34 
1.5 IDEIAS GUIAS.............................................................................................................................................................................. 35 
2. ESPECIFIDADES PROJETUAIS .................................................................................................................................................. 39 
2.1 MEMORIAL JUSTIFICATIVO DO PROJETO............................................................................................................................... 39 
2.2 ESTUDO VOLUMÉTRICO............................................................................................................................................................ 41 
2.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES.............................................................................................................................................. 45 
2.4 ANALISE DO TERRENO.............................................................................................................................................................. 47 
2.4.1 Análise bioclimática ................................................................................................................................................................ 47 
2.4.2 Análise da morfologia do terreno .......................................................................................................................................... 51 
2.4.3 Análise da hierarquia viária .................................................................................................................................................... 53 
2.4.4 Análise tipológica dos prédios do entorno imediato ........................................................................................................... 55 
2.4.5 Análise da permeabilidade do solo no entorno imediato..................................................................................................... 56 
2.4.6 Análise da legislação vigente .................................................................................................................................................58 
2.4.7 Raio de influência de outros equipamentos com o mesmo tema e temas impactantes................................................... 59 
REFERÊNCIAS ...................................................................................................................................................................................61 
9 
 
1. CONCEPÇÃO PROJETUAL 
1.1 MOTIVAÇÕES 
 
 Perpetuar tradições familiares, culturais e artísticas de uma região nos dias atuais tem sido um grande desafio, ainda mais 
quando se trata de um pequeno distrito com menos de 3 mil habitantes, como é o caso de Maragogipinho. Localizado na cidade de 
Aratuípe, e contando com aproximadamente 150 olarias onde são produzidas mais de 5 mil peças de cerâmica mensalmente 
segundo dados da AAMOM (Associação de Auxílio Mútuo dos Oleiros de Maragogipinho), o distrito é constantemente notado por 
seu artesanato, evidenciado por participações na Feira Nacional de Artesanato e premiações importantes nesse ramo. Foi um dos 
10 classificados ao Prêmio Unesco de Artesanato para a América Latina e Caribe 2004 (ALBA, 2019), onde recebeu a menção 
honrosa de “Maior Centro Cerâmico da América Latina” e uma das 6 unidades artesanais baianas a conquistar o prêmio TOP 100 
de Artesanato (SEBRAE BA, 2016). 
 Toda essa riqueza artística e cultural, no entanto, vem sendo ameaçada devido ao envelhecimento dos moradores, e segundo 
Elenildes Santos, que é presidente da AAMOM, há também o desinteresse dos jovens da cidade em dar continuidade à tradição 
representada pelo ofício de oleiro, como são chamados os artistas produtores de peças cerâmicas. Esta cultura vem sendo passada 
de geração para geração a mais de trezentos anos, porém a falta de reconhecimento vem desestimulando esses jovens que cada 
vez mais vão deixando a cidade em busca do que consideram uma “vida melhor”. Observando a pirâmide etária do município entre 
os anos de 2000 a 2010 (Gráfico 1) é possível ver o decréscimo da população entre 0 e 19 anos, além da variação inexpressiva da 
população entre 20 e 24 anos e o aumento a partir dessa faixa etária. 
 
 
 
 
10 
 
 
Gráfico 1 – Pirâmide etária do município de Aratuípe 
 
Fonte: IBGE CENSO, 2010 
 
11 
 
 Tal falta de reconhecimento afeta ainda mais os artesãos que permanecem em ruas diversas da Rua Antônio Almeida (Figura 
1) que representa o circuito principal da passagem de turistas pela cidade, onde ocorre o primeiro contato dos visitantes com as 
olarias e suas respectivas lojas. Por causa do seu desenvolvimentoorgânico, a área onde fica concentrada a maior parte das olarias 
visitáveis é constituída por becos e vielas que estão completamente fora dos padrões de acessibilidade, apresentando calçamento 
irregular e danificado e sem saneamento básico adequado, desestimulando o turista a circular pela área, fazendo-o se limitar à rua 
principal. Tal situação causa variados impactos econômicos dentro da própria microrregião, cujos oleiros que se encontram mais 
afastados do circuito principal acabam ficando às margens, ofuscados e obrigados a vender sua produção para outras olarias e lojas 
estabelecidas na Rua Antônio Almeida, visando garantir o sustento de sua família. 
 
Figura 1 – Mapa de Posicionamento das Olarias 
 
Fonte: Acervo Pessoal, 2020 
12 
 
 Com base nas informações supracitadas, podemos identificar alguns possíveis problemas que afetam a população. 
Conseguimos ver uma provável falta de identidade da comunidade e organização, cujos jovens não se sentem representados ou 
ligados à cultura do artesanato da cidade, sendo assim, quando veem a possibilidade, optam por sair da cidade em busca de outras 
oportunidades. Deste modo existe o não reconhecimento dos próprios oleiros de que cada uma das olarias pode ser um ponto 
turístico, possuindo uma história e especialidades únicas, como por exemplo, a existência de olarias cuja especialidade é a produção 
de santos, já outras são bonecas namoradeiras, artigos de cozinha, decoração, entre outros tipos de artesanato. 
 
Figura 2 – Oleiro produzindo peças de barro 
 
Fonte: Acervo pessoal, 2021 
 
A falta de investimento do poder público para tornar a cidade atraente e convidativa ao turista, como manutenção de estradas, 
calçamento adequado, saneamento básico para as olarias, equipe de marketing e propaganda efetiva para atrair mais visitantes 
13 
 
seria de grande importância para o desenvolvimento local, a partir de um planejamento organizacional para disposições das olarias 
permitindo caminhar livremente e trazer a sensação de segurança dentro de todo o perímetro. 
 Uma das propostas com o objetivo de solucionar os problemas previamente aqui apresentados é a construção de um Centro 
Cultural no coração da cidade, onde seriam disponibilizados workshops, palestras, eventos, exposições e congressos, para atrair 
mais visitantes, além de estimular os jovens a participar dessas manifestações culturais através de incentivos sem ser apenas de 
caráter familiar. O Centro Cultural também serviria de base de apoio para os oleiros, como armazém de peças que são destinadas 
ao comércio interestadual, de sede da AAMOM, e além de prestar serviços para a comunidade, tal qual a implantação de uma 
biblioteca, trazendo assim mais visibilidade para o distrito ao tornar-se um ponto de referência para população. 
 Os problemas estruturais do Centro Cerâmico exigem uma requalificação urbana onde seria feito o trabalho de saneamento 
básico, projeto de acessibilidade, mapeamento e estrutura de sinalização que interaja com o espaço para todas as olarias se 
tornarem acessíveis sem deixar de preservar suas individualidades. 
 
1.2 CONCEITO ARQUITETÔNICO 
 
 A implantação do Centro Cultural Multiuso em Maragogipinho segue o conceito de requalificar o Centro Cerâmico quanto à 
intervenção destinada a proporcionar desempenho adequado com a construção de um novo equipamento que possibilitará novas 
funções enquanto melhora o espaço, com o objetivo de tornar a área atrativa e dinâmica, explorando seu potencial para o uso da 
comunidade de forma mais efetiva, transformando-o em um elemento de ligação física e social. 
 A ideia é qualificar a área através de um reordenamento dos espaços do Centro Cerâmico preservando as áreas de olarias, 
seguindo a linha contemporânea de projetos, sustentada na conscientização ecológica incluindo aplicação de princípios de 
sustentabilidade, valorização da identidade cultural, histórica e cultural do local, destacando suas belezas naturais através de 
soluções funcionais, transformando em uma área multifuncional de tal forma que seja um bem público para a comunidade local, 
14 
 
incentivando a inserção dos jovens a participar ativamente da tradição do artesanato, além de oferecer suporte aos oleiros e ser um 
ambiente de socialização, projetando um espaço urbano que crie oportunidades para caminhar espaço suficiente e sem obstáculos, 
boas superfícies, acessibilidade para todos e fachadas interessantes, que ofereçam o que ver. Como sugere Jan Gehl no seu livro 
“Cidades para Pessoas” (2010) ao enumerar os doze critérios para avaliar a qualidade de uma cidade quando considerada ao nível 
da rua. 
 Abrangendo aspectos pós-modernos como a diversidade na construção de cidades para as pessoas e a multifuncionalidade, 
também são incluídos a questão da acessibilidade, e também na inserção de um projeto com sistema de estrutura de sinalização 
que interaja com o espaço para que haja um melhor diálogo do Centro Cerâmico com seus usuários. 
 A concepção projetual do espaço também tem por finalidade a conexão entre o Centro Cerâmico e o Centro Cultural, através 
da incorporação de elementos arquitetônicos à nova construção, similares ao entorno e respeitando o padrão construtivo da cidade. 
 Dentre as intenções projetuais está a busca pela cidade ao nível dos olhos através dos critérios de qualidade com a garantia 
de espaços que ofereçam conforto, atraia as pessoas paras as atividades propostas, aproveitamento os aspectos positivos do clima 
e terreno, e oferecendo segurança ao usuário, como também uma boa arquitetura e design trabalhados em conjunto. 
 
1.3 PARTIDO ARQUITETÔNICO 
 
 O conceito do projeto é atingido ao construir o Centro Cultural Multiuso no coração da cidade e se tornar parte da área onde 
se concentra o Centro Cerâmico como uma unidade só. Essa integração parte do princípio do uso de materiais e técnicas similares 
aos das construções já existentes, para isso utiliza-se materiais como o tijolo cerâmico, madeira, e telha colonial cerâmica, que são 
abundantes, eficientes e de baixo custo na região. Outros materiais a ser adotados no projeto são os industriais como aço e vidro, 
transmitindo transparência, leveza e integração com o meio externo. 
15 
 
 Na utilização desses materiais busca-se conceber uma estética orgânica de diálogo com o meio, com o uso de cores em tons 
terrosos encontrados no barro in natura de forma pontual para criar contrastes de maneira harmônica e uma estética contemporânea 
buscando a funcionalidade, conforto térmico e design orgânico, idealizando um lugar lúdico. 
 Utilizando o conceito de contemporaneidade como a sustentabilidade, a preservação e a valorização das belezas naturais do 
entorno do terreno é um dos focos do projeto, aproveitando a maior parte da vegetação existente no entorno e também a criação de 
um deck na cobertura de um dos blocos projetados com vista para o rio Jaguaripe é um destaque para o edificação, aproveitando o 
desnível natural do terreno, permitindo a criação e valorização dos espaços públicos e soluções urbanas, dando ao ambiente um 
atrativo para sentar e caminhar aproveitando as vantagens que o lugar oferece (GEHL, 2010) é também uma das principais 
propostas. 
Figura 3 – Vista para o Rio Jaguaripe 
 
Fonte: Acervo Pessoal (2021) 
16 
 
 Ainda seguindo a mesma premissa, a tipologia arquitetônica predominante na região é a arquitetura colonial, sendo assim, o 
Centro Cultural Multiuso também adotará técnicas construtivas similares como colunas que possibilitam a sustentação do telhado, 
criando uma varanda na frente da edificação, janelas de madeira em estilo veneziano, e em grandes quantidades para melhor 
iluminação e ventilação dos ambientes, acrescidos do telhado que será feito em telhas de característica colonial cerâmica com 
diversas quedas de água, dando volume à construção. 
 
1.4 ANÁLISE DE SIMILARES 
 
1.4.1 Kulturhaus (Casa da Cultura), Dietfurt,Alemanha 
• Localização: Dietfurt, Alemanha 
• Área: 290m² 
• Ano: 2016 
 
1.4.1.1 Implantação 
 
 Dietfurt é uma pequena cidade da Alemanha situada em uma região predominantemente habitacional. O similar a ser 
analisado é a Kulturhaus, um centro cultural de 290m², reformado em 2016 pelo escritório de arquitetura KÜHNLEIN Architektur. 
Analisando o entorno correspondente é possível identificar uma grande quantidade de unidades residenciais e algumas comerciais, 
a exemplos de restaurantes, bares, lojas e hotéis (Figura 4). Mesmo com uma população de cerca de 6 mil pessoas a cidade tem 
uma variedade interessante de equipamentos como o Centro cultural, museu, igrejas, monastérios e um parque com uma extensa 
área verde. Por ser uma localidade pequena, ela não possui sistema de transporte público, sendo assim os meios de acesso à Casa 
da Cultura se resumem à veículos particulares e a pé. 
17 
 
 
Figura 4 – Implantação do Kulturhaus 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: GoogleMapStyle, modificado pelo autor (2020) 
 
 
18 
 
 
1.4.1.2 Volumetria 
 
 A edificação é uma construção do ano de 1715 que após décadas de abandono foi completamente redesenhada para abrigar 
o Centro Cultural, que anteriormente funcionava como um açougue. A maior parte da construção original foi preservada e os novos 
elementos adicionados são facilmente distinguíveis (figura 5). 
 
Figura 5 – Comparação Antes e Depois 
 
Fotografia: Erich Spahn, modificado pelo autor (2020) 
 
 
 
19 
 
 A edificação é composta por um volume geométrico simples e sólida com as paredes externas bastante espessas, para 
preservar o contexto histórico e original, sua cor predominante cinza também remete a este fato. 
 Em relação aos materiais utilizados, é possível notar a utilização do estuque como revestimento de toda edificação, mais uma 
vez reforçando o aspecto original, mas com a adição de elementos decorativos na fachada (Figura 6). 
 
Figura 6 – Detalhes cromáticos e construtivos 
 
Fotografia: Erich Spahn, modificado pelo autor (2020) 
 
20 
 
 Ainda sobre os materiais e elementos adicionados pós-reforma, foi acrescido um elevador para permitir a circulação vertical 
acessível e uma escada externa feita de metal (Figura 7). 
 
 
Figura 7 – Detalhe Elevador 
Fotografia: Erich Spahn, modificado pelo autor (2020) 
 
 
21 
 
1.4.1.3 Setorização 
 
 A setorização da edificação é simples e com espaços abertos recebendo bastante luz natural por conta da quantidade de 
aberturas na edificação, as áreas também são bem amplas com poucas divisórias. Dividido em dois pavimentos onde o térreo contêm 
os sanitários, recepção e biblioteca e o segundo andar um grande salão multiuso, copa, cozinha e uma sala de reunião 
 A posição onde foi instalado o elevador para o segundo andar é um pouco inacessível, pois os usuários que necessitam utilizar 
o mesmo têm que percorrer por vários cômodos da edificação para utiliza-lo ou acessar pela parte externa. Pessoas com deficiência 
provavelmente sentiriam um certo incômodo para conseguir acessar o segundo andar. Outro ponto questionável é a presença dos 
sanitários estar logo na entrada da edificação. (Figura 8) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
22 
 
Figura 8 – Planta baixa simplificada térreo 
 
Fonte: Escritório de arquitetura Kühnlein Architektur, modificado pelo autor (2020) 
 
23 
 
 O programa de necessidades do Centro Cultural é simplificado sem muitos elementos e grandes proporções devido ao seu 
tamanho limitado de 290m² e também pela necessidade que exige uma cidade de cerca de 6 mil habitantes (Figura 9). 
 
Figura 9 – Planta baixa simplificada, primeiro pavimento 
 
Fonte: Escritório de arquitetura Kühnlein Architektur (2016) 
 
24 
 
1.4.2 Centro Cultural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Porto Alegre, Rio Grande do Sul 
 
• Localização: R. Eng. Luiz Englert, 333 - Farroupilha, Porto Alegre - RS 
• Área: 3.089m² 
• Ano: 2018 
 
1.4.2.1 Implantação 
 
 O Centro Cultural da UFRGS fica na cidade de Porto Alegre no estado do Rio Grande do Sul, mais especificamente na região 
conhecida como Centro Histórico. Após reformas concluídas em 2018, a edificação passou a apresentar três pavimentos que 
totalizam 3.089m². Analisando o entorno do local, conseguiu-se identificar uma grande variedade de construções, tais como 
comércios, museu, teatro, instituições de ensino, hospitais e hotéis. A edificação se encontra em um ponto bastante privilegiado com 
diversos equipamentos, como os já citados, que podem servir de apoio para melhor vivência do local, contando também com uma 
grande quantidade de pontos de ônibus, avenidas e o Parque Farroupilha, que atrai uma grande quantidade de pessoas. O acesso 
principal é feito pela Rua Engenheiro Luiz Englert que possui pontos de ônibus ao longo de sua extensão, próximos ao centro cultural. 
 Por influência do Parque Farroupilha e proximidade ao rio Jacuí, a região é bastante arborizada e com clima agradável, cuja 
temperatura média durante o ano é de 22 ºC e com ventos predominantes vindos do Sudeste (Figura 10). 
 
 
 
 
 
25 
 
 
Figura 10 – Mapa de implantação do Centro Cultural da UFRGS 
 
Fonte: GoogleMapStyle, modificado pelo autor (2020) 
 
1.4.2.2 Volumetria 
 
 A edificação onde anteriormente funcionava o Instituto de Química da UFRGS, foi reformada para abrigar o Centro Cultural. 
As características originais da construção foram preservadas e houve mudanças para atender itens de segurança, conforto térmico, 
controle de umidade e acessibilidade. 
 Possuindo um estilo clássico voltado à arquitetura grega, evidenciado por sua simetria e monumentalidade, a edificação 
contém padrões simétricos, podendo-se identificar elementos exatamente iguais no lado direito quanto no esquerdo (Figura 11). Sua 
26 
 
monumentalidade é evidenciada por esquadrias de grandes proporções, pé direito alto e a presença de um pórtico e colunas (figura 
12). As janelas de grandes proporções e em grandes quantidades permitem a iluminação natural eficiente e ainda com vista 
privilegiada para o Parque Farroupilha. 
 
 
Figura 11 – Simetria da edificação 
 
Fonte: Google Imagens, modificado pelo autor (2020) 
27 
 
Figura 12 – Detalhe do pórtico e das colunas 
 
 
Fonte: Google Imagens, modificado pelo autor (2020) 
28 
 
1.4.2.3 Setorização 
 
 Assim como sua volumetria, a setorização da edificação é bastante simétrica e segue um padrão, por conta dessa simetria 
notam-se ambientes retangulares que acabam gerando muitas áreas de circulação, mais exatamente 302,68m², representando cerca 
de 10% da área construída. (Figura 13) 
 
Figura 13 – Destaque da área de circulação perdida 
 
 
Fonte: SUINFRA, Setor de patrimônio histórico – RS – Modificado pelo autor (2020) 
29 
 
 
1.4.3 Palacete das Artes, Salvador, Bahia 
• Localização: R. da Graça, 284 - Graça, Salvador - BA 
• Área: 3.055m² 
• Ano: 2002 
 
1.4.3.1 Implantação 
 
 O Palacete das Artes, também conhecido como Museu Rodin Bahia, é um projeto de 2002 que foi executado pelo escritório 
de arquitetura Brasil Arquitetura, cuja construção dispõe de 3055m² divididos em dois edifícios, sendo um deles o palacete e outro, 
um anexo. A construção está localizada no bairro da Graça, uma zona predominantemente residencial. Analisando seu entorno 
identifica-se uma grande quantidade de condomínios de alto padrão e uma variedade extensa de comércios de pequeno e médio 
porte. A região também conta com alguns pontos de ônibus, sendo confortável o acesso ao museu por esse meio de transporte. Seu 
principal acesso é pela Rua da Graça, que é um pouco estreita quando comparada à sua importância de transição de um ponto para 
outro do bairro. A região ainda é bastante arborizada dada a outras regiões da cidade, com a média de temperatura anual de 26 ºC. 
(Figura 14)30 
 
 
Figura 14 – Mapa de implantação do Palacete das Artes 
 
 
 
Fonte: GoogleMapStyle, modificado pelo autor (2020) 
 
 Por ser situado em uma área predominantemente residencial o museu tem condições favoráveis para atrair moradores da 
região e visitantes de outros bairros e lugares. 
 
 
31 
 
 
1.4.3.2 Volumetria 
 
 Como o projeto é composto por duas edificações, cada uma delas traz uma proposta diferente. A edificação principal é um 
palacete com características da arquitetura neoclássica, podendo identificar diversos adornos, falta de ordem e simetria, além de 
irregularidade espacial e volumétrica em toda a construção, evidenciando o estilo arquitetônico presente. Por outro lado, seu anexo 
tem uma forma completamente diferente, com características contemporâneas, mais simples e retangular, utilizando-se de materiais 
como vidro, aço, concreto e madeira em sua composição (Figura 15). São duas edificações de tempos diferentes, e, portanto, 
composições diferentes, dividindo espaço entre um belo jardim que os integram. Após a reforma, em sua fachada traseira do palacete 
foi adicionado um volume com função de circulação vertical, além de otimizar o fluxo de pessoas a torre confere unidade visual ao 
conjunto por apresentar as mesmas características arquitetônicas do bloco anexo (Figura 16). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
32 
 
Figura 15 – Materiais utilizados no bloco anexo 
 
Fonte: Google Imagens, modificado pelo autor (2020) 
 
 
 
 
33 
 
Figura 16 – Incorporação dos elementos ao palacete 
 
Fonte: Google Imagens, modificado pelo autor (2020) 
 
34 
 
1.4.3.3 Setorização 
 
 O programa de necessidades do projeto é bem completo e atende para o que é proposto, possuindo o palacete, em seu 
primeiro pavimento, as áreas de acolhimento e de atividades educativas. A circulação entre os ambientes é otimizada e linear, com 
grandes salas que estão ligadas pela grande quantidade de portas que conectam um cômodo a outro. Já o anexo possui um 
mezanino com circulação em formato ‘U’ que também pode ser utilizado como espaço museográfico. Praticamente só tem um 
ambiente acessível ao público que conta com uma grande galeria de exposição com o pé direito duplo e com bastante iluminação 
natural graças as grandes esquadrias de vidro e domos localizados na cobertura que podem ser regulados de forma mecânica 
adequando-se ao tipo de acervo exposto. 
 Existem dois acessos ao palacete, tais quais o de serviço localizado ao lado direito da fachada direto para o subsolo do bloco 
anexo e o de visitantes pelo lado esquerdo, e em ambos os casos o palacete é destaque no caminho projetado até o novo volume 
(Figura 17). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
35 
 
 
 
Figura 17 – Planta de setorização 
 
Fonte: Archydaily, modificado pelo autor (2020) 
 
 
 
 
 
 
36 
 
1.5 SIMILARES ESPECIFICOS 
 
1.5.1 Universidade LaSalle 
 
 A utilização de materiais rústicos e artesanais que podem ser produzidos na própria comunidade, como tijolos usados na 
construção dos prédios da Universidade LaSalle em Oaxaca. (Figura 18) 
 
Figura 18 - Detalhe da construção em tijolo 
 
Fonte: Arquitetos Artesanos (2014) 
 
 A argila é um material encontrado em abundancia no local, somado ao conhecimento técnico e criatividade dos oleiros 
pode-se chegar a um resultado similar ao projeto executado no México. 
 
37 
 
1.6 IDEIAS GUIAS 
 
 O objetivo do Centro Cultural Vozes do Barro terá como principais referências os projetos vistos nas análises de similares, 
não somente parâmetros físicos construtivos e matérias, como também conceitos utilizados para dar uma melhor harmonia projetual. 
Todos os similares analisados seguem em algum aspecto uma linha histórica e contemporânea, que é a principal característica a 
ser adotada. 
 O intuito é criar uma edificação que consiga dialogar com o entorno, se fundindo com o que já existe para passar a sensação 
de que essa nova construção sempre esteve ali. 
 
1.6.1 Kulturhaus (Casa da Cultura) em Dietfurt, Alemanha 
 
 A principal característica do Kurlturhaus a tentar ser incorporada é a harmonia entre o uso dos materiais rústicos como a 
madeira e modernos como o concreto, vidro e aço. Onde preservou-se a estrutura de uma edificação secular e incorporaram esses 
elementos com naturalidade. O uso do estuque como material de revestimento externo com a textura simulando o concreto e 
elementos como a escada e esquadrias em aço é definitivamente algo que pretende ser aplicado a este projeto em estudo, da 
mesma forma eficiente que eles fizeram. 
 A ideia é conjuntamente trazer uma volumetria mais simples somada a uma edificação mais retangular e sem muitos adornos. 
 
 
 
 
 
38 
 
1.6.2 Centro Cultural da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) 
 
 O aspecto a ser agregado do Centro Cultural da UFRGS é a sua setorização, mesmo está devendo ser criticada em alguns 
pontos já previamente esmiuçados, possuindo um caráter funcional, e ao trazer esse aspecto para o projeto, objetiva-se aproveitar 
as críticas feitas e não cometer os mesmos erros. 
 O uso de muitas aberturas com grandes dimensões também é um ponto a ser incorporado desse projeto para aproveitar ao 
máximo sua iluminação natural e clima que uma região com bastante mata nativa e um rio pode proporcionar à edificação. 
 
1.6.3 Museu Rodin Bahia (Palacete das Artes) 
 
 Por ser o único similar presencialmente visualizado na construção deste estudo até o momento, este projeto é o que carrega 
mais referências a serem adotadas. Começando pela sua integração com o bairro e local inserido, o Palacete consegue se misturar 
com as edificações ao redor. 
 A utilização de duas edificações, uma no estilo mais histórico clássico e outra contemporâneo, conectados entre si, são 
conceitos retirados desse projeto, e vale ressaltar que construir essa transição de forma otimizada será um grande desafio. 
 Por fim há a relação entre essas duas construções e o que tem dentro do terreno, interagindo conjuntamente ao entorno 
externo do mesmo, visto que o jardim conta com uma área de convivência bastante agradável e arborizada, sendo um elemento que 
se pretende manter neste projeto. 
 
 
 
 
39 
 
2. ESPECIFICIDADES PROJETUAIS 
 
2.1 MEMORIAL JUSTIFICATIVO DO PROJETO 
 
 O presente memorial tem por objetivo descrever a proposta de requalificação da área do Centro Cerâmico de Maragogipinho 
e a construção do Centro Cultural Multiuso. A ideia do projeto parte da harmonia do Centro Cerâmico com o novo equipamento a 
ser inserido no local, surgindo assim o conceito de aplicar dois momentos históricos em dois blocos conectados. O primeiro bloco 
terá o estilo colonial semelhante à edificações históricas da cidade como a prefeitura e alguns casarões antigos, onde representam 
a história e toda tradição que foi construída ao longo dos anos, esse bloco é marcado pela sua volumetria e aberturas que dão ritmo 
à fachada e permite a circulação do ar com a face principal privilegiada pelos ventos predominantes e sol nascente. O segundo bloco 
é voltado para a atualidade, inovação e as novas gerações, não apenas pela sua volumetria e métodos construtivos, mas, muito 
também pela sua funcionalidade e possibilidades que oferece a população de Maragogipinho. 
Sobre a funcionalidade e potencialidades do projeto, a interação com as olarias e moradores são primordiais, e são separadas 
em três núcleos, tais quais apoio ao artesão, desenvolvimento da comunidade e acolhimento ao turista. No primeiro bloco já citado 
funcionará a galeria de exposições das obras dos oleiros de Maragogipinho, que se dará de maneira em que o oleiro associado à 
AAMOM terá um lugar reservado para expor suas obras, e junto a esta terá uma ficha técnica, com o nome, um pouco de sua história 
e instruções de como chegar na olaria do artesão. Para executar essa ideia será necessário o mapeamento de todo CentroCerâmico 
identificando todas as olarias em um mapa lúdico e compreensível para qualquer um conseguir se localizar, e também será 
necessário sinalização e requalificação das vias em todo perímetro de onde estão concentradas as olarias. O segundo núcleo é 
focado no desenvolvimento educacional, profissional, cultural e artístico da cidade, oferecendo palestras, workshops e cursos, tanto 
de nativos para nativos, nativos para visitantes e também visitantes para nativos gerando assim um ciclo de troca de conhecimentos. 
Esse núcleo também é representado pela construção da biblioteca da cidade e memorial que contará a história da comunidade e 
40 
 
explicará como uma vila do interior da Bahia se tornou um dos maiores polos cerâmicos da América Latina. E por último o núcleo do 
turismo, em que, com a construção do Centro Cultural o turista que visitar o vilarejo de Maragogipinho terá uma série de pontos de 
interesse para explorar, no bloco de exposições, podendo encontrar exposições únicas e ainda adquirir as obras que lhe interessar, 
caminhar por todo centro cerâmico, conhecer as olarias e interagir com os artesões, que são sempre muito receptivos, descobrir a 
história da cidade no memorial, aprender a técnica de moldar o barro, apreciar a vista do manguezal e rio Jaguaripe entre outras 
atividades, assim tornando o vilarejo um ponto de interesse durante todo o ano. 
 O terreno possui uma área de m² e fica localizado no coração da cidade, próximo as áreas onde existem a maior concentração 
de olarias da vila, que devido ao desnível natural e acesso por uma das principais ruas da cidade, o espaço está em um local 
privilegiado, sendo do ponto mais alto o acesso ao deck na cobertura de um dos blocos que é de fácil acesso e objeto de interesse 
tanto dos moradores quanto dos visitantes, e da parte mais baixa permite o acesso rápido à diversas olarias do Centro Cerâmico. 
 Um item a ser reforçado é que a proposta de requalificação tem como base às necessidades do centro cerâmico, observadas 
nos estudos feitos da região, tais quais a falta de uma infraestrutura e suportes básicos como esgoto residencial e escoamento das 
águas pluviais, sendo extremamente prejudicial para comunidade e visitantes, além de outro fato que chama bastante atenção como 
a falta de acessibilidade, passeios irregulares frequentes e a inexistência de um caminho entre as olarias, sendo necessário também 
um reordenamento de algumas olarias para facilitar o fluxo de pessoas e organização do espaço. 
 Já o clima tropical da região pode causar desconforto aos usuários, pois temperaturas elevadas e alta concentração de 
umidade do ar provoca a sensação de clima quente e abafado, e para minimizar tais problemas será utilizado o sistema de ventilação 
cruzada, posicionando a edificação de modo que receba na maior parte do tempo apenas o sol nascente, além da utilização do 
desnível natural do terreno para minimizar os impactos do sol poente na fachada posterior. 
41 
 
 Por ser uma vila extremamente pequena afastada de grandes centros urbanos, dentro do distrito de Maragogipinho, o principal 
meio de locomoção é a pé ou bicicleta, automóveis só são utilizados para se deslocar para fora da vila ou chegar nela. O acesso 
viário dá-se através da BA-001. 
 Através de estudos feitos no entorno da área de intervenção, não foi identificado equipamentos similares, gerando assim uma 
grande necessidade de valorização histórica e também uma valorização da beleza natural cuja vista para o manguezal pode oferecer. 
 Portanto, o objetivo do desenvolvimento do projeto é suprir as necessidades da comunidade da vila de Maragogipinho ao 
passo que busca se tornar um melhor atrativo turístico para região aumentando o fluxo de turistas e pessoas interessadas na arte 
ali transmitida, sendo que a deficiência de equipamentos similares em cidades ao redor só alavanca ainda mais os benefícios que 
um projeto com esses objetivos e magnitude pode trazer. Vale ressaltar que sua forma tem o conceito de ser uma edificação 
atemporal, com dois tempos em uma edificação só, e a sua função é se basear no melhor aproveitamento dos espaços e implantação. 
Fazer aplicação de recursos arquitetônicos existentes para a melhor solução das vantagens e desvantagens climáticas criando assim 
um ambiente confortável, tendo como sua principal função, oferecer uma arquitetura que agregue a cada indivíduo informação, 
cultura, lazer e valorização histórica. 
 
 
2.2 ESTUDO VOLUMÉTRICO 
 
 A volumetria inicial do projeto teve como inspiração o Palacete das Artes, com a utilização de dois volumes conectados por 
uma área de convivência entre dois blocos (Figura 19), onde cada um tem seu significado e funcionalidade, porém ambos estão 
conectados pelo seu objetivo em comum que é valorização do distrito, de sua arte, conhecimento e cultura. 
 
 
42 
 
 
Figura 19 – Volumetria inicial do projeto 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2021) 
 
O primeiro bloco(Figura 20) que é mais voltado ao turista tem um aspecto mais histórico assemelhando-se à edificações 
existentes e também para não destoar das casas e olarias do entorno combinado com a criação de um deck em sua cobertura com 
uma área de circulação, descanso e um pequeno comércio onde poderá funcionar uma lanchonete ou sorveteria para apreciar a 
vista para algumas das centenas de olarias e o manguezal de Maragogipinho. Enquanto no seu interior o projeto contém um pé 
43 
 
direito duplo cercado por um mezanino, onde funcionará a galeria de exposição das peças produzidas na cidade, com a identificação 
de quem produz aquela peça e a localização da olaria dentro do Centro Cerâmico. Esse bloco é inspirado nas construções antigas 
da cidade, com várias aberturas dando um ritmo à fachada enquanto auxilia na circulação do ar dentro da edificação. 
 
Figura 20 – Volumetria primeiro bloco 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2021) 
 
44 
 
 O segundo bloco(Figura 21) ficará responsável pelos equipamentos sociais propostos para comunidade como a sede da 
AAMON, salão memorial contando a história da cidade e ligação dela com o artesanato, biblioteca, as salas multiuso onde serão 
ministrados os cursos e auditório para reuniões e palestras. O segundo bloco tem uma volumetria e materiais utilizados em sua 
construção mais livres porém como já citado anteriormente o problema de incidência solar no local é bastante incômodo, mas é 
compensado pela brisa que vem do manguezal e do rio Jaguaripe, por isso esse bloco também é composto por muitas aberturas 
para manter o vento circulando e deixar o ambiente agradável. 
 
Figura 21 – Volumetria segundo bloco 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2021) 
45 
 
2.3 PROGRAMA DE NECESSIDADES 
 
 O projeto trata-se de implantar o centro cultural multiuso em uma área pré-existente, que atualmente funciona como centro 
cerâmico, com o objetivo de trazer mais notoriedade ao artesanato produzido pela vila, dar apoio às olarias ao entorno, buscar uma 
melhor organização e profissionalização dos artesãos, atender às necessidades culturais e recreativas da população residente, 
incentivar a perpetuar a tradição para os jovens da vila e atrair mais turistas para o local. O desenvolvimento deste programa de 
necessidades baseou-se no estudo dos projetos similares que possuem o mesmo tema ou semelhante a Kulthurhaus, o Centro 
cultural da UFRGS e o Palacete das Artes. 
 O programa de necessidades da edificação buscará atender todas as pessoas interessadas em conteúdo cultural, profissional, 
educacional e recreativo, independente de idade, sexo e condições financeiras de moradores da cidade ou não. No mesmo, serão 
pensados três tipos de núcleos, sendo o primeiro voltado para apoio aos artesãos e comunidade, o segundo atendendo as 
necessidades educacionais e profissionais, e o terceiro focado no turismo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
46 
 
Quadro 1 – Programa de necessidades 
 
QUADRO DE AMBIENTES 
Núcleo Nomedo Ambiente Quantidade Bloco Área 
Apoio ao artesão 
Auditório 1 2 186.64 m² 
Arquivo / Depósito 1 2 18 m² 
Escritório da AAMOM 1 2 35.1 m² 
Educação 
e 
 Profissionalização 
Sala de Apoio / Depósito 1 2 33.22 m² 
Sala de Aula 1 2 2 66.44 m² 
Sala de Oficina Cerâmica 1 2 2 112.94 m² 
Biblioteca 1 2 359.14 m² 
Depósito / Reserva 1 2 18.38 m² 
Recepção 1 2 27.37 m² 
Sala dos Funcionários 1 2 21.77 m² 
Recreação 
e 
 Turismo 
Quiosque 1 1 28.25 m² 
Sala de Apoio 1 1 51.07 m² 
Sala dos Funcionários 1 1 14.08 m² 
Salão de Exposição 2 1 681.14 m² 
Salão de Memorial 1 2 125.21 m² 
Outros 
Elevador 2 1 5.26 m² 
Elevador 2 2 4.50 m² 
Sanitário Feminino 1 1 7.61 m² 
Sanitário Feminino 2 2 15.24 m² 
Sanitário Masculino 1 1 7.13 m² 
47 
 
Sanitário Masculino 2 2 15.07 m² 
Sanitário PCD 1 1 3.72 m² 
Sanitário PCD 1 2 3.64 m² 
Varanda 1 2 36.48 m² 
Circulação 1 4.19 m² 
Circulação 2 266.74 m² 
 Total 2,148.72 m² 
 
Fonte: Elaborado pelo autor (2021) 
 
 Com base nas informações retiradas da Lei de Ordenamento de Uso e Ocupação do solo do município de Aratuípe, a 
construção total em metros quadrados pode ocupar 1,5 vezes a área do terreno (1.564,22 m²) cujo valor total é de 2346,33 m², 
podendo verticalizar até o valor do mesmo, considerando o gabarito máximo de 3 (três) pavimentos. 
 
2.4 ANÁLISE DO TERRENO 
 
2.4.1 Análise bioclimática 
 
 A Vila de Maragogipinho é caracterizado pelo clima tropical, com temperaturas que ao longo do ano variam de 20ºC a 32ºC, 
sendo a temperatura média de 26,3ºC. Possuindo uma variação sazonal moderada na sensação de umidade, no qual o nível de 
conforto é abafado ou opressivo durante a maior parte do ano, assim provocando uma maior sensação de calor. Está analise permite 
entender que o clima quente e abafado é um problema na cidade (Gráfico 2). 
48 
 
Gráfico 2 – Temperaturas máximas, mínimas e umidade média durante o ano 
 
Fonte: Weatherspark, adaptado pelo autor (2020) 
 
 A direção média dos ventos predominantes é leste durante todo o ano, e a velocidade horária média dos ventos na região não 
varia muito ao longo do ano permanecendo entre 8,9 e 10,3 km/h durante todo o período. A análise dos ventos também demonstra 
contribuição para o clima quente e abafado (Gráfico 3). 
49 
 
Gráfico 3 – Direção do vento e velocidade média dos ventos 
Fonte: Weatherspark, adaptado pelo autor (2020) 
 
 Com base na análise bioclimática da região é possível ter uma noção macro das características climáticas do local onde o 
projeto será inserido. Analisando como a incidência solar e fluxos dos ventos interferem na edificação é factível ver que esta recebe 
ventos predominantes em toda sua extensão sul e leste, sendo que o gabarito das edificações no entorno não interfere no fluxo dos 
ventos que chegam até o local estudado. Observando a trajetória solar (Figura 22), nota-se que o mesmo tem bastante influência na 
fachada leste da edificação, que recebe sol diretamente pela manhã, e pela tarde a oeste. 
 
 
 
 
 
 
 
 
50 
 
Figura 22 – Trajetória Solar 
 
 
 
Fonte: 44arquitetura (2021) 
 
O projeto contará com soluções arquitetônicas como ventilação cruzada e de forma natural, e posicionamento da edificação 
com as fachadas leste e oeste seguindo a trajetória solar respectivamente, assim minimizando os efeitos da insolação no período 
da tarde. 
 
 
 
51 
 
2.4.2 Análise morfológica do terreno 
 
 A área do projeto se encontra em um local com um desnível natural de aproximadamente 5 metros de altura que faz ligação 
direta com a rua Antônio Almeida e o restante do terreno é predominantemente plano. 
 
Figura 23 - Perfil topográfico do terreno 
 
Fonte: Google Earth (2021) 
 
 
52 
 
Figura 24 - Perfil topográfico do terreno 
 
 
Fonte: Google Earth (2021) 
 
Mesmo possuindo poucas curvas de nível, esse desnível de aproximadamente 5 (cinco) metros fez com que o projeto fosse 
pensado de maneira que aproveitasse de forma positiva, permitindo assim a utilização de rampas conectando a cobertura do bloco 
1 criando um deck para contemplação da natureza e entorno. 
 
 
 
53 
 
2.4.3 Análise da hierarquia viária 
 
 O terreno se encontra na rua Antônio Almeida e Rua do Porto onde o tráfego é, em sua grande maioria, de veículos e 
moradores da região e turistas. Por ser uma vila extremamente pequena não existe sistemas de transporte coletivo, sendo assim a 
as pessoas se locomovem pela cidade a pé ou de bicicleta. O tráfego se torna intenso no final de maio e início de abril quando ocorre 
a tradicional Feira dos Caxixis em Nazaré, cidade vizinha onde é exposta a produção das peças de cerâmicas, despertando a 
curiosidade dos turistas, que buscam conhecer de onde são produzidos tais artesanatos, e impulsionando-os como uma atração 
local. As principais vias de acesso são pela Av. Tiradentes, Rua André Viêira e Rua Zeferino Ramos (Figura 25). Através de visitas 
ao local é possível notar a falta de infraestrutura e saneamento básico nas vias principais, e o calçamento é feito de paralelepípedo 
em toda extensão da cidade, com exceção das áreas que a pavimentação é inexistente. 
 Dentro da área de intervenção não é diferente de todo perímetro ao redor, visto que a falta de infraestrutura e saneamento 
básico restringe o escoamento de aguais pluviais a apenas o calçamento de paralelepípedo, ressaltando a ausência de guias, 
sarjetas e passeios dentro do padrão de acessibilidade. 
 
 
 
 
54 
 
Figura 25 - Análise da hierarquia viária 
Fonte: Googlemapstyle, adaptado pelo autor (2021) 
55 
 
 
2.4.4 Análise tipológica dos prédios do entorno imediato 
 
 O entorno do terreno do projeto tem como característica predominante o uso misto do solo, assim podemos observar 
edificações de caráter comercial e residencial em sua grande maioria. É fato que o gabarito preponderante é o térreo. Porém em 
visita ao local conseguiu-se observar algumas edificações mais recentes e/ou em construção que apresentam um segundo 
pavimento. (Figura 26). 
Figura 26 - Gabarito vertical da região 
Fonte: Acervo pessoal (2021) 
56 
 
2.4.5 Análise da permeabilidade do solo no entorno imediato 
 
 No entorno da cidade há uma grande presença de vegetação nativa derivada do bioma de Mata Atlântica e Manguezal, sendo 
possível identificar árvores e áreas permeáveis (Figura 27) em toda extensão da área de intervenção, cuja pavimentação de 
paralelepípedo da cidade e proximidade com o rio também são fatores contributivos para o escoamento da água e permeabilidade 
do solo, porém, a falta de drenagem adequada pode causar problemas ambientais graves como alagamentos ou deslizamentos de 
terra. Embora como já citado anteriormente, a rede de esgotamento público e coletivo é inexistente, na maioria das residências são 
utilizadas fossas sépticas individuais ou o lançamento direto de seus esgotos no rio. Serviços de infraestrutura como água, luz e 
iluminação pública são existentes. A coleta de lixo e limpeza das vias públicas são feitas pelo município de Aratuípe, tendo, no 
entanto, como sua disposição final um lixão. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
57 
 
Figura 27 – Permeabilidade do entorno 
Fonte: Acervo pessoal (2021) 
 
58 
 
2.4.6 Análise da legislação vigente 
 
 O projeto de arquitetura deve estar devidamente adequado às exigências destinadas ao uso das legislações locais, como o 
Plano Diretor de Aratuípe (Lei Nº 542/2009 de 19/12/2009), além de regionais, como o Código de Segurança Contra Incêndio e 
Pânico do Estado da Bahia, e nacionais, tal qual a ABNT NBR-9050 – Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e 
equipamentos urbanos (2004). 
 Uma de suas diretrizes consiste no uso e na ocupação do solo que divide o território municipal em Zonas. O terreno proposto 
está localizado numa área que faz parte da Zona de Uso Misto (ZUM) e seu uso é para fim comercial e serviços. Compreendemáreas de ocupação mista de apoio às zonas industriais e de serviços, bem como áreas com potencial para estimular a convivência 
de usos habitacionais e não habitacionais com intensidade média de ocupação, onde se mesclam usos residenciais, comerciais e 
de serviços. Os parâmetros de ocupação do solo são determinados de acordo com o Quadro 2 abaixo: 
 
Quadro 2 – Classificação do Terreno 
Fonte: Prefeitura municipal de Aratuípe (2009) 
59 
 
 Tal qual representado no tópico “Programa de necessidades", o terreno de 2.766,43m² terá respectivamente o Coeficiente de 
aproveitamento (Ca) máximo de 4.149,65m², Índice de permeabilidade (IP) mínimo de 829,93m² e Índice de ocupação (IO) máxima 
de 1.936,50m². Ainda de acordo com o plano diretor da cidade de Aratuípe: 
 
Todo lote com área superior a 300m2 (trezentos metros quadrados) deve obedecer aos seguintes recuos: 
frontal de 2,5m (dois metros e meio); laterais (ambos os lados) de 1,5m (um metro e meio) e recuo de fundo 
de 2,5m (dois metros e meio). Todo lote com área acima de 300 m2 (trezentos metros quadrados) que possui 
testada menor ou igual a 10m (dez metros), poderá contar com recuo lateral em apenas um dos lados. 
 
 Com os dados adquiridos e relacionando-os aos parâmetros urbanísticos com a área do terreno, pode-se concluir que o 
projeto do centro cultural atende aos critérios exigidos. 
 
2.4.7 Raio de influência de outros equipamentos com o mesmo tema e temas impactantes 
 
 A requalificação do Centro Cerâmico e construção do Centro Cultural Multiuso propõe trazer mais visibilidade aos artesanatos 
produzidos na vila de Maragogipinho, transformando o lugar não só em um ponto turístico com mais referência na região, mas como 
também de incentivo para que os moradores se sintam mais motivados a continuar com o oficio tradicional, além de apoio 
sociocultural à vila. A proposta é embasada na falta de equipamentos similares na região, na carência da comunidade de um local 
onde consiga ter acesso a informação, educação e profissionalização, sendo um ponto de apoio aos oleiros, objetivando na união e 
expansão da visibilidade do artesanato ali criado, atraindo, desta maneira, mais turistas para a vila. 
60 
 
 O entorno do terreno como supramencionado, é predominantemente residencial, com exceção das olarias e alguns comércios 
de moradores, tendo os estudos com o raio de influência de 1, 2 e 3km de distância em relação a área de intervenção não identificado 
nenhum equipamento similar ao proposto (Figura 28). 
 
Figura 28 – Equipamentos em raio de até 1, 2 e 3km 
 
Fonte: Google Earth, adaptado pelo autor (2020) 
 
 
 
 
61 
 
 
REFERÊNCIAS: 
 
ALBA. Artesãos de maragogipinho expõem peças de cerâmica na alba. Disponível em: http://www.al.ba.gov.br/midia-
center/noticias/33246. Acesso em 01 de maio de 2020. 
 
ARCHDAILY. House of Culture / KÜHNLEIN Architektur. Disponível em: https://www.archdaily.com/789923/house-of-culture-
kuhnlein-architektur. Acesso em: 07 de abril de 2020. 
 
ARCHDAILY. Museu Rodin Bahia / Brasil Arquitetura. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/910445/museu-rodin-
bahia-brasil-arquitetura. Acesso em: 07 de abril de 2020. 
 
ARCHDAILY. O Papel das ruas compartilhadas: Como recuperar a qualidade de vida no espaço público / Guillermo Tella e 
Jorge Amado. Disponível em: https://www.archdaily.com.br/br/794322/o-papel-das-ruas-compartilhadas-como-recuperar-a-
qualidade-de-vida-no-espaco-publico-guillermo-tella-e-jorge-amado. Acesso em 22 de junho de 2020. 
 
ARTESOL. AAMOM - Associação de Auxílio Mútuo dos Oleiros de Maragogipinho. Disponível em: 
https://www.artesol.org.br/aamom_associacao_de_auxilio_mutuo_dos_oleiros_de_maragogipinho. Acesso em 03 de maio de 2020. 
 
CENTRO CULTURAL DA UFRGS. Sobre o espaço. Disponível em: https://www.ufrgs.br/centrocultural/sobreoespaco/. Acesso 
em: 8 de maio. 
 
62 
 
G1. Maragogipinho se destaca como o maior centro produtor de cerâmica do Brasil. Disponível 
em: http://g1.globo.com/bahia/jornal-da-manha/videos/t/edicoes/v/maragogipinho-se-destaca-como-o-maior-centro-produtor-de-
ceramica-do-brasil/7342989/. Acesso em 01 de maio de 2020. 
 
GOOGLEMAPSTYLE. Disponível em: https://mapstyle.withgoogle.com/. Acesso em 08 de maio de 2020. 
 
IBGE. IBGE cidades. Disponível em: https://cidades.ibge.gov.br/brasil/ba/aratuipe/panorama. Acesso em 02 de maio. 
 
KUEHNLEIN ARCHITEKTUR. Kulturhaus Dietfurt Klostergasse 5. <https://www.kuehnlein-architektur.de/projekte/kulturhaus-
dietfurt-klostergasse-5/. Acesso em 8 de maio de 2020. 
 
PORTAL TRANSPARENCIA. Prefeitura municipal de Aratuípe. Disponível em: 
http://www.ba.portaldatransparencia.com.br/prefeitura/aratuipe/?pagina=abreDocumento&arquivo=3EEE05598A. Acesso em 05 de 
maio de 2020. 
 
PROJETEEE. Estratégias bioclimáticas. Disponível em: http://projeteee.mma.gov.br/estrategias-bioclimaticas/. Acesso em 11 de 
junho de 2020. 
 
SUINFRA. Prefeitura municipal do Rio Grande do Sul. Planta baixa simplificada. 2019. 
 
63 
 
WEATHERSPARK. Clima característico em Nazaré Brasil durante o ano. Disponível 
em: https://pt.weatherspark.com/y/30985/Clima-caracter%C3%ADstico-em-Nazar%C3%A9-Brasil-durante-o-ano. Acesso em 10 de 
junho de 2020. 
 
NEXO. 5 princípios para melhorar o designer urbano, segundo Jan Gehl. Disponível em: 
https://www.nexojornal.com.br/expresso/2016/07/13/5-princ%C3%ADpios-para-melhorar-o-design-urbano-segundo-Jan-
Gehl#:~:text=%C3%89%20o%20que%20acredita%20Jan,a%20ocupa%C3%A7%C3%A3o%20dos%20espa%C3%A7os%20p%C3
%BAblicos. Acesso em: 02 de julho de 2020. 
 
TERRITORIOS. A arquitetura Grega. Disponível em: http://www.territorios.org/teoria/H_C_grega.html. Acesso em: 30 de junho de 
2020. 
 
GELH, Jan. Cidade para pessoas. 1ª edição. São Paulo: Perspectiva, 2013. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
64 
 
APÊNDICE B – Declaração de autenticidade 
 
 
Eu, Bruno Hideo Ishikawa Carvalho, matriculado no 9º período do Curso de Arquitetura e Urbanismo do Centro 
Universitário Jorge Amado – UNIJORGE – CAMPUS PARALELA, Salvador-Bahia, Matrícula nº: 161004979 CPF: 
843.983.455-15 RG: 12.741.431-28 para efeito do que dispõe a Lei 9.610 de 19.02.1998 – Lei de Direitos Autorais 
– , por este documento DECLARO que o Trabalho de Conclusão de Curso (monografia) intitulado: Anteprojeto 
do Centro Cultural Multiuso: Vozes do Barro é de minha autoria e exclusiva responsabilidade e não contém 
apropriação indevida, parcial ou total, da obra intelectual de outro autor. 
 
Salvador, 30 de Abril de 2021. 
 
 
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Assinatura

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