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Estética nas Intervenções Médicas

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ESTÉTICA NAS 
INTERVENÇÕES MÉDICAS
Programa de Pós-Graduação EAD
UNIASSELVI-PÓS
Autoria: Elaine Watanabe
CENTRO UNIVERSITÁRIO LEONARDO DA VINCI
Rodovia BR 470, Km 71, no 1.040, Bairro Benedito
Cx. P. 191 - 89.130-000 – INDAIAL/SC
Fone Fax: (47) 3281-9000/3281-9090
Reitor: Prof. Hermínio Kloch
Diretor UNIASSELVI-PÓS: Prof. Carlos Fabiano Fistarol
Equipe Multidisciplinar da 
Pós-Graduação EAD: Carlos Fabiano Fistarol
 Ilana Gunilda Gerber Cavichioli
 Cristiane Lisandra Danna
 Norberto Siegel
 Camila Roczanski
 Julia dos Santos
 Ariana Monique Dalri
 Bárbara Pricila Franz
 Marcelo Bucci
Revisão de Conteúdo: Rafael Appel Flores
Revisão Gramatical: Equipe Produção de Materiais
Diagramação e Capa: 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Copyright © UNIASSELVI 2018
Ficha catalográfica elaborada na fonte pela Biblioteca Dante Alighieri
 UNIASSELVI – Indaial.
W324e
 Watanabe, Elaine
 Estética nas intervenções médicas. / Elaine Watanabe 
– Indaial: UNIASSELVI, 2018.
 139 p.; il.
 ISBN 978-85-53158-51-5
1.Medicina – Brasil. 2.Estética – Brasil. II. Centro Univer-
sitário Leonardo Da Vinci.
CDD 610.1
Elaine Watanabe
Possui graduação em Tecnologia em 
Cosmetologia e Estética pela Universidade do 
Vale do Itajaí (2007), Especialização em Estética 
Facial e Corporal na modalidade Magistério Superior. 
Foi professora titular da Universidade do Vale do Itajaí. 
Tem experiência na área de Cosmetologia e Estética, com 
ênfase em Biossegurança e Estética Corporal, atuando 
principalmente nos seguintes temas: estética, 
cosméticos, eletroterapia e prática clínica.
Sumário
APRESENTAÇÃO ..........................................................................07
CAPÍTULO 1
Cirurgias Estéticas ....................................................................09
CAPÍTULO 2
Dermatologia Estética ...............................................................49
CAPÍTULO 3
CAPÍTULO 4
CAPÍTULO 5
Introdução aos Procedimentos Estéticos 
Pré e Pós-Cirúrgicos .................................................................81
Procedimentos Pré-Cirúrgicos na Estética ...........................97
Procedimentos Estéticos no Pós-Cirúrgico ........................ 111
APRESENTAÇÃO
Os recursos estéticos têm tido sua gama cada vez mais ampliada, oferecendo 
aos profissionais, métodos, cosméticos e tecnologias cada vez mais avançados. 
No entanto, a atuação na estética dos indivíduos, pelos esteticistas e pelos 
profissionais médicos, tem seus limites e critérios bem definidos, de modo que a 
atuação médica alcança as técnicas invasivas, enquanto a estética possibilita o 
uso de recursos superficiais, porém, diferentes à outra área.
Em se tratando de estética, a atuação conjunta possibilita a otimização dos 
resultados nas intervenções médicas.
Na disciplina de “Estética nas Intervenções Médicas”, discorremos 
sobre as principais intervenções médicas estéticas, iniciando pelas cirurgias 
plásticas, seguindo pelas intervenções minimamente invasivas, para sua melhor 
compreensão, uma vez que há grande necessidade do conhecimento sobre 
a forma com que cada intervenção ocorre, elucidando assim, os limites e as 
necessidades no momento da atuação do esteticista.
Finalizada essa abordagem, como uma forma de conectar o conhecimento 
das intervenções médicas aos procedimentos estéticos, descrevemos o processo 
dinâmico que envolve os fenômenos fisiológicos que ocorrem na pele durante a 
cicatrização. Desta forma, ingressamos nos procedimentos estéticos, iniciando 
pelos pré-cirúrgicos, como a limpeza de pele, as esfoliações e as massagens, 
bem como o uso da eletroterapia. 
Encerramos com a abordagem pós-cirúrgica, com ênfase na drenagem 
linfática manual, considerada um dos recursos mais importantes para a 
recuperação do paciente recém-operado, seguido de outras possibilidades que 
vão desde técnicas manuais e o uso da eletroterapia e cosméticos. Sendo assim, 
o conhecimento adquirido nesta disciplina envolve as intervenções médicas, o 
processo cicatricial e as abordagens estéticas pré e pós-cirúrgicas. Você pode 
complementar o conteúdo dessa disciplina com o conteúdo de outras, ampliando 
seus conhecimentos sobre a estética. 
Bons estudos!
CAPÍTULO 1
Cirurgias Estéticas
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
� Conhecer as principais cirurgias estéticas existentes.
� Compreender como as cirurgias estéticas interferem no organismo do paciente.
� Analisar o procedimento realizado e os estágios de recuperação.
� Estabelecer as limitações do paciente para um plano de tratamento adequado 
às necessidades do pré e pós-operatório.
10
 Estética nas Intervenções Médicas
11
Cirurgias Estéticas Capítulo 1 
1 Contextualização
O termo cirurgia plástica tem origem na palavra grega plastikós, 
que significa formar, modelar, por isso, a cirurgia plástica é uma 
especialidade cirúrgica que tem por objetivo reconstruir estruturas 
corporais que apresentam alterações estéticas ou funcionais, quais 
sejam as suas causas. Sua atuação visa remodelar os tecidos para 
que alcancem um resultado mais próximo possível da normalidade, 
restabelecendo a capacidade de funcionamento e aparência (STEINER, 
2009; SOCIEDADE BRASILEIRA DE CIRURGIA PLÁSTICA, 1998 
apud LIMA et al., 2015). 
Existe uma grande diversidade de cirurgias plásticas estéticas que podem 
ser realizadas em diferentes locais do corpo. As mais realizadas são nas mamas, 
no abdômen, na face e pescoço, no nariz, nas pálpebras e nas orelhas. Estas 
têm como objetivo final proporcionar o bem-estar do indivíduo por meio do 
aprimoramento de sua forma, o que faz com que sua autoestima seja elevada 
(STEINER, 2009).
Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP, 2017), a cirurgia 
plástica tem passado nos últimos anos por uma evolução expressiva, assim como 
o aumento da procura desse tipo de procedimento e o consequente aumento 
no número quantitativo de cirurgias. Ao passo que a cirurgia pode melhorar 
aspectos do corpo e da vida, existem riscos que não podem ser desprezados. 
Por isso, a parceria que deve existir entre o paciente e o cirurgião não termina 
com a finalização da cirurgia. As visitas regulares de seguimento da cirurgia são 
muito importantes.
Os procedimentos pré e pós-operatórios, realizados principalmente 
por esteticistas, são importantes aliados para otimizar os resultados das 
cirurgias plásticas estéticas e para melhorar a qualidade da recuperação. 
Para tanto, tão importante quanto o conhecimento dos procedimentos que 
podemos realizar, é o conhecimento de cada técnica cirúrgica, pois sem 
esse conhecimento seria como se estivéssemos trabalhando “às cegas”. 
Cada recurso utilizado na estética possui um mecanismo de 
ação específico para uma diversidade de situações, razão pela qual é 
preciso saber das condições resultantes de uma cirurgia que necessita 
ser tratada. Assim, o objetivo deste primeiro capítulo de Estética nas 
Intervenções Médicas é justamente descrever as cirurgias plásticas 
estéticas mais realizadas para que você possa compreender melhor as intervenções 
realizadas, assim como quais as áreas do corpo são afetadas por elas.
A cirurgia plástica é 
uma especialidade 
cirúrgica que tem por 
objetivo reconstruir 
estruturas corporais 
que apresentam 
alterações estéticas 
ou funcionais, quais 
sejam as suas 
causas.
Os procedimentos 
pré e pós-
operatórios, 
realizados 
principalmente por 
esteticistas, são 
importantes aliados 
para otimizar os 
resultados das 
cirurgias plásticas 
estéticas e para 
melhorar a qualidade 
da recuperação.
12
 Estética nas Intervenções Médicas
2 Cirurgia das Mamas
Sob a influência dos conceitos de beleza e feminilidade, e em função das 
mudanças de costumes e do tipo de vestuário, criou-se a necessidade de as 
mamas estarem aceitáveis em sua forma e em tamanho. Quandopequenas, 
as mamas provocam desconforto psicológico, afetando o tipo de vestimenta e 
algumas atividades sociais, quando muito grandes, podem provocar alterações 
físicas importantes, prejudicando a saúde e o bem-estar da mulher (TARIKI; 
PEREIRA, 2003).
Para reduzir a incidência de complicações e a necessidade de novas 
operações em mamoplastia, a execução adequada da técnica cirúrgica é 
fundamental. Nesse contexto, um estudo realizado por Maximiliano et al. (2017) 
analisou o efeito do plano cirúrgico nas taxas de complicações pós-operatórias 
nas mamoplastias de aumento, realizadas entre 2011 e 2016, no Hospital de 
Clínicas de Porto Alegre. Os pesquisadores concluíram que não houve diferença 
significativa entre a variação no planejamento e a incidência de complicações pós-
operatórias ou necessidade de reintervenção, o que demonstra que as técnicas 
têm sido bem planejadas e executadas e que o procedimento é seguro.
O conhecimento da anatomia do local que passou ou passará pela 
intervenção, nos ajudará a compreender melhor o processo pós-operatório. Por 
isso, em cada abordagem, caso seja necessário, traremos uma explicação da 
anatomia da região, iniciando pelas mamas a seguir:
ANATOMIA DAS MAMAS
A mama feminina fica apoiada sobre um leito que se estende 
transversalmente da borda lateral do esterno até a linha média e 
verticalmente da segunda até a sexta costelas. Dois terços da mama 
são formados pela fáscia peitoral sobre o músculo peitoral maior. O 
outro terço, pela fáscia que cobre o músculo serrátil anterior. Entre a 
mama e a fáscia peitoral há um plano de tecido conjuntivo frouxo ou 
espaço virtual, denominado espaço retromamário ou bolsa. Este plano, 
contendo uma pequena quantidade de gordura, permite que a mama 
tenha mobilidade sobre a fáscia peitoral. Parte da glândula mamária 
pode estender-se ao longo da margem ínfero-lateral do músculo 
peitoral maior em direção à fossa axilar, formando um processo 
axilar. A glândula mamária está firmemente fixada à derme da pele 
13
Cirurgias Estéticas Capítulo 1 
sobrejacente, principalmente por ligamentos cutâneos significativos, 
os ligamentos suspensores da mama (MOORE; DALEY, 2007).
Esterno
Processo axilar
da mama
Axila
Lóbulos de 
gordura
Papila mamária
Aréola
M. serrátil anterior
Vista anterior
FONTE: Moore e Daley (2007)
FONTE: Oncomastologia (2017)
FIGURA 2 – ANATOMIA DA MAMA FEMININA
Caixa Toráxica
Músculo Peitoral
Mamilo
Pele
Aréola
Tecido Glândular 
Lóbulos
Canal Lactífero
Tecido Gorduroso
FIGURA 1 – DISSECAÇÃO SUPERFICIAL DA REGIÃO PEITORAL FEMININA
14
 Estética nas Intervenções Médicas
a) Mamoplastia de aumento
Considerado um dos principais procedimentos cirúrgicos, a 
mamoplastia de aumento consiste basicamente em um procedimento 
cirúrgico em que é colocada uma prótese mamária no interior de um 
espaço. No entanto, existem muitos elementos envolvidos que não são 
apenas o procedimento cirúrgico em si (ADAMS JÚNIOR, 2013).
 
Para a realização das mamoplastias de aumento, as vias de acesso 
existentes para a colocação dos implantes são: incisões inframamárias, 
periareolar, axilar, transumbilical e mastopexia associada à prótese. 
Já em relação ao plano utilizado, pode ser: subglandular, subfascial e 
submuscular (MAXIMILIANO et al., 2017). Sendo a ântero-muscular, 
pelo ponto de vista fisiológico, a melhor localização.
FIGURA 3 – INCISÕES PARA COLOCAÇÃO DE PRÓTESES
FONTE: Arte Cirúrgica Cirurgia Plástica (2006a)
A intervenção é realizada com a paciente em decúbito dorsal e sob anestesia 
geral, às vezes, em posição semissentada. Uma incisão é feita no local escolhido 
pelo cirurgião, em seguida, um descolamento dos tecidos de tamanho apropriado 
é realizado, às vezes, por endoscopia, e a colocação das próteses é feita após a 
realização de uma drenagem. O curativo deve ser o menor possível (MITZ, 2006).
Considerado um 
dos principais 
procedimentos 
cirúrgicos, a 
mamoplastia de 
aumento consiste 
basicamente em 
um procedimento 
cirúrgico em que 
é colocada uma 
prótese mamária 
no interior de um 
espaço. 
15
Cirurgias Estéticas Capítulo 1 
FIGURA 4 – PLANOS PARA COLOCAÇÃO DOS IMPLANTES
Submuscular Subglandular Subfascial
FONTE: Arte Cirúrgica Cirurgia Plástica (2006b)
Existem formatos variados de implantes. Os redondos, de perfil alto, são 
utilizados quando se deseja uma projeção maior das mamas, os de perfil baixo, 
quando o objetivo é um maior preenchimento da base das mamas com menor 
projeção ou a necessidade de apenas um aumento discreto. Na ausência de 
mama, a melhor opção é o implante anatômico. Quanto ao volume, os mais 
frequentemente utilizados são os de perfil alto, entre 175 cc e 235 cc e os de perfil 
baixo com 160 cc e 240 cc (TARIKI; PEREIRA, 2003). O tamanho do implante 
é baseado na largura e no tipo de mama, bem como as assimetrias devem ser 
avaliadas pelo cirurgião (ADAMS JÚNIOR, 2013).
FIGURA 5 – TIPOS DE PRÓTESES
FONTE: Eden Knows Breast Implants (2017)
Com o desenvolvimento das tecnologias empregadas no desenvolvimento 
dos implantes, foram surgindo diferentes possibilidades para a sua utilização. 
Os primeiros implantes de gel, com resultados satisfatórios, foram mostrados em 
1963. Mais tarde, em 1970, foi proposto o uso do implante de silicone revestido 
por uma espuma de poliuretano e depois, nos anos 80, foi introduzido o implante 
de silicone texturizado. A evolução fez com que os casos de problemas pós-
operatórios como a contratura capsular e a assimetria mamária diminuíssem 
(GUIMARÃES; GUIMARÃES, 2015).
16
 Estética nas Intervenções Médicas
b) Reconstrução das mamas
A cirurgia plástica reparadora (CPR) tem por objetivo reparar as estruturas 
anormais, de forma a melhorar a função orgânica tecidual, além de buscar 
proporcionar ao paciente, uma aparência mais próxima do normal (COELHO, 2017).
Após a mastectomia, seja total ou parcial, a reconstrução 
mamária costuma ser a última etapa de um tratamento sempre 
doloroso. O aperfeiçoamento das próteses de silicone e das 
abordagens cirúrgicas permite que sejam obtidos resultados 
naturais e, o que é mais importante, devolve à mulher o símbolo 
maior de sua feminilidade e sexualidade (NASCIMENTO, 
2016b, p. 26).
Nos casos em que é possível preservar boa parte da pele e da gordura, a 
reconstrução é possível na mesma cirurgia, trazendo muitos benefícios à paciente, 
como a redução do número de cirurgias, resultados imediatos e esteticamente mais 
naturais, e redução do estigma da mutilação da mama (NASCIMENTO, 2016b).
Nos outros casos, quando há extensa remoção de pele e gordura, há a 
opção da utilização de um expansor tecidual, um implante que injeta aos poucos 
uma solução salina até alcançar o tamanho desejado, para então ser substituído 
por uma prótese de silicone definitiva (NASCIMENTO, 2016b). No entanto, em um 
estudo realizado por Cammarota et al. (2016), baseado em revisão de prontuários 
que datam do período de 1º de janeiro de 2004 a 31 de dezembro de 2012, 
verificou-se que os expansores de Becker (um tipo de expansor desenvolvido 
nos anos 1980 pode ser deixado como implante permanente) uma vez atingido o 
volume desejado, como alternativa técnica, é muito limitada. A grande necessidade 
de trocas e/ou correções associadas a tornam dispendiosa e menos eficiente em 
relação a outras técnicas já consagradas. Sua indicação deve ser, portanto, para 
casos específicos.
17
Cirurgias Estéticas Capítulo 1 
FIGURA 6 – CORREÇÃO DE ASSIMETRIA COM EXPANSOR DE BECKER
Legenda: A, B e C: Pré-operatório de mastectomia esquerda. D, E e F: Pós-operatório de 
colocação do expansor do lado esquerdo. G, H e I: Pós-operatório tardio após correção 
com lipoenxertia em mama esquerda.
FONTE: Camarota et al. (2016)
A reconstrução da mama também pode ser realizada através da técnica de 
miniabdominoplastia reversa. Saldanha Filho et al. (2017), após a realização da 
técnica em doze pacientes,observou que a reconstrução mamária com retalho 
excedente de miniabdominoplastia reversa associada à colocação de implante é 
uma boa opção para a reconstrução mamária, e com baixa taxa de complicações 
para os casos selecionados, os quais são considerados ideais aqueles em que a 
paciente possui flacidez e lipodistrofia no abdome superior. 
No caso da aréola, sua reconstrução e reposicionamento compõem uma parte 
importante da reconstrução mamária. Esta pode ser feita a partir da pele retirada das 
proximidades do sulco genitocrural, entretanto, o transplante pode ser realizado a partir 
de várias técnicas como: enxertos locais revestidos de um transplante de qualidade 
semelhante ao da aréola; transplante retirado do mamilo contralateral; retirada de 
pequeno fragmento do lóbulo da orelha, cuja consistência imita perfeitamente aquela 
de um mamilo normal. Outra opção, não recomendada por alguns profissionais, é a 
realização de tatuagens para reproduzir a aréola e o mamilo (MITZ, 2006).
c) Mamoplastia redutora e mastopexia
A mamoplastia redutora tem como principais objetivos a redução do volume 
das mamas, retirada do excesso de pele (para evitar a flacidez) e também corrigir 
a queda da mama (mastopexia), resultando em um equilíbrio entre o tecido 
mamário e a pele. Nos casos de volume excessivo, também tem como objetivo 
18
 Estética nas Intervenções Médicas
a redução de problemas posturais, além de prevenir deformidades na coluna 
vertebral. A intervenção é indicada em caso de hipertrofia mamária, considerada 
quando é necessário remover pelo menos 300 g de cada glândula mamária 
(TARIKI; PEREIRA, 2003; MITZ, 2006).
A cirurgia pode ser realizada com anestesia geral ou local, complementada 
com sedação, e a técnica utilizada pode variar de acordo com o objetivo de 
diminuir o volume das mamas, ressecando o tecido mamário e o gorduroso e 
retirando o excesso de pele. As cicatrizes resultantes do procedimento podem ser 
somente ao redor da aréola (raramente), ao redor da aréola e de seu polo inferior 
até o sulco inframamário, em “T” invertido, ou seja, ao redor da aréola, do seu 
polo inferior até o sulco inframamário e no sulco inframamário e, em “L”, ou seja, 
ao redor da aréola, do seu polo inferior até o sulco inframamário, e lateralmente, 
no sulco inframamário (TARIKI; PEREIRA, 2003).
FIGURA 7 – TIPOS DE CICATRIZES NA MAMOPLASTIA 
REDUTORA E MASTOPEXIA
FONTE: Instituto Wanna (2018)
Uma das técnicas que podem ser utilizadas para a redução das mamas, consiste 
na mamoplastia redutora pela técnica de pedículo inferior. Nesse procedimento, a 
marcação é feita com a paciente sentada (conforme figura a seguir): demarca-se 
um ponto que corresponde à projeção acima da aréola do ponto médio do sulco 
submamário e coincide com a linha média do braço (num ponto A), e os braços dos 
retalhos (nos pontos AB e AC), fazendo um ângulo de 90º entre si e estendendo-
se de 7 a 9 cm, de acordo com a avaliação realizada com pinçamento bidigital. O 
excesso de tecido celular subcutâneo a ser ressecado é desenhado sem se estender 
19
Cirurgias Estéticas Capítulo 1 
além dos limites anatômicos da mama. Na cirurgia procede-se à desepitelização do 
pedículo inferior, os retalhos dermoglandulares descolados das glândulas mamárias, 
ressecção dos excessos laterais e mediais, realização de suturas unindo os retalhos 
dermoglandulares e uma marcação do novo sítio do complexo areologlandular com 
sua transposição se fazendo naturalmente e sem tensão. Um dreno é colocado pela 
própria incisão cirúrgica (ADORNO FILHO et al., 2014).
FIGURA 8 – PONTOS DE MARCAÇÃO PELA TÉCNICA 
DE PEDÍCULO INFERIOR AREOLADO
A
B C
FONTE: Adorno Filho et al. (2014)
FIGURA 9 – TÉCNICA CIRÚRGICA DE MAMOPLASTIA REDUTORA
FONTE: Cammarota et al. (2014)
 A técnica de mamoplastia redutora com pedículo inferior areolado apresenta 
boa aplicabilidade e tem como vantagens a possibilidade de utilização em grandes 
ptoses mamárias, mantendo a sensibilidade da aréola, alto grau de satisfação 
com o resultado, baixa taxa de complicações e boa manutenção do resultado 
(ADORNO FILHO et al.; CAMMAROTA et al., 2014).
Em alguns casos, a mamoplastia redutora associa-se a inclusão de implante 
mamário, buscando uma maior satisfação das pacientes, uma vez que uma parcela 
delas se queixa de perda de consistência e de volume das mamas, o que permite 
resultados que agradam tanto a paciente quanto o cirurgião, principalmente nas 
20
 Estética nas Intervenções Médicas
mamas com flacidez de pele acentuada, com diminuição de volume mamário e 
perda de consistência mamária (GUIMARÃES; GUIMARÃES, 2015).
Nos casos de assimetria mamária, que é uma deformação bastante frequente 
e que afeta negativamente os aspectos psicológicos da mulher, a intervenção é 
indicada tanto em casos de hipertrofia com assimetria, quanto nos casos de uma 
hipoplasia com assimetria. A técnica cirúrgica depende de cada caso, mas em 
alguns casos é necessário acrescentar uma prótese em um lado para equilibrar e 
reduzir a mama hipertrófica em relação à outra. Em outros casos, pode ser preciso 
reduzir de maneira distinta cada lado das duas mamas assimétricas (MITZ, 2006).
3 Cirurgias do Abdômen
 Para que o esteticista possa atuar corretamente sobre o local onde foi 
ou será realizada a cirurgia plástica, neste caso, o abdome, sua compreensão 
anatômica das estruturas que o compõem é essencial (MAUAD et al., 2003).
ANATOMIA DO ABDÔMEN
O abdômen é a parte do tronco situada entre o tórax e a pele, 
que consiste em um recipiente dinâmico e flexível que abriga a 
maioria dos órgãos do sistema digestório e parte dos sistemas 
urinário e genital. As paredes anterolaterais do abdômen são 
cobertas em suas faces internas por uma membrana serosa ou 
peritônio, que se dobra sobre as vísceras formando uma bolsa ou 
espaço virtual denominada cavidade peritoneal, que normalmente 
contém apenas líquido extracelular. Também podem haver 
quantidades variáveis de gordura entre as paredes e as vísceras 
e o peritônio que as revestem. Embora a parede abdominal seja 
contínua, é subdividida em parede anterior, paredes esquerda e 
direita (flancos) e parede posterior para fins descritivos. As paredes 
anteriores e laterais são músculo-aponeuróticas e, pela indefinição 
entre seus limites, frequentemente são chamados de parede ântero-
lateral do abdômen. Durante um exame físico, a parede anterolateral 
é inspecionada, palpada, percutida e auscultada. Os cirurgiões 
geralmente abrem esta parede durante a cirurgia abdominal. Ao 
fechar as incisões cutâneas abdominais inferiores, os cirurgiões 
incluem a camada membranácea de tecido subcutâneo ao suturar, 
devido a sua resistência (MOORE; DALLEY, 2007).
21
Cirurgias Estéticas Capítulo 1 
FIGURA 10 – SUBDIVISÕES DA PAREDE ABDOMINAL
FONTE: Moore e Dalley (2007)
FIGURA 11 – PAREDE ÂNTERO-LATERAL DO ABDÔMEN
FONTE: Moore e Dalley (2007)
5ª cartilagem costal
Lâmina anterior da 
bainha do músculo reto
Aponeurose do músculo 
oblíquo externo
Camada membranácea 
profunda do tecido subcutâneo
Fibras intercrurais
Anel inguinal superficial
Nervo ilioinguinal 
Funículo espermático
Músculo reto do abdome
Músculo oblíquo externo
Interseção tendínea
Espinha ilíaca ântero-superior
M. serrátil anterior
Lâmina anterior da 
bainha do músculo reto
Linha alba
Músculo oblíquo externo
Ramos cutâneos 
abdominais laterais
Ramos cutâneos 
anteriores do abdome
Artéria e veia circunflexas 
ilíacas superficiais
Artéria e veia epigástricas 
superficiais
Artéria e veia 
pudendas externas
Veia safena magna
22
 Estética nas Intervenções Médicas
a) Lipoaspiração
Também denominada de lipossucção, a lipoaspiração é uma 
técnica cirúrgica cujo objetivo é a modelagem corporal através 
da remoção local de gordura subdérmica e suprafacial por meio 
de punções na pele. Foi introduzida na medicina em 1976, pelo 
otorrinolaringologista Fischer, que foi o pioneiro na utilizaçãoda cânula 
oca, e aprimorada posteriormente na França, por Illouz que incluiu à 
técnica, a injeção de solução salina e utilização de ácido hialurônico 
antes da remoção de gordura e Fournier, o movimento vai e vem das 
cânulas para modelagem suave e remoção da seringa (ALAM, 2010).
A cânula utilizada para realizar a aspiração é conectada por tubos flexíveis 
estéreis a um dispositivo de aspiração. Os grumos de tecido gorduroso são 
aspirados por vácuo através de aberturas que ficam próximo a sua extremidade. 
Existem diversas configurações de pontas de cânulas e, o diâmetro e o 
comprimento a serem utilizados dependerão do local a ser aspirado (ASTON; 
STEINBRECH; WALDEN, 2011).
A técnica cirúrgica consiste em marcar previamente o paciente em pé, 
antes da aplicação da anestesia que pode ser local, tumescente, infiltrativa ou 
bloqueio peridural, sendo todos os pacientes sedados com Midazolam. 
Procede-se a uma pequena infiltração na pele, nos locais das incisões, 
em seguida, infiltram-se as áreas que serão aspiradas, aguardando-
se de 10 a 15 minutos para iniciar a lipoaspiração que é realizada em 
túneis, do plano profundo para o superficial. A cânula deve ser sempre 
direcionada à superfície para evitar acidentes, como perfurações 
abdominais ou torácicas (SABATOVICH, 2009a).
A lipoaspiração não deve ser realizada com o objetivo de emagrecer, 
e sim para remodelar o contorno corporal, razão pela qual é indicada 
para remover gorduras localizadas das regiões como o abdômen, flancos 
e culotes (VASCONCELLOS; VASCONCELLOS, 2005).
A lipoaspiração 
é uma técnica 
cirúrgica cujo 
objetivo é a 
modelagem corporal 
através da remoção 
local de gordura 
subdérmica e 
suprafacial por meio 
de punções na pele. 
A lipoaspiração não 
deve ser realizada 
com o objetivo de 
emagrecer, e sim 
para remodelar o 
contorno corporal, 
razão pela qual 
é indicada para 
remover gorduras 
localizadas das 
regiões como o 
abdômen, flancos 
e culotes. 
23
Cirurgias Estéticas Capítulo 1 
QUADRO 1 – CRITÉRIOS DE SELEÇÃO PARA LIPOSSUCÇÃO
Categoria Critério específico
Boa condição física • Não grávida e nem tentando engravidar.
• Bom estado geral de saúde.
• Medicamentos que não interajam com 
a anestesia tumescente.
• Ausência de distúrbios ou anomalias sérias de sangramento.
• Funcionamento do fígado dentro dos limites normais.
• Status imune condizente com baixo risco de infecção.
Indicação médica • Paciente não obeso.
• Áreas focais de excesso de gordura.
• Teste snap satisfatório ou paciente propenso a excesso de 
pele pós-operatório ou ressecção de pele subsequente.
• A gordura-alvo não é gordura visceral.
Prontidão emocional • Expectativas razoáveis.
• O paciente entende que a simetria 
perfeita não será alcançada.
• O paciente entende que nem toda gordura 
pode ou deve ser removida.
• O paciente entende que os riscos são mínimos 
e raramente há eventos adversos.
FONTE: Alam (2010)
ANESTESIA TUMESCENTE – a Técnica Anestésica Tumescente 
(TAT) consiste na infiltração subcutânea de grandes quantidades de 
lidocaína e epinefrina diluídas, que provocam edema na área cirúrgica, 
deixando-a firme e tumescente (volume aumentado). A anestesia 
tumescente contribui para a redução de hemorragia, reduzindo a 
excessiva necessidade de cauterização. Possui efeito antibacteriano 
e minimiza o desconforto, além de contribuir para a facilidade do 
fechamento de grandes defeitos cirúrgicos, devido à distensão da 
pele causada pelo grande volume de solução tumescente injetada na 
área da cirurgia que causa uma expansão aguda de tecido durante a 
cirurgia (BREWER; ROENIGK, 2010).
TESTE SNAP – uma lipoaspiração não reduz a área da 
superfície da pele, por isso, ao reduzir o volume adiposo, a pele 
deve ser capaz de encolher suave e igualmente, o que não ocorrerá 
com uma pele excessivamente solta que poderá permanecer após a 
cirurgia. No chamado teste snap, a pele solta e inelástica não retorna 
rapidamente à posição normal quando pinçadas.
24
 Estética nas Intervenções Médicas
b) Abdominoplastia e lipoabdominoplastia
A abdominoplastia clássica é indicada para os casos em que 
há grande flacidez de pele, panículo adiposo variável e diástase dos 
músculos retos e/ou oblíquos. Para a sua realização, o cirurgião plástico 
leva em consideração, inicialmente, a pele, o tecido gorduroso e a 
porção muscular, seguido da avaliação dos músculos retos e oblíquos, 
por frequentemente estarem afastados uns dos outros. A técnica é realizada 
basicamente de acordo com as seguintes etapas (MAUAD et al., 2003):
• Marcação da incisão suprapúbica.
• Descolamento do panículo adiposo da aponeurose dos músculos, 
deixando apenas o umbigo preso em sua posição natural.
• Realização de sutura para aproximar os músculos abdominais que 
se encontram afastados da linha média, para sua posição original.
• Retirada do excesso de pele e tecido subcutâneo por meio de 
manobras de fixação e tração dos retalhos.
• Recolocação do umbigo na pele com sutura, bem como todo o 
retalho tracionado.
FIGURA 12 – TÉCNICA CIRÚRGICA DE ABDOMINOPLASTIA
FONTE: California Surgical Institute (2016)
A abdominoplastia pode ser realizada com a retirada da camada lamelar 
supraumbilical, associada à lipoaspiração complementar das áreas não 
descoladas. Essa ressecção da camada lamelar visa a um refinamento na 
abdominoplastia superior, já que, por vezes, ocorre uma diferença entre a 
espessura da gordura do retalho e da gordura da incisão operatória. Com essa 
associação cirúrgica, Alexandre (2009) obteve resultados satisfatórios.
A abdominoplastia 
clássica é indicada 
para os casos em 
que há grande 
flacidez de pele.
25
Cirurgias Estéticas Capítulo 1 
FIGURA 13 – ABDOMINOPLASTIA COM ASSOCIAÇÕES
1 – Marcação com dois 
pontos de referência
4 – Descolamento 
infraumbilical com liberação 
de cicatriz umbilical
7 – Marcação para 
implantação do umbigo
10 – Lipoaspiração das 
áreas não descoladas
2 – Infiltração de 
soro fisiológico
5 – Plicatura
8 – Pontos de Baroudi
3 – Descolamento 
infraumbilical
6 – Retirada da camada 
lamelar com preservação 
da fáscia de Scarpa
9 – Fechamento por planos 
da ferida operatória
FONTE: Alexandre (2009)
Ao término da sutura, são deixados drenos para aspiração contínua para 
eliminar o sangramento residual e para realizar o curativo. O paciente ficará de 
repouso de 24 a 48 horas, até que os drenos sejam retirados. O cirurgião trocará 
os curativos até a retirada total dos pontos. Problemas como hematomas, seromas 
(coleção líquida abaixo da pele), infecções, deiscências e necroses são algumas 
complicações que podem ocorrer após a cirurgia, e cabe ao cirurgião responsável 
solucioná-los (MAUAD et al., 2003).
26
 Estética nas Intervenções Médicas
Segundo Saldanha (2004), as pacientes operadas pela técnica de 
lipoabdominoplastia retornam as suas atividades em menor tempo, uma vez 
que o procedimento é menos invasivo, provoca pequeno traumatismo vascular 
e nervoso, além de ter discreto espaço morto, apresentando, assim, um pós-
operatório intermediário entre uma abdominoplastia e uma lipoaspiração.
Atividades de Estudos:
1) Entre as cirurgias plásticas estéticas existentes, a mamoplastia 
de aumento é comum, o aumento é proporcionado pela colocação 
de implantes mamários. Cite as vias de acesso existentes para a 
colocação dos implantes e os planos utilizados.
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2) Nas mamoplastias, o uso de um expansor pode ser necessário. 
Explique em qual situação e como o expansor é utilizado.
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3) Quais as vantagens da técnica de mamoplastia redutora com 
pedículo inferior areolado?
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27
Cirurgias Estéticas Capítulo 1 
4) Conceitue lipoaspiração.
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5) Ordene adequadamente as etapas da técnica cirúrgica de 
abdominoplastia a seguir, numerando-as em ordem crescente de 1 a 5:
( ) Retirada do excesso de pele e tecido subcutâneo por meio de 
manobras de fixação e tração dos retalhos.
( ) Recolocação do umbigo na pele com sutura, bem como todo o 
retalho tracionado.
( ) Marcação da incisão suprapúbica.
( ) Realização de sutura para aproximar os músculos abdominais que 
se encontram afastados da linha média para sua posição original.
( ) Descolamento do panículo adiposo da aponeurose dos músculos, 
deixando apenas o umbigo preso em sua posição natural.
4 Lipoescultura
A lipoescultura é uma técnica cirúrgica que consiste na remoção do excesso 
de gordura por meio da lipoaspiração tumescente corporal ou facial e a lipoenxertia 
(adição de gordura) sob a pele, por pequenas incisões, utilizando microcânulas 
acopladas a uma seringa. Nela, o cirurgião modela, de forma tridimensional, 
a face ou o corpo. A lipoenxertia ou enxerto de gordura autóloga é capaz de 
restaurar o volume subcutâneo por meio do preenchimento com a própria gordura 
do paciente, melhorando os contornos corporais ou faciais (YARAK; VILLAÇA 
NETO; GOLCMAN, 2008).
A gordura retirada é transferida para regiões que necessitam de aumento de 
volume ou é utilizada para correções de imperfeições ou depressões encontradas 
no corpo. É possível, por exemplo, retirar o excesso de gordura da região de 
flancos, abdômen ou culotes e introduzi-la na região glútea, em várias camadas 
(ver gluteoplastia). A anestesia utilizada para realizar o procedimento depende 
da região e extensão da gordura localizada. As cicatrizes são mínimas e são 
planejadas para ficarem pouco visíveis (PALMA, 2012).
28
 Estética nas Intervenções Médicas
As complicações para esse tipo de procedimento não são frequentes e 
podem ser: hematoma, edema e infecções, necrose do enxerto, pseudocisto, 
infiltração da gordura intravascular e lesão dos tecidos (nervos, músculos, vasos e 
glândulas) (YARAK; VILLAÇA NETO; GOLCMAN, 2008).
5 Cirurgias da Face e Orelhas
Muitas técnicas são descritas para rejuvenescimento facial, a mais antiga 
data de 1919 e, desde então, o rejuvenescimento facial vem passando por uma 
constante evolução nas técnicas cirúrgicas, com procedimentos mais clássicos 
ou técnicas compostas, que associam diversos procedimentos. Na atualidade, 
busca-se realizar cirurgias da forma menos invasiva possível (SANCTIS et al., 
2014; LÓPEZ, 2016). 
A estética da face possui grande importância para a autoestima e 
retrata a identidade de um indivíduo. A percepção inicial que temos de 
uma pessoa, geralmente é reflexo da leitura que fazemos de sua face. 
Nela, fazemos estimativas como idade, humor, confiança e beleza. 
Alterações importantes podem impactar na saúde psicológica e na vida 
social, por isso, na mesma medida em que as técnicas cirúrgicas são 
desenvolvidas para melhorar a aparência, o efeito mais natural possível 
tem sido almejado e isso implica em intervenções que não resultem em cicatrizes 
aparentes ou modificações extremas. Para melhor compreender os meios 
utilizados pelos cirurgiões, devemos saber sobre alguns aspectos da anatomia da 
cabeça a seguir.
A pele está sempre sob tensão. Em geral, lacerações ou incisões paralelas 
às linhas de clivagem cicatrizam bem com pequena formação de cicatrizes porque 
há ruptura mínima de fibras. As fibras ininterruptas tendem a manter as bordas 
da ferida no lugar. Entretanto, uma laceração ou incisão transversal às linhas 
de clivagem rompe maior número de fibras colágenas. As linhas de clivagem 
interrompidas causam a abertura da ferida, e pode haver formação de cicatriz 
excessiva (queloide). Quando outras considerações, como exposição adequada 
e acesso ou afastamento de nervos não são muito importantes, os cirurgiões que 
tentam minimizar a formação de cicatrizes por razões cosméticas podem usar 
incisões cirúrgicas paralelas às linhas de tensão (MOORE; DALLEY, 2007).
A estética da face 
possui grande 
importância para a 
autoestima e retrata 
a identidade de um 
indivíduo.
29
Cirurgias Estéticas Capítulo 1 
FIGURA 14 – LINHAS DE TENSÃO OU CLIVAGEM DA PELE
FONTE: Minars Dermatology (2018)
FIGURA 15 – ANATOMIA DA FACE E DO PESCOÇO
FONTE: <http://odontologia.queroconteudo.com/2017/06/anatomia-
da-musculatura-do-pescoco.html>. Acesso em: 15 jun. 2018.
30
 Estética nas Intervenções Médicas
a) Lifting facial ou ritidoplastia
A primeira técnica de cirurgia para promover o rejuvenescimento e o realce da 
aparência facial foi a ritidoplastia cutânea, que consistia unicamente na remoção da 
pele. A segunda descrevia o sistema musculoaponeurótico subcutâneo (SMAS) e 
seu tratamento com plicatura, sutura, seção parcial, entre outros, para tornar mais 
duradoura a cirurgia. A terceira consiste em uma ritidoplastia por planos profundos, 
em que se disseca profundamente o SMAS, mas sua aplicação foi reduzida devido 
aos altos índices de lesão do nervo facial (MEYER; AFONSO, 2010).
Por sua vez, o lifting é indicado quando há uma ptose da pele da face. Seu 
objetivo é levantar as estruturas e fixá-las em sua posição original. O levantamento da 
pele na região temporal permite corrigir uma papada e um sulco nasogeniano discreto 
e a tração cutânea posterior à orelha a 45º, permitindo corrigir a ptose cervical. Estas 
diferentes manobras não levam em consideração os excedentes adiposos existentes, 
principalmente na região do pescoço, nesse caso, será conveniente realizar uma 
lipoaspiração ou retirada cirúrgica da gordura (MITZ, 2006).
 
Na ritidoplastia cervicofacial, as demarcações das áreas de 
descolamento das incisões devem ser precisas e simétricas. As incisões 
são feitas nas regiões occipital, retroauricular, pré-auricular, temporal e 
parte do pescoço e descolamento subcutâneo da pele, evitando-se a 
lesão nervosa e dos bulbos pilosos. Após os descolamentos, realiza-
se rigorosa hemostasia bilateralmente. O retalho do sistema músculo-
aponeurótico superficial (SMAS) é tracionado superior e anteriormente. 
Com pinças específicas de marcação, determina-se o excesso de pele a 
ser ressecado na região pré-auricular, anterior e tração da pele na região cervical. A 
tração do retalho anterior é feita no sentido que vai do trago ao tubérculo de Darwin, 
sem subida do pé do cabelo, e a tração cérvico-occipital tem o sentido medial 
superior, evitando a formação de degrau entre as áreas glabra e pilosa. O excesso 
de pele é demarcado e ressecado, com posicionamento do lóbulo da orelha, 
naturalmente, e feita uma sutura simples (SABATOVICH; SABATOVICH, 2009b).
Na ritidoplastia 
cervicofacial, as 
demarcações 
das áreas de 
descolamento das 
incisões devem 
ser precisas e 
simétricas. 
FIGURA 16 – TRAÇÃO DA PELEEM RITIDOPLASTIA
FONTE: Clínica Nurkim (2017)
31
Cirurgias Estéticas Capítulo 1 
Na região submentoniana, a conduta cirúrgica dependerá do grau de 
envelhecimento da área. Por exemplo, em pacientes até 30 anos, com “papada”, 
uma lipoaspiração através das vias de acesso retrolobulares da orelha e 
submentoniana é a melhor opção, com curativo compressivo de crepom e gaze 
por 48 horas. Até os 35 anos, se houver algum excesso de pele e gorduras 
localizadas, realiza-se a lipoaspiração com ressecção da pele na região 
submentoniana, descolamento de toda região supra-hioidea e laterais do pescoço 
através de incisões retroauriculares, com tração e ressecção cutânea posterior. Os 
pontos são retirados entre 7 e 14 dias. Já os pacientes que, além da lipodistrofia 
na região do pescoço, possuem excesso de flacidez da pele mais a flacidez do 
músculo platisma com formação de bandas platismais, realiza-se a combinação 
de lipoaspiração, descolamento tração e ressecção cutânea com tratamento das 
bandas platismais mediais na região supra-hioidea. A gordura removida pode 
ser utilizada para uma lipoenxertia na área malar ou outra região facial, quando 
necessário (FLORES; LIZ, 2014; SABATOVICH; SABATOVICH, 2009b).
b) Lipoescultura facial
A lipoescultura pode ser indicada para a face quando nela se observa atrofia 
global ou bilateral. Sua intervenção é feita por incisões de aproximadamente 2 ou 
3 mm, sendo uma na base do mento e duas anteriormente ao lóbulo da orelha 
como na lipolift (lipoescultura facial), associando-se incisões endonasais e até 
labiais em função dos diferentes locais que receberão o preenchimento. Através 
dessas incisões, o cirurgião faz túneis com a ajuda de pequenas cânulas com 
diâmetros variáveis, adaptando-se a cada situação. Em seguida, retira-se uma 
quantidade de tecido gorduroso da área doadora, que normalmente é o abdômen 
ou culote, de forma delicada para preservar os adipócitos, utilizando uma cânula e 
uma seringa. Em ocasiões específicas, é possível proceder por incisões mínimas 
e métodos endoscópicos (ver vídeo indicado pelo Leo site a seguir) para levantar 
os tecidos, deixando o mínimo de cicatriz visível, quando o nível de ptose cutânea 
não exige necessariamente a retirada de pele excedente (MITZ, 2006).
A cirurgia, normalmente, é feita sob uma anestesia local, com sedação 
via endovenosa, porém, dependendo de fatores como a idade do paciente, 
problemas na coluna cervical, estado emocional e tempo cirúrgico, esta poderá 
ser feita sob anestesia geral, com a desvantagem do aumento do sangramento, 
desconfortos e prolongamento de edema e equimose no pós-operatório 
(SABATOVICH; SABATOVICH, 2009b). 
32
 Estética nas Intervenções Médicas
Assista a um vídeo explicativo sobre o Lifting Endoscópico no 
site: <https://www.lucianapepino.com.br/cirurgia-plastica/lifting-facial/>.
c) Bichectomia
A bichectomia é o nome dado à retirada cirúrgica de parte de gordura do 
compartimento denominado Bola ou Bolsa de Bichat, que se estende por quase 
toda a superfície lateral do rosto, em plano profundo, desde a têmpora até próximo 
a mandíbula. Na cavidade existente na região das bochechas, um grande volume 
pode dar ao rosto um aspecto mais arredondado. O acesso a esse compartimento 
se dá através de pequena incisão na cavidade oral e os riscos são comuns a 
qualquer procedimento cirúrgico como sangramento e infecção. Após a cirurgia, 
edema e equimoses podem durar de alguns dias a poucas semanas (SBCP, 2017).
FIGURA 17 – CIRURGIA DE BICHECTOMIA
FONTE: Siga (2018)
d) Rinoplastia
A rinoplastia é indicada para quem está insatisfeito com a estética do seu 
nariz. No entanto, ela pode ser associada a outro procedimento para corrigir sua 
estrutura, melhorando sua função, como nos casos de desvio de septo e hipertrofia 
dos cornetos (parede lateral inferior da cavidade nasal). A técnica cirúrgica pode 
ser fechada, as incisões ficam escondidas dentro das narinas ou aberta, quando há 
33
Cirurgias Estéticas Capítulo 1 
necessidade de fazer o descolamento da pele, o cirurgião tem acesso mais amplo 
por uma incisão feita na columela (faixa estreita de tecido que separa as narinas, na 
base do nariz), sendo possível trabalhar cartilagens e ossos. Apesar de externa, a 
cicatriz não é perceptível. Também é possível realizar uma osteotomia, que consiste 
em quebrar o osso nasal com um instrumento específico (NASCIMENTO, 2016a).
FIGURA 18 – RINOPLASTIA PELAS TÉCNICAS ABERTA 
(DIREITA) E FECHADA (ESQUERDA)
FONTE: Sean Younai Plastic Surgery (2018)
A cirurgia pode ser realizada sob anestesia geral ou local com sedação. A 
liberação do paciente se dá em torno de 24 horas após a cirurgia. O período de 
pós-operatório imediato é seguido de edema e equimose. O paciente pode-se sentir 
bastante desconfortável pelo tamponamento que é realizado nas narinas por até 
dois dias, além do gesso que poderá ser mantido por uma semana após a cirurgia 
(NASCIMENTO, 2016a; VASCONCELLOS; VASCONCELLOS, 2005).
e) Otoplastia
A otoplastia é uma cirurgia estética que pode ser indicada para um 
indivíduo ainda jovem para corrigir as chamadas “orelhas de abano”, que 
se trata de um problema congênito, mas a que se deve ser submetido ao 
manifestar o desejo de melhorar um aspecto que afeta sua vida.
A indicação depende de um exame clínico. Às vezes, a orelha é um 
pouco grande, ou então, o lóbulo está apenas um pouco descolado. As 
técnicas para fazer a correção são variadas, mas o princípio das técnicas consiste 
em realizar incisões na região posterior da orelha, podendo ou não retirar uma 
quantidade de pele excedente. A cartilagem da anti-hélice é trabalhada e uma 
plicatura é feita para que a orelha tenha uma aparência mais natural possível. 
As intervenções são realizadas geralmente sob anestesia local potencializada, no 
entanto, em alguns casos, uma anestesia geral pode ser necessária (MITZ, 2006).
A otoplastia é uma 
cirurgia estética que 
pode ser indicada 
para um indivíduo 
ainda jovem para 
corrigir as chamadas 
“orelhas de abano”, 
que se trata de um 
problema congênito.
34
 Estética nas Intervenções Médicas
FIGURA 19 – PROCEDIMENTO DE OTOPLASTIA
FONTE: Design Cosmetic (2018)
Além das cirurgias que usam a fixação através da sutura, há procedimentos 
que são baseados na raspagem da cartilagem e na combinação dessas técnicas. 
A raspagem pode ser superficial ou profunda, e ser feita nas superfícies anterior 
e posterior. Estudos demonstraram que a raspagem anterior da anti-hélice, em 
pacientes submetidos à otoplastia, é um procedimento seguro, não representando 
aumento na incidência de complicações precoces (RUSCHEL et al., 2007).
Ao término da cirurgia, um curativo é colocado e retirado em até 
cinco dias. As orelhas ficam dolorosas, tumefeitas e com uma hiperemia 
que pode durar até 15 dias. Em geral, o resultado dessas cirurgias é 
excelente, mas em certos casos, pequenas imperfeições podem ser 
corrigidas secundariamente (MITZ, 2006).
f) Blefaroplastia
 
A blefaroplastia é um procedimento cirúrgico estético amplamente 
utilizado e que beneficia o paciente tanto na aparência quanto na 
correção de problemas funcionais, como a diminuição do campo visual, 
causada pelo excesso de pele da pálpebra superior e o aumento da 
pálpebra inferior pela herniação das bolsas gordurosas (SABATOVICH; 
SABATOVICH, 2009c).
A blefaroplastia é 
um procedimento 
cirúrgico estético 
amplamente 
utilizado e que 
beneficia o paciente 
tanto na aparência 
quanto na correção 
de problemas 
funcionais, como 
a diminuição do 
campo visual, 
causada pelo 
excesso de pele da 
pálpebra superior 
e o aumento da 
pálpebra inferior 
pela herniação das 
bolsas gordurosas.
Cartilage
Sutures placed in 
cartilage for the 
creation of the fold
Sutures lightened 
folding cartilage
Cartilage 
removed 
from concha
Concha 
reduced 
by closing 
defect
Skin Removed
35
Cirurgias Estéticas Capítulo 1FIGURA 20 – ANATOMIA DAS PÁLPEBRAS
FONTE: Gooo (2018)
A recuperação da blefaroplastia costuma ser bem rápida, em média, apenas 
um dia para as atividades leves, e de quinze dias para as atividades físicas. 
Edema e equimose costumam desaparecer aproximadamente quinze dias após a 
realização da cirurgia. (VASCONCELLOS; VASCONCELLOS, 2005).
A blefaroplastia pode ser realizada na pálpebra superior, onde a marcação 
para a incisão inferior, que está recriando a prega, deve ser 10 mm acima da 
margem tarsal. O ponto médio para a incisão superior deve estar a 12 mm abaixo 
da sobrancelha. Lateralmente, as incisões inferiores e superiores reúnem-se em 
uma orientação ascendente e podem ir além da pele da pálpebra para evitar o 
encobrimento lateral. A incisão pode ser feita com bisturi, laser ou radiofrequência. 
Já na blefaroplastia inferior, semelhante a superior, a incisão pode ser feita com 
diversas estratégias. Geralmente, uma incisão linear é feita ao meio através 
da conjuntiva e os retratores da pálpebra inferior são dissecados, expondo três 
corpos adiposos. A gordura é delicadamente removida para evitar rompimento de 
vasos sanguíneos. (SOMOANO; KAMPP; GLADSTONE, 2010).
36
 Estética nas Intervenções Médicas
FIGURA 21 – BLEFAROPLASTIA SUPERIOR
FONTE: Medicine (2018)
FIGURA 22 – BLEFAROPLASTIA INFERIOR
Incisão Retirada das bolsas de gordura
Sutura finalRessecção do exesso de pele
FONTE: Adissi Plástica (2018)
37
Cirurgias Estéticas Capítulo 1 
6 Braquioplastia
A braquioplastia é comumente realizada em pacientes que apresentam 
grande excesso cutâneo e flacidez da região posterior dos braços, após grandes 
reduções de peso. O tratamento consiste em ressecar esses excessos em forma 
de fuso, e em plano superficial. A cicatriz resultante situa-se na face posterior dos 
braços, com orientação longitudinal. Evita-se a tensão da sutura na pele logo após 
o procedimento, pois pode resultar em cicatrizes alargadas e mais aparentes na 
região (FERREIRA; MELLO FILHO; WADA, 2006).
A avaliação de pacientes candidatos à braquioplastia envolve a 
consideração da quantidade de gordura residual e do grau de flacidez 
da pele. Uma das primeiras considerações é verificar se há flacidez 
suficiente que justifique uma cicatriz do cotovelo até a axila ou maior. 
Para a cirurgia são realizadas marcações com o paciente em pé, com 
os braços mantidos a 90º em relação ao seu corpo com o cotovelo 
flexionado. Uma linha horizontal deve ser desenhada da axila ao 
cotovelo, ao longo do sulco bicipital, marcando a posição desejada da 
linha final da incisão. Outras marcações se fazem necessárias para a 
retirada de pele contígua, de forma que a movimentação dos braços 
não fique prejudicada (DOWNEY, 2015).
A avaliação 
de pacientes 
candidatos à 
braquioplastia 
envolve a 
consideração da 
quantidade de 
gordura residual e 
do grau de flacidez 
da pele.
FIGURA 23 – MARCAÇÕES PRÉ-OPERATÓRIAS PARA 
BRAQUIOPLASTIA DE SULCO BICIPITAL
FONTE: Downey (2015)
38
 Estética nas Intervenções Médicas
FIGURA 24 – PRÉ-OPERATÓRIO (ESQUERDA) E SEIS 
SEMANAS APÓS A BRAQUIPLASTIA (DIREITA)
FONTE: Downey (2015)
7 Gluteoplastia
Para muitas pessoas, os glúteos, depois das mamas, são o atributo da 
beleza feminina ideal. Por isso, algumas acabam recorrendo à cirurgia plástica 
para melhorá-los. As técnicas cirúrgicas para melhorar o aspecto da região glútea 
são uma das partes fundamentais da cirurgia do contorno corporal e, entre os 
procedimentos mais utilizados para efetuar o aumento e melhora do contorno 
glúteo, são a lipoinjeção e os implantes de silicone. 
A técnica cirúrgica de injeção de gordura mediante distribuição volumétrica, 
consiste em realizar marcações em quadrantes nos glúteos, onde o quadrante 
central será a zona máxima de projeção, portanto, o local em que se deve injetar 
o maior volume de gordura (pelo menos metade do volume total). As zonas 
primárias recebem cerca de 40% dos lipoenxertos e as zonas secundárias, 10% 
(VALLARTA-RODRÍGUEZ; RUIZ-TREVIÑO; GUERRERO-BURGOS, 2016).
FIGURA 25 – DIVISÃO DA NÁDEGA EM NOVE QUADRANTES
FONTE: Vallarta-Rodríguez, Ruiz-Treviño e Guerrero-Burgos (2016)
Zona 
Central
Zona 
Primária
Zona 
Primária
Zona 
Primária
Zona 
Primária
Zona 
Secundária
Zo
na 
Se
cun
dár
ia
Zo
na Se
cun
dár
ia
Zona 
Secundária
39
Cirurgias Estéticas Capítulo 1 
FIGURA 26 – LIPOENXERTIA EM GLÚTEOS
FONTE: Vallarta-Rodríguez, Ruiz-Treviño e Guerrero-Burgos (2016)
No pós-operatório, observa-se a existência de um edema que dura de 10 
a 15 dias e o risco de infecção deve ser considerado, tanto na área receptora 
quanto na área doadora. Caso ocorra, é feita uma intervenção no local. Nesse 
caso, pode ocorrer também a perda do benefício da lipoescultura, necessitando, 
assim, de uma reintervenção (MITZ, 2006).
A inclusão de prótese glútea é indicada nos casos em que há 
significativa falta de volume, hipotrofia dos músculos glúteos ou ptose 
glútea. Os implantes glúteos proporcionam remodelagem e aumento 
efetivo das nádegas, alcançando a forma redonda desejada através 
de uma projeção concentrada, que nem sempre são obtidos por outros 
métodos, como em um enxerto de gordura. Os implantes podem ser 
redondos ou ovais, preenchidos com silicone altamente coesivo ou 
feitos de moles blocos de silicone, estes podem ser colocados em 
quatro planos: subcutâneo, subfascial, intramuscular e submuscular, 
e inseridos por uma incisão muscular próxima ao sacro-cóccix 
(AZEVEDO, 2014; MEYER; AFONSO, 2010).
Os implantes glúteos 
proporcionam 
remodelagem e 
aumento efetivo 
das nádegas, 
alcançando a 
forma redonda 
desejada através 
de uma projeção 
concentrada, que 
nem sempre são 
obtidos por outros 
métodos, como 
em um enxerto de 
gordura.
40
 Estética nas Intervenções Médicas
FIGURA 27 – INCLUSÃO DE PRÓTESE GLÚTEA
FONTE: Centeno e Bossert (2015)
FIGURA 28 – PLANOS PARA COLOCAÇÃO DE IMPLANTES, DA ESQUERDA 
PARA A DIREITA: RETROMUSCULAR, INTRAMUSCULAR E RETROFASCIAL
FONTE: New York Center (2018)
O procedimento, realizado sob anestesia peridural, muitas vezes, pode ser 
associado à lipoaspiração de áreas adjacentes. Há discreto edema pós-operatório 
e o paciente é liberado a realizar as suas atividades normais após duas ou três 
semanas. O decúbito ventral é mantido por sete dias, e em alguns casos, por 15 
dias, e o paciente pode caminhar no dia seguinte. O paciente também pode ser 
orientado a se sentar parcialmente ou a não se sentar por duas semanas, apenas 
recostar-se (MEYER; AFONSO, 2010).
41
Cirurgias Estéticas Capítulo 1 
Assista a um vídeo explicativo sobre a Gluteoplastia. Disponível 
em: <https://www.youtube.com/watch?v=iWYbrhFs9IQ>. Acesso em: 
8 jun. 2018.
Atividades de Estudos:
1) O que é ritidoplastia?
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2) A rinoplastia consiste em uma cirurgia realizada para melhorar 
a aparência do nariz e pode ser realizada basicamente de duas 
formas. Explique quais são elas:
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3) Por que a otoplastia não pode ser realizada no bebê, uma vez que 
é indicada para a melhora/resolução de um problema congênito?
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42
 Estética nas Intervenções Médicas
4) Explique, em poucas palavras, como é realizada a blefaroplastia 
inferior.
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5) Qual a razão pela qual a avaliação de pacientes que desejam 
realizar a braquioplastia deve ser criteriosa e a cirurgia evitada 
sempre que possível?
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6) Cite as vantagens da inclusão da prótese glútea em relação a 
lipoenxertia nas gluteoplastias.
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8 Algumas Considerações
Neste capítulo conhecemos as principais cirurgias plásticas estéticas 
existentes para que, mais adiante, você possa entender melhor os procedimentos 
pré e pós-operatórios. Devemos lembrar que o papel da cirurgia plástica não se 
restringe à realização de procedimentos estéticos como normalmente vemos, 
principalmente pela mídia. A especialidade tem um amplo papel na correção de 
deformidades que acometem o corpo humano e o seu papel deve ser visto de 
43
Cirurgias Estéticas Capítulo 1 
forma adequada (LIMA et al., 2015). O profissional da estética poderá atuar em 
ambos os casos, desde que acompanhado ou orientado pelo profissional que 
realizou a cirurgia, sempre que necessário.
De igual relevância, é o fato de estarmos conscientes de que o atendimento 
a um paciente submetido a uma cirurgia plástica estética ou que pretende fazê-
la nunca deve ser limitado por um ou outro profissional isoladamente, sendo 
cada qual responsável pela sua área de atuação. Os profissionais devem estar, 
preferencialmente, interligados, como uma rede, e a comunicação deve existir.
Como qualquer tratamento estético, no atendimento ao paciente proveniente 
de intervenções médicas, deve-se observar suas expectativas. Coelho et al. 
(2017) observa que uma insatisfação com o corpo em demasia pode se tornar 
um distúrbio de imagem e a realização de um procedimento estético não é capaz 
de amenizar os sintomas de um transtorno dismórfico corporal (TDC), bem como 
a cirurgia plástica não é indicada para solucionar ou amenizá-lo. Por isso, é 
preciso saber, além de tratar, orientar adequadamente o seu paciente. As técnicas 
estéticas aplicadas antes ou após as intervenções médicas devem beneficiar o 
resultado destas, e nunca o contrário.
No próximo capítulo, você vai conhecer os procedimentos realizados em 
Dermatologia Estética, e posteriormente avançaremos para tratamentos estéticos 
pré-cirúrgicos e pós-cirúrgicos estéticos.
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CAPÍTULO 2
Dermatologia Estética
A partir da perspectiva do saber fazer, neste capítulo você terá os seguintes 
objetivos de aprendizagem:
� Conhecer os procedimentos estéticos realizados na Dermatologia.
� Analisar os procedimentos realizados.
� Identificar os cuidados necessários antes e após a realização dos procedimentos 
dermatológicos estéticos.
50
 Estética nas Intervenções Médicas
51
Dermatologia Estética Capítulo 2 
1 Contextualização
Neste capítulo abordaremos as modalidades não cirúrgicas ou minimamente 
invasivas, porém realizadas por médicos, principalmente dermatologistas, para 
tratamento de distúrbios estéticos. Hassan e Zachary (2015) declararam que os 
dermatologistas têm um importante papel na orientação de seus pacientes sobre 
questões cosméticas e estéticas, ajudando-os a identificar suas metas e optar 
pelo tratamento mais adequado. Além de produtos tópicos, os procedimentos 
minimamente invasivos e uso de dispositivos como o laser podem ser realizados 
para tratar de distúrbios como rugas superficiais, profundas, ptose, flacidez 
cutânea, cicatriz deprimida, elevada ou queloide, redução de volume, lentigo, 
melasma, telangiectasia, veias varicosas e remoção de pelos e de tatuagem.
Small (2012) declara isso melhor ao afirmar que os procedimentos 
estéticos minimamente invasivos na área médica têm buscado 
corrigir ou melhorar a aparência de modo mais sutil e natural. Estes 
têm por objetivo reduzir os sinais do fotoenvelhecimento, relaxando 
os músculos faciais hiperativos com toxina botulínica, preenchendo 
rugas, redefinindo os contornos faciais com preenchedores dérmicos e 
melhorando a hiperpigmentação e as vascularizações epidérmicas com 
lasers e tratamentos com luz intensa pulsada.
Devemos levar em consideração o fato de que podemos atuar na área da estética, 
de maneira complementar às intervenções estéticas médicas, beneficiando, assim, 
a recuperação e o resultado de cada paciente. Em algumas dessas intervenções 
não há indicação de outros procedimentos estéticos imediatos, no entanto, é de 
suma importância que os profissionais atuantes na estética conheçam as principais 
intervenções existentes e saibam quando, como e por que podem atuar ou não.
Destacamos novamente que trabalhar com a pele exige amplos conhecimentos 
e cuidados que vão além das questões físicas, pois, como reflete Cucé (2010), a pele 
expressa bem-estar, saúde, vivacidade, alegria, disposição. É no seu brilho e viço 
que está o verdadeirocartão de visita de cada um. E, independente do recurso ou 
profissional que cada indivíduo busca para melhorar sua aparência, a ele deve ser 
oferecido o que de melhor cada profissional possa oferecer, garantindo os melhores 
resultados de acordo com as condições e características individuais.
2 Laser
A palavra laser é um acrônimo que corresponde a Light Amplification by 
Stimulated Emission of Radiation, que significa emissão estimulada de radiação 
Os procedimentos 
estéticos 
minimamente 
invasivos na área 
médica têm buscado 
corrigir ou melhorar 
a aparência de modo 
mais sutil e natural.
52
 Estética nas Intervenções Médicas
(FRANÇA, 2004) e possui múltiplas formas de utilização. Quando 
aplicado nos tecidos, o laser atua nos cromóforos, que são os alvos 
da pele, como a melanina e a hemoglobina presentes nas manchas, 
vasos e folículos pilosos. A duração do pulso do laser, o comprimento 
de onda e a fluência influenciam no resultado da terapia (CUCÉ, 2010). 
Assim que a energia luminosa é transformada, o cromóforo e partes 
do tecido adjacente são rompidos por fragmentação, coagulação, 
vaporização ou foto-oxidação. No caso dos lasers seletivos, a luz 
transpõe a pele para atingir o alvo, o que pode interferir na ação 
no alvo e absorção de macromoléculas ou resultar em cicatrizes 
indesejáveis (CONRADO, 2009). A seguir estão classificados os principais tipos 
de lasers quanto à aplicação.
a) Lasers para lesões vasculares
Os lasers existentes para tratamento das afecções dos vasos têm um 
amplo espectro de aplicações, sendo capazes de tratar as ectasias vasculares 
da cútis, tanto as adquiridas como as congênitas. Os principais lasers usados no 
tratamento das lesões vasculares cutâneas, com inclusão dos nevos vinhosos são 
o dye lasers e o laser de KPT. Também é possível utilizar o laser de alexandrita de 
755 nm e pulsos longos, assim como o laser Nd: YAG de 1.064 nm no tratamento, 
tanto dos nevos vinhosos como das anomalias vasculares volumosas e das 
telangiectasias das veias dos membros inferiores (LANINGAN, 2007).
Para o tratamento das lesões vasculares avermelhadas superficiais, a 
energia do laser é absorvida pela oxiemoglobina, o cromóforo-alvo nos vasos 
sanguíneos vermelhos. O aquecimento no vaso causa lesão na parede e dano 
ao colágeno perivascular, o que resulta no fechamento e obliteração do vaso com 
mínimo ou nenhum dano aos tecidos circundantes (SMALL, 2012).
As telangiectasias faciais representam um dos distúrbios vasculares mais 
frequentes para tratamento e respondem facilmente à maioria dos lasers, cuja luz 
é absorvida pela hemoglobina. Os dois tipos de laser mais utilizados nesse tipo de 
tratamento são o pulsado com corante (PDL) e o laser de KPT (LANINGAN, 2007).
b) Lasers para lesões pigmentadas
O método de tratamento das lesões pigmentadas da pele depende da localização 
do pigmento, ou seja, se se encontra na epiderme, na derme ou é de localização mista, 
se é intra ou extracelular, assim como a natureza do mesmo (melanina ou pigmento 
de tinta nas tatuagens). Isso se deve ao fato de que existem muitos tipos de lesões 
pigmentadas e elas variam em relação à quantidade, à profundidade e à densidade da 
distribuição da melanina ou da tinta, no caso da tatuagem (DIERICKX, 2007).
Quando aplicado 
nos tecidos, o 
laser atua nos 
cromóforos, que são 
os alvos da pele, 
como a melanina 
e a hemoglobina 
presentes nas 
manchas, vasos e 
folículos pilosos.
53
Dermatologia Estética Capítulo 2 
O alvo para este tipo de laser é o melanossomo, cujo tempo de relaxamento 
térmico vai de 10 a 100 nanossegundos, porém, qualquer laser com comprimento 
de pulso menor que 1 microssegundo pode seletivamente lesá-lo. O espectro de 
absorção da melanina (que é o pigmento endógeno envolvido) de 250 a 1.200 nm, 
permite que qualquer laser produtor de luz ultravioleta, visível e infravermelha, 
possa remover pigmentações melânicas não desejadas em algum grau. Os lasers 
utilizados para lesões pigmentadas são o Q-switched ruby, com comprimento de 
onda de 694 nm e duração de pulso entre 25-40 ns, o Q-switched alexandrite 
com comprimento de onda de 755 nm e duração de pulso entre 50-100ns e o 
Q-switched Nd:YAG, com comprimento de onda entre 532 e 1.064 nm e duração 
do pulso entre 5-7 ns (FRANÇA, 2004).
O efeito imediato que se observa na pele pigmentada sob a ação dos pulsos 
de laser de duração inferior a um microssegundo consiste no branqueamento 
imediato da pele. Esta resposta mantém relação com a ruptura dos melanossomos. 
Clareamento quase idêntico, embora mais intenso, ocorre quando as tatuagens 
são expostas ao Q-switched laser, pois tal como os melanossomos, as partículas 
de tinta das tatuagens são formadas por pigmentos intracelulares insolúveis, de 
tamanho submicrométrico (DIERICKX, 2007).
FIGURA 1 – BRANQUEAMENTO IMEDIATAMENTE 
CONSECUTIVO AO TRATAMENTO PELO LASER
FONTE: Dierickx (2007)
c) Lasers para rejuvenescimento
Baseado no princípio da fototermólise seletiva através do uso do laser, na 
técnica denominada resurfacing, a epiderme e a derme são retiradas com um 
mínimo de sangramento. É indicado principalmente para a correção das rugas 
causadas pelo fotoenvelhecimento e para cicatrizes de acne. Já o uso de lasers 
não ablativos, como o Nd:YAG de 1.320 nm e duração de pulso de 200 µs ou 
a IPL (luz intensa pulsada) seria uma alternativa aos lasers de erbium: YAG e 
54
 Estética nas Intervenções Médicas
CO2, que apresentam efeitos colaterais, para pacientes com rugas discretas 
e cicatrizes. Nestes há preservação da epiderme e a injúria térmica da derme 
melhora o fotoenvelhecimento (FRANÇA, 2004). 
Os lasers podem ser utilizados para rejuvenescimento ao realizar peelings 
ablativo e não-ablativo. No caso do peeling ablativo, a principal vantagem é a 
eficácia, pois em um único procedimento obtém-se redução das rugas, lentigens 
solares, queratoses, irregularidades da superfície cutânea e da flacidez da 
cútis. Seu efeito é imediato, contrastando com os métodos não-ablativos cujos 
resultados se manifestam aos poucos, lentamente. Entre as desvantagens estão 
o eritema e o edema por período prolongado, o risco de ocorrerem infecções, 
alterações da pigmentação e formação de cicatrizes. O peeling não ablativo é 
indicado em pacientes que apresentam rugas finas, tratamento de eritema, 
telangiectasias e alterações da pigmentação (KILMER; SEMCHYSHYN, 2007).
 
d) Lasers para remoção dos pelos
Partindo do mesmo princípio da fototermólise seletiva, os lasers usados para 
a remoção dos pelos atuam sobre a melanina, destruindo o pelo seletivamente, 
sendo necessário nesse processo que a região do bulge, da matriz do pelo ou da 
papila dérmica seja destruído e, assim, a perda permanente dos pelos se obtêm 
aplicando uma fluência adequada (geralmente superiores a 30 J/cm²), levando à 
miniaturização do folículo com sua degeneração e fibrose (FRANÇA, 2004).
No processo de fototermólise seletiva há geração de calor, que além de 
destruir o bulbo piloso, pode também destruir a melanina da epiderme, alterando, 
assim, outras células, ocasionando efeitos secundários indesejados como 
alteração de pigmentação, crostas, queimaduras e cicatrizes, por esta razão, o 
paciente ideal é aquele com pele clara e pelo escuro (SÁ; AMORIM, 2010).
FIGURA 2 – AÇÃO DO LASER NA REMOÇÃO DO PELO
FONTE: Visakha Institute of Skin & Allergy (2018)
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Dermatologia Estética Capítulo 2 
A eliminação dos pelos por meio de laser é considerada eficaz e é o melhor 
método para eliminar os pelos de grandes áreas em tempo relativamente curto. 
Os lasers disponíveis para a eliminação dos pelos são: lasers de rubi, laser de 
alexandrita, lasers de diodo, laser Nd:YAG, Laser Nd:YAG com Q-switched 
(GOLDBERG; HUSSAIN, 2007). Os lasers para depilação podem ser classificados 
de acordo com a sua complexidade, podendo ser considerado médico ou 
cosmético. No caso do médico, utilizam-se altas potências para resultados

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