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Estética e Cirurgia Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Me Paula Carvalho Revisão Textual: Prof. ª Dr.ª Selma Aparecida Cesarin Sistema Linfático • Introdução; • Anatomia e Fisiologia do Sistema Linfático; • Formação da Linfa; • Mecanismo de Transporte da Linfa; • Edema; • Alterações do Sistema Linfático no Pós-operatório; • Drenagem Linfática Manual. • Analisar e compreender o envolvimento do Sistema Linfático nas Cirurgias Estéticas e como a drenagem linfática auxilia o seu funcionamento. OBJETIVO DE APRENDIZADO Sistema Linfático Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Sistema Linfático Introdução Desejo que você aproveite e desfrute de todo este Material, que foi elaborado para aperfeiçoar ainda mais seus conhecimentos e proporcionar a formação de ótimo profissional. Toda vez que ouvir sobre cirurgias estéticas, você deverá lembrar-se da im- portância e da relação do Sistema Linfático com esse assunto, pois ele estará presente tanto na recuperação geral, já que é um Sistema que produz células de defesa, principalmente, os linfócitos, considerados verdadeiros sentinelas da imu- nidade, quanto está envolvido, também, nos acontecimentos do pós-operatório, principalmente no edema. Por isso, compreender sua anatomia e fisiologia são garantias de um atendi- mento pré-operatório que vise a uma melhora mais rápida e otimizada, bem como garantem um pós-operatório mais confortável e com o resultado final aparecendo mais brevemente. O Sistema Linfático é um Sistema de drenagem que auxilia o Sistema Venoso no retorno dos componentes do sangue. O Sistema Venoso é o grande responsável pela captação das toxinas, porém partículas maiores que não conseguiram retornar por eles, são reabsorvidas pelo Sistema Linfático. Reabsorve dos interstícios líquido e produtos que interagiram com o meio ex- tracelular. Esse líquido é denominado linfa, passa pelos linfonodos, é filtrado e recebe células de defesa, funcionando como uma “lixeira” do organismo. Para entender esse funcionamento, precisamos primeiramente conhecer as es- truturas que compõem esse Sistema. Anatomia e Fisiologia do Sistema Linfático É considerado um Sistema de limpeza corporal, que se diversifica e participa tantos de funções circulatórias quanto funções relacionadas à imunidade. Os capilares linfáticos, estruturas mais básicas e superficiais, são revestidos por células endoteliais e sujeitas a filamentos de ancoragem que regulam sua abertura e permitem a passagem de macromoléculas. É uma circulação aberta e surge do espaço intersticial, podendo ser assim representada: • Capilar Linfático: Estrutura mais superficial, semelhante a um fio de cabelo; • Vaso Linfático Aferente: Carrega a linfa sem filtrar; • Linfonodo: Filtra a linfa e produz células de defesas; 8 9 • Vaso Linfático Eferente: Carrega a linfa filtrada; • Troncos Linfáticos: Vasos de maior calibre; • Ductos Linfáticos: São dois, responsáveis por coletarem toda a linfa do corpo e se comunicarem com as veias subclávias. Figura 1 Fonte: Getty Images Linfonodos Importante! Sem a eliminação das proteínas dos espaços intercelulares, provavelmente morreríamos em 24 horas. Você Sabia? Já os linfonodos, são estruturas um pouco maiores (0,5 a 2cm), perfazem um número de 600 a 700 em todo o corpo, sendo ¼ deles encontrados na cabeça e no pescoço. Eles possuem duas funções principais: • Filtração da linfa; • Produção das células de defesa. Localização anatômica dos linfonodos cervicofaciais: http://bit.ly/2MmB7A9 Ex pl or Observe na figura a quantidade de linfonodos existentes no pescoço. Por essa razão, algumas técnicas preconizam estimular várias vezes essa região. 9 UNIDADE Sistema Linfático Linfonodo Artéria Veia Vaso linfático Células de Linfoma (câncer) Válvulas de linfa Figura 2 Fonte: Adaptado de Getty Images Essa imagem ilustra o interior de um linfonodo, onde ocorre a filtragem da linfa e também a produção de células de defesa. Os troncos linfáticos surgem a partir dos vasos eferentes, que são vasos calibro- sos que drenam regiões específicas do corpo, correspondentes à sua nomenclatura: • Troncos lombares; • Tronco intestinal; • Troncos broncomediastinais; • Troncos subclávios; • Troncos jugulares e descendentes intercostais. Os ductos são as estruturas mais profunda, e são denominados ducto linfático direito e ducto torácico. Ambos desembocam na junção subclávia direita e esquer- da, respectivamente. Na Figura 3, podemos observar o Sistema Linfático e os linfonodos (estruturas dilatadas na cor verde). Observe que eles se concentram em algumas áreas, como a região das axilas, a região inguinal, a fossa poplítea e, principalmente, na região do pescoço. 10 11 Amígdalas Timo Plexo Mamário Duto Torácico Nodo Linfático Intestinal Intestino Grosso Apêndice Linfonodo Inguinal Vaso Linfático Medula Óssea Vaso Linfático Intestino Delgado Baço Nodo Linfático Axilar Sistema Linfático Linfonodo Linfonodo Arteríola Vénula Células de Tecido Capilar Linfático Fluido Tissular Fluido Tissular Fluido Tissular Fluido Tissular Figura 3 Fonte: Adaptado de Getty Images Formação da Linfa A linfa é formada a partir dos produtos do filtrado do capilar arterial pelos produ- tos gerados por meio do metabolismo celular, ou seja, o material de descarte celu- lar, e pelo líquido do interstício. Quando esse líquido penetra os capilares linfáticos, passa a ser chamado de linfa. Sua composição varia de acordo com o local em que é formada, no intestino, por exemplo, apresenta grande quantidade de ácidos graxos, já nos membros infe- riores, essa quantidade é mínima. 11 UNIDADE Sistema Linfático Dentre os fatores que mais interferem na velocidade de formação e captação da linfa, podemos destacar a sobrecarga no Sistema Venoso (insuficiência venosa). A elevação da pressão dos capilares por uma trombose, por exemplo, e as altera- ções de permeabilidade, como no edema causado por uma cirurgia plástica. Vale ressaltar, que as cirurgias plásticas rompem muitos dos capilares linfáti- cos, o que torna a captação e a filtragem da linfa mais lenta, levando à formação de edema. Entender o funcionamentodo Sistema Linfático elucida e reforça a importância da Drenagem Linfática no Pós-operatório de Cirurgias estéticas. Essa figura mostra o capilar linfático (Lymphatic Capillary) recolhendo os lí- quidos excedentes do meio extracelular. As paredes dos capilares linfáticos são formadas por células endoteliais, que se comportam como escamas de peixes “abrindo” para a filtragem de moléculas para o interior do capilar. Quem estimu- la essa abertura são os filamentos de an- coragem. Guarde essa informação, pois quando falarmos de drenagem, você pre- cisará desse conceito. Mecanismo de Transporte da Linfa Diferentemente do Sistema Venoso, o Sistema Linfático não tem uma bomba como o coração. Sendo assim, a drenagem da linfa formada vai depender da pressão do líquido intersticial, das contrações musculares, do diafragma, da drenagem linfática manu- al, exercícios físicos e dos linfângios. A diferença de pressão do meio extracelular para o interior dos vasos é a grande responsável pela passagem dos líquidos, mas existem vários fatores envolvidos. Os linfângios são a porção do vaso linfático localizada entre duas válvulas, e tem capacidade própria de contração. Funcionam como microcorações, poden- do apresentar até 30 contrações por minuto. Cada linfângion é independente e funciona como se cada um possuísse seu próprio marcador. Venule Sangue Fluido Intersticial Linfa Capilar Linfático Sangue Arteríola Capilar Sanguíneo Célula Tissular Figura 4 Fonte: Adaptado de Getty Images 12 13 O estímulo mais importante para a contração é o aumento de volume com distensão de sua parede, mas há outros estímulos que os acionam, como estí- mulos alfa-adrenérgicos, movimentos ativos e passivos, batimento arterial contra sua parede, entre outros. Suas contrações permitem alcançar pressões entre 10 a 55mmHg, podendo atingir 120mmHg nos membros inferiores. Essas pressões demonstram por que a maioria das técnicas de drenagem linfá- tica manuais mantém a pressão das mãos entre 30 a 40 mmHg, pois a intensão é “imitar” um linfângion. Demonstração dos linfângions e das válvulas do Sistema Linfático: http://bit.ly/2HMVphW Ex pl or Qual a importância das válvulas no Sistema Linfático? Você terá a resposta na videoaula desta Unidade.Ex pl or Edema Refere-se ao grande acúmulo de líquido nos espaços intercelulares ou nas cavidades do organismo. Macros- copicamente, o edema apresenta-se como aumento de volume dos tecidos que cedem facilmente à pressão loca- lizada, dando origem a uma depres- são que rapidamente desaparece. O edema pode limitar o movimen- to, além de gerar dor no local, jus- tamente por que está comprimindo estruturas ao seu redor. Edema de membro inferior Existem alguns tipos de edemas, e eles podem ser ocasionados por alterações mecânicas no Sistema Linfático, em que ocorre a redução da capacidade dos vasos de realizar a drenagem, porém o volume a ser drenado é normal, ou uma alteração dinâmica, em que o sistema linfático está íntegro e o volume a ser drenado excede sua capacidade de drenagem: Figura 5 Fonte: Getty Images 13 UNIDADE Sistema Linfático • Insuficiência linfática dinâmica: a carga linfática ultrapassa a capacidade total de transporte, ocasionado o edema. São tipicamente pobres em pro- teína e, geralmente, típicos de insuficiência cardíaca congestiva e também edemas venosos; • Insuficiência linfática mecânica: há perda da função normal das estruturas linfáticas, mesmo com cargas linfáticas fisiologicamente normais, há um acúmulo tecidual de líquidos e macromoléculas, sendo edemas de alto conteú- do proteico e também são chamados de linfedemas. A quantidade associada de líquidos, ao menos na fase inicial, deve-se à diferença de pressão osmótica das macromoléculas. Os linfedemas são classificados em primários ou secundários. Nos primários, há alteração congênita do desenvolvimento de vasos linfáticos e linfonodos ou obstrução de etiologia desconhecida, e não iremos falar sobre eles. Já nos secundários, a disfunção ocorre em tecido linfático normal, sendo os pós-cirúrgico seu exemplo mais comum, pelos traumatismos gerados no ato ci- rúrgico, ou seja, cortes e remoção ou reposicionamento de tecidos. É nesse tipo que iremos atuar, no pós-operatório de cirurgias estéticas. Alterações do Sistema Linfático no Pós-operatório Nas cirurgias estéticas, os capilares venosos e linfáticos, assim como os vasos, são lesados durante o procedimento, seja pelas incisões cirúrgicas, seja pela cânula de aspiração. Dessa forma, o Sistema Linfático tem sua homeostase prejudicada e, assim, nossa atuação torna-se imprescindível. O excesso de líquido exerce aumento de pressão sobre os capilares linfáticos e isso provoca o afastamento dos filamentos de ancoragem, distendendo as células endoteliais, o que dificulta o trajeto linfático e deixa o processo mais lento. Além disso, as válvulas perdem a capacidade de impedir o refluxo, ocasionada estase, ou seja, a linfa fica parada aumentando o edema. Com isso, muitas proteí- nas ficam paradas, e os macrófagos tentam eliminá-las. Esse mecanismo de defesa ativa os fibroblastos, e aí também ocorre a fibrose. Quanto mais o edema persistir, mas esse quadro se agrava. 14 15 Figura 6 Fonte: Getty Images O excesso de edema pode, também, promover um alargamento da cicatriz. Figura 7 – Drenos pós abdominoplastia para que o edema seja minimizado Fonte: ARANTES, et al, 2009 Uma outra alteração comum é a equimose, manchas arroxeadas que vão mu- dando de cor até desaparecem, decorrentes do extravasamento de sangue dos va- sos de pequeno calibre que são lesionados durante a cirurgia. Tanto o sistema linfático quanto o venoso, criam anastomose, ou seja, novos vasos que reabsorvem o edema e também as equimoses. Mas a Drenagem, assim como O Ultrassom e o Laser de Baixa Intensidade podem auxiliar para que esse quadro reverta mais rapidamente, lembrando-se de que quanto maior o edema, maior também o quadro álgico, pois, dessa forma, o excesso de líquido comprime terminações nervosas. 15 UNIDADE Sistema Linfático As equimoses, quando não tratadas e caso o paciente se exponha ao Sol, po- dem se tornar hipercrômicas, ou seja, escurecidas, o que trará insatisfação no re- sultado final. Figura 8 – Equimose pós cirurgia facial Fonte: Getty Images Fibrose, mecanismo de defesa em pós-operatório de lipoaspiração: http://bit.ly/2Mo2hq8. Equimose pós lipoaspiração: http://bit.ly/2MhbsbP.E xp lo r Drenagem Linfática Manual Foi desenvolvida por Emil Vodder e Estrid Vodder, entre 1932 e 1936, quando publicaram, em Paris, as bases dessa técnica. Por meio dessa técnica de massagem, passaram a observar a melhora clínica de alguns pacientes, quando estimulavam determinadas regiões linfonodais e, a partir desses dados, desenvolveram as manobras circulares, bombeamentos que são até hoje os pilares do tratamento de linfedema. Esses movimentos são centrípetos, lentos, rítmicos e direcionados no sentido da fossa clavicular. O méto- do foi apresentado inicialmente a Esteticistas. Foi fundada a Sociedade para Drenagem Linfática Manual pelo método de Vodder que, posteriormente, passou a se chamar Sociedade Alemã de Linfologia, pois no país já era aceita pela comunidade médica. 16 17 Após Vodder, outros foram modificando a técnica e até a incorporando em di- versos tratamentos médicos. Dentre eles, Foldi, Leduc, Godoy & Godoy desenvol- veram outras manobras manuais, acessórios, associaram exercícios e bandagens. Albert Leduc foi aluno de Vodder e, por meio da linfocintigrafia, demonstrou as variações do fluxo de proteínas plasmáticas na circulação linfática, utilizando técnicas de D. L. M, bandagens e outros dispositivos intermitentes de compressão. O importante é você saber que, independente da técnica aplicada, a fisiologia sempre deve ser respeitada e também alguns preceitos para a execução. Hoje em dia, existem diversas técnicas no Mercado, e todas as citadas contri- buíram para o aperfeiçoamento.A drenagem pode ser realizada de forma sistêmica, ou seja, no corpo todo, ou então, nas áreas mais afetadas pelo edema. Nas videoaulas das Unidades subse- quentes, teremos demonstração prática para tornar mais dinâmico o aprendizado. O objetivo da técnica é direcionar o fluido linfático de vias edemaciadas para os linfáticos saudáveis, livres de edema. A linfa é, então, drenada de volta para a circulação por meio de rotas alternativas. Ela atua no deslocamento de proteínas extravasadas para serem reabsorvidas, equilibrando as pressões hidrostáticas e tissulares, diminuindo o edema. Pode ser iniciada após 48 horas da cirurgia, mas só pode ocorrer depois da au- torização médica. Mesmo com drenagem, o edema pode persistir, pois ele também está relacionado a outros fatores como secreção de cortisol liberado no processo inflamatório e também ao reparo tecidual e cicatricial. Os cuidados mais importantes devem ser: • Velocidade de deslizamento, pois a linfa é carregada para os linfonodos e eles funcionam como filtros que limitam a velocidade de passagem; • Pressão exercida entre 30 a 40 mmHg; • Conhecimento anatômico dos linfonodos e do trajeto linfático. No caso da drenagem no pós-operatória, ela é um pouco diferente da drenagem tradicional, pois, em algumas regiões, teremos cicatrizes e também o comprometi- mento da malha linfática. Daí a necessidade de realizar a drenagem reversa, sempre buscando o melhor trajeto para a linfa. Qualquer aumento da velocidade ou da pressão exercida pode acarretar a le- são do vaso ou do linfonodo. As manobras são suaves e superficiais, não havendo compressão muscular. As manobras que serão realizadas são as de evacuação, cuja função é estimular os linfonodos e as de captação, que leva a linfa para ser filtrada. Dentre elas, utili- zaremos bombeamentos e braceletes e círculos: • Evacuação: é a transparência dos líquidos captados longe da zona de captação 17 UNIDADE Sistema Linfático » Objetivo: proporcionar um aumento do fluxo linfático na região proximal, deixando essa descongestionada e preparada para receber a linfa de outras regiões distais; • Captação: manobras realizadas no mesmo nível da infiltração » Objetivo: absorver os líquidos excedentes da região com estase e transportá- -los através dos vasos linfáticos de volta para a circulação venosa. Os linfonodos estimulados na região da face serão: supra e infraclaviculares, cervicais, submentonianos, submandibulares, parotídeos, mastoideos e occipital. Representação dos Principais Linfonodos Faciais: http://bit.ly/2MjLGnx. Ex pl or Figura 9 – Estímulo dos linfonodos cervicais Fonte: Getty Images Já na região corporal serão: supra e infraclaviculares, axilares, cubitais, região da cisterna do quilo, inguinais e poplíteos. Representação dos principais linfonodos corporais: http://bit.ly/2MnIibc. Ex pl or Mamilo Linfonodos Figura 10 Fonte: Adaptado de Getty Images 18 19 Nessa imagem, podemos observar os linfonodos da região axilar, muito impor- tantes para a drenagem das mamas e da porção superior do abdômen. A respiração diafragmática também é uma opção para auxiliar no deslocamento da linfa, já que o diafragma, quando se movimenta, estimula a cisterna do quilo. Os movimentos de evacuação deverão ser realizados 5 vezes em cada região e os de captação de 6 a 10 vezes. Figura 11 – Manobra clássica de Drenagem Manual Fonte: Getty Images A drenagem pode ser realizada a seco ou com auxílio de cosméticos, caso seja com cosméticos, a quantidade deve ser mínima para que tenha atrito na pele e não um deslizamento profundo, pois dessa forma iremos estimular os filamentos de ancoragem. Figura 12 – Esquema de direção da linfa. As manobras de drenagem devem respeitar esse trajeto Fonte: Getty Images 19 UNIDADE Sistema Linfático Figura 13 – Equipamento de pressoterapia que realiza drenagem linfática mecânica, utilizado nos membros inferiores em alguns centros cirúrgicos para evitar trombose Fonte: Getty Images DLM: Drenagem Linfática Manual; POI: Pós-operatório imediato; POT: Pós-operatório tardio. Ex pl or 20 21 Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Sites Edema e linfedema http://bit.ly/2ImSRpx Livros Reabilitação Linfovenosa GODOY, J. M. P; BELZACK, C. E. Q, GODOY, M. F. G. Reabilitação Linfovenosa. Rio de Janeiro: Di Livros, 2005. Leitura A eficácia da drenagem linfática http://bit.ly/2IiLFLc Análise comparativa das técnicas de drenagem linfática manual: Método Vodder e Método Godoy & Godoy http://bit.ly/2Ioao0C 21 UNIDADE Sistema Linfático Referências GODOY, J. M. P; BELZACK, C. E. Q, GODOY, M. F. G. Reabilitação Linfovenosa. Rio de Janeiro: Di Livros, 2005. GUYTON, A. C.; HALL, J. E. Tratado de Fisiologia Médica. 9. ed. São Paulo: Guanabara Koogan, 1996. Cap. IV e XVI. GODOY, J. M. P., GODOY, M. F. G. A New Approach to Manual Lymphatic Drainage. 2001. p. 34-5. KUBIK, S. et al. Textbook of Lympholgy for Physicians and Lymphedema Therapists. 2.ed. Alemanha: Elsevier, 2006. TÁBOAS M. I. et al. Linfedema: revisão e integração de um caso clínico. Revista da Sociedade Portuguesa de Medicina Física e de Reabilitação, São Paulo, v. 23, n. 1, ano 21, 2013. Disponível em <http://citeseerx.ist.psu.edu/viewdoc/down load?doi=10.1.1.681.1743&rep=rep1&type=pdf>. Acesso em: 25 mar. 2019. Sites visitados <https://www.lymphoedemasupportni.org/sites/default/files/lymph%20book%20 pink.pdf>. Acesso em: 25 mar. 2019. 22 Estética e Cirurgia Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Me. Paula Carvalho Revisão Textual: Prof. Me. Claudio Brites Cirurgias Estéticas Corporais • Cirurgias Estéticas Corporais. • Ter uma visão das principais cirurgias estéticas corporais; • Conhecer as complicações e a atuação estética no pré e no pós-operatório. OBJETIVOS DE APRENDIZADO Cirurgias Estéticas Corporais Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Cirurgias Estéticas Corporais Cirurgias Estéticas Corporais Atualmente, a busca pelo belo e pela forma ideal vem aumentando significati- vamente a procura de procedimentos estéticos e cirúrgicos com o intuito de um corpo harmonioso e saudável. Quem não temvontade de mudar alguma coisa no seu corpo, não é verdade? A eficiência de uma cirurgia plástica não depende somente do seu planejamento cirúrgico, mas também da intervenção e dos cuidados pré e pós-operatórios, o que tem servido como fator preventivo de possíveis complicações e na promoção de um resultado estético mais satisfatório, bem como diminuição do tempo de recupe- ração após uma cirurgia. Acredita-se que os anseios, as vontades e os sentimentos relacionados à percep- ção e à forma corporal sejam os principais desencadeadores da procura por esse tipo de intervenção clínica, contudo, diferentemente de alguns anos atrás, o inte- resse pela alteração e mudança da aparência do corpo tornou-se objeto de desejo, sendo associado à obtenção de felicidade e melhora da autoestima. Provavelmente, quem procura um cirurgião plástico já tenha realizado algum tratamento estético. Se observamos essa informação, veremos que nosso contato prévio pode auxiliar o paciente na escolha da cirurgia, bem como prepará-lo para o procedimento. A importância da cirurgia plástica foi concretizada no século XX, após as duas grandes guerras mundiais e o elevado número de soldados desfigurados pelas le- sões oriundas dos conflitos. Desde então, os cirurgiões puderam aumentar suas experiências em técnicas de reparação de feridos. Daí em diante, a cirurgia plástica se expandiu em diversas esferas do âmbito so- cial e humanista, proporcionando alívio emocional aos indivíduos desfigurados sub- metidos à cirurgia reconstrutiva. A partir desse momento, houve uma mudança no olhar da comunidade médica e de órgãos de saúde sobre a realização de cirurgias plásticas também entre indivíduos não deformados. Pelo reconhecimento positivo, a intervenção cirúrgica passou a se tornar um procedimento eletivo, com finalidade primordialmente estética. A Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica considera a cirurgia plástica estética como procedimento utilizado para remodelar as estruturas normais do corpo, me- lhorando a aparência e autoestima do paciente. Por outro lado, a cirurgia plástica reparadora visa reparar estruturas anormais do corpo com o objetivo de melhoria da função orgânica tecidual. Além disso, busca proporcionar ao paciente uma apa- rência mais próxima do normal. A atuação estética é muito mais aplicada nas cirurgias estéticas do que nas repa- radoras, visando à melhora de edemas, cicatrizes, garantindo bem-estar, autoesti- ma e promovendo a saúde. 8 9 Um levantamento realizado pela International Society of Aeshetic Plastic Surgery (ISAPS) demonstrou que o Brasil se encontra em primeiro lugar no ranking mundial de procedimentos cirúrgicos de caráter estético. Segundo esse estudo, os números superam as cirurgias plásticas realizadas nos EUA, país que li- derou o ranking durante os últimos anos. Dentre os procedimentos cirúrgicos mais comumente realizados no mundo, encontram-se: implante de prótese de mamas (15,3%), lipoaspiração de abdômen (13,9%), blefaroplastia (cirurgia de páloebras) (11,9%), lipoescultura (9,1%) e rinoplastia (cirurgia de nariz (8,2%). O ato cirúrgico se constitui em uma agressão tecidual que, mesmo bem direcio- nado, pode prejudicar a funcionalidade desses tecidos. Embora pareça desnecessá- rio para alguns cirurgiões, o atendimento estético, pré e pós-operatório na cirurgia plástica é de extrema importância na reabilitação do cliente. Em alguns casos, o cliente nos é encaminhado tardiamente, o que pode influenciar no resultado final. Frente a isso, devemos cada vez mais nos aprimorar para que as técnicas aplicadas no pré e pós sejam precisas, bem direcionadas e realizadas com total profissiona- lismo, sempre prezando pela biossegurança, tão importante nesse período onde os tecidos não estão íntegros. O objetivo do tratamento pré-operatório é o de fortalecer os vasos sanguíneos e linfáticos da região a ser operada, desobstruindo possíveis congestionamentos, hidratar a pele para a melhor e mais rápida recuperação das incisões e processo cicatricial; no pós, os recursos manuais, eletroestéticos e cosmetológicos permiti- rão tratar edemas, drenando e descongestionando os tecidos, promovendo uma cicatrização mais rápida e de melhor qualidade. Por isso, em nossa videoaula serão apresentados protocolos para a preparação das cirurgias plásticas corporais. Importante! Longe da crise que afeta diversos setores da economia nacional, um levantamento da SBCP (Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica) apontou que a busca por procedimentos para fins reconstrutores ou estéticos tem crescido a cada ano. Em comparação a 2014 – ano da publicação do último balanço –, as intervenções aumentaram em 23% para o primeiro caso e 8%, no segundo. Importante! Orientações da esteticista no pré e pós-operatório O papel da esteticista vai muito além do atendimento. Você pode contribuir de maneira efetiva desde a escolha do cirurgião, a preparação do cliente e entender seus verdadeiros anseios para a realização da cirurgia. A formação do médico e se ele pertence à Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica é uma informação muito relevante que a cliente deve ter. Na consulta, devem ser sanadas todas as dúvidas, todos os procedimentos devem ser explicados, incluindo riscos, limitações, tempo de afastamento do trabalho e da vida social, bem como todos os investimentos, não só com a cirurgia, mas com cintas, curativos e atendimento estético. 9 UNIDADE Cirurgias Estéticas Corporais Essas informações elucidadas juntamente com o currículo do médico escolhido minimizam erros que são cada dia mais apresentados na mídia, como profissio- nais não qualificados realizando técnicas em locais inadequados, bem como uti- lizando material de má qualidade, levando a alterações muitas vezes irreversíveis e até à morte. Cada procedimento tem sua particularidade, necessitando ou não ser realizado em centros cirúrgicos, às vezes em consultórios, mas sempre com equipamentos e medicamentos adequados caso ocorra, por exemplo, uma parada cardiorrespira- tória e, também, quando esses procedimentos forem realizados em locais que não têm Unidade de Terapia Intensiva (UTI), deve-se ter uma ambulância de prontidão. A escolha da anestesia ou da sedação sempre será exclusiva da equipe médica, que avaliará as condições clínicas do paciente, o tempo e a extensão da cirurgia. Aqui temos as principais: • Local com sedação: é comum em procedimentos pequenos e retoques; • Peridural: pode ser usada em qualquer cirurgia do pescoço para baixo e, normalmente, é aplicada com sedativos. A anestesia peridural para cirurgia plástica tem a vantagem de contribuir para a prevenção de tromboses. Além disso, profissionais mais experientes conseguem bloquear apenas o local que receberá a intervenção; • Raqui: é utilizada em cirurgias do abdômen para baixo, como de órgãos abdo- minais e membros inferiores, mas pouco usada nas cirurgias plásticas; • Geral: é um tipo de anestesia mais profunda, na qual há um coma induzido e se exige intubação, nela o paciente passa a ter a respiração controlada por um aparelho. Você pode orientar sua cliente através do seguinte site, para escolher o cirurgião. Disponível em: http://bit.ly/2KGpNeb E xp lo r Lipoaspiração A lipoaspiração ou lipossucção foi criada na década de 1980, é um procedi- mento cirúrgico que pode ser realizado com anestesia peridural ou raqui e geral. É uma cirurgia realizada através de pequenas incisões na pele, onde são introdu- zidas cânulas que aspiram a gordura localizada em pequenas regiões do corpo através de uma pressão negativa. No passado, utilizava-se o método seco, sem ne- nhuma introdução de infiltração de líquido, com isso ocorria intenso sangramento. Hoje em dia existem diversas técnicas modernas, em que se utilizam lasers, in- filtrados de soro e substâncias vasoconstritoras, cânulas mais finas, tudo para mini- mizar efeitos colaterais e diminuir os riscos. Dentre os riscos, o mais preocupante é 10 11 a perfuração dosórgãos, por isso a escolha de um cirurgião habilidoso e habilitado é essencial. Alguns itens devem ser levados em consideração para a realização das cirurgias estéticas em geral, e muitos deles estão relacionados com a história clínica do pa- ciente, mas, no caso da lipoaspiração, a quantidade de gordura aspirada é um fator muito importante, pois, se exceder o recomendado, o paciente poder ir a óbito, visto que perde-se muito líquido e sangue. O cliente ideal é aquele que não tem sobrepeso, que entende que não é um procedimento para emagrecer, e sim um procedimento para tornar o contorno corporal harmonioso. O volume de gordura aspirada não deve ultrapassar de 7% a 10% do peso corporal do cliente, embora isso não seja um consenso geral. Tipos de Lipoaspiração • Lipoaspiração tradicional úmida ou seca: Lipoaspiração “úmida” ou méto- do “hídrico” é um procedimento em que é infiltrado previamente uma solução composta por adrenalina, soro fisiológico e água destilada com o objetivo de facilitar a aspiração da gordura e diminuir o sangramento durante a passagem da cânula. Na seca é somente introduzir a cânula e aspirar, o que causa muito mais atrito e sangramento. • Vibrolipoaspiração: Consiste em uma cânula acoplada a um sistema vibrató- rio com o objetivo de diminuir o trauma no tecido adiposo e facilitar o trabalho do cirurgião. Ainda existem a lipoaspiração a laser e a ultrassônica, com o intuito de romper o adipócito e liquefazer a gordura, para que possa remover uma quantidade maior de tecido adiposo, sem muito sangramento. Importante! Os primeiros registros da história da cirurgia plástica na humanidade datam mais de dois mil anos antes de Cristo. Papiros vindos da Índia relatam técnicas rudimentares de re- construção de partes do corpo, principalmente de cirurgias do nariz, graças às mutilações que serviam como castigo para os hindus. Você Sabia? Dentre os sintomas que podem aparecer, podemos citar: • Contorno corporal irregular: Às vezes a quantidade aspirada não é simétrica e o tratamento estético no pós-operatório é imprescindível. Poderão ser reali- zados protocolos cosméticos para redução de medidas; • Depressões: Ocorre ou porque a quantidade aspirada foi excedente ou então pelo processo de fibrose, que falaremos mais a respeito; • Equimose e/ou hematoma: Decorrentes da lesão dos capilares venosos, com extravasamento de sangue. Poderá ser tratado com microcorrentes ou ultrassom; 11 UNIDADE Cirurgias Estéticas Corporais • Flacidez: Como o tecido adiposo é o coxim de sustentação da pele, quando ele é aspirado, pode-se gerar uma flacidez tissular, ou seja, o tecido perde seu recheio e a pele “sobra”, sendo também uma complicação que pode ser atenu- ada com recursos eletroestéticos, como a radiofrequência; • Fibrose: Muito comum na lipoaspiração, é uma alteração do processo de ci- catrização onde o tecido não se repara da forma fisiológica, gerando muito colágeno e matriz extracelular, dando um aspecto endurecido ao tecido, com depressões visíveis. Essa alteração também podemos tratar. Percebe como é importante o trabalho estético no pré e pós-operatório? Por isso também conhecer as cirurgias e suas possíveis complicações fará toda a diferença na hora da escolha da melhor técnica de atuação. Pode ser atenuada com ultrassom e mobilização tecidual. Fibrose pós-lipoaspiração: http://bit.ly/2NIz9uv Ex pl or • Seroma: Acúmulo de líquido abaixo da pele, próximo à cicatriz cirúrgica. Esse acúmulo de líquido é mais comum após cirurgias em que houve corte e manipulação da pele e do tecido gorduroso, como após cirurgias plásticas. Na maioria dos casos, é necessário que o médico faça uma punção, mas a drena- gem pode auxiliar também. Figura 1 – Seroma pós cirúrgico Fonte: Getty Images A dor estará presente também no pós-operatório, o cliente deverá utilizar cinta compressiva por pelo menos 60 dias e também uma espuma para não “dobrar” o abdômen. Também são recomendadas roupas confortáveis que não marquem, alguns médicos utilizam curativos elásticos, esses previnem muito a fibrose e são colocados no centro cirúrgico, e a drenagem nesse caso deve ser feita a seco, sobre o curativo. 12 13 Figura 2 – Hematoma decorrente da cânula de aspiração Fonte: Getty Images Al gumas complicações são consideradas muito graves como: • Embolia Pulmonar: Quadro grave que pode levar à morte; • Embolia Gordurosa: Menos frequente, porém grave; • Perfurações: A perfuração das vísceras pode levar a quadros de infecção, à septicemia e morte do cliente após o procedimento. Nesses casos, o tratamento é exclusivamente médico. Abdominoplastia Figura 3 – Antes e depois abdominoplastia Fonte: Getty Images 13 UNIDADE Cirurgias Estéticas Corporais A abdominoplastia ou dermolipectomia é uma técnica cirúrgica para correção de excessos de pele, ou seja, flacidez tissular e pitose, e pode também ter a cor- reção da musculatura, quando ocorre a diástase, ou seja, o afastamento do ventre do músculo reto abdominal. As indicações mais comuns são: gestações múltiplas, adiposidade com flacidez, obesidade seguida de grande emagrecimento, abdômen estriado, sequelas de abdominoplastias anteriores. Na dermolipectomia abdominal, realiza-se retirada de retalho cutâneo e gordura da região inferior do abdômen, de maneira que o retalho do abdômen superior recobre toda extensão abdominal. Também é realizada plicatura do músculo reto abdominal, o que proporciona aproximação dos músculos oblíquos e promove acinturamento. A incisão é supra púbica, prolongando bilateralmente até os ossos ilíacos haven- do uma transposição do umbigo, podendo haver a correção da diástase através de plicatura da aponeurose dos músculos abdominais. Passo a passo da abdominoplastia: http://bit.ly/32fxsYB Ex pl or O resultado estético desse procedimento dependerá das proporções que o ab- dômen manterá com o resto do tronco e dos membros. Também poderá haver redução de peso pela retirada de excesso de pele e tecido adiposo, muito embora os abdomens que apresentam os melhores resultados são aqueles em que se fazem as menores retiradas, onde o paciente também se encontra em boas condições nu- tricionais e que não tem um grande sobrepeso ou obesidade presentes. Após o procedimento, o paciente fica com um dreno aspirativo externo com o objetivo de extravasar os líquidos intercelulares excedentes. O tempo de permanên- cia é estabelecido pelo cirurgião. Figura 4 – Abdominoplastia e dreno Fonte: rbcp.org.br 14 15 No quadro pós-operatório, observam-se várias alterações, consideradas normais nesse tipo de procedimento: • Dim inuição da expansibilidade torácica com respiração apical, ou seja, a respi- ração fica curta, em decorrência da plicatura; • A sensação de ardência na incisão e de repuxamento abdominal também está presente, pois a quantidade de pele (retalho) é menor do que se estava habi- tuado, e existe a tração da cicatriz. Por esse motivo, por ao menos 15 dias, o paciente ficará com os joelhos, quadril e tronco flexionados; • Com essa posição álgica, a dor e o receio da cicatriz abrir, é normal contratura muscular, edema e equimose na região abdominal. Todos esses sintomas podem ser atenuados com a DLM. Podem existir ainda complicações, são elas: • Seroma: devido ao amplo descolamento do retalho abdominal, necessitando de punção aspirativa e curativo de tensão (micropore ou outra faixa elástica); • Lipólise: no caso de tecido adiposo denso, há eliminação de líquido amarelado pela cicatriz. Quando o médico liberar, pode-se realizar drenagem; • Necrose: nesse caso, o processo de cicatrização está passando por morte ce- lular – necessita de acompanhamento médico; • Hematoma: será atenuado com drenagem e microcorrentes; • Infecção: contraindicado qualquer tratamento estético enquanto a mesma não cessar; • Deiscência de sutura: alteração cicatricial, pode-se utilizar microcorrentes e alta frequência; • Hipertrofia cicatricial: a cicatriz fica espessa, avermelhada– veremos mais sobre esse assunto em outra unidade. • Tromboembolia: causa mais comum nos casos de óbito após o procedimento. DLM: drenagem linfática manual. Dermolipe: dermolipectomia ou abdominoplastia. Lipo: lipoaspiração. Plicatura: amarração do reto abdominal. Edema: inchaço. Equimose ou hematoma: mancha roxa. Posição álgica: posição de dor. Ex pl or 15 UNIDADE Cirurgias Estéticas Corporais Ginecomastia É uma hipertrofia e hiperplasia benigna da glândula mamária masculina, onde a mesma aumenta de volume, apresentado forma arredondada. A maior ocorrência é na fase infanto puberal entre 13 e 16 anos. Seu tratamento é indicado quando causa dor, constrangimento e desconforto emocional. O objetivo da cirurgia é remover o tecido mamário extra, restaurar o formato da mama masculina com cicatriz mínima, que pode ser periareolar ou transareolar, com ou sem lipoaspiração. Caso a ginecomastia seja apenas adiposa, pode ser realizada somente a lipoaspiração. O sintomas são dor, equimose e edema. Antes e depois de ginecomastia: http://bit.ly/32nq4L5 Ex pl or Cirurgia íntima A genitália feminina tornou-se objeto de pesquisa de diversas áreas da ciência e tem se tornado território tão “tecnologizado” quanto o próprio corpo, configuran- do-se como lugar de múltiplas intervenções. A Ninfoplastia ou a Labioplastia é um procedimento simples e rápido, que con- siste na abordagem cirúrgica e estética da região íntima da mulher. O aprimora- mento e o modelamento da assimetria dos lábios menores, assim como do tecido redundante da vulva, são os principais objetivos da técnica proposta. Na atualidade, a cirurgia vaginal cosmética tem ganhado ampla aceitação e am- plo desenvolvimento, tornando-se um procedimento popular e abertamente divul- gado, decorrência dos benefícios e excelentes resultados obtidos com uma técnica bem depurada. Amplamente divulgado na mídia como “rejuvenescimento genital”, compreende diversos aspectos, desde a alteração funcional e estrutural até o apri- moramento da aparência estética da genitália feminina. Essa abordagem engloba uma série de procedimentos de caráter cirúrgico: Entre os procedimentos mais comuns, a redução do monte de vênus, vulvoplastia, vaginoplastia, perineoplastia e himenoplastia. Dentre essas, a que a estética mais atua é no pré e pós-operatório da redução do monte de vênus. No pré, são realizados protocolos para redução da gordura locali- zada; e no pós, drenagem linfática. A técnica cirúrgica utilizada é a lipoaspiração. Implantes de silicone Dentre os implantes, podemos citar os implantes de peitoral, implantes glúteos e, os mais comuns, implantes mamários. 16 17 Os implantes de peitoral são indicados para homens que querem simular a hi- pertrofia do musculo peitoral, ou seja, aparentar um peitoral definido. A colocação é feita na região axilar (incisão transaxilar) e a via de colocação infra muscular. Os sintomas são os mesmos da ginecomastia, além do processo cicatricial. A co- locação da prótese é através de uma incisão no sulco inter glúteo logo abaixo do cóccix e abaixo da musculatura glútea. Os sintomas também são equimose, edema e dor, havendo ainda a possibilidade de contratura, pois, como é um corpo estranho, o organismo pode rejeitar e assim formar uma cápsula fibrosa ao redor da prótese, que por vezes fica endurecida demais, levando a um quadro álgico. Importante enfatizar para o paciente que ele jamais poderá tomar injeção nessa região. O tratamento estético é a DLM. O p erfil de um implante é a medida de sua altura, ou seja, sua projeção a partir da base da prótese. Essa medida é responsável pela projeção da mama para frente. Algumas marcas disponibilizam quatro perfis diferentes: perfil baixo, perfil modera- do, perfil alto e perfil extra alto. Hoje em dia, utiliza-se prótese com revestimento texturizado que apresenta uma superfície porosa, a qual evita o aparecimento de encapsulamento com redução de possibilidades de contratura, não tendo necessidade de mobilização da prótese – o que antigamente era indicado pois os implantes eram lisos. As próteses podem ser redondas, cônicas e em gota, a região de incisão pode ser infra mamária, periareo- lar ou axilar, além disso podem ser colocadas na frente ou atrás do músculo peito- ral. Todas essas particularidades devem ser avaliadas pelo cirurgião e pelo paciente, pois elas influenciarão no resultado. Figura 5 – A prótese pode ser colocada atrás ou a frente do músculo peitoral Fonte: Getty Images Dentre os sintomas mais comuns, podemos citar: • Edema e dor nos membros superiores, dependendo da via de colocação; • Movimento dos braços limitados, devendo evitar elevar os mesmos acima de 90 graus pelo menos por 30 dias; • Sensação de pressão e desconforto nas mamas; • Alteração de sensibilidade temporária, podendo permanecer até 6 meses. 17 UNIDADE Cirurgias Estéticas Corporais Todos esses sintomas são atenuados pela DLM e com compressas com loções descongestionantes geladas. Além disso, podemos sempre considerar a possibilidade de seroma, hematoma e estrias. A assimetria é natural nos primeiros meses, visto que as mamas já são assimétricas e, na maioria dos casos, os tamanhos das próteses são diferentes, mas o tecido se acomodará. Ainda podemos ter a contratura capsular, embora não seja tão comum, pois as próteses modernas são texturizadas. Antigamente, elas tinham um tempo de dura- ção; hoje em dia, contudo, podem ficar por décadas, embora sempre com acom- panhamento médico através de exames de imagem como mamografia, ultrassom, tomografia e ressonância, dependo da indicação. Amamentar também não é um problema para quem tem prótese mamária. Voltando a falar da contratura, ela é definida como uma cicatrização esférica secundária a alterações celulares e morfológicas da cápsula que envolve a prótese mamária, resultando em uma mama endurecida, distorcida e, em alguns casos, do- lorosa. Muitos fatores locais estão envolvidos na sua produção, como uma resposta inflamatória exacerbada e/ou prolongada, trauma, hematoma, infecção, vazamento de silicone da prótese, entre outros fatores ainda desconhecidos. A contratura capsular é classificada em graus, que variam de I a IV. Seu diag- nóstico é eminentemente clínico, no entanto, exames de imagem como ultrassom, tomografia computadorizada e ressonância magnética podem colaborar. Algumas medidas são consideradas importantes na prevenção da contratura cap- sular, como o uso de antibióticos sistêmicos ou então esteroides ou antibióticos na região onde foi instalada. Próteses texturizadas, como já falamos, também diminuem esse processo, implantação da prótese em plano subpeitoral, dreno de sucção, mas- sagem da mama e administração de vitamina E – deixando claro que a massagem na mama ou drenagem só podem ser realizadas com consentimento médico. De acordo com a gravidade da contratura, o tratamento pode ser cirúrgico (cap- sulotomia ou capsulectomia, com reposicionamento da prótese), farmacológico (como instilação intracapsular de esteróides) ou, ainda, realizado a partir da utiliza- ção de métodos como acupuntura, entre outros. Alterações decorrentes da contratura muscular: http://bit.ly/32hSshk Ex pl or 18 19 Mastopexia e Redução de Mamas A mastopexia é uma cirurgia de reposicionamento das mamas, com o intuito de tratar ptose e flacidez. Na maioria dos casos, ela vem associada com a colocação de prótese, pois, quando se retira o excesso de pele, pode ter pouco tecido e então as mamas ficariam com pouco volume. Geralmente quando se tem a hipomastia mais a ptose, o uso da prótese é o mais indicado para se obter os melhores resultados. Todos os sintomas e complicações são os mesmos descritos nas outras cirurgias de mama. Já a redução de mamas é uma das cirurgias mamárias mais agressivas, pois ge- ralmente há a necessidade de cicatriz em formato de T, onde a incisão é realizada na região infra mamária e verticalmente, e na região periareolar, pois há a neces- sidadede ajustar o tamanho da aréola ao tamanho da mama. Em alguns casos, a região periareolar pode apresentar diminuição da sensibilidade e problemas de cicatrização, visto que a vascularização da área precisa ser integralmente recupe- rada. Complicações como deiscência, hipertrofia e alargamento podem ocorrer, e veremos mais sobre isso na nossa videoaula. Até aqui então falamos das principais cirurgias corporais, na videoaula teremos mais algumas complicações e um protocolo para o pré-operatório, reforçando ain- da mais nosso papel nas cirurgias estéticas. Esperamos você, até breve! Estas são os tipos de cicatriz usualmente utilizadas nas cirurgias de redução das mamas: http://bit.ly/32hsQBl Ex pl or 19 UNIDADE Cirurgias Estéticas Corporais Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Cirurgia Plástica Volume Dois: Estética WARREN, R. Cirurgia Plástica Volume Dois: Estética. Elsevier Brasil, 2015. Leitura Ranking das cirurgias plásticas http://bit.ly/2KoWRag Anestesia para Cirurgia Plástica: as Verdades Sobre a Importância Deste Procedimento que Nunca Contaram a Você http://bit.ly/2KoXcK4 Ninfoplastia em estrela: técnica para redução dos pequenos lábios vulvares DAHER, M. et al. Ninfoplastia em estrela: técnica para redução dos pequenos lábios vulvares. Rev. bras. cir. plást, v. 30, n. 1, p. 44-50, 2015. http://bit.ly/2KsM6Un 20 21 Referências ATLAS DO CORPO HUMANO. v. 3. São Paulo: Ed. Abril, 2009. COELHO, F. D.; CARVALHO, P. H. B.; PAES, S. T.; FERREIRA, M. E. C. Cirurgia plástica estética e (in) satisfação corporal: uma visão atual. Rev. Bras. Cir. Plást., v. 32, n. 1, p. 135-140. 2017. Disponível em: <http://www.dx.doi.org/10.5935/2177- 1235.2017RBCP0019>. Acesso em: 24 mar. 2019. DAHER, M.; MUÑIZ, A. R.; DAHER, A; C.; VANZAN, K.; MONTEIRO, G.; MACIEL, J. et al. Ninfoplastia em estrela: técnica para redução dos pequenos lábios vulvares. Rev. Bras. Cir. Plást., v. 30, n. 1, p. 44-50. 2015. Disponível em: <http://www.rbcp.org.br/details/1598/pt-BR> Acesso em: 23 mar. 2019. GOMES, R. K. Cosmetologia: descomplicando os princípios ativos. São Paulo: Livraria Médica Paulista Editora, 2009. GUIRRO, E. l.; GUIRRO, R. Fisioterapia dermato-funcional. 3. ed. rev. e ampl. São Paulo: Manole, 2004. LANGE, A. Fisioterapia dremato-funcional aplicada à cirurgia plástica. Curitiba: Vitória Gráfica & Editora, 2014. MACEDO, A. C. B; OLIVEIRA, S. M. A. atuação da fisioterapia no pré e pós- operatório de cirurgias plásticas corporais. Uma revisão da literatura. Caderno da escola de saúde Curitiba, v.1, n. 4, p. 185-201, 2010. MEJIA, M. P. D; SILVA, A. L. A Importância da Drenagem Linfática Manual no Pós-Operatório de Lipoaspiração e Abdominoplastia. [s.d.]. Disponível em: <http://portalbiocursos.com.br/ohs/data/docs/39/05_-_A_ImportYncia_ da_Drenagem_LinfYtica_Manual_no_PYs-OperatYrio_de_LipoaspiraYYo_e_ Abdominoplastia.pdf>. Acesso em: 24 mar. 2019. SAN TOS, M. A. G.; BOGGIO, R. F.; CARLUCCI, A. R.; MOTOKA, E.; ALBANO, A. M. Prevenção e tratamento da contratura capsular após implantação de prótese mamária. Rev. Bras. Cir. Plást., v 25, n. 2, p. 304-308. 2010. Disponível em: <http://www.rbcp.org.br/details/591/pt-BR>. Acesso em 23 mar. 2019. SILVA, Marcelle Jacinto da; PAIVA, Antonio Cristian Saraiva; COSTA, Irlena Maria Malheiros da. A vagina pós-orgânica: intervenções e saberes sobre o corpo feminino acerca do “embelezamento íntimo”. Horiz. antropol., Porto Alegre, v. 23, n. 47, p. 259-281, Apr. 2017. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo. php?script=sci_arttext&pid=S0104-71832017000100259&lng=en&nrm=iso>. Acesso em: 23 mar. 2019. 21 Estética e Cirurgia Material Teórico Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Me. Paula Carvalho Revisão Textual: Prof.ª Esp. Kelciane da Rocha Campos Cirurgias Estéticas Faciais • Papel do Esteticista no Pré e Pós-Operatório das Cirurgias Faciais; • Complicações nas Cirurgias Plásticas Faciais; • Cirurgias Faciais; • Preenchimentos e Toxina Botulínica. • Conhecer as cirurgias faciais e suas possíveis complicações e atuação estética no pré e pós-operatório. OBJETIVO DE APRENDIZADO Cirurgias Estéticas Faciais Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Cirurgias Estéticas Faciais Papel do Esteticista no Pré e Pós-Operatório das Cirurgias Faciais Vimos no capítulo anterior as cirurgias corporais e o que o esteticista pode oferecer para seu cliente. Agora veremos as cirurgias faciais e vamos novamente reforçar que a drenagem linfática sempre será o melhor recurso para o pós-ope- ratório imediato. Mas além disso, no pré-operatório existem cuidados específicos, já que a face apresenta tantas particularidades. Um deles é a limpeza de pele, pois o cliente necessita de uma pele íntegra e livre de lesões, principalmente se estas forem inflamatórias. A integridade da pele reflete-se na recuperação da cirurgia e mi- nimiza algumas das possíveis complicações. Além disso, a hidratação da pele é fator primordial para que o pós-operatório tenha melhores e mais rápidos resul- tados. As esfoliações no pré-operatório também são bem-vindas, para uma pele renovada. A melhora do tônus tissular e muscular, o aumento da hidratação e da elasticidade da pele facilitam o trabalho do cirurgião, pois resultam em melhores condições cicatriciais. No pós-operatório, deve-se dar maior ênfase à drenagem linfática manual e também aos protocolos cosméticos e eletroterapia aplicada, que veremos em outros capítulos. É muito importante também se atentar para cuidados com a cicatriz e posicionamento correto do cliente. Agora iremos mergulhar nas cirurgias estéticas faciais, que na maioria das vezes são realizadas para melhorar o contorno facial e minimizar as alterações causadas pela passagem do tempo. Para isso, é importante deixarmos claras as definições de cirurgia reparadora e cirurgia estética. Usaremos as definições de cirurgia reparadora e estética dadas pela American Society of Plastic and Reconstructive Surgeons, aprovadas pela American Medical Association em 1989. A cirurgia reparadora é aquela realizada em estruturas anor- mais do corpo causadas por defeitos congênitos, anomalias do desenvolvimento,trauma, infecção, tumor ou doença. É geralmente feita para melhorar uma função, mas pode também ser feita para uma aproximação de aparência normal. Cirurgia estética é a realizada para dar nova forma a estruturas normais do corpo, com o objetivo de melhorar a aparência e a autoestima. Assim, a cirurgia plástica estética tem por objetivo melhorar a aparência de pessoas cujo problema não tenha sido causado por doença ou deformidade. São alterações fisiológicas, como o envelhe- cimento, a gravidez ou desvios da forma externa do corpo, que não configuram patologia mas causam alterações psicológicas. Os procedimentos cirúrgicos faciais podem ser agrupados em: rejuvenescimento facial (ritidoplastia, lifting, blefaroplastia) e cirurgias destinadas a melhorar a forma do nariz (rinoplastias), da orelha (otoplastias), da mandíbula (ortognática), além de toxina botulínica e preenchimentos. 8 9 Figura 1 – Rinoplastia – correção do formato do nariz Fonte: Adaptado de Getty Images Figura 2 – Lifting ou Ritidoplastia – cirurgia para rejuvenescimento Fonte: Getty Images Quando a cirurgia é bem-sucedida, os estudos demonstram que houve melhora na qualidade de vida, pois ocorreu melhora na autoestima e na segurança, fez com que mulheres se sentissem capazes de alcançar seus objetivos de vida e a ter maior desenvolvimento, inclusive, em alguns casos, com ganhos profissionais. Ainda nos aspectos psicológicos, foram observados no pós-operatório índices menores de an- siedade e depressão. Por isso nosso papel é tão importante e deve ser realizado com ciência e responsabilidade. Importante! Atualmente, o Brasil é o segundo no ranking mundial de cirurgias plásticas, com mais de 1,3 milhões de operações realizadas por ano, ficando atrás somente dos Estados Unidos. Isso nos dá um excelente mercado de trabalho! Importante! 9 UNIDADE Cirurgias Estéticas Faciais Complicações nas Cirurgias Plásticas Faciais Como nas cirurgias plásticas corporais, algumas complicações são esperadas e são passageiras, como as equimoses e edemas, e outras, como hipertrofia cicatri- cial e queloide, não são esperadas e acabam às vezes durando um tempo dema- siadamente longo. Sobre as alterações cicatriciais falaremos em outro capítulo e teremos um olhar mais crítico para as que são mais comuns. • Equimose: infiltração de sangue nos tecidos com mais de 1 cm, surge com a ruptura de capilares e pequenos vasos e pode ocorrer por trauma ou aumento da pressão venosa por compressão das veias e pela progressiva reabsorção dessa hemorragia pelos macrófagos. A maioria das equimoses se forma quan- do os vasos sanguíneos próximos à superfície da pele são danificados, geral- mente por impacto de uma lesão. A força do impacto faz com que os vasos sanguíneos se abram e vazem sangue. Esse sangue fica preso sob a pele, onde se forma em uma pequena poça que transforma a pele em roxo, preto ou azul. Geralmente, aparecem roxos ou azuis alguns dias após a lesão, depois ficam verdes, amarelos e marrons quando se curam. Essa mudança gradual na cor é resultado de enzimas presentes durante a cicatrização. Depois que os capilares ou vênulas se rompem devido a um trauma local, o sangue é derramado na área circundante. Macrófagos, glóbulos brancos responsáveis pela limpeza de detritos, ingerem os glóbulos vermelhos na área da equimose. Através deste processo, a hemo- globina nos glóbulos vermelhos é degradada em biliverdina, depois em bilirru- bina e em hemossiderina. Esses diferentes subprodutos da quebra da hemoglo- bina são responsáveis pela mudança de cores das equimoses. Figura 3 – Alterações cromáticas na equimose Fonte: Getty Images • Hematoma: é o acúmulo de sangue de um rompimento de vasos sanguíneos de grande calibre, é uma coleção sanguínea. São mais escuros, mais acasta- nhados e não são tão comuns em cirurgias como as equimoses. 10 11 Figura 4 – Hematoma palpebral Fonte: Getty Images O edema é uma complicação esperada, mas já falamos dele nos outros capítulos. Cirurgias Faciais • Blefaroplastia: a pele palpebral, o músculo orbicular do olho e a gordura in- traorbitária são os elementos anatômicos envolvidos na formação do contorno palpebral, onde, no processo de envelhecimento, ocorre a perda progressiva da elasticidade da pele e do músculo orbicular. A alteração no músculo orbi- cular provoca a perda da capacidade de contenção da gordura intraorbitária, dando origem às bolsas adiposas palpebrais. A correção do excesso de pele e de músculo, decorrente do processo de envelhecimento palpebral, deve ser feita de acordo com a participação de cada um desses elementos na deformi- dade palpebral. Blefaroplastia é uma palavra de origem grega (blepharos refere-se às pálpebras e plásticas, é relativo à forma) e trata-se de um método de escolha para restau- rar a aparência estética das pálpebras e melhorar o campo de visão, visto que a ptose pode diminuir o campo visual. Bolsas adiposas: bolsas de gordura. Ptose: queda, flacidez.E xp lo r Envolve a remoção da pele excedente das pálpebras superiores e inferiores e do tecido adiposo periorbitário, que faz protusão formando bolsas nessa re- gião. É uma cirurgia relativamente simples, que não requer internação e pode ser realizada com anestesia local. Tem um caráter estético, mas a funcionalidade das pálpebras deve ser preser- vada. Pode ser -realizada em ambas as pálpebras, ou somente em uma delas, tudo depende da avaliação do cirurgião. 11 UNIDADE Cirurgias Estéticas Faciais Cirurgia Blefaroplastia – Cirurgia plástica das pálpebras: https://youtu.be/c7tcBYQq0L4 Ex pl or • Cirurgia de Blefaroplastia: observe como a incisão é feita de forma estética, quase imperceptível, e que o edema já é notado após o término. Figura 5 Fonte: Adaptado de Getty Images Antes e depois de blefaroplastia, incisão na pálpebra superior e inferior. As complicações pós-cirúrgicas incluem sangramento, edema, formação de hematoma, fibrose, lagoftalmo, diplopia, ectrópio (emersão da margem pal- pebral) e assimetria. São ocorrências raras hematoma palpebral, infecções e cegueira (0,04% dos casos operados). O lagoftalmo é uma alteração em que o olho não pode ser fechado completa- mente, geralmente devido à ressecção excessiva de tecido da pálpebra supe- rior, paralisia do músculo orbicular do olho ou retração da pálpebra inferior. A diplopia ou visão dupla é uma alteração rara que pode acontecer em casos de acometimento dos músculos responsáveis pelos movimentos oculares. Figura 6 Fonte: LUCCI, et al. 2006 12 13 Ectrópio ocorre pelo excesso de retirada de tecido da pálpebra inferior. Figura 7 – Blefaroplastia da pálpebra superior Fonte: Getty Images No pós-operatório, devemos orientar o cliente a não dormir em decúbito ven- tral ou lateral, assim evitando edema, utilizar óculos escuros e fazer compres- sas geladas nos olhos, além dos atendimentos estéticos. • Rinoplastia: considerado um dos procedimentos mais difíceis, pois o cirurgião precisa ter um profundo conhecimento da anatomia e da técnica empregada, pois o nariz é um órgão ligado à função respiratória, e a assimetria de suas es- truturas, bem como lesões, podem comprometer sua função. Existem técnicas cirúrgicas chamadas abertas, quando se expõem as estruturas no momento da cirurgia, e podem não ter um resultado estético tão satisfatório, e a rino- plastia endonasal, em que as cicatrizes são internas. A cirurgia de rinoplastia tem a finalidade de remover o excesso, corrigir desvios e assimetrias do nariz, moldando os tecidos remanescentes de modo a formarem um todo harmônico com o conjunto facial. Figura 8 – Cicatriz da cirurgia aberta na base da narina e cicatriz somente interna na rinoplastia fechada ou endonasal Fonte: Adaptado de Getty Images 13 UNIDADE Cirurgias Estéticas Faciais O procedimento pode ser realizado com anestesia local e sedação e também com anestesia geral. As correções podem ser para remover as protuberâncias ós- seas, levantar a ponta, diminuir alargura das narinas. O cirurgião deve avaliar o formato da face para que possa ser realizado esse ajuste e o nariz ficar em harmo- nia com o tamanho e formato dos lábios e olhos. Pode haver fratura ou não do osso nasal, nesse caso as manobras de DLM devem ser evitadas na região do nariz. O cliente irá para casa com dois curativos internos, chamados de tampão nasal, o que torna a respiração um pouco diminuí- da e também gera uma sensação de desconforto. O edema e equimoses são muito comuns nas regiões palpebrais, sendo a drenagem muito eficaz para diminuição destes sinais e sintomas, surtindo efeito mesmo na primeira sessão. Às vezes a única queixa do paciente é a ponta do nariz, nesse caso pode ser realizada a biolpastia, com preenchimentos, que veremos em outro capítulo. São diversas as alterações de volume e tamanho que levam os clientes a procu- rarem uma rinoplastia: • nariz grande: aumentado na sua altura; • nariz adunco: calo ósseo proeminente no seu dorso (giba óssea); • nariz largo: farto na largura e mais aberto na base; • nariz globoso: alterações na ponta nasal; • nariz longo: grande no comprimento, com a ponta normal ou curvada para baixo. É necessário avaliar o paciente depois da cirurgia, para análise das caracte- rísticas decorrentes da cirurgia, como, por exemplo: integridade da pele, edema, cicatriz, dor e sensibilidade. As queixas principais são: linfedema complexo ou residual da face, dor e dificuldade respiratória devida à vasodilatação das narinas e tampão. Figura 9 – Antes e depois de correção de nariz adunco Fonte: Getty Images 14 15 Figura 10 – Edema e equimose pós-rinoplastia Fonte: Getty Images • Lifting Facial ou Ritidoplastia: esta cirurgia é a mais agressiva, pois reposi- ciona o maior número de estruturas faciais, se comparada com as outras; ela reduz a ptose da face e pescoço, além de tratar as estruturas mais profundas, como músculos, excesso de gordura e queda do Sistema Músculo Aponeuró- tico Superficial (SMAS). Existem diversas técnicas, a mais comum delas apre- senta cicatriz na região frontal próxima à inserção capilar e atrás da orelha, mas pode ser realizada também somente com uma incisão na região do mento para corrigir a região da papada e pescoço. Assim como em todas as outras, edema e equimose são esperados no pós-operatório. Na hora do atendimento , devemos nos atentar às cicatrizes para não haver distanciamento de suas bor- das e para acomodar o cliente da forma mais confortável possível. Como na maioria das vezes a cicatriz está na incisão capilar, não é indicado utilizar faixa de cabelo, para não pressionar a mesma. A cicatriz resultante da incisão ci- rúrgica deverá ser a mais discreta possível. O uso de locais menos aparentes, com maior capacidade de camuflagem, como o couro cabeludo e os limites das zonas estéticas faciais, favorece o resultado estético final. Figura 11 – Cicatriz periauricular Fonte: Revista Brasileira de Cirurgia Plástica Importante! A ritidoplastia possui diversos sinônimos. São exemplos: ritidectomias, meloplastias, er- guimento facial, lift (erguimento) e cirurgia de rejuvenescimento facial. Importante! 15 UNIDADE Cirurgias Estéticas Faciais As complicações mais comuns são o hematoma e o edema, quanto mais pro- fundas forem as incisões e mais estruturas forem reposicionadas, mais significativos são, e o seroma, que pode distender as estruturas e levar a um retoque e também prejudicar as bordas da cicatriz, por isso deve ser contido nos primeiros dias pelo cirurgião; as infecções, necrose e lesões neurológicas são muito raras. Edema e equimose no pós-operatório de ritidoplastia: http://bit.ly/2KvLVYt Ex pl or Figura 12 – Antes e depois de ritidoplastia Fonte: Getty Images • Lipoaspiração de papada: é utilizada para tratamento do acúmulo de gordu- ra na papada. É realizada sem internação, sob anestesia local, com sedação. Pode acompanhar a cirurgia de ritidoplastia, ou então ser realizada de forma isolada. Hoje em dia é realizada em consultórios odontológicos também, por profissionais habilitados. No pós-operatório, a complicação mais comum é o edema, e a drenagem é indicada. Em alguns casos, em vez da lipoaspiração aspirativa com cânulas, são injetadas enzimas lipolíticas, ou seja, que fazem o esvaziamento da célula de gordura, para diminuição da papada, não sendo indicada a DLM nesses casos. Figura 13 – Antes e Depois de Lipoaspiração de Papada Fonte: Getty Images 16 17 Explore este conteúdo, que traz de maneira resumida a definição dos principais tratamentos para rejuvenescimento. Disponível em: http://bit.ly/2Kwz0WbEx pl or • Bichectomia: a Bichectomia, procedimento cirúrgico com finalidade estético- -funcional, consiste na remoção de uma estrutura gordurosa localizada nas bochechas, conhecida como Bola de Bichat ou Gordura de Bichat. A retirada dessa gordura melhora a harmonia facial e tem como objetivo funcional a redu- ção de traumatismos crônicos mastigatórios nas mucosas jugais (mordida nas bochechas na hora da mastigação), decorrentes do volume avantajado destas estruturas anatômicas. Durante o procedimento, deve-se ter um vasto conhe- cimento anatômico para que não ocorra lesão do nervo facial, o que poderia ocasionar paralisia. Apesar de ser um procedimento seguro, podem ocorrer complicações, como hematomas, abcessos, paresia (diminuição da sensibilidade), edema e o mais grave, paralisia do nervo facial. Sendo assim, a DLM também é indicada no pós-operatório. Figura 14 – Pós-bichectomia Fonte: KLÜPPEL, et al.; 2018 Preenchimentos e Toxina Botulínica Os preenchedores são utilizados para tratamento de rugas, correção de cicatri- zes atróficas e pequenos defeitos cutâneos, além da melhora do contorno facial. A substância ideal nesses produtos deve oferecer bom resultado cosmético, ter lon- ga duração, ser estável e seguro, com mínima complicação. Dos preenchedores, o ácido hialurônico é um dos mais indicados. 17 UNIDADE Cirurgias Estéticas Faciais O AH injetável é composto por polissacarídeos e glicosaminoglicanos e é conhe- cido por ser não permanente, com duração média de seis meses. Existem vários preenchedores no mercado: Zydem®, Restylane®, Perlane®, Radisse®, Artecol® e silicone. O profissional habilitado deve analisar as linhas de expressão e rugas, se são profundas ou superficiais, e cada um destes preenchedores tem suas especifici- dades de aplicação, podendo ser na derme superficial, profunda ou junção dermoe- pidérmica (JDE). O tempo de aplicação também varia de 3 meses a anos, uns agem preenchendo, outros dando volume ou ainda estimulando o tecido conjuntivo. Aqui o médico mostra várias regiões e por que precisamos de tipos diferentes de preenche- dores, para não ocorrer necrose, para o efeito ficar natural e harmônico. Disponível em: https://youtu.be/svwP0F_OQX8 Ex pl or O AH é rotineiramente usado para correção de sulco nasogeniano, aumento do volume labial, sulco infraocular para olheiras, região periauricular para rejuvenesci- mento. Seu uso na glabela é pouco indicado devido à maior incidência de necrose nessa região. Outras indicações também são observadas na literatura, como cor- reção de cicatrizes pós-acne, volumização facial por perda dos coxins gordurosos decorrentes do envelhecimento e por perda de tecido subcutâneo pós-traumático, além de aumento do volume do dorso da mão para rejuvenescimento. Necrose após bioplastia com AH: http://bit.ly/2YbPQmM Ex pl or Não tem indicação de DLM no pós-procedimento e a maioria dos recursos de eletroterapia é contraindicada porque estes poderiam diminuir a vida útil destes ma- teriais, sendo o nosso papel mais efetivo no preparo da pele antes do procedimento e após na manutenção com cosméticos. A toxina botulínica (TB), conhecida pelo seu nome comercial Botox®, é ampla- mente utilizada em procedimentos estéticos não invasivos. Em 1978, Food and Drugs Administration (FDA) aprovou a injeção da toxina tipo A em pacientes com estrabismo que se voluntariavampara o tratamento. Vista a melhoria no rejuvenescimento facial, a TB passou a ser utilizada na cosmé- tica e liberada, em 1992, para uso nos EUA; somente no ano 2000 a TB foi aprova- da no Brasil pela ANVISA para uso em rugas dinâmicas. A TB é uma neurotoxina produzida por uma bactéria anaeróbica, Clostridium Botulinum gram-positiva. São conhecidos 7 sorotipos (denominados de A a G), cada um deles produz uma forma neurotóxica, na qual bloqueiam seletivamente a neurotransmissão colinérgica, pro- duzindo, assim, uma paralisia muscular. Para fins estéticos, foi, então, destacada a Toxina Botulínica A (TBA). Ela causa fraqueza muscular no local em que foi aplicada, através do bloqueio da liberação de acetilcolina nos terminais, impedindo a transmissão do impulso nervo- so à placa motora do músculo. 18 19 Antes e depois da aplicação da toxina botulínica, mostrando a inibição da acetilcolina, res- ponsável pela contração muscular: http://bit.ly/2OtOYFCEx pl or Após a aplicação da toxina, pode-se observar algumas equimoses, devido à face ser ricamente vascularizada; o paciente deve ficar no mínimo 4 horas sem abai- xar a cabeça, para garantir que a substância não migre. Não é indicado nenhum tratamento estético após a aplicação, e mesmo após semana alguns recursos de eletroterapia são contraindicados, pois poderiam influenciar na vida útil da toxina. Dentre as complicações, as mais comuns são ptose palpebral, elevação exagerada da sobrancelha, ptose do ângulo da boca e assimetria. Neste último caso, pode ser feito um retoque 30 dias após a aplicação; nos outros pode-se utilizar recursos eletroestéticos para diminuir a ação da toxina. Ela pode ser aplicada também para diminuir cefaleias, para sorriso gengival e até para hiperidrose. Seus efeitos são no- tados a partir do 7º dia de aplicação e o efeito máximo no 15º dia, podendo durar de 4 a 6 meses. São ministrados anestésicos tópicos antes do procedimento e a face deve estar completamente higienizada. Sorriso gengival antes e depois de aplicação da toxina botulínica: http://bit.ly/2Op0KRB Ex pl or 19 UNIDADE Cirurgias Estéticas Faciais Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Livros Coleção Netter de Ilustrações Médicas NETTER, F. H. Coleção Netter de Ilustrações Médicas. Volume 4 – Sistema Tegumentar. São Paulo: Elsevier, 2014. Vídeos Lifting Facial – Cirurgia plástica estética http://bit.ly/2KwyrvE Lifting Facial – Cirurgia plástica em 3D – Antes e depois https://youtu.be/crHekWG9wlg Leitura Rinoplastia estético-funcional DONCATO, L.; GIOVANAZ, F.; DECUSATI, F. L. Rinoplastia estético-funcional. Arquivos Catarinenses de Medicina, vol. 38, suplemento 01, 2009. http://bit.ly/2KvH0Xn 20 21 Referências ALMEIDA, A. V. V; ALVARY, P. H, A. Bichectomia como procedimento cirúrgico estético-funcional: um estudo crítico. J Business Techn. 2018; 7(1):3-14. Dispo- nível em: <http://revistas.faculdadefacit.edu.br/index.php/JNT/article/download/ 319/286>. Acesso em: 20 abr. 2019. CROCCO, E. I; ALVES. R. O; ALESSI, C. Eventos adversos do ácido hialurônico injetável. Surg. Cosmet. Dermatol. 2012; 4(3):259-63. Disponível em: <www. redalyc.org/html/2655/265524650007/>. Acesso em: 20 abr. 2019. FERREIRA, M. Cirurgia plástica estética: avaliação dos resultados. Rev. Soc. Bras. Cir Plást. São Paulo, v. 15, nº 1, p. 55-66, jan./abr. 2000. Disponível em: <http:// www.alran.com.br/arquivos/artigos/Cirurgia_Plastica_Estetica_-_Avaliacao_dos_ Resultados.pdf>. Acesso em: 19 abr. 2019. MANG, W. L. Manual de cirurgia plástica. São Paulo: Artmed, 2009. MEYER, P. F et al. Protocolo fisioterapêutico para o pós-operatório de blefaro- plastia. Ter Man. 2010; 8(35): 60-65. 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OBJETIVO DE APRENDIZADO Técnicas Manuais Orientações de estudo Para que o conteúdo desta Disciplina seja bem aproveitado e haja maior aplicabilidade na sua formação acadêmica e atuação profissional, siga algumas recomendações básicas: Assim: Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte da sua rotina. Por exemplo, você poderá determinar um dia e horário fixos como seu “momento do estudo”; Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma alimentação saudável pode proporcionar melhor aproveitamento do estudo; No material de cada Unidade, há leituras indicadas e, entre elas, artigos científicos, livros, vídeos e sites para aprofundar os conhecimentos adquiridos ao longo da Unidade. Além disso, você tam- bém encontrará sugestões de conteúdo extra no item Material Complementar, que ampliarão sua interpretação e auxiliarão no pleno entendimento dos temas abordados; Após o contato com o conteúdo proposto, participe dos debates mediados em fóruns de discus- são, pois irão auxiliar a verificar o quanto você absorveu de conhecimento, além de propiciar o contato com seus colegas e tutores, o que se apresenta como rico espaço de troca de ideias e de aprendizagem. Organize seus estudos de maneira que passem a fazer parte Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Mantenha o foco! Evite se distrair com as redes sociais. Determine um horário fixo para estudar. Aproveite as indicações de Material Complementar. Procure se alimentar e se hidratar quando for estudar; lembre-se de que uma Não se esqueça de se alimentar e de se manter hidratado. Aproveite as Conserve seu material e local de estudos sempre organizados. Procure manter contato com seus colegas e tutores para trocar ideias! Isso amplia a aprendizagem. Seja original! Nunca plagie trabalhos. UNIDADE Técnicas Manuais Drenagem Reversa Corporal e Limitações na Drenagem Facial Até aqui, falamos de um vasto número de cirurgias e procedimentos minimamen- te invasivos e suas possíveis complicações, bem como a atuação da esteticista no pré e pós-operatório. Chegou a hora então de conhecer os itens que compõem a avalia- ção desses clientes, bem como a drenagem aplicada. É importante que os conceitos anteriores estejam claros, pois isso facilitará o momento tão esperado: quando você for atender seu primeiro cliente de pós-operatório! Liposucción de Alta Definición. Disponível em: https://youtu.be/x_-Yqe84WCk
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