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O tipo 1, mais comum na meia-idade e em indivíduos mais velhos, é caracterizado pela presença de anticorpos antinucleares (ANA), anticorpos antiactina de músculo liso (SMA), antígeno hepático antissolúvel/anticorpos de antígenos hepáticos e do pâncreas (anti-SLA/LP), e, menos comumente, os anticorpos antimitocondriais (AMA). No tipo 2, geralmente visto em crianças e adolescentes, os principais marcadores sorológicos são anticorpos antimicrossoma-1 hepático renal-1 (anti-LKM-1), que são principalmente direcionados contra o CYP2D6, e anticorpos anticitosol-1 hepático (ACL-1). Atividade necroinflamatória grave, indicada pela hepatite de interface extensa, focos de confluente (necrose perivenular ou em ponte) ou colapso do parênquima. Predominância de plasmócitos nos infiltrados inflamatórios mononucleares. A hepatite autoimune é uma hepatite crônica, progressiva, com todas as características das doenças autoimunes em geral: predisposição genética, associação com outras doenças autoimunes, presença de autoanticorpos e resposta terapêutica à imunossupressão. Os desencadeadores para a reação imune podem incluir infecções virais ou exposições a medicamentos e toxinas. A hepatite autoimune é classificada nos tipos 1 e 2, com base nos padrões de anticorpos circulantes. Embora a hepatite autoimune compartilhe padrões de lesão com a hepatite viral aguda ou crônica, o tempo de progressão histológica é diferente. Na hepatite viral, a fibrose tipicamente aparece após muitos anos de acúmulo lento de lesão do parênquima, enquanto na hepatite autoimune há uma fase precoce de destruição grave do parênquima, seguida rapidamente pela formação de cicatrizes. As características consideradas típicas da hepatite autoimune incluem: Doenças hepáticasHepatite autoimune Hepatite medicamentosa Como o principal órgão metabolizante e desintoxicante de fármacos no corpo, o fígado está sujeito à lesão a partir de uma enorme variedade de agentes terapêuticos e ambientais. A lesão pode resultar da toxicidade direta, ocorrer por meio da conversão hepática de um xenobiótico a uma toxina ativa, ou ser produzida por mecanismos imunes, tais como pelo medicamento ou um metabólito agindo como um hapteno para converter uma proteína celular em um imunógeno. As reações podem ser de leves a muito graves, incluindo insuficiência hepática aguda ou doença hepática crônica. Um grande número de medicamentos e produtos químicos pode produzir lesão hepática. Também é importante ter em mente que não apenas os compostos normalmente considerados como drogas ou medicamentos podem estar implicados, mas que um histórico cuidadosamente levantado e detalhado pode identificar outros tóxicos potenciais, tais como remédios fitoterápicos, suplementos alimentares, aplicações tópicas (p. ex., pomadas, perfumes, xampu) e exposições ambientais (p. ex., produtos de limpeza, solventes, pesticidas, fertilizantes). Doença Hepática Alcoólica Esteatose hepatocelular ou alteração gordurosa, A hepatite alcoólica (ou esteato-hepatite) Esteatofibrose (padrões de cicatrizes típicas para todas as doenças hepáticas gordurosas, incluindo álcool), que se soma à cirrose nos estágios tardios da doença. O consumo excessivo de álcool (etanol) é a principal causa de doença hepática. Existem três formas distintas de lesão hepática alcoólica: 1. 2. 3. Esteatose Hepática (Fígado Gorduroso): Mesmo após o consumo moderado de álcool, gotículas lipídicas se acumulam nos hepatócitos aumentando com a quantidade e a cronicidade da ingestão de álcool. O lipídio começa como pequenas gotas que coalescem em grandes gotas que distendem o hepatócito e empurraram o núcleo para o lado. Macroscopicamente, o fígado gorduroso em indivíduos com alcoolismo crônico é um órgão grande e macio, que é amarelo e untuoso. A alteração gordurosa é completamente reversível se houver abstinência subsequente da ingestão de álcool. Hepatite Alcoólica (Esteato-hepatite) A hepatite alcoólica é caracterizada por: 1. Tumefação e necrose de hepatócitos: Focos únicos ou dispersos de células sofrem tumefação (balonização) e necrose. A tumefação resulta do acúmulo de gordura e água, assim como de proteínas que são normalmente exportadas. 2. Corpos de Mallory-Denk: Esses corpos estão geralmente presentes como material eosinofílico, amorfo e acumulado em hepatócitos balonizados. Eles são constituídos por novelos emaranhados de filamentos intermediários, tais como a queratina 8 e 18, associados com outras proteínas, como a ubiquitina. Essas inclusões são uma característica não específica de doença hepática alcoólica, uma vez que elas também estão presentes na doença hepática gordurosa não alcoólica e em distribuições periportais na doença de Wilson e em doenças crônicas do trato biliar. 3. Reação neutrofílica: Neutrófilos permeiam o lóbulo hepático e sofrem acúmulo ao redor dos hepatócitos em degeneração, particularmente aqueles que possuem corpos de Mallory-Denk. Eles podem ser mais ou menos associados a células mononucleares. hepatócito necrótico Esteatofibrose alcoólica: A hepatite alcoólica é frequentemente acompanhada por uma ativação evidente de células estreladas dos sinusoides e fibroblastos portais, originando fibrose, quando o uso do álcool continua sem interrupção em longo prazo, a subdivisão contínua de nódulos estabelecidos por novas teias de cicatrizes perissinusoidais leva a uma clássica cirrose micronodular ou cirrose de Laennec, descrita pela primeira vez para a doença hepática alcoólica em estágio final.
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