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Aula 2. Motivação Necessidades fisiológicas e psicológicas Objetivos: 1. Relacionar o funcionamento das necessidades fisiológicas com a Busca da homeostase; 2. Reconhecer a importância do progresso das necessidades psicológicas para a regulação do comportamento humano; “Deem-me uns dez bebês saudáveis e bem formados, e um mundo especificado por mim para criá-los, e garanto escolher um deles ao acaso e treiná-lo para ser qualquer tipo de especialista que eu selecione - médico, advogado, artista, chefe de empresa e até mendigo e ladrão, pouco importando os seus talentos, inclinações, tendências, aptidões, vocações e a raça dos seus ancestrais” (Watson, 1930, p. 104). 3 Situação-problema: Segundo a teoria de redução de impulsos de Clark Hull, a privação biológica cria necessidades. O comportamento resultante é direcionado para uma meta. Respondam: Por que estas necessidades ativam impulsos que motivam o comportamento? O conceito básico para Hull era a força do hábito. De acordo com Hull, como a força do hábito pode ser estabelecida? Aprendizado e Motivação As teorias da aprendizagem surgem, de início, dos estudos feitos pelos behavioristas ou comportamentalistas, psicólogos que, no começo do século XX, propõem, como objetivo da psicologia, o estudo do comportamento. Entre os vários teóricos, Clark Leonard Hull, Donald Olding Hebb e Kurt Lewin. Características do behaviorismo (1) O núcleo da psicologia é o estudo da aprendizagem; (2) Todo comportamento pode ser explicado pelas leis do condicionamento, mesmo sendo um comportamento muito complexo; e (3) A psicologia deve adotar o princípio do operacionismo. O OPERACIONISMO tinha o objetivo de livrar a ciência dos “pseudo-problemas”, aqueles não observáveis ou não demonstráveis fisicamente. E Ex. : explicação sobre a alma e a consciência Neste sentido, a validade de qualquer descoberta científica ou constructo teórico depende da validade das operações empregadas para chegar até ele. 6 Clark Hull e a teoria da motivação Clark Hull é um psicólogo comportamental interessado no estudo da aprendizagem animal e preocupado com o tema da motivação. Considerou que a psicologia é uma ciência natural completa, como física, química ou biologia. Como tal, suas leis poderiam ser formuladas através de equações numéricas, e haveria leis secundárias para explicar comportamentos complexos e até os próprios indivíduos. Assim, procurou determinar as leis científicas que explicam o comportamento e, em particular, dois aspectos complexos e centrais do comportamento humano: aprendizado e motivação. Influenciado pela teoria da evolução, entendeu que as necessidades do organismo eram as forças que o incitaram à ação, o que deveria reduzir ou eliminar essas necessidades. Necessário distinguir entre impulsos primários e impulsos secundários. Os primários estão associadas a estados de necessidade e têm um caráter inato. Os secundários são baseados no aprendizado de evitação. Conhecendo as teorias de Hull - Behaviorismo dedutivo ou neocondutismo dedutivo São três teorias: A primeira, elaborada na década de 1930, consistia em uma teoria puramente associativa, na qual praticamente nenhum elemento motivacional existia. A segunda baseou-se no conceito de impulso, coletado em seu trabalho “Os princípios do comportamento”. Finalmente, ele trabalhou em uma teoria da motivação baseada em incentivo. Miller e Dollard usaram o conceito de impulso adquirido para explicar a motivação na aprendizagem. A teoria do impulso Hull propôs em seu livro “Principles of behavior” (1943) a teoria do impulso, “drive” no inglês original. Este trabalho teve uma influência fundamental na psicologia, sociologia e antropologia das décadas de 1940 e 1950. Hull disse que o aprendizado é uma maneira de se adaptar aos desafios do ambiente que favorece a sobrevivência dos seres vivos. Ele o define como um processo ativo de formação de hábitos que nos permite reduzir impulsos, como: fome, diversão, relaxamento ou sexualidade. Estes podem ser básicos ou adquiridos por condicionamento. Continuação Segundo Hull, quando estamos em um “estado de necessidade” aumenta o momento, ou a motivação, para realizar um comportamento que conhecemos por experiência que o satisfaz. Para que o comportamento seja executado, é necessário que o hábito tenha uma certa força e que o reforço que será obtido pelo comportamento motive o sujeito. A fórmula que Hull criou para explicar a motivação é a seguinte: Potencial de comportamento = Força do hábito (número de reforços obtidos até o momento) x Impulso (tempo de privação da necessidade) x Valor de incentivo do reforço. continuação A FORÇA de um IMPULSO pode ser medido pelo TEMPO de PRIVAÇÃO ou pela INTESIDADE, FORÇA e GASTO de ENERGIA do comportamento. A única base de reforço era a REDUÇÃO ou a SATISFAÇÃO de um impulso. 11 Tipos de IMPULSO 12 Primário – associado aos estados de necessidades biológicas inatas e vitais para a sobrevivência do organismo (alimento, água, ar, a temperatura, micção, defecação, sono, a atividade, a relação sexual e o alívio da dor). Secundários – outros impulsos passíveis de motivar o organismo; que são adquiridos a partir da aprendizagem; relacionados com os estímulos situacionais ou ambientais que reduzem os impulsos primários. Ex. queimar a mão ao tocar num fogão quente. Da próxima vez, haverá o distanciamento, num segundo momento, para evitar a dor da queimadura. Método Deveria ser objetivo, quantitativo e com as leis do comportamento expressas na linguagem precisa da matemática. 1 – a observação simples; 2 – a observação controlada sistemática; 3 – o teste experimental das hipóteses; e 4 – o método hipotético-dedutivo (utiliza-se da dedução a partir de formulações determinadas a priori que serão testadas experimentalmente na sua validade). 13 Detalhando O que causa o comportamento? 14 A base da motivação era um estado de necessidade corporal provocado por um desvio nas condições corporais ideais, o que gera um impulso. O IMPULSO é considerado um o estímulo provocado por um estado de necessidade do organismo que IMPULSIONA ou ativa o comportamento. HOMEOSTASE A homeostase, termo criado por Walter Cannon, pode ser definida como a habilidade de manter o meio interno em um equilíbrio quase constante, independentemente das alterações que ocorram no ambiente externo. Para manter a homeostasia, nosso meio interno deve manter certos valores sem alterações. Isso é conseguido graças a partir de diversos processos fisiológicos que ocorrem de maneira coordenada e que garantem o equilíbrio. Os processos de respiração, digestão e excreção garantem, por exemplo, que o meio interno tenha oxigênio e nutrientes necessários à célula e que substâncias tóxicas que possam causar danos ao corpo sejam retiradas do organismo. Necessidades Fisiológicas (comida, água, abrigo) 1 Necessidade de Segurança (segurança, proteção) 2 Necessidades Sociais (sensação de pertencer) 3 Estíma (autoestima, reconhecimento, status) 4 Auto- Realização ( desenvolvimento e realização pessoal) 5 Hierarquia de Necessidades de Maslow (1908-1970) conceituando Necessidades psicológicas básicas: Autonomia, competência e pertencimento ou interação social. Autonomia: refere-se ao desejo de poder reger o próprio comportamento, oportunizando um senso de independência nas escolhas. Competência: a teoria sobre a necessidade de competência está relacionada com a sensação que a pessoa tem de ser capaz de interagir com o meio, obtendo segurança, confiança e eficiência no desenvolvimento das ações. Pertencimento: quanto a isso, evidencia-se que cada pessoa tem internamente uma tendência natural ao crescimento e desenvolvimento.