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TRABALHO E ESCOLA: APRENDIZAGEM FLEXIBILIZADA TÍTULO NÚMERO 18 APRENDIZAGEM FLEXÍVEL TRABALHO E ESCOLA: APRENDIZAGEM FLEXIBILIZADA respeitaria a dimensão vivencial de cada aluno no processo de construção do conhecimento, a integração à prática profissional numa perspectiva reflexiva e a construção colaborativa e solidária do conhecimento. resultado de uma metodologia inovadora se justifica pela necessidade de expandir o ensino superior para atender as demandas de uma sociedade cada vez mais exigente e competitiva se materializa nas comunidades de aprendizagem, em rede, formadas por grupos de interesse críticas ao modelo único para alunos com diferentes trajetórias e interesses, ao conteudismo, à disciplinarização, a centralidade no professor e ao pouco ou nenhum protagonismo do aluno valorização do aluno como sujeito crÍtico e não como receptor de conteúdos, viabilizada pela construção colaborativa e solidária do conhecimento. TRABALHO E ESCOLA: APRENDIZAGEM FLEXIBILIZADA de espectador, passa a ser sujeito de sua própria aprendizagem seu próprio horário de estudo iniciativa comprometimento autonomia disciplina estabelecerá as condições e o ritmo em que irá estudar, segundo seu perfil e suas possibilidades ao gerenciar seus tempos e espaços, aprenderia a aprender, sozinho ou em colaboração deixaria de ser isolado em suas tarefas e leituras, de modo também a superar posturas individualistas. PARTICIPAÇÃO DO ALUNO NA APRENDIZAGEM FLEXÍVEL TRABALHO E ESCOLA: APRENDIZAGEM FLEXIBILIZADA implica o deslocamento do professor e do conteúdo para o grupo seu próprio horário de estudo a relação presencial passa ser substituída pela tutoria, que acompanha a aprendizagem dos alunos. o grupo participa, se envolve, pesquisa, interage, cria, com a mediação de algum orientador O professor passa a ser organizador de conteúdos e produtor de propostas de curso, de abordagens inovadoras de aprendizagem o professor faz parceria com especialistas em tecnologia CONCEITO DE COMUNIDADE DE APRENDIZAGEM todas essas “vantagens” (entre aspas) é uma simplificação que atende apenas a interesses de caráter ideológico. A análise profunda dessa proposta precisa buscar suas raízes nas bases materiais , ou seja, nas relações de produção que configuram o regime de acumulação flexível. TRABALHO E ESCOLA: APRENDIZAGEM FLEXIBILIZADA OBSERVAÇÃO IMPORTANTE Em resumo: apesar de a aprendizagem flexível parecer positiva para os alunos, ela tem sob a aparência um viés ideológico do capital, de forma a fragmentar a aprendizagem, formando sujeitos com conhecimentos rasos e voltados para formação de mão de obra. TRABALHO E ESCOLA: APRENDIZAGEM FLEXIBILIZADA o discurso da acumulação flexível sobre a educação aponta para a necessidade da formação de profissionais flexíveis torna-se necessário substituir a formação especializada acompanhem as mudanças tecnológicas decorrentes da dinamicidade da produção científico-tecnológica contemporânea, ao invés de profissionais rígidos adquirida em cursos profissionalizantes focados em ocupações parciais de curta duração caráter mais abrangente do que especializado, a ser complementada ao longo das práticas laborais a proposta é substituir a estabilidade, a rigidez, pela dinamicidade, pelo movimento FORMAÇÃO FLEXÍVEL TRABALHO E ESCOLA: APRENDIZAGEM FLEXIBILIZADA em uma sociedade atravessada pela microeletrônica as políticas públicas estimulam, cada vez mais, a utilização das novas tecnologias de informação e comunicação tendo em vista implementar uma nova qualidade à aprendizagem maquinaria com chip, computadores, etc reconhece a importância da ampliação da escolaridade em nível básico e em nível superior, acompanhada da capacitação profissional continuada para atender às novas demandas do mercado de trabalho. novo disciplinamento para o trabalho flexível TRABALHO E ESCOLA: APRENDIZAGEM FLEXIBILIZADA combinações não seguem modelos pré-estabelecidos, sendo definidas e redefinidas segundo as estratégias de contratação e subcontratação são mobilizadas para atender à produção puxada pela demanda do mercado se articulam ao longo das cadeias produtivas. se alimenta do consumo flexível de competências diferenciadas ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL São combinações que ora incluem, ora excluem trabalhadores com diferentes qualificações asseguram a realização da lógica mercantil. TRABALHO E ESCOLA: APRENDIZAGEM FLEXIBILIZADA tem como finalidade a formação de trabalhadores com subjetividades flexíveis que sejam manipuláveis, adestrados, controlados para servir a lógica do capital e que possam se adaptar às novas demandas tanto do ponto de vista cognitivo quanto ético uma das formas de atender à finalidade de formação desses profissionais, cuja força de trabalho poderá ser consumida ao longo das cadeias produtivas, segundo as necessidades da demanda do capital Pedagogia da acumulação flexível que aceitem de forma natural, as múltiplas tarefas no mercado flexibilizado. treinados para exercer trabalhos temporários simplificados, repetitivos e fragmentados TRABALHO E ESCOLA: APRENDIZAGEM FLEXIBILIZADA prática, na medida em que a teoria, como guia da ação, orienta a atividade humana a realidade não se deixa revelar através da observação imediata teórica, na medida em que esta ação é consciente. atividade teórica e prática que transforma a natureza e a sociedade; PRÁXIS é preciso ver para além das aparências, que mostram apenas os fatos superficiais, aparentes, que ainda não se constituem em conhecimento. é preciso superar o que é aparente, para compreender as relações, as conexões, as estruturas internas, , as relações entre parte e totalidade, TRABALHO E ESCOLA: APRENDIZAGEM FLEXIBILIZADA e ao pensamento humano é impossível apreender a realidade, porque está demarcado por diversidades culturais o conhecimento é uma impossibilidade histórica o que há são interpretações, narrativas atreladas à prática cotidiana, reduzindo-se o conhecimento à linguagem segundo as teorias pós-modernas. teoria se constrói mediante o embate de discursos intersubjetivos, ou seja, pelo confronto de discursos as interpretações são diversas, sendo verdadeiras apenas no contexto cultural que lhe deu origem TRABALHO E ESCOLA: APRENDIZAGEM FLEXIBILIZADA são apresentadas leituras selecionadas pelo conteudista, que serão interpretadas em exercícios previamente propostos critica o academicismo reduzir a necessidade de domínio da teoriaaprendizagem flexível concebe o conhecimento como resultante dos discursos que ocorrem nas redes, fóruns ou chats. essa simplificação ocorre, de modo geral, nos cursos à distância, em que se propõe um único percurso: geralmente não atingem os níveis mais complexos dos comportamentos cognitivos, atendo-se, na maioria das vezes, à reprodução de conhecimentos já construídos para o reconhecimento de fatos ou situações comuns TRABALHO E ESCOLA: APRENDIZAGEM FLEXIBILIZADA APRENDIZAGEM FLEXÍVEL DIMENSÃO PRAGMATISTA DIMENSÃO PRESENTISTA Sem a mediação da teoria, o conhecimento resulta da reflexão prática sobre a prática não se supere o senso comum ou o conhecimento tácito negação da teoria negado o caráter científico do conhecimento anula-se a historicidade a experiência histórica é substituída pela experiência do momento A História é compreendida como uma forma específica de discurso não há história, não há valores, nem princípios ou fundamentos e não há futuro; TRABALHO E ESCOLA: APRENDIZAGEM FLEXIBILIZADA APRENDIZAGEM FLEXÍVEL EPISTEMOLOGIA DA PRÁTICA MATERIALISMO HISTÓRICO-DIALÉTICO Busca soluções pragmáticas o pensamento se debruça sobre as práticas conhecimentos tácitos vão sendo desenvolvidos pela experiência, e processo de troca de experiências práticas sem, necessariamente,reflexão sustentada teoricamente. busca compreender as múltiplas relações e interrelações método de produção do conhecimento é um movimento que leva o pensamento a transitar continuamente entre o abstrato e o concreto A ação do aluno refere-se ao movimento do pensamento da prática para a teoria, e desta para a prática, para ressignificá-la; o professor assume o papel de mediador, que organizará situações significativas de aprendizagem
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