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Motivação e Emoção Introdução - motivacao-e-emocao-introducao

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Motivação e Emoção Introdução
Motivação E Emoção (Universidade da Beira Interior)
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Motivação e Emoção Introdução
Motivação E Emoção (Universidade da Beira Interior)
Downloaded by Tania Oliveira (tsfoliveira@gmail.com)
Motivação e Emoção – 1:
A psicologia da motivação procura saber porque é que as pessoas agem, experienciam, sentem
e pensam de determinada forma.
Nós podemos observar o comportamento dos indivíduos mas não conseguimos ver as causas
subjacentes que produziram esse mesmo comportamento.
Para conhecermos aquilo que causa o comportamento temos de conhecer:
• As suas razões/origens: Porque é que o comportamento se inicia.
❖ A sua manutenção ao longo do tempo: Porque é que o comportamento se
mantém, é contínuo. – Variação da persistência.
❖ A direção para apenas alguns objetivos. Porque é que o comportamento se
direciona para algumas metas, ao mesmo tempo que se afasta de outras.
- Variação de direção.
❖ A mudança de direção: Porque é que o comportamento muda de direção.
- Variação de direção.
❖ O seu fim: Porque é que o comportamento termina.
• As variações da sua intensidade.
O estudo da motivação refere-se aos processos que fornecem ao comportamento a sua energia
e direção. A energia implica que o comportamento é dotado de força – podendo ser
relativamente forte, intenso e persistente. A direção quer dizer que o comportamento tem um
propósito para alcançar um determinado objetivo ou resultado.
Cabe à teoria da motivação explicar quais os processos motivacionais e também como eles
funcionam para energizar e direcionar o comportamento dos indivíduos.
Os processos que energizam e direcionam o comportamento de um indivíduo emanam tanto
das forças dos indivíduos como do seu ambiente.
Um motivo é um processo interno que energiza e direciona o comportamento. A diferença
entre um motivo e uma necessidade, cognição, ou emoção é simplesmente o nível de análise.
Necessidades, cognições e emoções são tipos específicos de motivos.
A motivação deriva de:
• Motivos Internos:
❖ Necessidades.
❖ Cognições.
❖ Emoções.
• Eventos Externos: Os eventos externos são os
incentivos ambientais que atraem ou repelem o
indivíduo em relação a um curso particular de ação.
Downloaded by Tania Oliveira (tsfoliveira@gmail.com)
• As necessidades são condições internas do indivíduo que são essenciais e necessárias à
manutenção da sua vida e promoção do seu crescimento e do seu bem-estar. Ex: A
fome e sede.
❖ Necessidades biológicas (Cap.4).
❖ Necessidades psicológicas (Cap.5).
❖ Necessidades sociais (Cap.7).
• As cognições referem-se aos eventos mentais, tais como as crenças, as experiências, e
o autoconceito. As fontes cognitivas demotivação relacionam-se aomodo de pensar do
indivíduo. Ex: Estudantes estudam porque têm em mente um plano ou um objetivo.
Alimentam crenças sobre as suas próprias habilidades, alimentam expectativas de
sucesso ou fracasso, possuem maneiras de explicar um bom ou mau resultado e têm
uma compreensão do que eles são e qual é o seu papel na sociedade.
❖ Planos e objetivos (Cap.8).
❖ Expectativas (Cap.9).
❖ Self (Cap.10).
• As emoções são fenómenos subjetivos, fisiológicos, funcionais, expressivos e de vida
curta, que orquestram a maneira como reagimos adaptativamente aos eventos
importantes das nossas vidas. As emoções organizam e orquestram quatro aspetos
inter-relacionados da experiência.
❖ Sentimentos: Descrições subjetivas e verbais de experiências emocional.
❖ Prontidão fisiológica: Como o nosso corpo fisicamente se mobiliza para atender
às demandas situacionais.
❖ Função: O que especificamente queremos realizar neste momento.
❖ Expressão: Como comunicamos a nossa experiência emocional a outros.
Os eventos externos são incentivos ambientais que têm a capacidade de energizar e direcionar
o comportamento. Deste modo, os incentivos precedem o comportamento e funcionalmente
levam a pessoa mais perto dos eventos externos que lhe prometem experiências agradáveis, ou
funcionalmente afastam a pessoa de eventos externos que lhe prometem experiências
desagradáveis. Os eventos externos incluem:
• Estímulos ambientais específicos.
• Situações mais gerais como as que surgem na sala de aula e trabalho, etc.
• Forças sociológicas como a cultura.
Reeve (2016): A definição clássica demotivação é qualquer processo interno que energiza, dirige
e mantém o comportamento. “Simply speaking, motivation is wanting).
Baumeister (2016): Querer mudança, querer produzir mudança em si ou no contexto.
Motivação é um condição de um organismo que inclui um senso subjetivo (não necessariamente
consciente) de querer uma mudança no próprio ou no ambiente”.
Como inferir motivação nas outras pessoas:
• Observar as condições antecedentes (eventos externos e contextos socias): Que
conduzem a estados motivacionais. Ex: depois de ficar 72h privadas de alimento, uma
pessoa fica faminta. Quando conhecemos os antecedentes da motivação de uma
pessoa, não temos necessidade de inferir a motivação a partir do seu comportamento.
Downloaded by Tania Oliveira (tsfoliveira@gmail.com)
Porém, nem sempre é possível conhecer estes antecedentes, pelo que às vezes é necessário
inferir a motivação a partir das expressões do indivíduo, ou seja, do seu comportamento, da sua
fisiologia e do seu auto-relato.
Assim, a motivação expressa-se através:
Comportamento: Aqueles 7 aspetos permitem ao observador dados que lhe permitam inferir a
presença e a intensidade da motivação do sujeito observado.
• Quando no comportamento se constata a presença de um intenso esforço, de uma
pequena latência, uma grande persistência, uma alta probabilidade de ocorrência., urna
grande expressividade facial ou gestual, ou quando o indivíduo persegue uma meta ou
objeto especifico ao mesmo tempo que deixa de perseguir outros, tudo isso constitui
evidências que nos permitem inferir a presença de ummotivo relativamente intenso.
• Por outro lado, quando no comportamento se observa uma grande latência (longo
intervalo de tempo entre o começo de um estímulo e o início de uma reação associada
a este tempo de reação) e todos os outros aspetos com níveis baixos, então isso é uma
evidência que nos permite inferir que o motivo está ausente, ou que, pelo menos é
relativamente fraco.
Fisiologia: Observação da atividade neural do cérebro.
Downloaded by Tania Oliveira (tsfoliveira@gmail.com)
O Auto-relato:
• Vantagens dos questionários: Facilidade de aplicação, podem ser respondidos por
várias pessoas aomesmo tempo e têm a versatilidade de tratar informações específicas.
• Desvantagens dos questionários: Observa-se falta de correspondência entre o que as
pessoas dizem que fazem e o que elas de facto fazem. Além disso, há uma discrepância
entre o que as pessoas dizem sentir e o que a atividade psicofisiológica delas indica que
elas podem estar a sentir. Ou seja, o que as pessoas dizem sobre os seus motivos muitas
vezes não equivalem ao que as suas expressões comportamentais e fisiológicas
sugerem.
O termo “engajamento” dámuito bem um senso geral de quão intensa é amotivação da pessoa.
Este termo diz respeito à intensidade e qualidade emocional do envolvimento de uma pessoa
numa atividade, tanto ao nível do comportamento como de aspetos emocionais. Ex: um
estudante engajado percebe-se o esforço, persistência e atenção (comportamentos) mas
também um tom emocional positivo devido ao alto interesse, e baixa ansiedade durante as
atividades que ele realiza.
Os motivos variam no tempo e influenciam o fluxo do comportamento:
A motivação é um processo dinâmico – que está em constante mudança e não um evento
discreto ou uma condição estática.
• Geralmente. um motivo destaca-se como sendo o mais forte e apropriado para uma
determinada situação, ao mesmo tempo que os outros ficam relativamente
subordinados (isto é um motivo domina nossa atenção, enquanto os outros ficamrelativamente dormentes.
• O motivo mais forte exerce a maior influência sobre o comportamento, mas cada um
dos motivos subordinados pode-se tornar dominante caso as circunstâncias se alterem,
exercendo a sua influência sobre o fluxo do comportamento.
Tipos de motivação
A motivação intrínseca e a motivação extrínseca são dois tipos de motivação distintas. Por
exemplo, a motivação para aprender é diferente da motivação para fazer, bem como a
motivação para o sucesso é diferente da motivação para evitar o fracasso.
As pessoas não diferemmuito quanto ao nível de motivação, mas sim podem variar conforme o
tipo ou qualidade dessa motivação Para melhor ilustrar esta ideia, imaginemos que uma pessoa
está a sentir muita raiva, esta pessoa comporta-se de forma diferente de uma pessoa que está
a sentir muito medo. Ambas estão altamente motivadas, por isso se a pergunta “quanto?” é
importante, a pergunta “que tipo?” também o é.
Downloaded by Tania Oliveira (tsfoliveira@gmail.com)
A motivação inclui tanto as tendências de aproximação quanto as de afastamento
É frequente, e talvez até normal, que as pessoas experimentem estados motivacionais e
emocionais positivos e negativos ao mesmo tempo. Para obter uma adaptação ótima. os seres
humanos dispõem de um repertório motivacional que inclui tanto os motivos aversivos,
baseados na evitação quanto os motivos positivos baseados na aproximação.
Esquema para se compreender o estudo da motivação:
• As condições antecedentes afetam a condição do motivo subjacente do indivíduo e os
aumentos e diminuições dessa condição do motivo criam uma sensação de "'querer",
que se expressa por meio do comportamento ativo e direcionado para a meta bem
como por meio da fisiologia e do auto-relato.
• Assim, o esquema identifica as condições em que os motivos aumentam e diminuem de
intensidade (à medida que são influenciados pelas condições antecedentes), ilustra o
objeto do estudo da motivação (necessidades, Cognições, emoções) e mostra de que
maneira as mudanças na motivação se manifestam (comportamento, fisiologia, auto-
relato).
2:
• Platão propôs que a motivação surgia de uma alma (ou mente, ou psique) disposta
segundo uma hierarquia tripartida.
❖ Aspeto calculista (contribuía para as capacidades de tomada de decisão, tais
como a razão e a escolha. – nível mais elevado.
❖ Competitivo (contribuía para os padrões socialmente referenciados como a sensação
de honra e vergonha). – segundo nível.
❖ Apetite da alma (contribuía para os apetites corporais e os desejos, tais como a
fome e o sexo). – nível primitivo.
Downloaded by Tania Oliveira (tsfoliveira@gmail.com)
Para Platão, esses três aspetos diferentes da alma motivavam diferentes domínios do
comportamento. Além disso, cada aspeto superior tinha a capacidade de regular os motivos
dos aspetos inferiores (ex: a razão podia controlar o apetite corporal).
(É interessante notar que a descrição que Platão fez da motivação, antecipou bastante bem a
psicodinâmica de Sigmund Freud: de maneira simplificada, o aspeto apetitivo de Platão
corresponde ao id de Freud, o aspeto competitivo ao superego e o aspeto calculista, ao ego.
• Aristóteles concordou com a ideia de Platão, embora utilizasse outros termos:
❖ Aspeto Racional: O componente racional da alma era único aos seres humanos,
uma vez que se relacionava com as ideias e o intelecto, caracterizando a
vontade. A vontade funcionava como o nível mais elevado da alma, que se valia
da intenção, da escolha e do que é divino e imoral.
❖ Sensível: Relacionava-se com o corpo, mas regulava o prazer e a dor.
❖ Nutritivo: É o aspeto mais mias impulsivo, irracional e animalesco, que
contribuía para as necessidades urgentes relacionadas com a manutenção da
vida.
Séculos depois, a psique tripartida reduziu-se a um dualismo.
• Tomás de Aquino: Sugeriu que o corpo fornecia os impulsos motivacionais irracionais e
baseados no prazer, ao passo que a mente era a responsável pelas motivações racionais
e baseadas na vontade.
Na era pós-renascentista, o filosófico René Descartes prestou uma nova contribuição a esse
dualismo entre mente e corpo, fazendo uma distinção entre os aspetos passivos e ativos da
motivação.
• O corpo era um agente mecânico, semelhante a uma máquina, e motivacionalmente
passivo, enquanto a vontade era um agente imaterial, espiritual e motivacionalmente
ativo.
• Como uma entidade física, o corpo possuía necessidades de nutrição e respondia ao
ambiente de maneira mecânica, através de seus sentidos, os seus reflexos e sua
fisiologia. Por outro lado, a mente era uma entidade pensante e espiritual possuidora
de uma vontade dotada de um propósito. A mente controlaria o corpo; o espírito
governaria os desejos corporais
Para Descartes, a principal força motivacional era a vontade. Ou seja, se houvesse condições de
compreender a vontade, seria possível entender a motivação.
• Segundo Descartes, a vontade inicia e direciona a ação; cabe a ela decidir se e quando
agir.
• As necessidades corporais, as paixões e os prazeres e as dores criam impulsos à ação,
mas esses impulsos só excitam a vontade.
• A vontade é uma faculdade ou poder que a mente tem para controlar os apetites
corporais e as ações.
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Conclusões contemporâneas:
• De acordo com a teoria acima descrita, a mente (vontade) pensa, planeja e forma
intenções que precedem a ação. Mas, não é a vontade que produz o pensamento e o
planeamento.
• No estudo contemporâneo da motivação foi deixada de lado o modelo gerado da
motivação como “a força de vontade”, uma vez que são os processos psicológicos que
estão relacionados com o comportamento das pessoas.
• Ou seja, os investigadores estudam os processos mentais mensuráveis, tais como
planos, metas e estratégias ao invés do que é denominado de “vontade”.
Charles Darwin exerceu dois efeitos principais no pensamento científico: a evolução, e, ao fazê-
lo, o determinismo biológico fez com que os cientistas se afastassem dos conceitos
motivacionais mentalísticos (ex: vontade), passando a proximar-se dos conceitos mecanicistas e
genéticos.
• O determinismo biológico de Darwin acabou com o dualismo homem-animal, que
dominava estudos motivacionais anteriores.
• E introduziu questões entre as quais a forma como os animais usam os seus recursos (
a motivação) para se adaptar às demandas mais importantes de um dado ambiente.
• Para Darwin, muito do comportamento animal parecia ser algo não-aprendido,
automatizado e mecanicista. Com ou sem experiência os animais adaptavam-se ao
ambiente. Para explicar este comportamento adaptativo aparentemente pré-
determinado, Darwin propôs o instinto.
• Os instintos surgem de uma substância física, de uma dotação genética. Os instintos são
fisicamente reais, eles existem nos genes, e fazem agir os animais de uma maneira
específica.
• Assim, o estudo da motivação deixou o campo da filosofia e entrou no campo das
ciências naturais.
• Com a presença de um estímulo apropriado, os instintos expressam-se por meio de
reflexos corporais herdados.
O primeiro psicólogo a popularizar a teoria instintiva da motivação foi William James.
• William James atribuiu aos seres humanos a dotação de um grande número de instintos
físicos, por exemplo o ato de sugar, e a locomoção, ementais, por exemplo a imitação,
o brincar, a sociabilidade.
• Segundo William, *tudo o que era preciso para traduzir os instintos num
comportamento direcionado para uma meta era a presença de um estímulo
apropriado. Por exemplo a visão de um rato ativa no gato um conjunto complexo de
reflexos herdados que gera impulsos para ações específicas (por exemplo, caçar e
correr).
• Por meio do instinto, os animais herdam uma natureza dotada de impulsos para agir e
os reflexos necessários para produzir essa ação intencional.
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William McDougall propôs uma teoria do instinto que incluía os instintos de exploração, de
luta, de proteçãomaterna das crias, etc.
• McDougall considerava os instintos como forças motivacionais irracionais e impulsivas,
que orientavam a pessoa em direção a uma determinada meta.
• *Os instintos explicavam o atributo do direcionamento de uma meta.
• McDougall afastava-se da doutrina de James na medida em que a diferença entre as
duas era o facto que a doutrina de McDougall fosse extrema no sentido em que sem os
instintos, os seres humanos seriam incapazes de iniciar qualquer ação.
• Sem esses “motores primários”, os seres humanos seriam corpos sem quaisquer
impulsos para a ação.
• Em outras palavras, toda a motivação humana deve a sua origem a um conjunto de
instintos geneticamente dotados.
O conceito de instintos surgiu para preencher a lacuna do que é a motivação e onde ela
provém.
Porém, a psicologia contemporânea abandonou o instinto.
O conceito motivacional que surgiu para substituir o instinto foi o impulso (introduzido por
Woodworth, 1918).
• O impulso surge da biologia funcional, segundo a qual a função do comportamento
está a serviço das necessidades corporais.
• À medida que ocorrem os desequilíbrios biológicos (p. ex., falta de alimento ou de
água), os animais experimentam esses déficits de necessidade biológica
psicologicamente como ''impulso".
• Portanto o impulso motiva qualquer comportamento que sirva às necessidades do
corpo (por exemplo comer e beber).
• As duas teorias do impulso mais amplamente aceitas foram propostas por Sigmund
Freud (1915) e Clark Hull ( 1943).
Freud acreditava que todo comportamento é motivado e que o propósito do comportamento
seria servir à satisfação de necessidades.
• Freud defendia que sistema nervoso funcionava em torno de uma tendência herdada
de manter um nível baixo e constante de energia.
• Ao mesmo tempo que tentava manter baixo e constante o nível de energia, o sistema
nervoso seria perpetuamente afastado desse objetivo pela emergência e emergência
das exigências biológicas. Cada acúmulo de energia perturbaria a estabilidade do
sistema nervoso e produziria um desconforto psicológico (ou seja, ansiedade).
• O impulso surgia como um tipo de sinal de emergência para que se tomasse alguma
providência.
• O comportamento continuaria até que o impulso ou a exigência que o motivou fossem
satisfeitos .
Downloaded by Tania Oliveira (tsfoliveira@gmail.com)
• Resumindo, comportamento serviria as necessidades corporais ansiedade impulso
atuaria como um tipo de intermediário para assegurar que o comportamento o resto no
tempo certo e conforme o necessário.
A teoria do impulso de Hull tem um aspeto notável que nenhuma outra teoria anterior da
motivação apresentou - ou seja a de que amotivação pode ser prevista antes de ocorrer.
O surgimento das mini-teorias
As mini-teorias pretendem investigar:
• Fenómeno motivacional. (ex: fluxo da experiência).
• Circunstância que afeta a motivação (ex: retroalimentação de um fracasso).
• Grupos de pessoas (ex: extrovertidas, crianças, trabalhadores).
• Questão teórica (ex: Qual é a relação entre cognição e emoção?).
Com o objetivo de substituir as grandes teorias enfraquecidas do impulso, do incentivo e da
excitação, nos anos 60 e 70, surgiram a:
Teoria motivacional de realização (Atkinson, 1964).
Teoria atribucional da motivação de realização (Weiner, 1972).
Teoria da dissonância cognitiva (Festinger, 1957).
Motivação dos efeitos (White, 1959; Harter, 1978).
Teoria da expectativa x valor (Vroom, 1964).
Teoria do fluxo.
Motivação intrínseca (Deci, 1975).
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Teoria do estabelecimento de metas (Locke).
Teoria do desamparo aprendido (Seligman).
Teoria da reatância (Brehm, 1966).
Auto-esquemas (Markus, 1977).
3 tendências históricas explicam por que o estudo da motivação deixou para trás a tradição
das grandes teorias em favor das mini teorias.
• 1 –Reavaliação da ideia de que os seres humanos são inerentemente passivos,
reforçando a natureza ativa da pessoa.
• 2 - A motivação viu como todo o campo da psicologia tornou-se acentuadamente
cognitiva. Essa tendência veio a ser conhecida como a revolução cognitiva.
• 3 - Pesquisadores motivacionais tornaram-se cada vez mais interessados nos problemas
e nas questões aplicadas e socialmente relevantes.
A Natureza Ativa da Pessoa
Antes:
O propósito da teoria do impulso era explicar como um animal passava de inativo a ativo. Em
meados do século XX. supunha-se que os animais (inclusive os seres humanos) eram
naturalmente inativos, e que o papel da motivação seria excitá-los, fazendo com que, de
passivos, eles passassem a ser ativos, com efeito, motivar significa mover. Dessa forma, o
impulso, como todos os construtos motivacionais anteriores, explicavam o motor instigante do
comportamento. A título de ilustração, uma definição comum para motivação a meados do
século XX era: o processo de excitar a ação sustentar a atividade em progresso e a regular o
padrão de atividade. A motivação era o estudo da energização dos passivos.
Depois:
Os psicólogos da segunda metade do século XX enfatizavam o facto de que as pessoas são
inerentemente ativas, estando sempre motivadas. A motivação é constante, incessante,
flutuante e complexa.
A Revolução Cognitiva
Os primeiros conceitos motivacionais impulso, excitação, homeostase - fundamentavam se na
biologia e na fisiologia. Portanto, muito do pensamento sobre a motivação era moldado numa
herança e numa perspetiva biológicas. Os estudos contemporâneos da motivação continuam a
manter essa Aliança com a biologia, a fisiologia e a socio biologia. entretanto, no início dos anos
1970 , o “zeitgeist” (“clima intelectual”) da psicologia passou a ser decisivamente cognitivo.
Downloaded by Tania Oliveira (tsfoliveira@gmail.com)
Os pesquisadores da motivação começaram a complementar os seus conceitos biológicos com
os conceitos que enfatizavam os processos mentais internos. Alguns desses construtos
motivacionais mentalísticos incluem os planos , as metas, as crenças, as expectativas, as
atribuições e o autoconceito.
Alem disso a revolução cognitiva teve outros 2 efeitos:
Primeiro, as discussões sobre a motivação enfatizaram os construtos cognitivos ou seja as
expectativas e as metas deixando de enfatizar os construtos biológicos e ambientais . Essas
discussões alterar uma imagem que a psicologia fazia do funcionamento humano deixando
humana em vez de mecânica
A revolução cognitiva veio complementar o emergente movimento do humanismo As ideias de
maslow e Rogers expressaram a nova compreensão que a psicologia tem dos seres humanos
como seres inerentemente ativos, cognitivamente flexíveis e motivados para o crescimento.
A Pesquisa Aplicada e de Relevância Social
Os pesquisadores voltaram a sua atenção para questões relevantes à solução dos problemas
motivacionais enfrentados pelas pessoas na sua vida diária no trabalho na escola no
enfrentamento do stress na solução de problemas de saúde e na luta contra a depressão , etc.
Também passaram a ter contato mais frequente com os psicólogos de outras áreas tais como os
da psicologia social da psicologia industrial organizacional da psicologia clínica e de
aconselhamento por aí adiante . área tornou-se menos interessado em estudar por exemplo a
fome como fonte de impulso e mais interessado em estudar as motivações que se encontram
por detrás do comer da dieta da obesidade e da bulimia.
Downloaded by Tania Oliveira (tsfoliveira@gmail.com)
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