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UNIVERSIDADE CEUMA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO COORDENADORIA DO CURSO DE EDUCAÇÃO FISICA CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA LICENCIATURA ALANNA RAYSSA DE ALMEIDA VASCONCELOS CAIO HIGOR CAIRES LOPES NAYARA SANTOS SOUSA NATANIEL BALDEZ COUTINHO Relatório sobre o teste de 6 minutos em garotos praticantes de futsal São Luís 2021 Introdução Educar crianças e adolescentes sobre os benefícios da pratica de atividade física conscientiza desde a infância oferecendo condições para que levem um estilo de vida ativo e saudável até a fase adulta. Conforme Guedes (1995), a aptidão física relacionada à saúde pode ser definida como um estado dinâmico de energia e vitalidade que permite ao indivíduo não apenas a realização das tarefas do cotidiano, mas as ocupações ativas das horas de lazer ou enfrentar emergências imprevistas sem fadiga excessiva. São muitas sugestões de testes que propõem avaliar a aptidão física e o desempenho motor, com essas várias alternativas, existem também bastantes critérios que visam analisar esse desempenho como formas e padrões de movimento, tempo, distância e repetições em cada tarefa. Essas avaliações de desempenho motor em crianças e adolescentes. Mesmo com medidas simples, fornece informações relevantes para o planejamento de programas de educação física e esportes, formulando estratégias de intervenção motora, na rotina de atividades e exercícios físicos. Uma ótima forma, além da educação física escolar, de promover melhora na aptidão física e saúde, aliado ao lúdico, são as atividades extracurriculares. Como maior exemplo podemos citar as escolinhas de modalidades esportivas. No Brasil, a grande maioria das escolinhas de iniciação esportiva são as de futebol e futsal devido a popularidade do esporte no país. Para Alvarez e Dias (2015), as escolinhas de iniciação esportiva proporcionam benefícios fisiológicos, além de melhoria da coordenação motora, inclusão social e desenvolvimento cognitivo motor. Sabe-se que existe uma relação importante entre a melhora da aptidão física e a melhora nas capacidades funcionais motoras (força, velocidade, agilidade, flexibilidade e potência aeróbia) dos indivíduos, contribuindo, então, na eficiência da realização de determinadas tarefas. No Brasil, uma bateria de testes está sendo realizada com crianças e adolescentes, nomeada de Projeto Esporte Brasil (PROESP). O Projeto Esporte Brasil (PROESP-BR) é um observatório permanente de indicadores de crescimento e desenvolvimento corporal, motor e do estado nutricional de crianças e jovens entre 6 e 17 anos. Com o objetivo de auxiliar os professores de educação física na avaliação desses indicadores, o PROESP-BR propõe, através de um método, a realização de programa cujas medidas e testes podem ser realizados na maioria das escolas brasileiras. As informações enviadas ao site, formam um banco de dados capaz de orientar estudos, sugerir diagnósticos e propor normas e critérios de avaliação da população escolar brasileira no âmbito do crescimento corporal e da aptidão física relacionada à saúde e ao desempenho motor. Este trabalho irá apresentar exclusivamente sobre o teste de Resistencia Geral (Corrida em 6 minutos) o principal objetivo do teste é verificar a distância que a pessoa consegue correr/caminhar durante 6 minutos seguidos, afim de avaliar a resposta de um indivíduo ao exercício e propicia uma análise global dos sistemas respiratório, cardíaco e metabólico. Trata-se de um teste barato e de ampla aplicabilidade, já que correr/caminhar é uma atividade de vida diária que quase todas as pessoas são capazes de realizar, exceto aqueles mais afetados por alguma doença. Portanto, objetivo deste relatório é analisar os níveis de aptidão cardiorrespiratória de meninos de 9 a 13 anos do Projeto Siqueira Futsal. Material e métodos O estudo é de caráter quantitativo em que procura quantificar dados e, normalmente, aplica alguma forma de análise estatística descritiva, onde os dados podem ser traduzidos por numericamente; exploratória e de campo; observacional que constituiu em avaliar a aptidão física relacionada à saúde (ApFS). A tabulação dos dados foi através do programa Excel 2020. Os testes foram realizados no dia 11 do mês de novembro na Universidade Ceuma, no período noturno. A pesquisa foi composta por 19 meninos com idades compreendendo entre 8 e 13 anos do Projeto Social Siqueira Futsal. Como instrumento de coleta de dados, utilizou-se a bateria de aptidão física PROESP- BR que compreende as equações de dimensão corporal (massa corporal, estatura, envergadura e perímetro da cintura) e nos valores estimados de aptidão física cardiorrespiratória, excesso de peso, excesso de gordura visceral, flexibilidade, resistência muscular localizada, potência dos membros superiores, potência de membros inferiores, agilidade e velocidade. Para analise deste relatório será avaliado o teste de aptidão cardiorrespiratória. O teste para avaliação do componente cardiorrespiratório foi realizado ao redor da quadra externa que possui um perímetro de 90 metros da Universidade CEUMA com medidas de espaço definidas por cones, dispostos de 10 em 10 metros, em que os alunos foram divididos em dois grupos (9 e 10 crianças) onde corriam e/ou caminhavam a máxima distancia dentro do período predeterminado de seis minutos. Para avaliação da aptidão cardiorrespiratória (AP), os alunos foram classificados individualmente de acordo com as faixas etárias recomendada para a variável. A classificação da AP os valores dos critérios foram os recomendados pela PROESP-BR¹, apresentados na tabela 1. Tabela 1 - Critério recomendado para ApC (distância mínima, em metros) para ser considerado bom Sexo 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos masculino 895 917 939 965 1005 Fonte: PROESP- BR Na tabela 2, apresenta os pontos de corte que indicam se a criança ou adolescente apresenta algum fator de risco cardiovascular. Os valores abaixo dos pontos de corte se classificam como zona de risco à saúde e os valores acima como zona saudável. Tabela 2- Pontos de corte que indicam se o avaliado apresenta algum, fator de risco cardiovascular Idade 9 anos 10 anos 11 anos 12 anos 13 anos Corte 820 856 930 966 995 Fonte: PROESP-BR Resultados e Discussão Na Tabela 3 são observadas as médias dos componentes da aptidão física relacionada a saúde, distribuídas e comparadas em relação à idade e a distância total percorrida. Tabela 3 – Disposição das variáveis em médias: idade e da distância percorrida Idade Média das distancias percorridas (metros) 8 anos 1020 9 anos 1072, 75 10 anos 1087,5 11 anos 1132 12 anos 1186, 6 13 anos 1094,4 Fonte: autoria própria Ao analisar as diferenças entre grupos em um mesmo componente da ApFS não se encontrou diferenças estatisticamente significativas, observou-se nas médias um aumento na distância percorrida da aptidão cardiorrespiratória entre oito e doze anos, mas uma redução no grupo de treze anos. Na tabela 4 observa- se a classificação das variáveis obtidas segundo propõem a bateria de teste cardiorrespiratório PROESP- BR proposta por A.R. Gaya et al (2021). Tabela 4 - Classificação geral da variável analisada segundo proposto pela bateria PROESP - BR Idade Classificação geral Classificação por zona de risco 8 anos Muito bom Zona saudável 9 anos Muito bom Zona saudável 10 anos Muito bom Zona saudável 11 anos Muito bom Zona saudável 12 anos Muito bom Zona saudável 13 anos Muito bom Zona saudável Fonte: autoria própria Os resultados obtidos revelam que há uma predominância de classificações muito bom. E segundo a zona de risco em que avalia algum fator de risco cardiovascular, todos os grupos estão na zona de saúde. As tabelas 3 e 4 mostraram resultados que corroboram com um estudo similar, que analisou a aptidão física de adolescentes de 14 e 15 anos praticantes de futsal fora do âmbito escolar de Generosi et al (2009), apresentando resultados positivos semelhantes para os testes de seis minutos,etc. Além disso, Guedes e Guedes (1995), afirma que possuir uma boa resistência cardiorrespiratória permite que indivíduos realizem atividades do dia a dia com mais vigor, além de prevenir doenças crônico-degenerativas. Conclusão Neste estudo sobre indicadores de saúde e aptidão física relacionada à saúde, conclui-se que a maioria dos escolares apresentaram resultados satisfatórios propostos pela bateria PROESP-BR. Referências ALVAREZ, B. R.; DIAS, E. S. Aptidão física e composição corporal de meninos de 10 a 13 anos, após seis meses de treinamento de futsal. UNESC, p.2, 2015. Disponível em: <http://repertorio.unesc.net/bistream/1/3102/1/Endi%20Scotti20Dias.pdf>. Acesso em: 18 de nov. de 2021. A.R. GAYA; A. GAYA; A. PEDRETTI; J. MELLO. Projeto Esporte Brasil: manual de medidas, testes e avaliações. 5° ed. Porto Alegre: Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2021. Ebook. GENEROSI, R. A. et al. Aptidão física e saúde de adolescentes praticantes e não praticantes de futebol ou futsal fora do âmbito escolar. Revista Brasileira de futsal e Futebol, São Paulo, v.1, n.3, p.251-258, 2009. Disponível em: <www.rbbf.com.br/index.php/article/view/31>. Acesso em: 18 de nov. de 2021. GUEDES, D. P.; GUEDES, J. E. R. P. Atividade física, aptidão física e saúde. Revista brasileira de atividade física e saúde, v.1, n.1, p.18-35, 1995. Disponível em: <http://rbafs.org.br/RBAFS/article/view/451>. Acesso em: 18 de nov. de 2021.
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