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1 Secreções gástricas MOTILIDADE DO ESTÔMAGO Relaxamento receptivo: conforme o bolo alimentar entra no estômago (via liberação de VIP e ON) Relaxamento adaptativo: distensão e conteúdo químico estimulam contrações O comportamento motor do estomago é bem diferente nas porções próximas e distal Marcapasso do ritmo elétrico basal na região superior do estômago Atua fazendo movimentos no sentido retrogrado (controlando o tamanho do conteúdo alimentar que vai seguir para o duodeno) e anterógrado A natureza do alimento ingerido determina o grau de dissipação do quimo pelo estômago → Carboidratos tem velocidade de trânsito maior do que as proteínas → Proteína sofre digestão gástrica → Lipídeos dependem da emulsificação que acontece no intestino Padrão de motilidade gástrica resulta em trituração e mistura do alimento com as secreções gástricas levando à redução do tamanho das partículas e por fim liberação para o duodeno A força para a retropulsão é o aumento da pressão na região terminal do antro enquanto a contração antral se aproxima do piloro fechado Contrações segmentares: são responsáveis pela mistura → os segmentos alternados contraem e há pouco ou nenhum movimento para a frente As contrações peristálticas são responsáveis pelo movimento para frente Marcapasso realiza ondas a cada 15-25 segundos (cerca 3x/min) Na região do fundo gástrico poucas ondas peristálticas (1 hora) Intensifica no antro pilórico Esvaziamento quimo é lento (4 horas) A cada abertura do piloro → 3 ml Regulação da motilidade e esvaziamento gástrico Principal fator que regula a motilidade é o alimento O volume de alimento determina a distensão da víscera Quanto mais conteúdo no estomago, maior a distensão da musculatura 2 Distensão promove a liberação da gastrina → reflexo gastrogástrico de mistura do quimo Quando o duodeno começa a receber o conteúdo alimentar, ele reconhece Ácido clorídrico do estomago mistura ao bolo alimentar Acidez ativa receptores químicos da parede do duodeno GIP (peptídeo inibitório gástrico) → carboidratos CCK → lipídeos Secretina → aminoácidos Enterohormônios atuam no plexo miontérico e diminuem a acidez do estomago Enterohormônios produzidos pela parede do duodeno → promovendo redução de motilidade e esvaziamento gástrico Quando chega muito ácido, a secretina sinaliza para que o estomago diminua a velocidade de processamento A gordura não é esvaziada para o duodeno com velocidade maior do que aquela que ela pode ser emulsificada pelos ácidos biliares e lecitina da bile O ácido não é lançado para o duodeno mais rapidamente do que ele pode ser neutralizado pelas secreções pancreáticas e duodenais → A velocidade nos quais outros componentes do quimo são apresentados ao intestino correspondem a velocidade de processamento das mesmas Secreções gástricas Rica em HCl, água e K+ Pepsina nunca é liberada na forma ativa, é secretada na forma inativa O estômago produz cerca de 1 a 2 litros de suco gástrico por dia As secreções gástricas facilitam e regulam a digestão Lubrificam o bolo alimentar Protegem a mucosa gástrica A mistura do bolo alimentar com as secreções gástricas forma o quimo A fovéola gástrica é formada por uma variedade de células Regiões anatômicas de acordo com a função secretora: Cárdia (abaixo do esfíncter esofágico inferior): glândulas secretoras de muco Região oxíntica (corpo do estômago e fundo): células parietais e principais Região antro-pilórica: células G e células D Forma inativa das pepsinas, digerem proteínas Principal e única enzima proteolítica do suco gástrico Liberado na forma inativa, passa por um processo de ativação no estomago (acidez) Pepsina atua sobre proteínas, degradando- as em peptídeos menores Digestão final da proteína acontece no intestino delgado Estímulo parassimpático → receptores reconhecem presença de proteína no estomago → reflexo colinérgico (descarga de acetilcolina) estimula secreção de pepsinogênio 3 Glicoproteína que se liga a vitamina B12 Protege a vitamina B12, evita que ela seja degradada Vitamina B12 absorvida no íleo terminal Deficiência de vitamina B12 pode causar anemia do tipo megaloblástica → importante na fase de maturação das hemácias Sem o fator intrínseco a vitamina B12 não consegue ser absorvida Glicoproteína Barreira física formada por muco O muco secretado pelas células superficiais retêm o HCO3 secretado por estas mesmas glândulas → barreira gástrica O muco secretado pelas células do pescoço é misturado com os alimentos para lubrificá- los Íon bicarbonato faz proteção química Demanda de várias reações químicas para que o ácido possa ser liberado dentro do estômago As células parietais estimuladas são bem- organizadas, com túbulo-vesículas se fusionando à membrana plasmática para formar complexos canalículos que aumentam a superfície para secreção de H+ O transporte do H+ é realizado contra o gradiente de concentração (transporte ativo) Potássio bombeado para o ambiente intracelular (contra gradiente de concentração) O principal mecanismo que a célula parietal usa para secretar o ácido clorídrico é pela bomba H+/K+ ATPase Bomba H+/K+ ATPase na membrana da célula parietal Conversão da água junto com gás carbônico Enzima anidrase carbônica junta H20 e CO2 que estão dentro da célula parietal, e forma ácido fraco Interstício é um ambiente rico em sódio e cloreto Cloreto para o ambiente intracelular (carga negativa) e o bicarbonato para o interstício Permear cloreto por difusão facilitada para o lúmen Bicarbonato ajuda a manter o pH plasmático → maré alcalina Mitocôndrias da célula parietal fornecem ATP para que a bomba possa atuar A membrana apical (face voltada para o lúmen) secreta H+ em troca de K+ utilizando um transportador ativo primário que é ativado pela hidrolise do ATP. A membrana basolateral (face voltada para o sangue) secreta bicarbonato (HCO3) em troca de Cl. O Cl move-se para o interior da célula contra o seu gradiente eletroquímico, ativado pelo movimento descendente do HCO3 para fora da célula. Esse HCO3 é produzido pela dissociação do ácido carbônico que é formado a partir do CO2 e da H2O pela ação da enzima anidrase carbônica. A seguir, o Cl deixa a porção apical da membrana por difusão através de um canal da membrana. Portanto, as células parietais secretam HCl para o interior do lúmen gástrico à medida 4 que secretam HCO3 para a corrente sanguínea A velocidade contribui para a concentração dos eletrólitos Quanto mais secreção, mais ácido clorídrico no lúmen gástrico A secreção ativa de H+ pela bomba H+/K+ ATPase pode ser inibida por medicamentos → omeprazol (controla acidez do estomago) Inibe atividade da histamina, quando ela estimula a célula parietal → ranitidina e cimetidina Cefálica: o alimento na boca estimula liberação de Ach pelas fibras vagais Ach estimula célula G e células ECL → estimula a secreção acida Corresponde a 30% da secreção de HCl Reflexos condicionados de Pavlov Receptores mucosa oral e faríngea Gástrica: distensão causada pelo alimento estimula liberação de gastrina Responsável por 50-60% da secreção de HCl Reflexos vago-vagais Reflexos intramurais (sistema nervoso entérico) Estímulos a células G ou célula parietal (produz ácido clorídrico) diretamente Intestinal: quando o quimo chega no duodeno ou jejuno, hormônios são liberados para regular secreção ácida Predominantemente inibitória responsável por apenas 10% da secreção de HCl Reflexos enterogástricos: ácido, soluções hipertônicas e produtoshidrolise lipídica e proteica Quando os hormônios se ligam aos seus receptores → ativa a bomba H+/K+ ATPase Quando a célula parietal assume condição ativa, durante período secretório, as tubulovesículas se inserem na membrana e inserem junto a bomba H+/K+ ATP ase 5 Influências nervosas e endócrinas Estímulo: mecanismo neural (acetilcolina → parassimpático) e mecanismo humoral (gastrina → células G estomago, histamina → célula ECL estomago) Inibição: mecanismo humoral (somatostatina → célula D estomago e pâncreas) Nervo vago → acetilcolina (estímulo neural → parassimpático) Acetilcolina pode atuar diretamente na célula parietal ou estimular a célula ECL a produzir histamina A gastrina pode responder também por efeito da acetilcolina, mas o principal fator que faz ela ser liberada pela célula G é a resposta ao alimento Gastrina precisa da circulação sanguínea como via (endócrina) Histamina usa como via apenas o interstício (efeito parácrino) Nenhum enterohormônio é liberado no lúmen A somatostatina é produzida pelas células D → quando a produção de ácido clorídrico for excessiva Somatostatina pode ter efeito parácrino ou endócrino → promove inibição/redução secreção de ácido clorídrico Mecanismo humoral → gastrina Células G, polipeptídio e efeito trófico → mucosa intestinal Histamina encontrada em células ECL Ativa formação de AMPc nas células parietais Estimulada: GRP (polipeptídio liberador de gastrina), secretagogas (aminoácidos e polipeptídios diretamente nas células G, fenilalanina e triptofano, álcool em baixas concentrações e cafeína diretamente na célula parietal) Inibida: somatostatina Vagal → Ach para célula G e ECL Histamina → células parietais Gastrina → células parietais (via sangue) Insulina → células parietais (via sangue) Cafeína → ↑ AMPc nas células parietais Somatostatina (SS) → parácrina na célula G GIP (duodeno ou jejuno) → célula parietal Secretina (duodeno ou jejuno) → célula G Fase gástrica: 1 hora após a refeição a secreção de gastrina é máxima Liberação de somatostatina pela diminuição do pH intergástrico também inibe a secreção pelas células parietais Células D antrais → efeito parácrino Células D do corpo gástrico → efeito endócrino (efeitos neuro-humorais) Fase intestinal: Acido no duodeno estimula as células S, secretoras de secretina, que agem de 3 formas distintas: inibição direta de células parietais, inibição da célula G, estimulação da secreção de somatostatina Hipertonicidade reduz atividade das células parietais 6 Produtos da hidrolise de lipídeos → GIP (células K intestinais): inibe células parietais e cellas G Produtos da hidrolise de lipídeos e proteínas → CCK: inibe células parietais 1. O alimento e/ou os reflexos cefálicos estimulam a secreção gástrica de gastrina, histamina e ácido 2. A gastrina estimula a secreção ácida por ação direta nas células parietais ou indiretamente por meio da histamina 3. O ácido estimula a secreção de pepsinogênio por um reflexo curto 4. A somatostatina estimulada pelo H+ é um sinal de retroalimentação negativa que modula a liberação de ácido e de pepsina Estímulos emocionais com frequência aumentam a secreção gástrica interdigestiva (muito péptica e acida) para 50mL ou mais por hora da mesma maneira que a fase cefálica da secreção gástrica excita a secreção no início da refeição → Acredita-se que esse aumento de secreção, em resposta a estímulos emocionais, seja um dos fatores responsáveis pelo desenvolvimento de úlceras pépticas
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